A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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domingo, 15 de julho de 2012

A CORRIDA WASHINGTON LUIZ


Uma das grandes provas automobilísticas nacionais do século 20 se deu em 1949. Foi a corrida Washington Luiz, realizada em São Paulo, em dezembro daquele ano, ao longo de dois dias de muita chuva e muitos percalços. E um gaúcho terminou vencedor.
Largada simbólica da prova Washington Luiz, com bandeirada do então governador paulista Ademar de Barros.
Fotos: arquivo pessoal
Promovida pelo Automóvel Clube do Brasil e patrocinada pelo governo paulista, a disputa apresentou problemas de organização. Várias das curvas do trajeto - que passou por municípios como São José do Rio Preto, Presidente Prudente e Sorocaba, além da própria São Paulo capital - não estavam sinalizadas. Alguns trechos da pista não tinham proteção - inclusive uma ponte, na qual o piloto gaúcho Aristides Bertuol acabou caindo. Outro competidor do Rio Grande do Sul, Argemiro Pretto, foi abalroado por um trem, em um trecho próximo à via férrea.
Largada oficial da corrida, no quilômetro 12 da Rodovia Anhanguera
Mas um representante gaúcho, Catarino Andreatta, saiu vitorioso da prova, com seu Ford V8 número 10. Além dos troféus, ele ficou com o título de Campeão Brasileiro de Estradas. Oscar Bay, Ernesto Ranzolin, Adalberto Moraes e Americo Cecconi também representaram o Sul na competição em São Paulo

(colaboraram Graziela e Nelson M. Rocha)
Publicado no jornal ZERO HORA, coluna: ALMANAQUE GAÚCHO de Ricardo Chaves
Postado por Luís Bissigo, às 6:20
Categorias: automobilismo
09 de julho de 2012
http://wp.clicrbs.com.br/almanaquegaucho/2012/07/09/a-corrida-washington-luiz/?topo=13,1,1,,,13





terça-feira, 12 de julho de 2011

COPA RIO GRANDE DO SUL 1948


Por Nelson Marques da Rocha
Publicado primeiramente no jornal Zero Hora, coluna Túnel do Tempo
08 de julho de 2011

sábado, 25 de junho de 2011

O raid dos grandes pilotos



Publicado primeiramente no Jornal Zero Hora - Porto Alegre-RS

24 de junho de 2011





terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Kitty Fabri foi uma das pioneiras nas corridas de automóvel


Quando, às 9,00 horas do dia 9 de dezembro de 1949, a paulista Kitty Fabri arrancou com seu automóvel Ford 1942 número 52 no quilometro 12 da Via Anhanguera, em São Paulo, para disputar lado a lado com "marmanjos" uma corrida num trajeto de mais de 2.000 quilômetros de estradas do interior paulistano, apresentava-se, talvez sem querer, como uma das mulheres pioneiras nessa área em nosso país

Hoje, vemos mulheres participando de corridas de automóveis,
de motos, de caminhões e até de arrancadas de "dragster" em
autódromos, sem muitos comentários.
Mas, na época... Bem, escreveremos sobre mais uma das grandes e saudosas provas automobilísticas de estradas brasileiras, ou seja, a "Washington Luiz", promovida pelo Automóvel Clube do Brasil, a partir de São Paulo/SP e disputada nos dias 8, 9, 10 e 11 de dezembro de 1949, reunindo os principais pilotos do país.

Debaixo de chuva fina, a partida simbólica dos competidores foi dada às 8,00 horas no Vale do Anhangabaú, seguindo estes em direção à Via Anhanguera onde, às 9,00 horas, foi dada a largada oficial da prova, num t


rajeto que incluía entre outras cidades Campinas, Sorocaba, São José do Rio Preto e São Manoel. Chico Landi, piloto já famoso na época, estava presente com um Ford 1948 mas, ele mesmo tinha como favorito a vencedor da prova o gaúcho Catharino Andreatta, "cobra" em corrida de estrada.

Por sua vez, Kitty Fabri, vestida de branco e usando turbante, disse que, se o seu carro correspondesse, acompanharia os grandes volantes. O primeiro carro a arrancar foi o mais velho de todos, um Ford cupê 1933, múmero 98, de Alberto Cortez Salgado (SP).

Atrás dele, a cada minuto, arrancaram os pilotos Luiz Ambrósio - carreteira Ford, João Scaffidi, Kitty Fabri (SP), José Guidini, Ernesto Ranzolin (RS), Rosalvo Mansur Framcisco (SP), Adolfo Pitoresco, Moacir Colli, José Ambrósio, Rafael Gargiulo, Godofredo Viana Filho (SP), Argemiro A Pretto (RS), João Vieira de Sá, Angelo Gonçalves, Mario Marsiglia, Francisco Landi (SP), Catharino Andreatta (RS), Oscar Bay (RS), Francisco Marques, Djalma Luciano Pessolato (SP), Raulino Miranda (SC), Francisco Said (SC), Gilberto Pereira do Vale, José Amadeu Luggeri, Antonio Patra, Amaral Junior, Primo Fiorese (SP), Julio Andreatta (RS), Horácio Alves Ferreira, Aristides Bertuol (RS), José Fiadi, Julio Vieira dos Santos, Mario Sinatolli, Gilberto Gazzaniga, Osvaldo Bertini, Chafic Scaff, Antonio da Silva e Edivaldo de Oliveira Santos. Nas fotos de hoje, a largada simbólica da prova e, a piloto Kitty Fabri pouco antes disso.

Por Ari Moro

Publicado primeiramente no jornal A Tribuna/jornal do Automóvel de Curitiba e Paraná on line

30/12/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 29/12/2010 às 22:19:27

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A Extraordinária Corrida, em 1940 - Última parte

O terrível desafio imposto a carros e pilotos pelo Grande Prêmio Bi-Centenário de Porto Alegre num trajeto de 2.076 quilometros de estradas do Rio de Janeiro a capital gaúcha, iniciado no dia 14 de novembro de 1940, havia chegado ao fim para apenas 9 das 23 carreteras iniciais.

Arrancando de Florianópolis/SC na manhã do dia 17 de novembro, na quarta e última etapa, o piloto catarinense Clemente Rovere cruzou a linha final em Porto Alegre às 14h51´29" e 4/10 com seu carro número 16, um Ford cupê, no tempo de 9h49´20" e 8/10.

O campeão uruguaio Hector Supicci Sedes havia vencido a etapa Curitiba/Florianópolis e portanto saiu na frente de Rovere, mas, o motor da sua carreteira Ford fundiu a poucos quilometros de Porto Alegre, quando estava 9 minutos à frente do catarinense.

No cômputo geral da prova, Rovere estava, nessa altura, 1 hora e 9 minutos à frente dos demais pilotos e bastava manter essa diferença para alcançar o triunfo final.

Mas, mesmo assim impôs ritmo forte ao seu desempenho até a localidade de Passo do Socorro, a fim de ganhar o prêmio "Estado de Santa Catarina", destinado ao piloto que atravessasse o território catarinense em menor tempo.

Daí para a frente, reduziu a velocidade do carro até a linha final. Somados os tempos dos pilotos dos 9 carros que resistiram à maratona das quatro etapas, Clemente Rovere foi consagrado o grande vencedor, com o tempo total de 27h59´01" e 4/10, seguido de Ernesto Ranzolin/João Pedro Souza Oliveira - carro 26 - Ford 1940 cupê De Luxe - 29h57´17" e 1/5; Adalberto Morais/Armando Avelino Rodrigues - carro 36 - Chevrolet - 30h55"e 1/5; Oscar Bins/David Souza - 2 - Ford - 30h31´45" e 2/10; Antonio Rodrigues Peres e Amaro Calmon - 4 - Mercury - 30h39´55" e 2/5; Raulino Miranda e Ervino Reguze - 38 - Chevrolet - 30h59´55" e 2/5; Iberê Correia/Ismael Soriano - 6 - Ford - 31h22´27"; Ari Cortese de Santana/Ernesto de Souza Fontes - 30 - Ford - 32h22´21" e 1/10; e Salvador M. Pereira/Antonio Garcia - carro 20 - Willys - 35h50´43" e 3/10.

Apesar das chuvas e do estado de conservação das estradas, a média horária de Rovere foi de 73,971 quilometros/hora; Ranzolini fez 69,113 km/hora; e Adalberto Morais 68,640 km/hora.

Dessa forma dava-se por encerrada a disputa de uma das mais famosas e importantes corridas de carros em estrada já realizadas no país, cuja história descansa nas páginas empoeiradas do livro do tempo sobre as competições automobilísticas brasileiras. Numa foto de hoje, a carreteira de Ranzolin passando por Antonio Prado/RS; na outra, Adalberto Morais/Armando Rodrigues e o Chevrolet da dupla.

Por Ari Moro

Fotos do acervo pessoal do amigo Antônio Ranzolin filho do saudoso exímio piloto de gaúcho de carreteras Ernesto Ranzolin.
23/12/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 22/12/2010 às 23:43:22

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A Extraordinária Corrida, em 1940 - Capítulo V

No dia 17 de novembro de 1940, pela manhã, o campeão uruguaio Hector Supicci Seedes, com sua carretera Ford número 10, arrancou de Florianópolis/SC na frente dos demais competidores rumo à Porto Alegre/RS, a fim de cumprir a última e decisiva etapa de 636 quilometros do Grande Prêmio Bi-Centenário de Porto Alegre, iniciado no Rio de Janeiro/RJ no dia 14 do mesmo mês.

Não haveria nova chance. Poucos carros e pilotos suportariam a dura prova até a bandeirada final. Logo atrás de Hector arrancaram as carreteiras 16 - Ford - do catarinense Clemente Rovere e 4 - Mercury - do gaúcho Antonio Rodrigues Peres, seguidos, entre outros, pelos carros de Ernesto Ranzolin - 26 - Ford, Adalberto Morais - 36 - Chevrolet, Oscar Bins - 2 - Ford, Raulino Miranda - 38 - Chevrolet, Ari Cortese - 30 - Ford, Iberê Correia - 6 - Ford, Salvador Pereira - 20 - Willys, Julio Vieira - 12 - Lincoln Zephyr e Belmiro Terra - 46 - Chevrolet. Pela frente o longo percurso passando pelas cidades de São José, Palhoça, Várzea Grande, Taquaras, Barracão, Lomba Alta, Bom Retiro, Canoas, Rio Bonito, Índios, Lages, Vacaria, Antonio Prado, Farroupilha, Caí e São Leopoldo. Os pilotos exigiram o máximo dos carros.
O motor da carreteira de Belmiro Terra quebrou em Lages. Mas o pior aconteceu com Hector Supicci, que colocou seu carro 9 minutos à frente do carro de Rovere, já em solo gaúcho.

No entanto, a poucos quilometros do final, na cidade de Sapucaia, o motor Ford da sua carretera fundiu. Era o fim para o campeão uruguaio. Rovere passou e venceu com o tempo de 9h49´20" e 8/10. Em segundo chegou Ernesto Ranzolin com 10h24´37' e 8/10, ficando em terceiro lugar Adalberto Morais com 10h27´36´´ e 4/10.

Em seguida receberam a bandeirada dessa etapa os pilotos Oscar Bins, Antonio Peres, Raulino Miranda, Ari Cortese, Iberê Correia e Salvador Pereira, este com o tempo de 12h31´57".

Dos 23 iniciais, apenas 9 carros venceram o grande desafio. Clemente Rovere recebeu a bandeirada do Prefeito Municipal de Porto Alegre - Loureiro da Silva, em frente a escadaria do prédio do Palácio Municipal.

Mas, somados os tempos de cada etapa dos 2.076 quilometros, quem seria o grande vencedor da prova? Não perca a sequência! Nas fotos de hoje, Clemente Rovere, com os louros da vitória, carregado pelo povo e, a chegada da carreteira Ford 26 de Ernesto Ranzolin, em Porto Alegre.



Por Ari Moro

Publicado primeiramente no Paraná On Line
http://www.parana-online.com.br/canal/automoveis/news/498647/?noticia=A+EXTRAORDINARIA+CORRIDA+EM+1940+PARTE+V

Fotos do acervo pessoal do amigo Antônio Ranzolin, filho do saudoso exímio piloto gaúcho de carretera, Ernesto Ranzolin

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A Extraordinária Corrida, em 1940 - Capítulo IV

Escassos e importantes segundos separaram o primeiro do segundo lugar na chegada, a Florianópolis/SC, dos carros e pilotos participantes do Grande Prêmio Bi-centenário de Porto Alegre, os quais disputaram a terceira etapa dessa fantástica corrida de 2.076 quilômetros no dia 16 de novembro de 1940, trecho de 444 quilometros entre Curitiba e a capital catarinense, passando por São José dos Pinhais, Campo Largo da Roseira, Rio de Una, Tijucas do Sul, Campestre, Bateias de Cima, São Miguel, Pedreira, Joinville, Bananal, Jaraguá do Sul, Aurora, Blumenau, Gaspar, Ilhota, Itajaí, Camboriú, Tijucas e Biguassu.

Certo, entre os pilotos, era que tratava-se de etapa quase decisiva, pois, sendo a penúltima da maratona, quem a vencesse estaria em boas condições para a final. Pela ordem de chegada da etapa São Paulo/Curitiba, daqui largaram: Catharino Andreatta/RS - carro 42 - Mercury; Eitel Cantoni (Uruguai) - carro 44 - Ford; Clemente Rovere/SC - carro 16 - Ford; Julio Vieira/SP - 12 - Lincoln Zephyr; Iberê Correia/SC - 6 - Ford; Oscar Bins/RS - 2 - Ford; Luis Tavares de Morais/ RJ - 34 - Ford; Adalberto Morais/RS - 36 - Chevrolet; Ernesto Ranzolin/RS - 26 - Ford; Belmiro Terra/RS - 46 - Chevrolet; Ari Corteze/RJ - 20 - Ford; Raulino Miranda/SC - 37 - Chevrolet; Hector Supicci/Uruguai - carro 10 - Ford; e Antonio Peres - 4 - Mercury.

Desta feita, além do seu compatriota Eitel Cantoni, que fez o segundo lugar no trecho São Paulo/ Curitiba, o piloto campeão uruguaio Hector Supicci Seedes mostrou que era "bom de braço" mesmo e favorito ao triunfo final, recebendo a bandeirada de primeiro lugar em Florianópolis, com o tempo de 5 horas, 22 minutos, 1 segundo e 2 décimos.

Mas, o catarinense Clemente Rovere mostrou que era bom de volante também, chegando na cola de Hector, com o tempo de 5 horas, 22 minutos e 35 segundos! Numa corrida dessas, de longa duração, em condições adversas, alguns segundos de diferença pouco significavam.

Em terceiro lugar classificou-se o gaúcho Antonio Peres, carro 4 - Mercury, com 5 horas, 42 minutos e 2 segundos. Daqui para a frente era tudo ou nada para os pilotos e carros que restaram dos 23 que largaram no Rio de Janeiro dia 14 de novembro de 1940, pois, tratava-se da última e decisiva etapa.

Clemente Rovere - primeira, Catharino Andreatta - segunda e Hector Supicci - terceira etapa, já eram vencedores. Restavam ainda mais de 600 imprevisíveis quilômetros. Quem receberia a bandeirada final em Porto alegre, no dia 17? As carreteras aguentariam o esforço?

Seria um Ford ou um Chevrolet? Brasileiro ou uruguaio? Não Perca a grande final! Na foto de hoje, a carretera do piloto gaúcho Ernesto Ranzolin levantando poeira no centro da cidade de Lages/SC, rumo a Porto Alegre.

Por Ari Moro

Fotos do acervo pessoal amigo Antônio Ranzolin, filho do saudoso exímio piloto gáucho de carretera, Ernesto Ranzolin.


Publicado primeiramente no Jornal do Automóvel de Curitiba-PR e Paraná On line.

http://www.parana-online.com.br/canal/automoveis/news/496997/?noticia=A+EXTRAORDINARIA+CORRIDA+EM+1940+PARTE+IV

09/12/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 08/12/2010 às 21:28:37

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A Extraordinária Corrida, em 1940 - Capítulo III


Cumprida a primeira etapa de 493 quilometros entre Rio/São Paulo/SP do Grande Prêmio Bi-Centenário de Porto Alegre, os 15 pilotos "sobreviventes", após descanso e os reparos nos carros, partiram às 9,00 horas do dia 15 de novembro de 1940 para disputarem curva a curva o trecho de 496 quilometros até Curitiba, passando por Cotia, São Roque, Sorocaba, Campo Largo, Itapetininga, Gramadinho, Capão Bonito, Apiaí, Capela da Ribeira e Bocaiúva do Sul.

Ainda sob chuva largaram, de acordo com a ordem de chegada em São Paulo, os pilotos: Clemente Rovere/SC - carro 16 - Ford; Francisco Landi/SP - carro 18 - Ford; Iberê Correia/SC - 6 - Ford; Catharino Andreatta/RS - 42 - Mercury; Julio Vieira/SP - 12 - Lincoln Zephyr; Ernesto Ranzolin/RS - 26 - Ford; Adalberto Morais/RS - 36 - Chevrolet; Antonio Peres/RS - 4 - Mercury; Raulino Miranda/SC - 37 - Chevrolet; Oscar Bins/RS - 2 - Ford; Hector Supicci/Uruguai - 10 - Ford; Ari Corteze/Rio - 20 - Ford; Belmiro Terra/RS - 46 - Chevrolet; Salvador M. Pereira/SP - 20 - Willys; Etel Cantoni/Uruguai - carro 44 - Ford.

Após muitos trancos e barrancos, o piloto gaúcho Catharino Andreatta, em início de carreira e que já despontava como um "cobra" das corridas de carros em estrada, venceu esta segunda etapa do GP, perfazendo o trecho em 6 horas, 18 minutos, 37 segundos e 6/10.

Em segundo lugar classificou-se o piloto uruguaio Etel Cantoni com 6 horas, 30 minutos, 31 segundos e 4/10 e em terceiro o catarinense Clemente Rovere com 6 horas, 30 minutos e 50 segundos.

Apesar da fantástica prova não contar com nenhum piloto paranaense, a chegada dos carros em Curitiba ocorreu, sob grande expectativa, na rua Comendador Araujo, em cujas calçadas a multidão aglomerou-se para saudar os participantes.

Na sequência chegaram os pilotos Julio Vieira, Iberê Correia, Oscar Bins, Luis Tavares de Morais, Adalberto Morais, Ernesto Ranzolin, Belmiro Terra, Ari Corteze, Raulino Miranda e Hector Supicci, este no tempo de 7h44´.

O carro número 18, de Francisco Landi, sofreu avaria enquanto o piloto Salvador M. Pereira não conseguiu chegar até às 18,00 horas daquela data. Nessa altura dos acontecimentos os pilotos haviam percorrido praticamente a metade dos 2.076 quilometros previstos até Porto Alegre/RS e as coisas começavam a se alinhar, ou seja, os carros melhor preparados para enfrentar tamanha maratona e os pilotos mais arrojados já despontavam.

Nas fotos de hoje, a largada, em São Paulo e a chegada, em Curitiba, em frente ao Restaurante e Hotel Bahia, na rua Comendador Araujo, de uma das carreteiras Ford participantes do GP. Agora, a terceira etapa, Curitiba/ Florianópolis. Não perca!


Por Ari Moro

Fotos do acervo pessoal amigo Antônio Ranzolin, filho do saudoso exímio piloto gáucho de carretera, Ernesto Ranzolin.

Publicado primeiramente no Jornal do Automóvel de Curitiba-PR e Paraná On line
http://www.parana-online.com.br/canal/automoveis/news/495396/?noticia=A+EXTRAORDINARIA+CORRIDA+EM+1940+PARTE+III?reference_id=98e897b03df937c37ff6cebcf4c4f75e687fdd01
02/12/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 01/12/2010 às 22:07:30

sábado, 27 de novembro de 2010

A Extraordinária Corrida, em 1940 - Capítulo II

Neste ponto, sob chuva torrencial, o presidente da Comissão Esportiva do ACB - Romeu de Miranda e Silva - deu a partida oficial, às 8,00 horas, para que os pilotos cumprissem a primeira etapa, de 493 quilometros: Largo do Campinho, Realengo, Bangu, Barra do Piraí, Pouso Seco, Bananal, Guaratinguetá, Taubaté, Jacareí, Mogi das Cruzes e São Paulo.

A cada dois minutos, largaram: Oscar Bins/RS - carro número 2 - Ford; Antonio Peres/RS - 4 -Mercury; Iberê Correia/SC - 6 - Ford; Norberto Jung/RS - 8 - Ford; Hector Suppici Seedes/Uruguai - 10 - Ford; Julio Vieira/SP - 12 - Lincoln Zephyr; Fernando Augusto Alves/RJ - 14 - BMW; Clemente Rovere/SC - 16 - Ford; Francisco Landi-SP - 18 - Ford; Salvador M. Pereira/SP - 20 - Willys; Quirino Landi/RJ - 22 - Ford; Milton Brandão/RJ - 24 - Ford; Ernesto Ranzolin/RS - 26 - Ford; José Lugeri/SP - 28 - Chevrolet; Ari Cortese/RJ - 30 - Ford; Santos Soeiro/SP - 32 - Ford; Luiz Tavares de Moraes/RJ - 34 - Ford; Adalberto Moraes/RS - 36 - Chevrolet; Raulino Miranda/SC - 33 - Chevrolet; Carlos Frias/RJ - 40 - Hudson; Catharino Andreatta/RS - 42 - Mercury; Etel Cantoni/Uruguai - 44 - Ford; e Belmiro Terra/RS - 46 - Chevrolet. Apenas 15 carros chegaram ao bairro da Penha em São Paulo. Já no quilometro 81 o Chevrolet de José Lugeri capotou.

Em seguida acidentou-se Norberto Jung e depois pararam Santos Soeiro, Carlos Frias, Fernando Augusto Alves, Quirino Landi e Milton Brandão.

A etapa foi vencida por Clemente Rovere em 6 horas, 16 minutos e 7 segundos, seguido por: Chico Landi - 6 horas, 24 minutos e 41 segundos e meio; Iberê Correia - 6 horas, 25 minutos e 46 segundos.

Depois vieram Catharino Andreatta, Julio Vieira, Ernesto Ranzolin (6h35´53´´), Adalberto Moraes, Antonio Peres, Raulino Miranda, Oscar Bins, Hector Suppici, Ari Cortese, Belmiro Terra, Salvador M. Pereira e Eitel Cantoni.

O recorde desse trecho havia sido estabelecido em 1937 pelo piloto argentino Arturo Kruse, com 6h8´. Nas fotos, a largada, no Rio, dos carros números 4 - Antonio Peres - e 8 - Norberto Jung. Não perca a sequência da história!

Por Ari Moro

Publicado primeiramente no Jornal do Automóvel de Curitiba-PR e Paraná Online - 25/11/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 25/11/2010 às 00:21:45


* Fotos do acervo do amigo Antônio Ranzolin, filho do saudoso exímio piloto gaúcho de carretera, Ernesto Ranzolin

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

70 anos do raid Rio de Janeiro a Porto Alegre - 14 a 17 de novembro de 1940 - Capítulo I

A exatos 70 anos terminava a 1ª prova automobilística brasileira de longo percurso, prova esta em homenagem ao bi-centenário de Porto Alegre, capital gaúcha.

Recordemos o grande dia - em 14 de novembro de 1940 da frente do Automóvel Club do Brasil que promovia e controlaria a grande prova junto com a secção do Rio Grande do Sul e ainda o Touring Club do Brasil foi dada a largada para as quatro etapas ao gaúcho Oscar Bins, seguido a cada minuto pelos pilotos: Antônio Perez, Iberê Correa, Norberto Jung, Hector Suppici Sedes, Júlio Vieira, Fernando Alves, Clemente Rovere, Chico Landi, Salvador Pereira, Quirino Landi, Milton Brandão, Ernesto Ranzolin, José Lugeri, Ary Cortese Santos, Luiz Tavares Moraes, Adalberto Moraes, Raulino Miranda, Carlos Frias, Catharino Andreatta, Eitel Cantoni e Belmiro Terra.

Competição esta, bastante acirrada e que foi dividida em quatro etapas.

A primeira etapa do Rio de Janeiro a São Paulo, num total de 500 quilômetros.

A segunda etapa de São Paulo a Curitiba, percurso de 496 quilômetros.

A terceira etapa de Curitiba a Florianópolis, percurso de outros 444 quilômetros.

Passagem do piloto Ernesto Ranzolin por Antônio Prado-RS

E a etapa final entre Florianópolis e Porto Alegre num total de 636 quilômetros.

Passagem do piloto Ernesto Ranzolin por Lages-SC

Totalizando 2076 quilômetros de prova.


O trajeto a seco já era um horror, com a chuva que caiu constantemente tornou-se um pesadelo. O grande Norberto Jung foi a primeira importante baixa ao bater em um barranco ainda na primeira etapa. Outro candidato a vitória, Catharino Andreatta abandonou em Blumenau quando ele liderava a terceira etapa.

Rovere surpreendente liderava perseguido por Suppici – o ás uruguaio que parou por quebra em Sapucaia do Sul já próximo a capital gaúcha.

O vencedor foi o competente piloto catarinense, Clemente Rovere.

O 2º colocado foi o gaúcho Ernesto Ranzolin que recebeu a bandeirada às 15 horas e 27 minutos pilotando seu Ford V8 l940, # 26.

Momento após a chegada de Ernesto Ranzolin, Vice-Campeão da Corrida Automobilística

Curiosidades:

Dos vinte e três participantes apenas nove conseguiram chegar, além do vencedor Clemente Rovere, e vice, o gaúcho Ernesto Ranzolin, foram, 3º Adalberto Moraes, 4º Oscar Bins, 5º Antonio Perez, 6º Raulino Miranda, 7º Iberê Correa, 8º Ari Cortese e 9º Salvador Pereira.

A média de toda a prova foi de 69 quilômetros 113 metros, o que atesta a péssima qualidade das estradas em todos os percursos tendo, a prova consumido 29 horas e 57 minutos da largada a chegada em Porto Alegre.


Agradeço ao amigo, Antônio Ranzolin, o convite para escrever sobre este importante marco do automobilismo brasileiro e seu saudoso pai, o exímio piloto gaúcho Ernesto Ranzolin, radicado por mais de 40 anos em Lages-SC. E todo material disponibilizado.

Graziela M. Rocha

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Antigomobilistas relembram a Extraordinária Corrida, em 1940 - I


O dia 14 do corrente mês de novembro será data muito especial tanto para os antigomobilistas quanto para todas aquelas pessoas que possuem "gasolina na veia" e são apaixonadas por corridas de carro.

Nesse dia, serão comemorados os 70 anos da largada, sob chuva intensa, dos até heróicos pilotos e carros participantes do "Grande Prêmio Bi-Centenário de Porto Alegre".

A prova levou um punhado de entusiastas do automobilismo de competição brasileiro e uruguaio a se lançarem numa verdadeira aventura sobre um trajeto de chão, saibro, pedras, buracos, lama, poeira, pontes precárias, planícies, serras, falta de recursos, totalizando 2.076 quilômetros , entre o Rio de Janeiro e a capital gaúcha, passando por Curitiba, numa das corridas de estrada mais eletrizantes e saudosas do Brasil..

A maratona foi concluída em 27 horas, 59 minutos, 1 segundo e 4 décimos, sendo o grande vencedor o piloto Clemente Rovere, de Florianópolis/SC, a bordo da carreteira Ford número 16, com média horária de 73,971 km , considerada excelente face ao estado de conservação das estradas. Imagine o leitor o que existia no Brasil em termos de estradas em 1940. Pavimentação asfáltica?

Praticamente nada. Somente o trecho entre Curitiba e São Paulo/SP exigia um dia inteiro de viagem por parte de um caminhão Ford F-8 carregado com pouco mais de 10 mil quilos e se chovesse muito no denominado "Banhado Grande", a refrega poderia durar até uma semana!

Daí classificarmos de extraordinário o feito, tanto por parte dos responsáveis pela organização da prova quanto dos intrépidos pilotos. A vontade de participar do evento era tanta que teve piloto, como Ernesto Ranzolin, que comprou na revenda Ribeiro Jung, de Porto Alegre/RS, um Ford 1940 cupê zero quilometro, para correr com o veículo!

A partir desta edição começaremos a publicar resumo da página gloriosa que retrata o que foi essa fantástica corrida de carros, com ênfase sobre o desempenho do piloto Ernesto Ranzolin, gaúcho da cidade de Antonio Prado radicado em Lages S /C por ocasião do evento. Isto, graças à fundamental colaboração da jornalista Graziela Rocha, de Passo Fundo/RS, que coletou precioso material histórico.

A prova foi dividida em quatro etapas, sendo Rio de Janeiro/ São Paulo, São Paulo/Curitiba, Curitiba/Florianópolis e Florianópolis/Porto Alegre, as quais abordaremos separadamente.

Numa das fotos de hoje, flagrante do "café com biscoito" oferecido pelo presidente do Automóvel Clube do Brasil - Herbert Moses (centro) - a pilotos e convidados, antes da largada, no Rio, vendo-se o vencedor Clemente Rovere (esquerda, de gravata borboleta) e Chico Landi (todo de branco, à direita); na outra, dia 14/11/1940, às 7,00 horas, sob chuva, 23 carros alinham em frente ao Automóvel Clube/Rio, para a largada da prova. Não perca a sequência da história!


Por Ari Moro

Artigo publicado primeiramente no Jornal do Automóvel de Curitiba-PR e Paraná Online
11/11/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 11/11/2010 às 04:57:25

domingo, 14 de novembro de 2010

70 ANOS

Raid Rio de Janeiro-Porto Alegre dezembro de 1940 - revista Touring.

- Momento após a chegada do Vice-Campeão da Corrida Automobilística Rio/Porto Alegre, o Sr. Ernesto Ranzolin, com o carro #26 Ford V8 1940, em frente a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, na tarde do domingo, dia 17 de novembro de 1940, sendo muito aplaudido pela multidão ali presente. Recebeu a bandeirada às 15h e 24 minutos.
Ernesto está satisfeito com o seu desempenho. Por sua brilhante corrida, foi muito festejado pelos seus parentes e amigos.
Tempo total do Rio de Janeiro à Porto Alegre:
29 horas 57 minutos e 17 segundos com velocidade média de 69 Km e 113 metros por hora, considerada excelente, devido ao mau estado das estradas com as grandes chuvas. Após a bandeirada final, o piloto Ernesto Ranzolin é escoltado pelo oficial da corrida.

 - Aspecto do café oferecido pelo Sr. Herbert Moses – Presidente do Automóvel Clube do Brasil aos pilotos e convidados. Vê-se de gravata borboleta o piloto Clemente Rovere e a direita, de branco, o grande volante brasileiro Chico Landi.

Há 70 anos a 1ª prova automobilística no Brasil

Sexta-Feira, 12/11/2010 por Meirelles Duarte | categorias Memórias do Esporte


Graças à internet, que abre e supera as fronteiras do Mundo, o programa Esportes no 20, do Canal 20 da NET, foi e continua sendo acompanhado nos Estado Unidos por um médico gaúcho que há 20 anos lá trabalha mas não se desvincula do seu Brasil e, principalmente, do seu Rio Grande do Sul: Antonio Ranzolin. Amante do automobilismo, por razões familiares, eis que filho de Ernesto Ranzolin, mantém com a jovem passo-fundense, hoje residente em Itapema, Graziela Menegaz Rocha, troca de informações o que levou a jovem jornalista e pesquisadora a tomar conhecimento da 1ª prova automobilística brasileira de longo percurso. A grande competição que movimentou todo o país foi em homenagem ao bi-centenário de Porto Alegre. Grandes nomes tomaram parte, pilotos que com o passar dos anos, em provas futuras, tornaram-se conhecidos no mundo do automobilismo. Organizada pelo Automóvel Clube do Brasil e com o prestígio do Touring Club do Brasil, a prova tinha como percurso Rio de Janeiro até Porto Alegre. Como as estradas eram de péssima qualidade, foi a competição dividida quatro etapas. Exatamente no dia 14 de novembro de l940 era dada a largada no Rio de Janeiro, presentes as mais altas autoridades do mundo político, esportivo, empresarial. Num total de 500 quilômetros, esta etapa concluía em São Paulo. Para a segunda etapa seriam cumpridos 496 quilômetros, entre São Paulo e Curitiba. Da capital paranaense até Florianópolis seriam mais 444 quilômetros. Finalmente a etapa final entre Florianópolis e Porto Alegre num total de 636 quilômetros. É bom registrar que ao final de cada etapa os corredores tinham tempo de recuperar suas máquinas e eles próprios, pois eram muito exigidos física e mentalmente. Toda a atenção dos gaúchos se voltava para a figura de Ernesto Ranzolin, pai do médico já referido e que forneceu detalhes, recortes de jornais e fotos à jovem Graziela, filha de Nelson Rocha, outro apaixonado do automobilismo, chegando às nossas mãos para juntarmos ao farto material desta modalidade esportiva. O vencedor foi o catarinense Clemente Rovere Dos 23 que deram a largada, somente 9 conseguiram completar a corrida.O grande favorito, o campeão uruguaio Suplici Sedes, teve fundido seu motor a poucos quilômetros da chegada. O 2º colocado foi o gaúcho Ernesto Ranzolin que recebeu a bandeirada às 15 horas e 27 minutos pilotando seu Ford V8 l940, nº 26. Foi delirantemente recebido, já que o vencedor era catarinense e torcida praticamente inexistia. Os 9 que conseguiram chegar, além do vencedor Clemente Rovero, e vice, o gaúcho Ernesto Ranzolin, os outros 7 foram, 3º Adalberto Moraes, 4º Oscar Bins, 5º Antonio Perez, 6º Raulino Miranda, 7º Iberê Correa, 8º  Ari Cortese e 9º Salvador Pereira. A média de toda a prova foi de 69 quilômetros 113 metros, o que atesta a péssima qualidade das estradas em todos os percursos tendo, a prova consumido 29 horas e 57 minutos da largada a chegada em Porto Alegre. Apesar de pequenas provas que se realizava no interior da Capital ou entre uma e outra cidade, esta que nos referimos é tida como a primeira na história do automobilismo brasileira e que neste domingo, dia 14, completa 70 anos de sua largada no Rio de Janeiro. Fica o devido registro para os amantes deste esporte que nos deu tantas alegrias e nos tornamos orgulhosos de nossos competidores nos anos seguintes, somando-se conquistas que ficaram imortalizadas no histórico do automobilismo brasileiro.

Ao Dr Antonio Ranzolin, Nelson Marques da Rocha e sua filha Graziela e ao jornalista Meirelles Duarte meus sinceros agradecimentos. Rui Amaral Jr

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Os gaúchos e suas brilhantes carreteiras - por Ari Moro

Alcidio Schröeder ocupa lugar de destaque na galeria formada pelos mais expressivos pilotos de carreteira do Rio Grande do Sul, ao lado de Catarino Andreatta, Breno Fornari, Diogo Luis Ellwanger e muitos outros.

Um de seus feitos mais brilhantes foi vencer na categoria Força Livre, uma prova da Copa Rio Grande do Sul de automobilismo de competição, disputada em 26 de setembro de 1948.

Dessa memorável prova participaram 28 carros, numa distância de 824 quilometros de estradas de chão, com saída de Porto Alegre/RGS e passagem pelas cidades gaúchas de São Leopoldo, Caxias do Sul, Vacaria, Lagoa Vermelha e Passo Fundo, onde pilotos e carros paravam para descanso, consertos e reabastecimento.

Dali partiam a Marau Casca, Guaporé, Bento Gonçalves, Farroupilha, Feliz, São Sebastião do Caí e novamente Porto Alegre. A chegada, para quem resistisse, acontecia na avenida Farrapos esquina de rua São Pedro, bairro Floresta, na capital gaúcha.

Numa das fotos de hoje (acervo do antigomobilista gaúcho Nelson M. Rocha), flagrante da chegada do vencedor Alcídio Schröeder e sua carreteira Ford 1939, número 14, recebendo a bandeirada dada pelo então Governador Valter Só Jobim, avô do ex-Ministro do Superior Tribunal Federal e atual Ministro da Defesa Nelson Jobim.

Em segundo chegou Ernesto Ranzolin, gaúcho radicado em Lages/SC, com a carreteira Ford 1947 número 10 e em terceiro lugar Oscar A Silva com a carreteira Mercury 1941 número 40.

Taça Bardhal

Outro piloto de carreteira gaúcho de expressão cujo nome está gravado naquela galeria é Orlando Menegaz.

Nos dias 23 e 24 de novembro de 1957 ele disputou e venceu, em parceria com outro astro do automobilismo de competição do Rio Grande do Sul - Aristides Bertuol, a II Mil Milhas Brasileiras, tendo como palco o autódromo de Interlagos, em São Paulo/SP.

Na oportunidade, pilotou a carreteira Chevrolet número 4, equipada com motor de Corvette, perfazendo 200 voltas no traçado de 8 quilometros. Em segundo ficou a dupla Catarino Andreatta/Diogo Luis Ellwanger com a carreteira Ford número 2 e em terceiro lugar a dupla Julio Andreatta/Dirceu Oliveira com a carreteira Ford número 6, todos pílotos gaúchos.

A grande experiência dos gaúchos em provas de longa duração explica o sucesso deles nas primeiras Mil Milhas. Na outra foto de hoje (acervo daquele antigomobilista também) aparecem funcionário da Promax (E), radialista Antonio Augusto Meireles Duarte e Orlando Menegaz (Passo Fundo/RS), ao lado da carreteira número 4 e da imensa Taça Bardhal, esta com 1,80m de altura. Este maravilhoso troféu trazia, ao seu pé, plaqueta na qual eram gravados os nomes dos vencedores das provas Mil Milhas Brasileiras.

Agradeço ao jornalista e amigo Ari Moro de Curitiba-PR, a cedência deste que foi publicado primeiramente no Jornal do Automóvel de Curitiba e Paraná Online.
26/08/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 25/08/2010 às 20:57:18