A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

BUGATTI 251 Formula Um - II

BUGATTI 251 de 1956



Ia colocar como titulo desta postagen " O fim de uma era " mas como tratar dessa forma um construtor que tantas vitórias teve ao longo de sua carreira . Quantos carros vitoriosos Ettore Bugatti construiu desde os anos 20 do século passado ! Eram carros ágeis , bons de curvas e com motores potentes , que fizeram a marca vencer talvez milhares de corridas . E seus carros de passeio , preciosidades que serviam a Reis , Marajás , artistas famosos e a quem tivesse simplesmente uma fortuna para pagar por um deles .


Em 1956 , com a Formula I dominada pelas Mercedes , Ferraris , Alfa Romeo a Bugatti resolve fazer um carro para categoria . O carro projetado por Gioacchino Colombo , ex Alfa e Ferrari , tinha um motor de oito cilindros em linha e era colocado na posição central , diferente dos carros da época que o usavam na dianteira .

O motor era uma ligação de dois motores de quatro cilindros , unidos por um jogo de engrenagens que acionava os girabrequins , o cambio e os comandos de válvulas , duplos no cabeçote . O diâmetro dos pistões era 76 mm e o curso 68,5 mm , tendo assim 2.430 cc .


Usava quatro carburadores Weber , sua taxa de compressão era de 9:1 e Colombo garantia que com essa configuração desenvolveria à 8.500 rpm cerca de 275 hp , o que seria para época um forte motor .


Com o motor entre eixos , o carro era baixo e com uma curta distancia entre eixos . Como sabemos , os carros com curta distancia entre eixos , são carros dificílimos de conduzir em curvas de alta , que é onde vem os tempos . E ai que falhou este carro .

Suspensão traseira , com o tubo oco , molas e amortecedores .

A suspensão traseira De Dion, e dianteira era por eixos rígidos, ambas com tubos ocos à ligar cada roda, e ai movimentavam na dianteira feixe de molas e amortecedor , e na traseira molas helicoidais com amortecedores .

Suspensão dianteira , o tubo oco , e o balancim para liga-lo ao feixe de molas .


Cokpit e o motor , vejam o cronometro no centro do volante .


O carro foi levado para o GP da França de 1956 , disputado no circuito de Reins , e para pilota-lo ninguém menos que Maurice Trintignant , então o melhor piloto francês e primeiro piloto da Ferrari .


Só que simplesmente o carro não andava , com sua curta distancia entre eixos não era rápido o suficiente em curvas , e seu motor não tinha potencia suficiente para empurra-lo .


Trintignant tentando domar o Bugatti , aqui saindo de traseira .




Nem mesmo Trintignant , reconhecidamente um grande piloto , foi capaz de fazer andar um carro com tantos defeitos , ora saia de frente , ora de traseira e ainda por cima com um motor que nem chegava aos pés de seus concorrentes . Após algumas voltas , sempre andando lá atrás ele abandona a corrida .


Aqui numa saída de frente

NT: Postei novamente este post do ano passado por estar com sérios problemas na Internet.
        O 251 foi o ultimo carro sob o comando de um Bugatti a ir para pista, outro carro, um esporte foi feito na empresa mas não chegou às pistas. Logo depois a BUGATTI com problemas financeiros e disputas entre a familia seria vendida.