A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Fado...

 

Checo. Foto Red Bull Racinglink -  link.


 Ultimamente quando tenho vontade de escrever algo venho para o computador, começo e logo desisto. Neste mundo que continua cruel, violento, sectário e totalmente injusto, minha vontade é calar sobre tudo.

Falando em Formula Um leio cada bobagem de gente que não sabe nada, mas tendo um espaço na “internet” lê relesses e regurgita para seus leitores, que depois se arvoram como conhecedores. E os assessores de imprensa então!? Fico com o grande A.J.Foyt quando perguntado quem era o seu, respondeu apenas "meu pé direito", pois hoje muitos desses tais assessores são mais rápidos que os pilotos que representam...

Sei que estou cáustico, mas como não sou, muito menos nunca fui "politicamente correto", tenho a obrigação de ser honesto com meus princípios.

Na Formula Um finalmente pegaram Lewis e sua equipe, logo ele o queridinho das entidades que comandam o automobilismo, raspou muito a peça de madeira que fica abaixo do chassi e foi desclassificado. Ora diriam, "uma bobagem de alguns milímetros!", mas vai lá se saber se já não saíram assim, acreditando numa vistoria "um pouco mais condescendente". Desde que ele trouxe a política partidária para categoria, naquele gesto que não vou classificar, perdi toda admiração que tinha por ele.

Agora a Formula Um quer ser politicamente correta e inclusiva e trouxe para os autódromos uma categoria escola para mulheres, já que tanto Lewis quanto eles agora falam em inclusão! Logo a categoria que virou as costas para grandes botas como Lella, Danica e tantas outras. Não existem mulheres ou homens pilotos, existem apena botas, que fazem sua arte ao volante de um carro de corridas, seja a categoria que for.  

E Perez? Um grande piloto que está perdido no cockpit. Numa equipe que cada ser trabalha para fazer as vontades de Max, muito justamente, ele à cada classificação ou corrida vem tomando muito tempo de seu companheiro, e infelizmente largando atrás de outros carros que evoluíram e andam muito juntos, e fazendo corridas apagadas.

Vejam, Max é um talento natural, com uma enorme velocidade e uma maior ainda percepção do equipamento em corrida, um piloto como talvez eu não vejo na categoria há quarenta ou cinquenta anos, então é muito difícil querer um parceiro à altura, na categoria hoje penso ser impossível, e Checo sofre, como sofreu Ricardo.

Digo sempre; certas vezes quando você tem que procurar um segundinho que seja e ele não vem, a certa altura você se pergunta se é o carro ou você! Checo deve estar vivendo este dilema.


Rui Amaral Jr


PS: Fado: Para brasileiros o significado desta palavra passa quase desapercebido, mas para os portugueses é uma palavra forte, usada muitas vezes para descrever o desígnio das pessoas.



quarta-feira, 10 de maio de 2023

Max, Max, Max...



Foto Ferrari. Max larga em nono.

Ninguém, ninguém mesmo, do lado de fora sabe o que acontece dentro do cockpit, nem mesmo hoje com toda parafernália eletrônica. Só quem mesmo sabe é quem está com o traseiro no carro com a cabeça balançando e pensando no que vai fazer.
Posto isto vamos ao duelo Max x Perez em Miami. Há muito não comento sobre a F.Um, mas assisto às corridas preferencialmente longe do canal que a transmite aqui no Brasil, bem longe da locução que não suporto, apesar dos comentaristas pilotos que sabem o que falam e nesta última o outro jornalista ter feito alguns comentários bem pertinentes, coisa que não é muito de seu feitio apesar de acompanhar a categoria há longos anos, desta vez foi quase perfeito.  
Depois da corrida anterior Max vinha com a faca entre os dentes, babando, nos treinos sempre que queria, enfiava um temporal nos outros, inclusive em Perez, daí no Q3 interrompido não consegue fazer seu tempo, que certamente seria algo perto de 500/1000 mais rápido que o segundo, fosse qual fosse o segundo.
Não sei como é na Red Biull, mas geralmente cada piloto se reúne com seu estrategista e engenheiro para acertam os detalhes da corrida, pneus, paradas, acerto do carro... Depois tudo é examinado pelo chefe da equipe, que no casso tem Marko como assessor, e é montada a estratégia para corrida.
Perez larga com o composto mais macio pensando no mais duro depois de cerca de 2/5 da corrida e Max com os duros, com todos pensando que sua estratégia era alongar um pouco mais sua parada, masssssss…
Perez certamente pensou, como pensei, que Max largando do nono lugar logo chegaria em Alonso, descartando como eu Saenz de uma disputa, porém como diria meu amigo Luiz Pereira Bueno "boi preto conhece boi preto" e quando Max chegou em Alonso, que tinha seu terceiro lugar garantido, o espanhol simplesmente abriu o caminho para ele.
Se não me engano era a 13/14ª volta e Perez estava cerca de cinco segundos à frente, Max cozinha um pouco em fogo brando e quando cerca de 5/6 voltas depois o ponteiro entra para troca de pneus assume a liderança. Alonga sua permanência na pista com os pneus duros até poucas voltas do final, sempre andando muito forte, troca faltando 11/12 voltas, volto logo atrás de Perez e pouco mais de uma volta reassume a liderança e ainda faz a melhor volta da corrida.
Sou admirador de Perez e sua vitória traria uma certa disputa ao campeonato, mas depois de Miami a conta fechou, Max só perde este campeonato caso quebre muito ou algo inusitado aconteça…
A direção da Red Bull influiu no resultado, talvez favorecendo Max? Não acredito, ele é sem  a mínima duvida o favorito da equipe, assim como foi na saída de Riccardo, e tem, sem a mínima duvida um enorme talento natural, que sempre faz a diferença, fora a enorme vontade de vencer.
Alonso, simplesmente perfeito leva a Aston Martin a um novo patamar. A Ferrari com seu primeiro piloto sem a mínima motivação teve Sainz num quinto e só deve voltar a brigar para valer lá por 2030.
Na Mercedes Benz a piada do dia, quando o multi campeão que tem ficado atrás de seu escudeiro, disse que brigaria com ele pela posição e num ato para mim cachulo tira o pé e o deixa passar, acabou. Aliás, para mim acabou em 2021 quando naquela primeira volta de Abu Dhabi levou uma clara vantagem ao cortar o caminho na primeira curva e não foi devidamente punido pela direção da prova, este mundo politicamente correto me perturba, e depois da relargada veio com a equipe a contestar à mesma direção que não o puniu o resultado.
Da apresentação dos pilotos antes da corrida prefiro não me manifestar!!!


UM POMERIGGIO NON FACILE


Rui Amaral Jr     


 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Cavalo 44

Ciro
Lewis

44 Cavalo no jogo do bicho é o numeral escolhido por Lewis Hamilton para correr a temporada de 2014 e confesso que assim que soube de sua escolha me veio à mente outro grande piloto; Ciro Cayres!
Pouco tempo atrás alguém me disse que Ciro usava esse numeral por ser rude no trato com sua máquina, nada disso, só quem viu nosso grande campeão nas pistas sabe que o  quanto ele era rápido, firme e consciente de sua atitude em cada volta de  uma corrida, tal qual vemos hoje em Lewis, um grande piloto que se impôs em sua equipe não por preferência da direção mas andando forte e firme, lutando e deixando para trás um piloto também rápido como Nico Rosberg, não posso garantir que Lewis será campeão mas duvido que a situação frente à Nico vá se reverter, Lewis como Ciro nasceu com a   
estrela de campeão!

Bahein

Mas comecei a pensar neste texto logo após o GP de Bahrein quando liguei para o Chico Lameirão para dar os parabéns pelo belo trabalho que vem fazendo a Force India, onde seu filho o engenheiro Marcos Lameirão trabalha.
“Não tenho nada com isso Rui, estou aqui no Brasil” mas eu podia ver o sorriso de satisfação mesmo do outro lado da linha, afinal ele também um grande campeão sabe quando tudo caminha bem dentro de uma equipe.
Falamos sobre a grande velocidade dos Force India nas retas e da bela corrida do mexicano Sergio Perez e logo num naqueles papos que começam com um assunto e nunca sabemos onde vai terminar comparei Perez à outro grande piloto mexicano, Ricardo Rodriguez irmão mais novo de Pedro e que em sua meteórica passagem pelas pistas deixou sua marca incontestável.

Pedro #10 tocando o 917
Ricardo Rodriguez
Sergio Perez

Comentamos sobre o grande Pedro um piloto incrível e Chico lembrou de certa vez que o viu pilotando um 917 na chuva e sua grande destreza e velocidade, mas mais do que isto nos impressionou a grande semelhança física de Sergio Perez com Ricardo, pois além dessa semelhança tal como Ricardo ele é um piloto rapidíssimo e que certamente logo vai estar entre os grandes!


Rui Amaral Jr   
  

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Ricardo #8 estreia na Formula Um em Monza 1961, larga na 2ª posição ao lado de Von Tripps na fatídica corrida em que o alemão pereceu.

Ricardo pedindo à benção à seu pai Don Pedro, na outra, ele em ação na pista de Magdalena com o Lotus 24.


No dia do acidente, Ricardo já estava de roupa trocada, deixando a pista e pronto para ir embora com sua esposa, Sara?
Ele fizera o melhor tempo apesar de problemas na carburação do Lotus. Quando Big John Surtees fez uma volta melhor, Ricardito achou que teria melhor sorte no dia seguinte. Mas então chegou Don Pedro Rodriguez de La Vega, que ainda não tinha visto Ricardo com o novo carro e pediu-lhe que desse algumas voltas.
Isso mais a notícia dos mecânicos que haviam resolvido os problemas, motivaram o piloto a tentar melhorar a marca de Surtees.
Ele então colocou o equipamento e saiu para uma volta da qual não voltou.

Caranguejo 

NT: Piloto da Ferrari Ricardo Rodriguez corria na prova extra oficial da F.Um no México com a Lotus da equipe Rob Walker.