A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

R.I.P Amon

Clermont-Ferrand 1972- Chris larga na pole com sua Matra MS 120D e despacha...  

Hoje a família de Chris anunciou sua morte ontem vitima de um câncer, avisado por meu amigo Joel Cesetti logo avisei ao Ronaldão Nazar que prepara um tributo digno ao nosso herói.   


Com sua Ferrari  246 na Tasman Series de 1969.

Muitos da nova geração haverão de perguntar dessa admiração nossa por este  grande piloto, já que ele não venceu nenhuma prova da F. Um válida pelo campeonato mundial, apesar de haver vencido duas corridas extra oficiais, Silverstone e Buenos Aires, acontece que ele foi um dos maiores botas do automobilismo mundial numa época em que pilotavam Jimmy, Jochen...tendo inclusive vencido a Copa da Tasmânia à frente de muitos dos botas da F.Um.

Valeu Chris!

Rui Amaral Jr


sábado, 27 de abril de 2013

Conta Ricardo...

Vitória de Ricardo em Malory Park, Luiz Pereira Bueno, Chris Steel, Ricardo e na ponta Antonio Ferreirinha.

"Quando eu fui correr na Inglaterra eu fui sob risco de não poder fazer nada não fosse a ajuda leal, insistente, cooperativa de todos os ingleses envolvidos na questão de cabo a rabo. Foi um comando, um esforço em comando característico do espírito inglês. Barley tinha um cunhado que era diretor de competições da Burmah-Castrol na Inglaterra e estava convicto que eu seria um piloto de carreira, portanto apostava ser possivelmente seu team manager. Joakim Bonnier, piloto sueco respeitado na Europa, era o presidente da Associação de Pilotos de Fórmula 1 (GPDA) e era representante oficial da LOLA para toda a Europa. 
Ricardo e Jo Bonnier
Bonnier era um intermediário internacional da F-1. Quando se deu conta, informado pelo Real Automóvel Clube da Inglaterra (RAC), que uma carteira internacional havia sido concedida a um brasileiro sob bandeira do RAC, ele se interessou muito porque desejava ver o Brasil retornar e receber pilotos e provas internacionais. Como ia competir no International Tourist Trophy em Oulton Park na Inglaterra, a mais tradicional competição de esporte protótipos da época, solicitou ao RAC que estendesse um convite para eu correr na prova de apresentação que seria de Fórmula-Ford. Ali então, além de me auxiliar a reconhecer a pista rodando três voltas comigo num esporte protótipo, pode avaliar rapidamente o meu grau de pilotagem e me convidou para visitar a Lola (o que aconteceu ao meu retorno com o Luiz Pereira Bueno em Dezembro de 1968 para o teste com o Stirling Moss. 
 Peter Arundell era o segundo do Jim Clark na Lotus e tinha sofrido um tremendo acidente em Le Mans. Como se recuperava e era considerado um grande piloto e instrutor, fora convidado para assumir por alguns meses a escola de Pilotagem Motor Racing Stables, hoje uma página gravada na história do automobilismo inglês e muito cultuada. O curso de pilotagem para monoposto era de 60 dias. Ricardo Barley havia conseguido que o RAC solicitasse uma atenção especial a minha pessoa a pedido do Jim Hill chefe do departamento de competições da Burmah-Castrol e cunhado do Ricardo Barley. Peter Arundell nos recebeu e me direcionou para o Tony Lanfranchi e o seu segundo que era o Sid Fox, ambos os pilotos reputados sendo o Lanfranchi de todas as categorias do esporte motor. O processo se dava por estágios e o Lanfranchi desde o primeiro estágio foi a torre de comando de Brands Hatch e solicitou ao Peter Arundell que me permitisse prosseguir porque eu era um pouco mais do que aluno. No terceiro estágio o Arundell sob pressão do Barley, permitiu que eu voasse solo e monoposto com limitação a 5500 giros no espia do conta-giros a cada 8 voltas conferidos pelo Sid Fox. Como eu fui passando todos os estágios, no final o Peter já em nível de discussão com o Barely insistente lhe dizendo que não tínhamos recursos para ficar na Inglaterra por mais tempo, Arundell propôs que eu fizesse 8 voltas contra o tempo dele de 8 voltas em outro carro da escola. Se eu ficasse a dois décimos do tempo dele me daria a carta que eu quisesse para o RAC emitir a carteira internacional. No entanto, para ser justo ele propunha que girássemos no sentido contrário da pista de Brands Hatch uma vez que nenhum dos dois havia jamais circulado contra o relógio em Brands Hatch. Barley me questionou e eu disse que topava. Escolhemos um carro cada e Arundell fez as 8 voltas tendo dado uma rodada forte em Druids (180º) e encostado de traseira no barranco na 3ªvolta. Depois eu sentei no meu carro escolhido com câmbio à esquerda... e fiz apenas 4 voltas quando me deram bandeira de parada. Entrei no Box , desci do carro e o alto falante me chamou na torre. Quando subia as escadas da torre de controle, um vasto público beirava a pista e o palanque de Brands Hatch em dia de treino, os alto falantes anunciaram que o brasileiro havia feito 2/10 melhor tempo na terceira volta do que Peter Arundell nas 8 voltas completadas. Ao chegar na sala da torre Arundell me disse: “Escreve a carta que você achar melhor para você que eu assino em baixo. Você é um piloto profissional. Parabéns”. 
Esta é toda a verdade dita pelo cavalheiro Peter Arundell na presença de todos e de Ricardo Barley que provaria a seguir o quanto era absolutamente indispensável para que chegássemos a qualquer lugar...Em nome do Brasil."

Ricardo Achcar

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As vezes é difícil separar o ídolo e amigo, ou amigo e ídolo quando vou escrever, mas sobre o Ricardo é fácil, foi um bota em todas categorias por onde correu, Campeão Carioca da Formula Vê em 1967 e Brasileiro em 1968 correndo pela equipe Fittipaldi, tendo Pace chegado em segundo lugar e Emerson, então já se dividindo entre Europa e Brasil em terceiro. No mesmo ano foi agraciado com o prêmio Victor da Quatro Rodas como o melhor piloto de monopostos do Brasil.
Ricardo faz parte daquela geração que encantou o mundo com suas conquistas no automobilismo quando seguiram o caminho da Europa, especificamente da Inglaterra, mostrando ao mundo a qualidade de nossos pilotos profissionais, fizeram parte desta verdadeira esquadra Emerson, Luiz Pereira Bueno, Carlos Pace, Antonio Carlos Avallone...Sei que antes tivemos representantes de grande valor nas grandes categorias como seu Chico, Nano Silva Ramos, Frtiz D`Orey...Mas essa geração chegou para ficar.

Do Ricardo certa vez me disse Chico Lameirão “o piloto mais rápido que vi pilotar”, e posso acrescentar rápido e técnico, certamente com a concordância do Chico. Piloto e construtor de sucesso, vide o Polar Formula Super Vê, no texto um pouco dele em suas palavras, e logo vem muito mais.





Um abração Ricardo


Rui Amaral Jr     





NT:
Texto do site da FASP editado e reproduzido com a autorização do Ricardo por meu amigo Joel e por mim.





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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

François por Joel

Cevert por Ararê.


Rui,
Tarde de sábado, Interlagos 1973, não lembro o mês!Fórmula 1 muito sol e gente desfilando pela área dos boxes, após um pequeno incidente no qual fui atropelado por uma Mc Laren Yardley do Denis Hulme que vinha sendo empurrada pelos mecânicos para os boxes. Após o incidente fui para trás dos boxes, procurando por meus amigos e me deparei com um grupo em animada conversa,regada aos sons dos motores dos F1 ainda treinando, lembro que o ponto onde estava dava para ver um trecho do Laranjinha.Aproximei do grupo onde estavam Emerson,Wilsinho,Luiz Pereira Bueno e outros e estavam falando do ronco da Ferrari na pista,Luizinho disse que era incrível estar atrás da Ferrari e a sua aceleração e ronco de seu motor.Fiquei ali ouvindo o papo e até fui cumprimentado por todos, algo assim nem pensar hoje em dia.
Fiquei um tempo ali, peguei autógrafo de todos os presentes e procurei uma sombra e fiquei encostado em um Puma branca a poucos metros do grupo, foi quando percebi alguém do meu lado, olhei e era o grande piloto François Cevert prestando atenção ao grupo que conversavam animadamente e rindo, cumprimentou-me, eu disse seu nome e apertamos as mãos e pedi se ele poderia dar um autógrafo em um dos adesivos que havia ganhado andando pelos boxes na manhã do Sábado.



Eu acho que ficamos ali uns 10 minutos apreciando a conversa do animado grupo, foi quando Cevert foi chamado por um membro de sua equipe. O legal de tudo, foi que ele estendeu a mão e se despediu de mim e eu falei, boa sorte na corrida! Cevert agradeceu passou pelo grupo falou algo e sumiu indo para os boxes. Acho que fui um privilegiado pois fui atropelado por uma McLaren e ainda conheci um piloto estrangeiro, veloz e simpático.Naquele  ano não fui assistir a corrida no Domingo,pois gostava mais de assistir os treinos e também não lembro quem ganhou e se o Cevert chegou bem no final do prova.
Apenas sei que em Outubro de 1973 ouvi pelo rádio a notícia de sua morte, a qual senti muito, pois estive ao seu lado alguns meses antes.
Bons tempos, pois tive a oportunidade de ver e conhecer uma Fórmula 1 mais acessível aos seus fãs.

São Paulo, 07 de Outubro de 2011
Joel Marcos Cesetti





Cevert e Stewart






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Meu amigo Joel escreve o blog Esporte Protótipos e é apaixonado por automobilismo.
Obrigado Joel por dividir uma lembrança tão grata.
Agradeço também aos meus amigos Ararê pela bela imagem que começa este post e o Caranguejo por algumas das belas fotos.
Um forte abraço a todos...    

Rui


sábado, 19 de fevereiro de 2011

terça-feira, 18 de maio de 2010

PARABENS





Completa dois anos o blog de meu amigo Joel. Obrigado amigão por todo apoio e por nos mostrar todas maravilhas dos Esporte Protótipos. Muito sucesso em todas suas atividades! E um abraço.






                    
                                                    Marido, paizão o Francis voltou a pilotar sua grande paixão, o automobilismo na terra. Seus textos sobre a corrida são tão emocionantes quanto a emoção que ele sentiu ao voltar as pistas com a família a seu lado.  A foto dele na pista é de Ingo Hoffmann.