Bird, Emilio e Piero...
Lá na frente Camilão e a Ferrari 250 GT transformada pela Drogo, Emilio Zambello e a Alfa logo atrás Bird Clemente vem de lado com a Berlinetta #21, e a #35 de Carlos Erimá.
Bird era NOSSO ídolo. Vocês em São Paulo conviviam com os pilotos e nós, aqui no Rio só tínhamos a oportunidade quando as corridas eram aqui no circuito da Barra da Tijuca. Eu e meu irmão éramos menores de idade, filhos de classe média, dependiamos de carona para chegar na Barra e, por sorte, nosso vizinho era fanático por corridas e nos trazia da longínqua Tijuca beirando o Estácio.
Vivíamos da leitura da então ótima 4 Rodas e de parcas notícias nos jornais d'antanho mas isso não diminuiu nossa paixão.
Hoje, quando comentei com meu irmão sobre a passagem do nosso herói lembrei-o que nossas raquetes de ping pong tinham a Berlineta do Bird caprichosamente desenhada e pintada, nossa modesta homenagem.
Os anos passaram a quando minha mulher me mostrou o apartamento que ela havia escolhido para comprarmos eu não cheguei a subir para ver, disse para ela que comprasse e ela retrucou, mas você não vai ver o apartamento? Sim, vou ver mas pode comprar porque bem aí na frente do prédio ficavam os boxes do circuito da Barra e quando eu chegar na varanda e olhar para baixo vou ver as Berlinetas, as Vemags, as Simca, pode comprar, ali naquela varanda voltarei a ser criança.
Obrigado Bird.