A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

BANDEIRINHAS


Recebi do Sergio Berti esta foto da época em que ele era Bandeirinha ,o ano 1976/77 .Hoje o Sergio atua na área de realização de eventos e cursos , sempre ligados ao automobilismo . Criou e desenvolveu campeonatos para o Kartródomo da Granja Viana onde atuou vários anos como Diretor de Provas . Ainda hoje é Diretor de Provas no mesmo Kartótromo e dirige a PORSCHE GT3 CUP . Mais começou como Bandeirinha , ele é o que esta com o pé sobre o pneu .
Este é seu relato
"Esta batida foi na Curva do Sargento , o Formula V , se perdeu na curva e ficou enroscado no alambrado , eram alambrados semelhantes aos de galinheiro , e tinham como objetivo diminuir a velocidade para amenizar as batidas no "guard-rail" , porem as vezes os carros ficavam enroscados e após as provas eram retirados por nós , pois naquela época não havia resgate de pista , a propia equipe que tinha de descer para pegar o carro e retornar aos Box. Enquanto isso ,nós aproveitamos para tirar essas fotos . Notem , que meu amigo Ronaldo está segurando um rádio comunicador , esta foi uma das primeiras provas a ter comunicação entre os Bandeirinhas e o Diretor de Provas via rádio , até então , nós descíamos para pista com pranchetas e folhas de relatórios , e os resultados só eram homologados após a analise desses relatórios .
É .....bons tempos ,ou melhor , bons não , saudosos tempos ."

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

TIGRÃO



Aguia e Paulo Costa o Pardal seu co-piloto , atraz "Pelezão "











Os irmãos Fagundes e Aguia em Curitiba









Eu na oficina de Carlos Mauro com sua equipe .







Recebi outro dia um e-mail do Aguia me perguntando dos irmãos Fagundes , Tigrão , Babalu e Carlos Mauro , dizendo que no começo de sua carreira - e que carreira!!! - havia contado com a ajuda do Tigrão da Torke e por coincidência eu havia começado a minha com a ajuda do Carlos Mauro , irmão do Tigrão . A Torke oficina de preparação antes do Tigrão havia pertencido ao Luizinho Perereira Bueno e seu cunhado Claudio Daniel Rodrigues . O Luizinho para mim um dos maiores pilotos que já vi e o Claudio " inventor do Kart no Brasil". Na foto do Aguia e do Pardal aparece atraz deles de macacão branco o "Pelezão" que conheci na Torke , lá entre outras coisas ele polia os girabrequins com uma tira de couro até eles ficarem tinindo , acho este um dos motivos deles fazerem aqueles motores , verdadeiros foguetes .Espero logo ter uma historia do Aguia para colocar neste blog ,enquanto isto podemos ver a sua incrível carreira contada em www.faspnet.com.br/noticia_exibe.php?noticia_id=3433 .

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

AUSTIN HEALEY

Na capa da revista QUATRO RODAS minha irmã Cida Amaral

No teste se nota que ele vem andando forte.







Em 1963 a revista QUATRO RODAS pediu atravez de seu diretor Mino Carta o AUSTIN HEALEY de minha irmã emprestado para uma reportagem , apresentando seu redator Expedito Marazzi , notem que no pedido a revista se responsabiliza por qualquer dano ao veiculo , no texto e na foto 3 podemos perceber o por que , um pneu furado a mais de 155km/h e na foto o Expedito vem num nítido sobresterço em uma das curvas de Interlagos , ou seja de pé embaixo , que era sua forma favorita de dirigir.
Nesta época eu tinha 10 anos e minhas memorias deste carro são poucas , uma em que fui com o namorado de minha irmã Armando Salem até o Guarujá . Na época tínhamos que passar por Santos e lembro perfeitamente de uma ultrapassagem feita pelo Salem em que o comprido capo do Austin passou por baixo da carroçeria de um caminhão , credito esta manobra dele a uma vontade absurda de me assustar , já que eu era um moleque terrível .A outra ia para Campos do Jordão com minha mãe D.Arinda , no Impala 61 dela , quando nos passa o AUSTIN dirigido pelo meu primo Pedro com minha irmã ao lado , bem rápido , diria eu rapidíssimo .
Quando comecei a correr e conheci o Expedito , ele me contou que se impressionou com a forma de minha irmã dirigir , segundo ele " quase tão rápida quanto eu " . O interessante é que não lembro do Expedito em casa nesta época buscando o carro , graças a Deus , pois se ele me leva dar uma volta teria trauma de velocidade até hoje .
No final do ano passado encontrei seu filho Gabriel Marazzi , que não via desde garotinho , 35 anos atrás , e comentando com ele da reportagem , disse-lhe que não tinha a revista e agora ele me enviou esta cópia . O interessante é que o Gabriel é parecido com o "Velho" , gosta de motos , escreve tão bem quanto seu pai , correu de automóvel etc etc etc . Em meus sites e blogs favoritos está o site dele , e agora no www.coisasdeagora.com.br/colunistas.asp?id=3&colunistas=3&acao=ver .

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

DUAS VITORIAS

Na foto acima Jacob recebe a quadriculada das mãos de nosso amigo Expedito Marazzi.


Jacob foi um piloto vencedor , no dia de minha primeira corrida ele venceu duas , já tinha alguma experiência , a seguir uma de suas histórias , das muitas que espero contar neste blog.

" Quando me inscrevi para esta prova , imaginava fazer apenas uma corrida , depois das três provas programadas ,o Marazzi , nos convidou para uma corrida extra , com os melhores do dia . Depois de vencer a prova da D3 recebi o convite para correr a bateria extra , só que eu usava uma gasolina especial misturada por meu preparador o Gigante , como tinha ido com combustível para apenas as 8 voltas ,comecei a ficar muito preocupado . Acontece que meu amigo Luis Bartolomais tinha um carro de "rua" que também usava uma gasolina semelhante , como a bateria final seria apenas de seis voltas , pude tirar o que precisava do carro dele . Adicionamos alguns aditivos e ficou perfeita , e eu que já tinha sido vitorioso na primeira corrida fui confiante para a segunda. Como na prova anterior nesta também larguei bem tomando a ponta , sempre perseguido pelo Lorena do Edo o VW do Ronald Berg e outro do Paulo Condractki . Após duas voltas comecei abrir alguma vantagem do Edo e com isto caminhar para a vitoria . Apesar de toda preocupação que tive com o combustível , pude sair este dia de Interlagos com duas vitórias , muito gratificante para quem estava iniciando uma carreira " .

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A Quadriculada





















Revista AUTOESPORTE




Já estava com 18 anos e não conseguia começar a correr , meus pais não davam a autorização nessessaria por nada neste mundo ,um dia na casa de amigos conheci o Carlos Mauro Fagundes ,contei a ele ." Corre com este Dart " me disse , meu carro era zero , havia ganho de meu pai uns 5 meses antes , a esta altura tinha uns 5.000 KM .No dia seguinte mesmo estava em sua oficina , me filiei ao Automovel Club e a Federação Paulista de Automobilismo , a autorização? , não conto a ninguém como consegui . Fizemos Sto Antonio , abaixamos a suspensão , costuramos apoios para o banco já que era inteiriço e começamos a nos preparar para a corrida . Fui me inscrever no Clube organizador das provas e lá conheci o Expedito Marazzi , ele já tinha testado para QUATRO RODAS um Austin Healey de minha irmã , isto no ano de 1963 , e era ele o diretor do Clube e organizador do "FESTIVAL de MARCAS" que seria minha primeira corrida . Ficamos amigos logo de cara , e minha primeira bandeira quadriculada foi dada por ele . Nos treinos o Carlos Mauro me ensinou muita coisa , a não telegrafar nas curvas , e me mostrou o caminho das pedras andando comigo na pista , eu já guiava desde os 14 anos , muitos rachas na Rua Itapolis , mais havia andado no autrodomo só a bordo do PORSCHE 550 de meu irmão Paulo , com uns 10 anos e como passageiro . No primeiro treino , a primeira vez que andava forte , já uma rodada na entrada da junção , modéstia a parte já vinha forte . Dois dias de treinos depois fomos para a corrida . Larguei com o segundo tempo , e logo na largada assumi a dianteira , lembro de olhar no retrovisor e ver aquele OPALA grudado em minha traseira e não conseguir abrir uma folga ,lá pela quinta ou sexta volta os freios a tambor começaram a dar sinais de fadiga , para segurar o carro na curva Três era um sufoco , no Sargento , onde engatava segunda marcha era um DEUS nos acuda , mais já mais experiente comecei abrir um pouco do OPALA do Wanderlei . As duas ultimas voltas foi um sufoco , será que o motor não está quente ? será que os pneus vão aguentar ? usávamos 50 libras , será que não vou rodar ? e o OPALA no retrovisor , um pouco mais longe , mais no retrovisor . Ao ver a placa de ultima volta comecei a guiar com a ponta dos dedos , um olho na pista outro nos relógios no retrovisor etc . Ao chegar no Café na ultima volta meus olhos já lacrimejavam , as lágrimas desciam , pé embaixo , foi só ver o Velho com a quadriculada na mão , levantar o braço e a hora em que abaixou , tinha acabado de ganhar . Chorei toda aquela volta , os bandeirinhas fora de seus postos nos saudando , os outros pilotos trocavam acenos comigo , o Wanderlei encostou e nos cumprimentamos , tinha sido uma bela disputa e ele até o final havia me perseguido de perto .Ao chegar aos boxes muitos abraços e cumprimentos , e o Marazzi me convidando para participar da prova extra que reuniria todos competidores . Só que minha namorada Maria Helena no afã da largada havia levado um tombo , e tivemos de ir a um pronto socorro , para ela levar alguns pontos no queixo .


Desta primeira corrida ficaram muitas amizades , um monte de pilotos que depois comigo participaram de outras corridas , o Jacob , o Edo , o Guaraná , o João Borges ,o José Sampaio ,o Duda e outros , deles espero contar neste blog muita coisa .




segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

MOTORISTA ?


Tony Kanaan

O ano era 1990 ou 91 , meu primo Paulo Rene e eu tínhamos montado uma produtora de vídeos para fazer na TV um programa de automobilismo , começamos gravando corridas de Kart , o Campeonato Paulista ,depois no meio do ano gravamos o Brasileiro . Lá conhecemos e convivemos com esta garotada que depois iria para F Indy , o Tony e o Hélio , F1 o Bernoldi e outros . No Brasileiro o Tony havia andado muito bem , só que na prova final , ele em primeiro lugar saiu da pista na entrada da reta , e outro Kart que se envolveu no acidente acabou quebrando a vela do Kart dele com o bico , isto o Tony só veio descobrir através de uma gravação nossa . Breve vamos dispor no YouTube algumas dessas gravações .
Estávamos uma tarde no kartodromo de Interlagos , o Paulinho, O Victor Chiarella amigo nosso de infância e dono de uma equipe de Kart e eu , conversávamos sobre alguma coisa quando chegou o Tony , simpático como sempre , ficamos conversando . Na hora de ir embora o Paulinho com quem eu tinha vindo precisava ir a outro lugar , e pedi uma carona ao Tony , já que eu morava na Av São Gabriel e ele na região da Av Paulista . O carro dele era um Voyage ( devia ser de sua mãe já que ele era menor de idade ) e estava à uns 100 m de onde conversávamos , fui andando em direção ao carro com o Victor e o Paulinho e o Tony encontrou o Mário da Mini e parou para falar qualquer coisa com ele . Eu achando que o Mário viria junto , educadamente sentei-me no banco de traseiro , de repente vejo o Tony gesticulando e dizendo "não sou motorista , ai não te levo " indignado . Começamos a rir os quatro , do engano , meu e dele . E até ele me deixar em casa rimos muito da confusão.
Não vejo o Tony a muito tempo , baita piloto , gostaria de te-lo visto na F1 , talvez a esta altura nosso jejum de títulos não existisse .

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Infecção em três doses


Como se interessam as pessoas pelo automobilismo? Na atualidade é fácil, pela TV. Mas estou falando do começo dos anos 60. Naquela época não tinha transmissão de F-1 no Brasil, aliás não tinha nem na Europa. Para a maioria do povo Fórmula 1 devia ser um remédio para gripe. Nem o `plim-plim` existia naquela época. Eram tempos de TV Excelsior, Paulinho Machado de Carvalho na Record. A cidade de Curitiba, hoje em dia, tem uma frota de carros maior que a do Brasil inteiro na época. É bem certo que eu morava em Sampa, a meca do automobilismo no País, e única cidade com autódromo na época. Sempre gostei de carrinhos, isto é certo. Eram de longe meus brinquedos prediletos. Mas a primeira exposição que tive ao automobilismo estava no fundo da memória, e não tenho como confirmar datas, pois eu devia ser muito novinho mesmo.

Meu falecido pai trabalhava na Folha de São Paulo no início daquela década. Lembro-me de um belo dia ter sido levado por ele a Interlagos num jipe da Folha. Era dia de corrida ou de treinos, não sei. Devia ter uns 3 ou 4 anos, máximo 5. E fiquei vidrado com a cena, a velocidade, o barulho. Aqui a memória e a ficção se imiscuem, e não posso assegurar, com certeza, se o que vi é produto de uma memória ou de uma imaginação prodigiosa. Juro que vi, à distância, um Interlagos amarelo, um carro da equipe Willys!!!! Essa foi a primeira dose.

A segunda dose foi um álbum de figurinhas das revistinhas Disney. Faziam álbuns temáticos, e um dos temas escolhidos foi o automobilismo. Fiquei muito intrigado com aquelas baratas de nomes estranhos, Lotus, Cooper, Brabham, BRM e me lembro claramente de um carro branco, a japonesa Honda. Entre outras coisas, o álbum tinha um carro que mais me parecia um caminhão, um Auto Union dos anos 30, Ford GT 40 e outros carros esporte, além de FIATs e Renaults do começo do século. Tudo aquilo me fascinou.

A terceira dose, que me infectou de vez, ocorreu em 1969. Já sabia da existência da Equipe Jolly e suas fabulosas Alfas GTA e da P33, e descobri, pela TV, que a oficina da mesma ficava a algumas quadras da minha casa, na Rua Frederico Steidel. Tanto enchi a paciência da minha mãe, que ela me levou lá. Fui muito bem atendido por Emilio Zambello, que com muito orgulho me mostrou três Corvettes recém importadas, e a esplendorosa Alfa P33, além das GTA 23, 25 e 27. Para fechar o pacote, Zambello me deu adesivos da Jolly e também catálogos da linha Alfa-Romeo, que incluía a P33. Pronto, devidamente infectado, me apaixonei pelo esporte. E para meu deleite, a concessionária Jolly se mudou para a minha rua!

AMIGOS


Carlos de Paula
Com certeza o grande incentivador para que eu montasse este blog foi o Carlos , tinha medo de escrever , ficava com vergonha e ele me incentivava .
Ele tem uma dos melhores páginas da WEB , seu Blog de Automobilismo Brasileiro www.brasilexporters.com/blog/ é uma referencia para quem quer pesquisar sobre automobilismo é completissimo .
Fora isto seus textos são muito bons e ele tem uma visão do automobilismo de competição parecida com a minha .Como escrevi antes de outro amigo ,escrita fina ,texto claro sabe do que escreve . Na próxima postagem ele conta suas primeiras emoções com o automobilismo de competição .

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A CARRETERA


Estava uma noite em casa ,na Av Bandeirantes , morava no 17º andar e ouvi um ronco conhecido , era de um V8 ,alguns instantes depois o porteiro me chama "seu Adolfo pede para o senhor descer".Lá em baixo encontro o Adolfo ( Cilento) e o Homero ( Rocha Ferreira ) e a carreteira , fiquei maluco , pois sabia que era com ela que os grandes Justino de Maio e Vitório Azalin haviam ganho as Mil Milhas de 1965 , vitória memorável ,pois em 1956/57 os gaúchos com o Catarino Andreata/Breno Fornari haviam tirado as vitórias de nós os paulistas com as suas Galgos Brancos , grandes pilotos estes gaúchos , mais logo depois levaram o troco , primeiro com o "Seu Chico" e em 65 com esta dupla.Meu amigo Expedito Marazzi me contava muitas historias dela ,pois em 1966 ele havia corrido com ela as Mil Milhas .Em 1984 com ela fez uma matéria na Quatro Rodas e que oportunamente mostrarei .O Adolfo falou "compramos", ao que retruquei "quem?' foi ai que fiquei sabendo que agora ela era de nós três .Ficamos com ela por uns tres anos ,que foram bem divertidos .Às vezes chegava em casa de madrugada , pegava ela e ia dar umas voltas ,era emocionante saber que naquelas horas estava dirigindo a Historia ,passeava por duas ,três horas .Seu motor não era o mesmo das MM , era um Ford V8 , com um carburador Quadrijet deveria ter no máximo 200HP , seu cambio de três marchas , freios a tambor , direcção super pesada e imprecisa , os pneus eram Pirelli Cinturato , guia-lo era uma aventura ,ficava imaginando como aqueles heróis a pilotavam numa pista . Eu descia a Av Bandeirantes com ela de pé em baixo ,acho que chegava na Marginal a uns 180KM/H , para fazer aquela curva que liga a Bandeirantes a Marginal era um sufoco ,freada no meio da pista , pois você não sabia para que lado ela ia sair , volante pesadissimo , quando entrava na Marginal era um alivio , mais uma curva que tinha conseguido fazer , só que eu estava pilotando a Gloria ,não um carro qualquer , mais a carreteira que o Marazzi havia corrido as MM em 66 e que tinha sido vitoriosa com o Justino/Azalin na de 1965.
Nas duas fotos acima ela recebendo a bandeirada de vitoria nas Mil Milhas , das maõs de Eloi Gogliano.
Fotos blogdoautomobilismo.com

sábado, 10 de janeiro de 2009

Ricardone

Nesta foto dois amigos , na frente o VW de Luiz Eduardo Duran e o Passat de Ricardo Bock , Copa Cibié .
O origonal .
O Ricardo ( Bock) e eu nos conhecemos a mais de trinta anos ,seu sonho era fazer um Passat D 3 igualzinho ao AUDI QUATTRO, na época ele cursava engenharia na FEI onde hoje é professor .Ele queria e quem pagava o pato era seu pai João e sua mãe D. Isabel , pois seus carros eram todos feitos na garagem de casa , uma rua paralela à Av Bandeirantes .Seu pai era meteorologista da VASP , super conceituado , um gaúcho sério boa gente , e D Isabel aceitava todas loucuras do filho , e amigos.
Vez por outra ia ajuda-lo , serra tico-tico , rebitadeira e outras ferramentas íamos moldando o carro , que por sinal ficou bom , os para-lamas iquais ao do AUDI . Certa noite estávamos montando a carburação , dois WEBER 40 duplos horizontais e seu João olhava de dentro da casa , quando foi dormir ,nos olhou com aquele jeito de quem não quer ouvir barulho , pois tinha de estar na VASP ,lá pelas 5 h da manhã . E nós montando tudo aquilo , coletor , carburadores , acerta daqui e dali , lá pelas 2 h da manhã ficou tudo pronto , aquele olhar do Ricardo me entusiasmou , "vamos dar só uma ligadinha, para ver se funciona" .Contacto , bomba elétrica , partida , o barulho foi ensurdecedor , só mais baixo que o grito de Seu João , Ricardoooooo! antes do terceiro "o" eu já tinha ido embora ,já que o carro e o pai eram dele.Outro dia em sua casa ,quase trinta anos depois ,ele me contou o fim desta história .Uma manhã , depois de testar novamente o motor na madrugada ,ele ia saindo de casa em seu Fusca (azul calcinha) quando colocaram um revolver em sua boca ,"eu te mato" era seu vizinho delegado de policia , "cheguei de um plantão de madrugada e a hora em que ia dormir você ligou esta porcaria , da próxima vez te mato " .O Ricardo saiu de fininho ,e acho que nunca mais ligou aquele motor em casa .


Em 1983 ele e o Adolfo Cilento correram com este carro as Mil Milhas , mais isto já é outra história......................


sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

MOSS , AMON E PETERSON



Bem que o titulo desta postagem poderia ser "CAMPEÕES SEM TITULO" pois os três foram sem duvida alguma grandes campeões , só que não foram campeões da F1 sendo que um deles o Amon sequer uma corrida venceu.
Stirling Moss foi o garoto terrível dos ingleses já na década de 1950 , pilotou em todas categorias e venceu em todas , na F1 16 vitórias e 20 voltas mais rápidas ,nas MILLE MIGLIA EM 1955 um vitória antológica com uma Mercedes 300LR tendo como co-piloto o jornalista Denis Jenkinson ,ao que consta foi a primeira vez em que um navegador usou uma tábua em que indicava o percurso . Guiou F1 para a Mercedes ,dividindo a equipe com ninguém menos que Juan Manuel Fangio vencendo já em 1955 uma prova em Aintree , para a Cooper em 1958 , onde venceu na Argentina em 1958 à frente de Fangio corrida que decretou a chegada definitiva dos carros com motos traseiro a F1 ,para a Vanwall onde obteve inúmeras vitórias ,como aquela de Mônaco em 1958 .Fora isso tudo , ganhou inúmeras corridas com carros esporte , dos Jaguar XK 120 à incrível Maserati Birdcage . Um acidente em 1962 na pista de Goodwood acabou com sua carreira , fico só imaginando uma equipe Lotus com ele e Jim Clark .
O que escrever então de Chris Amon , venceu em todas categorias em que passou , na fabulosa Copa da Tasmânia , andava constantemente à frente de pilotos como Clark , Hill e vencia . Em Esporte Protótipos venceu pela Ferrari , Ford .Em 1966 venceu para Ford em dupla com o grande Bruce MacLaren as 24 Horas de Le Mans , imagino o desespero da Ford ao colocar dois tremendos pilotos em um mesmo carro , era mesmo para ganhar , ou ? . Só na F1 nunca venceu , apesar da imensa torcida minha e de um outro amigo também , fã declarado de sua maneira de pilotar . Acho que o ápice de sua falta de sorte na F1 foi aquele GP de Monza em 1971 , ele estava na Matra-Simca e havia feito a pole 40 centésimos de segundo a frente de Jacky Ickx de Ferrari , na corrida após 50 voltas com uma liderança não tranquila , mais consistente , ao limpar a viseira do capacete ela se solta e sai voando ,e ele sem mais condições de enxergar abandona a prova , vencida por Peter Gethin seguido de Ronnie Perterson num final em que do primeiro ao quarto , apenas 21 centésimos de segundo os separavam.
E o Ronnie , ídolo de uma geração , rapidissimo em todas categorias em que pilotou ,da F3 , F2 em protótipos , em tudo foi como escrevi antes rapidissimo . Lembro de um comentário dele ao parar na Via Anchieta , na Serra do Mar e vendo algumas Kombis fazendo algumas curvas de lado " Só um pais em que as Kombis andam assim pode dar um campeão do mundo como o Emerson " modéstia dele . Em 1973 dividiu a equipe Lotus com ninguem menos que o própio Emerson , vindo de um titulo mundial merecidissimo ,e ele Ronnie de uma March em que apesar de não ter uma estrutura nem um carro como o Lotus 72 havia feito grandes corridas . A indecisão de Colin Chapman em designar um primeiro piloto naquele ano , talvez tenha tirado de nós brasileiros a oportunidade de ver Emerson bicampeão ou o Ronnie campeão , pois desde a primeira corrida ele andou de igual para igual com Emerson , ganhando se não me engano quatro corridas contra seis do Emerson , a indecisão de Chapman entregou o titulo a outro grande piloto , Jackie Stewart . Um acidente após a largada em Monza ,na mesma Monza que levou Rindt , Ascari e outros tantos campeões levou também Ronnie este Sueco atrevido , rapidissimo , que marcou uma geração de admiradores.