A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quarta-feira, 30 de junho de 2021

500 Km de Interlagos 1966 - por Ronaldo Nazar

 


A realização da 9ª edição dos 500 km de Interlagos, foi no dia 07 de setembro de 1966, uma 4ª feira com o anel externo sendo o palco da grande disputa, agora todo reformado em virtude da equipe Willys ter recapeado o mesmo para poder realizar o recorde dos 50 000 km do Gordini no final de 1965. Com o retorno à Europa das Abarth Simcas, a equipe Willys era a grande favorita e os pilotos Bird Clemente e Luiz Pereira Bueno, comandariam seus novos Alpines A 1300, apesar de a recém surgida equipe Dacon com seus Karman Guia Porsche que seriam pilotados por Wilson Fittipaldi e Marivaldo Fernandes estarem desafiando o seu domínio. A equipe Vemag surgia como a 3ª força com os novos GT Malzoni e os sempre confiáveis DKW belcar tendo no comando Mário César Camargo o Marinho, José Ramos, José Contijo. A 4ª força viria da equipe Jolly, com Piero Gancia no comando da Alfa Giulia. 

Wilsinho, José Ramos e Bird.

Nos treinos a pole position ficou com Wilsinho Fittipaldi , tendo ao seu lado na 1ª fila José Ramos e o Pássaro Bird Clemente. A largada no estilo Indianápolis , foi dada às 14 hs com o dia ensolarado e a pista propícia à uma grande corrida. Na hora do larga, José Ramos pegou a ponta sendo ultrapassado por Wilsinho na curva 2 . Bird Clemente fez o mesmo na entrada da curva 3. Ao final da 1ª volta Wilsinho liderava , com Luizinho Pereira Bueno nos seus calcanhares em 2º, Marivaldo na 3ª posição, Bird em 4º , Marinho em 5º, Piero Gancia em 6º, José Ramos em 7º. José Contijo entrou nos boxes com o para brisa de seu Malzoni quebrado. Uma pedrada involuntária de um adversário era a razão da pane. 

Wilsinho, Bird e Luiz.

Na 2ª volta Bird Clemente ultrapassa Marivaldo Fernandes assumindo a 3ª posição. Os carros andam mais ou menos juntos , com destaque para a recuperação de José Contijo no Malzoni após o reparo do para brisa. Wilsinho vai liderando e na 6ª volta Luizinho quase o ultrapassa , aproveitando-se do tráfego dos retardatários. Os dois carros entram na curva 3 lado a lado , tendo Wilsinho resistido por fora . Lindo pega entre os cobras. Com esse pega , Luizinho virou em 1m15"2, que acabou sendo a volta mais rápida da corrida. Na 9ª volta Wilsinho entra nos boxes com vazamento de óleo no motor Porsche do Karman Ghia .O carro 77 ficou nos boxes por cerca de 3 minutos para fazer o reparo,Wilsinho voltou disposto a recuperar o terreno perdido. Lá na frente liderando os dois Alpines de Luizinho e Bird diminuem o ritmo e passam a virar em 1m18s. Marivaldo os segue, também mantendo o mesmo ritmo dos líderes. Só Wilsinho que virando em 1m16s , vai descontando e é o carro mais rápido da pista. O resultado é que na volta 30 Wilsinho já corre em 4º lugar, tendo acabado de ultrapassar o DKW de Marinho. Quem também resolve apertar o ritmo é Piero Gancia que após ultrapassar Marinho e Contijo aloja-se na 5ª posição na mesma volta dos líderes, só aguardando algum entrevero para ganhar posições. Bela corrida do ítalo-brasileiro da equipe Jolly. Na volta 54 , Bird entra nos boxes em parada inesperada. O pneu traseiro direito o mais solicitado dechapou obrigando o pássaro a entrar nos boxes para troca-lo e reabastecer. Na 60ª volta , é Wilsinho quem entra nos boxes para trocar o mesmo pneu traseiro . O resultado é que quando ele retornou à pista para buscar velocidade , notou que havia algo na suspensão traseira que foi afetada pelo furo do pneu. Com isso Wilsinho abandonou. Bird retornou na 3ª colocação. 

Marivaldo....
...saindo da Dois.
José Ramos, o grande Marinho e o Gordini de Pelicciotti.

Com essas mudanças , Marivaldo Fernandes passa a baixar a bota e cola em Luizinho, ultrapassando o Alpine na 66ª volta. Passou e foi embora . Depois dos reabastecimentos , Luizinho reassume a ponta graças ao belo trabalho de boxe da equipe Willys. Marivaldo tb perde a 2ª posição para Bird . Marivaldo vai recuperando na pista o tempo perdido nos boxes e cola na traseira de Bird até que na 112ª volta , ultrapassa o Alpine 46. Na 114ª volta , Bird recorre aos boxes novamente com o pneu traseiro direito dechapado. Na troca a equipe verifica que o rolamento da roda do pneu trocado precisa de cuidados , e a qsuspensão está torta. Grecco fala para Bird desistir , mas este não cede e volta para a pista , mostrando toda a sua garra e coragem . Na 126ª volta Luizinho lidera com cerca de 30 segundos de vantagem para Marivaldo que vem descontando cerca de 1 segundo por volta , Marivaldo vai ultrapassar Luizinho antes do final e vencer a corrida. Só que na volta 128 o Karman Ghia passa em frente aos boxes soltando fumaça do motor e na volta 130 abandona com o cabeçote rachado. Aí coube á dupla da Willys diminuir ainda mais o ritmo para receberem a bandeira fazendo a dobradinha vencedora dos amarelinhos. Na 3ª posição ,fechando o pódium Piero Gancia coroa a sua bela corrida.Marinho finaliza em 4º com o Dkw , que foi assim o 1º colocado conduzindo um carro de fabricação nacional. Após a volta de desaceleração , Luizinho e Bird foram carregados pela torcida que invadiu a pista. Uma verdadeira apoteose para os ases da equipe Willys. 

Mestre Luiz.


A classificação da prova foi a seguinte:

1º Luiz Pereira Bueno, Alpine 1300, 154 voltas, 3h28m1s, média horária 145,163 km/h

2º Bird Clemente, Alpine 1300 149 voltas.

3º Piero Gancia , AlfaGiulia TI, 147 voltas

4º Mário Cesar de Camargo Fº DKW, 142 voltas

5º José Ramos DKW Malzoni , 142 voltas

6º Jota , Simca- 139 voltas


Ronaldo Nazar

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 Delicia de texto do Ronaldão!

Ligo para ele, atende a querida Sônia, lá de trás ele já grita "grandãooooooo!"

"Ronaldão, posso postar seu texto e fotos, do Velocult no Histórias?"

Velocult no Facebook - link

"Pode mulekeeeeeeee!"

Bem; o papo não foi só bem este, como sempre repleto de bobagens, para terminar comigo emocionado, sinto falta dos amigos e Sônia, Ronaldão e Pandora são daqueles que estão sempre num canto especial do coração.

Lendo me emocionei, não vejo o Bird desde o começo da pandemia, eles também.

Ainda liguei para o Chico Lameirão perguntando o por que dele não ter corrido, um dia lembramos direitinho.

E tem Mestre Luiz, de quem fomos fãs e amigos, e faz uma baita falta!

Beijão fraterno meus amigos.

E a vocês que nos acompanham um abraço e  desculpem meu blá blá blá ao final do texto, foi apenas escrito do coração.


Rui Amaral Jr


 

 

  



quinta-feira, 10 de abril de 2014

Uma bela foto de um tempo incrível!

Super Vê - #11 Benjamin "Biju" Rangel, #45 Marivaldo Fernandes e ...depois o Biju conta mais!

domingo, 3 de novembro de 2013

Assim...

...que abri o Face de nosso grupo da D3 me deparei com esta foto colocada pelo Luiz Iritani, são tantas fotos que lembram os amigos e justo hoje que o Tito e eu conversávamos sobre ídolos autógrafos e outros papos!

Uma única foto e na minha cabeça vieram tantas lembranças, nela Marivaldo Fernandes e Carlos Pace comemoram a vitória nos 1.000 KM de Brasilia, e logo lembrei do dia em que os dois se foram, lembrei sem tristeza. Dormia quando um casal amigo que havia convidado para passar uns dias comigo em Guarujá entrou em meu quarto e ele disse pasmo "o Pace e Marivaldo morreram", depois enquanto ele me contava fui ficando triste, não era amigo dos dois mas tinha e ainda tenho por ambos uma grande admiração.  
Marivaldo acredito que tenha visto nas pistas algumas poucas vezes mas Pace vi muito, desde aquele dia em que eu tinha uns 14/15 anos e ele com aquele VW da Dacon enfrentou com bravura as carreteras de Camilo Christófaro e Caetano Damianni numa corrida pelo sentido inverso do autódromo de Interlagos, ver aquele VW chegar no Café e descer para Junção me encheu os olhos coisa que apenas um piloto com o enorme talento dele consegue fazer.
Depois assisti ao vivo e à cores inúmeras corridas dele da Formula Ford à Formula Um em todas o mesmo espirito aguerrido daquela com o VW sempre brigando andando forte e no limite.
Muitos dizem que aquele seria o ano dele na F.Um, não sei, e pouco me interessa, o que me interessa é que cada vez que o vi pilotar foi para mim sempre um campeão pois alguns raros pilotos não precisam de títulos para assim serem chamados e Carlos Pace foi um deles!

Ao amigo Fernando Fagundes o Hiperfanauto.

Rui Amaral jr     
   

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Ricardo Bifulco

As réplicas do Ricardo dos grandes carros de nossas pistas são para autorama, elas são simplesmente perfeitas, só de olhar de perto já nos emocionamos, eu por exemplo, jamais colocaria qualquer uma delas na pista, mas ele anda e até de vez em quando dá umas pancas.
Assim é o Ricardo, e estes seus carros...

 A Maserati de Celso Lara Barberis

500 KM de Interlagos 1961
Simca de Ciro Cayres



Ciro correndo com Jaime Silva
 Alfa P33 de Marivaldo Fernandes

Na visão de meu amigo Fernando Fagundes, o Hiperfanauto.
 Simca Abarth da equipe Simca comandada por Chico Landi, que teve como pilotos Ciro Cayres, Jaime Silva, Toco e Ubaldo Cesar Lolli
 Jaime

 Jaime e Lolli
 Camilo, Jaime e Ciro
 Jaime e Ciro

Jaime