Outro dia ao mostrar a linda foto dos dois Furias, uma brilhante criação do amigo Tony Bianco, o do Jayme com motor BMW e o outro do Pedro com motor Chevrolet 2.500 do Opala, logo atrás Camilo e sua icônica carretera. Notei que não errei tanto ao dizer que a reta que sai do Sol até o Sargento devia ter mesmo uns quatrocentos metros. Mais tarde fiquei olhando a foto por algum tempo, notando e lembrando muitas coisas.
Notem que Jayme já passou a linha que marca os cinquenta metros antes da curva do Sargento e já vem acelerando, Pedro antes da marca no asfalto que marca os cem metros ainda vem acelerando, provavelmente para frear ali na dos cinquenta, ou um pouco antes, Já Camilão com a carretera mais pesada que os dois, motor dianteiro e apesar de toda evolução dela já vem freando, bico enfiado no asfalto, creio que cerca de duzentos metros antes da curva. Era ali que começava a frear meu Dart, bombando os alicates, era um sufoco frear com tambores.
Com freios a tambores também corri na D3 como Novato, calçado com pneus Cinturato freava pouco antes dos cinquenta metros, até porque mo carro tinha o tanque de combustível de oitenta litros, pois havia corrido uma Mil MIlhas pouco tempo antes, pilotado por Marcio Brandão filho do grande técnico, não sei o parceiro. O combustível para corrida curta nesta freada ia todo para frente causando um certo desconforto, e mesmo após entrar na curva jogava a frente do carro para fora, o jeito era mudar a entrada jogando o carro mais para dentro antes da tangência, mais tarde nos VW D3 com slicks e discos nas quatro rodas a freada era nos cinquenta metros. Foi saindo do Sol que com este carro dei uma daquelas rodadas de arrepiar, comecei onde acabam as marcas no asfalto na saída do Sol e vim rudupiando até onde está o Pedro, freei de ré, o carro jogou a frente, enfiei a primeira da Cx3 e fui embora. Num desses rudopios, e foram uns três, vi um bandeirinha agitando freneticamente a bandeira amarela com listras vermelhas, avisando de óleo na pista. Nunca fiquei sabendo se o bandeirinha notou o óleo quando rodei ou já vinha balançando a bandeira e não vi.
Notem bem na foto que deveria ser no final da tarde a sombra dos carros e o motivo pelo qual aquela maravilhosa curva se chamava de Sol. Com raio grande devia ter cerca de quatrocentos ou quinhentos metros e a certa altura e conforme a hora o Sol batia de frente.
Do barranco do Sol certa vez estava ao lado de um campeão da Stock, vi meu amigo Guaraná num carro da categoria vindo pendurado. O gajo olhou para mim e disse "no Sol ele enfia mais de um segundo em todos nós!". Era lindo ver meu amigo Guaraná e o Peterson a contornando!
Rui Amaral Jr