A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Pendurado...

 

Abarth Fiat 2.000 Sport Spider




 Coincidência ou não, tempos atrás conversava com  Chico Lameirão e começamos a falar sobre os motores pendurados, atrás do eixo traseiro. Ele com sua vasta experiência da época da Willys, com os Gordini, as carreteras Gordini com o motor R8 e as Berlinetas.
Talvez ele me contradiga depois de ler este post, mas o que conversamos é que ao contrário dos motores centrais, a tocada quando eles são pendurados é muito mais previsível. Nos motores centrais o sobresterço quando vem é violento, já nos pendurados ele é anunciado, e de mais fácil correção. 
 Posto isto vamos à Abarth-Fiat Sport.
Em 1968, a grande maioria dos protótipos que corriam no Grupo 4 da FIA, já acompanhavam a característica que a Formula Um lançara no final da década anterior, quando Jack Brabham e a pequena Cooper foram campeões do mundo, o motor central traseiro. 
 Carlo Abarth e sua Abarth tinham uma enorme experiência nos pendurados, desde os rapidíssimos Fiat Cinquecento, que ele transforma em bólidos, passando pelas maravilhosas Simca-Abarth que tanto venceram no Brasil, trazidas para Simca por "seu" Chico Landi e tocadas com maestria por Ciro Cayres, Jayme Silva, Toco Martins e outros grandes pilotos da equipe.
 Carlo resolve fazer, contrariando seu engenheiro projetista, o novo carro com o motor "pendurado", atrás do cambio e eixo traseiro. Nas diversas categorias do Grupo 4 e 6, usaria uma gama imensa de motores, desde os de 1.000cc até o poderoso Fiat com cabeçotes Abarth de 2.000cc.

 Chassi tubular - superleggera - reforçado por placas de fibra, pesava apenas 47 kg.
Suspensão dianteira com triângulos.
Suspensão traseira com triangulo inferior e acima braço ancorado no chassi.
Peso total 575 Kg.
Comprimento 3.85m.
Largura 1.78m. 
Altura 970cm.
Entre eixos 2.085m.
Distribuição de peso 38% da dianteira e 62% na traseira.
Freios a disco.
Cambio de cinco marchas mais ré.

 Seu motor era uma joia desenvolvida pela Abarth sobre um motor Fiat.
Bloco e cabeçotes em liga de alumínio.
Quatro cilindros em linha.
Diâmetro 88mm x 80, 1946cc.
Duplo comando de válvulas no cabeçote.
Quatro válvulas por cilindro.
Taxa de compressão 11.5:1. 
Alimentado por dois carburadores Weber 58 DOC3 e bomba elétrica de combustível. 
Carter seco.
Potencia 256 hps à 8.700 rpm.

Para homologação foram construídos vinte e cinco carros, sendo que o total durante os próximos anos chega a cinquenta unidades.



 O piloto escolhido para desenvolver a joia foi Peter Schetty, sim o mesmo que poucos anos depois seria o Diretor Esportivo da Ferrari.
Logo de cara vence uma prova do Campeonato Europeu de Subida de Montanha. Coisa que se tornaria habitual nos próximos anos nas mãos de outros grandes pilotos como Arturo  Merzario, Lella Lombardi...
Em 5 de abril de 1968 correndo os 500 Km de Nurburgring, pelo Grupo 6 da FIA, motores até 1.600cc,  Schetty  vence, tendo Johannes Ortner chegado em segundo e Arturo Merzario em terceiro, os três pilotando os Abarth-Fiat Sport Spider.

Schetty em Nurburgring.
A guerreira Lella nos 500 Km de Interlagos 1972.


OS PENDURADOS


Porsche 356 Carrera.

 
Renault Gordini. Na foto dois da equipe Willys, se não me engano com Carol Figueiredo e Anisio Campos.

Alpine A110.
Vencendo as Mil Milhas Brasileira de 1967 com Luiz Pereira Bueno/Luiz Fer4nando Terra Smith, com Bird Clemente/Marivaldo Fernandes em segundo.
Simca Abarth com Jayme Silva e Ciro Cayres.
Um pequeno foguete desenvolvido pela Abarth.
VW


É isto meus amigos, desculpem minhas falhas, a vontade de escrever é maior.
Ao meu amigo Chambel.

Depois do post um longo papo com o Chico, seu depoimento:

"Caro Rui ..... parabéns pela escrita do motor “””” Pendurado “””” , que sempre o chamei de “”” Rabeta “”” que advém das lanchas  com motor “”” Rabeta “””” da época que esquiava na Guarapiranga ..... realmente tocar um motor “”” Pendurado “””com uma tracao Traseira e’ uma dádiva do. Céu ..... hoje com tantos recursos fica fácil de se o trabalhar .... vide os Porsches família 911 .....!!!!  

Abraço Chico"


Valeu Chico.


Rui Amaral Jr













 









      

sábado, 9 de março de 2013

Maria Grazia "Lella" Lombardi

F. 5.000
Apesar de só haver disputado 12 corridas na Formula Um Lella teve uma sólida carreira, construída desde o kart, em 1970 vence o campeonato italiano da Formula 850 depôs passando pela Formula Monza, Formula 3 e Formula 5.000.
Em 1974 em sua primeira participação na Formula Um não se classificou para o GP da Inglaterra em Brands, já em 1975 correndo com o March 741 depois 751 da equipe Willians participa de doze corridas do mundial, tendo chegado em 6º lugar no GP da Espanha em Montjuich.
Foi a primeira mulher a se classificar para uma corrida do mundial de Formula Um, o GP da Africa do Sul em 1975, desde a participação de Maria Teresa de Fillipis no CP da Bélgica em Spa no ano de 1958, onde chegou em 10º lugar pilotando  uma Maserati 250F.


 Montjuich 1975 March 751, 6º ugar.
Kyalami 1975, March 741
1.000 KM de Monza, Alpine Renault A411 classe até 2.000cc, vitória com Marie Claude Beaumont.
500 KM de Interlagos 1972, Fiat Abarth

1975 também foi um belo ano para Lella nos Sport Protótipos quando correu pela Alpine Renault com o A411 na classe até 2 litros. Em dupla com  a francesa Marie Claude Beaumont fizeram grandes corridas, como o 6º lugar na geral nos 1.000 KM de Mugello e o 4º lugar na geral e vitória na categoria nos 1.000 KM de Monza.
Continuou correndo em várias categorias até 1984, faleceu no ano de 1992 aos 51 anos.
Levou sobretudo a profissão que abraçou muito à sério, à ela nossas homenagens.

domingo, 8 de março de 2009

Lella , Michelle e Danica

Lella e a Brabhan Bt 44 B
Michelle e o Audi Quattro .

Danica


Hoje Dia Internacional da Mulher , resolvi fazer minha homenagem a todas escrevendo sobre três "botas" , Lella Lombardi , Michelle Mounton e Danica Patrick . Deixo tambem meu carinho a algumas grandes mulheres com quem tenho ou tive a honra de conviver , Arinda Amaral Lemos , minha mãe que a todos proveu , irmãos , filhos , sobrinhos e agregados , D . Emma minha mentora , minha tias Duduca e Carmelita , minhas amigas Christina , a do Rodrigo e a do Homero , a Claudia minha conpanheira de longos dez anos , e todas grandes mulheres que tive a honra de conviver . Sobre a Lella acho que meu amigo Luiz Salomão há de escrever algum texto , lembro se não me falha a memoria dela em Interlagos pilotando uma Lotus Europa , para depois aparecer na F 1 , onde pilotou por algumas corridas uma Brabham BT 44 B , corajosa pilotou F1 , numa época difícil , em que uma mulher ao volante de um F 1 era algo inimaginável . Michelle Mountom , lembro até hoje das voltas em que meu amigo Expedito Marazzi deu num circuito de motocross que havia no espaço entre a "Reta oposta " e a curva do "Sol" , ela pilotando , ele até escreveu uma matéria , depois me confidenciou " ela é uma tremenda bota , acelera onde muito marmanjo tira o pé " . Ela e sua companheira Fabrizia Pons , foram durante muito tempo figuras de ponta no mundial de rallie . E finalmente a Danica , atrevida , rápida , corajosa , que hoje enfrenta os "marmanjos" na Indy , tendo no ano passado vencido sua primeira corrida , exatamente no Japão . Seria um aviso para nós , que daqui para frente até nas pistas , nos teríamos a concorrência delas .
A todas Lellas , Michelles e Danicas meu carinho e admiração .