A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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sexta-feira, 6 de abril de 2012

VITÒRIA

O post a seguir escrevi em Junho de 2009, havia começado a escrever o blog alguns meses antes. Depois de postar uma reportagem da Quatro Rodas, em que meu amigo Expedito Marazzi, contava sobre a carretera #50, entra em contato comigo o Fabio Poppi e me apresenta Victório e seu filho Marcelo Azzalin.
Hoje, Sexta Feira Santa, abro minha caixa de correspondências e vejo um e-mail em que a pessoa se identifica e conta que trabalhou com meu amigo nessa memorável vitória.
Ligo de imediato para o Victório e conto; “O Wilson - Bataró - deixou um comentário no post das MM”, de imediato ele sorri e fala que a algum tempo não o vê. É meu amigo Victório de sempre.
E é assim que vou escrevendo, com os amigos e para os amigos, felicidade ter tantos que viveram tantas Histórias.
Para o Victório, Marcelo, Fabio e Wilson.
Feliz Páscoa a todos!


O comentário do Wilson no post original.


MEUS AMIGOS


EU ESTAVA LÁ E FIZ PARTE DA EQUIPE 50.
O CARRO FOI UMA LOUCURAS TRABALHAMOS NELE 03 MESES DIA E NOITE.
DEVEMOS SEMPRE LEMBRAR O GORDINHO "MECANICO" QUE ÉRA UM COLOSSO EM MECANICA.
FIZEMOS O CARRO A MODA CASEIRA, MAS COM MUITA EFICIENCIA, E TESTAVAMOS ELE NA RUA LÁ NA RUA BONSUCESSO EM FRENTE A NOSSA OFICINA.
TENHO UMA HISTORIA VSTA DESSE GRANDE PREMIO QUE GANHAMOS. TENHO FOTOS ALGUMAS SÓ POIS A MAIORIA SE QUEIMOU EM UM INCENDIO NA CASA DA MINHA SOGRA ONDE ESTAVAM GUARDADAS AS MINHS COISAS.
A HISTORIA É MUITO VASTA SE QUISEREM SABER ME CONTATEM QUE TEREI O PRAZER DE ESCREVER TUDO SOBRE ESSA VITORIA.
UM GRANDE ABRAÇO A TODOS = WILSON - NA PROVA CONHECIDO COMO BATARÓ.


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JUSTINO DE MAIO E VITÓRIO AZALIM VENCERAM A VII MIL  MILHAS BRASILEIRAS

Assim a edição da GAZETA ESPORTIVA de 29 de Novembro de 1965 noticiou a vitória .



Victório

O que conto a seguir é um relato do que ouvi do Vitório, é a historia das MIL Milhas de 1965 contada por quem a venceu, pode haver alguma incorreção, isto se deve a mim, um contador de histórias, histórias verdadeiras contadas por quem as viveu, outros registros deixo a cargo dos historiadores.
" Comprei a carretera, queria a 34 mas o Damiani chegou antes e eu fiquei mesmo com a 50, levei para oficina, era um carro alto e difícil de pilotar, cortei sua carroceria e abaixei, começava tomar forma, aí chega o Justino e me convida a correr as MM, levamos o carro para sua oficina e começamos a prepará-lo, trocamos o motor por um dele, um Chevrolet V8 com girabrequim de Corvette, uma usina de força, até os contagiros quebravam, estávamos prontos.
A CORRIDA : Quem largou foi o Justino, e começamos bem, havíamos combinado um ritmo de corrida virando 4m10s, depois de uma hora e meia de corrida ele parou e peguei o carro, era um canhão, vínhamos rápido, por volta das três e meia da manhã tomei a ponta. Tomei em uma ultrapassagem sobre o Vitório Andreata, na segunda perna da "Ferradura ", tendo ele batido na traseira de meu carro, a hora que vi na placa do Box 1º não acreditei, estávamos liderando as MIL MILHAS, continuamos  sempre entre os primeiros, hora era o Caetano, hora outro carro, e nós sempre entre os lideres. O carro do Caetano quebrou a cremalheira, seu Box era ao lado do nosso, foi um rebuliço quando vimos, enfim o Caetano saiu de novo, só em 4ª marcha. No final eu pilotava, faltavam umas quatro ou cinco voltas para bandeirada, e minha carroceria estava se soltando, tinha muitos buracos na pista, meu medo era o tanque de gasolina se soltar, vinha guiando com cuidado, estávamos três ou quatro voltas à frente do 2º colocado. Quando vi estava recebendo a bandeirada, ninguém imagina o que é receber a bandeirada de vitória, vi minha equipe pular, vibrar, e eu Victório estava recebendo a bandeirada da vitória ."

Victório/Justino, a carretera de Caetano Damiani/Bica Votnamis e o JK de Jaime Pistilli/Leonardo Campana.
Aqui a 50 vem bem rápido no miolo passando um Gordini 
Já de dia a 50 caminha para a vitória.
Victório recebe a quadriculada das mãos de Eloy Gigliano. 



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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

HOMENAGEM - III






Quando o Marazzi escreveu para revista MOTOR 3 a reportagem "Pinicos atômicos", eu não pude acompanhar os testes, só cheguei mais tarde para tirar aquela foto com meu bigode lusitano, meus mecânicos não queriam que ninguém andasse no carro, e por isso o levaram sem motor e com as rodas de transporte. Acho que o " Velho " ficou chateado comigo, quando cheguei ele já tinha ido embora. Depois das fotos o Duran, que era um festeiro de primeira, combinou uma homenagem ao Marazzi em sua casa noturna o TALBOT, na Av. Henrique Schaumann para dali alguns dias.
Na noite marcada resolvi ir com a CARRETERA, para homenagear meu amigo que havia corrido com ela as MIL MILHAS de 1966 e dela me contava mil histórias. Quando estava de saída chegou o Homero e fomos juntos. Desci a Av. Bandeirantes, Marginal Pinheiros,Av. Cidade Jardim, Faria Lima, Rebouças, e entrei na Henrique Schaumann, por onde passávamos todo mundo olhava, aquele ronco do V 8 , aqueles dois loucos guiando aquela máquina, pouca gente deve ter se dado conta que não era um calhambeque e sim, a História. Ao chegarmos ao TALBOT aglomeração encima dela, lá todo mundo sabia o que ela já havia feito. Entrei e o Marazzi estava no meio de uma roda de amigos conversando, cumprimentei-o e disse " trouxe um presente para você, vamos lá fora ". Hoje 25 anos depois ainda me lembro de seus olhos, atrás dos óculos brilharam, me olhou e disse " vou dar uma volta com ela ". A volta durou mais de uma hora, quando voltou sentou-se a meu lado e disse só " obrigado ", não falamos do assunto CARRETERA, mais eu via que ele estava emocionado, imaginei o que se passava em sua mente, e imaginei também como havia sido sua voltinha.
Dois anos depois estava andando uma manhã pelo Ibirapuera, e encontro o Homero que dispara, " leu a QUATRO RODAS o Marazzi te fez uma baita homenagem" fui comprar a revista e ao ler a matéria pude entender sua emoção e o só " obrigado ". É " Velho " cheguei naquela noite com ela para te homenagear e você acaba escrevendo um texto maravilhoso destes.

Obrigado Velho!

Dedico este texto aos amigos Victório Azzalin e Gabriel Marazzi, agradeço ao Careca - Julião Domingos da Silva - pelo exemplar da revista , e ao Fabio  Paperslotcar.

Rui







Victório Azzalin







quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

RELEMBRANDO - III


GLORIA IMORTAL AOS VENCEDORES DAS MIL MILHAS BRASILEIRAS


                                                                           


Direto da casa do Victorio e seu filho Marcelo Azzalin depois de uma hora de papo, não poderia deixar de escrever alguma coisa, antes de chegar aqui atrasado, foram três horas de papo com o Carlos de Paula, que há esta hora deve estar voando para Miami. Ouvir o Victorio é voltar no tempo, é relembrar uma época saudosa de nossa vida. Ele me falou de seu irmão Rubens Azzalin, que correu com uma CISITÁLIA 1300 cc, do Justino de Maio vencedor com ele das MIL MILHAS de 1965, seu grande amigo e segundo ele um ótimo piloto tão rápido quanto ele. Das MIL MILHAS que correu com o Expedito Marazzi e de um monte de amigos, Ayres Bueno Vidal, Nelson Marcilio, filho do Totó, segundo ele todos grandes pilotos aqui do Tatuapé e todos segundo ele "grandes xaropes”. Estou aqui escrevendo e o Victorio me contando suas histórias, agora é do Ayres, que foi correr em Araraquara com um STUDBAKER e o Victório foi com um DKW, como o Ayres tinha que marcar pontos, começou a andar muito forte e acabou batendo numa estátua na frente do estádio que tinha acabado de ser inaugurado, ele ri muito e diz que o motivo da batida foi uma suspensão quebrada. Ele já me contou como tomou a ponta nas MIL MILHAS de 65, do gaúcho Victorio Andreatta, que naquela prova fazia dupla com seu pai Catarino, dois grandes pilotos gaúchos sendo o Catarino vencedor das M.M de 57, junto com Breno Fornari. A ultrapassagem foi na curva Ferradura, na entrada da segunda perna tendo Victorio Andreata batido na traseira de seu carro. Ouvindo aqui ele contando, seus olhos brilhando parece que foi ontem. Aguardem que ai vem com fotos e tudo toda história daquelas MIL MILHAS.


O Marcelo e eu assinamos em baixo. Só faltou o Fabio, para completar. 31/05/2009



Victório recebe a bandeirada da vitória das mãos de um outro grande personagem de nosso automobilismo,Elói Gogliano, idealizador das MIL MILHAS com Wilson Fittipaldi.
 
 

A carretera de Vitório e Catharino Andreatta quebrada.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Victório/Justino a frente de Vitório/Catharino e Jayme Silva/UgoGalina.
 
 

Quadro de fotos de Victório mostrando várias corridas de sua carreira, como as fotos acima estão na sala de jantar de sua casa.


                                             

 
                                                  
Trecho da QUATRORODAS em que Expedito Marazzi conta da vitória da dupla Victório/Justino e o convite para participar das MM de 1966.
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Domingo 31 de Maio deste ano escrevi direto da casa do Victório, tamanha foi minha empolgação ao conhece-lo, quanto já havia andado naquela carretera pensando como teria sido correr com ela as MM,e agora ouvia as histórias dela contada por quem a tornou imortal .
A você Victório e a seu filho Marcelo meu forte abraço e que DEUS os conserve fortes e firmes.