A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

RELEMBRANDO - III


GLORIA IMORTAL AOS VENCEDORES DAS MIL MILHAS BRASILEIRAS


                                                                           


Direto da casa do Victorio e seu filho Marcelo Azzalin depois de uma hora de papo, não poderia deixar de escrever alguma coisa, antes de chegar aqui atrasado, foram três horas de papo com o Carlos de Paula, que há esta hora deve estar voando para Miami. Ouvir o Victorio é voltar no tempo, é relembrar uma época saudosa de nossa vida. Ele me falou de seu irmão Rubens Azzalin, que correu com uma CISITÁLIA 1300 cc, do Justino de Maio vencedor com ele das MIL MILHAS de 1965, seu grande amigo e segundo ele um ótimo piloto tão rápido quanto ele. Das MIL MILHAS que correu com o Expedito Marazzi e de um monte de amigos, Ayres Bueno Vidal, Nelson Marcilio, filho do Totó, segundo ele todos grandes pilotos aqui do Tatuapé e todos segundo ele "grandes xaropes”. Estou aqui escrevendo e o Victorio me contando suas histórias, agora é do Ayres, que foi correr em Araraquara com um STUDBAKER e o Victório foi com um DKW, como o Ayres tinha que marcar pontos, começou a andar muito forte e acabou batendo numa estátua na frente do estádio que tinha acabado de ser inaugurado, ele ri muito e diz que o motivo da batida foi uma suspensão quebrada. Ele já me contou como tomou a ponta nas MIL MILHAS de 65, do gaúcho Victorio Andreatta, que naquela prova fazia dupla com seu pai Catarino, dois grandes pilotos gaúchos sendo o Catarino vencedor das M.M de 57, junto com Breno Fornari. A ultrapassagem foi na curva Ferradura, na entrada da segunda perna tendo Victorio Andreata batido na traseira de seu carro. Ouvindo aqui ele contando, seus olhos brilhando parece que foi ontem. Aguardem que ai vem com fotos e tudo toda história daquelas MIL MILHAS.


O Marcelo e eu assinamos em baixo. Só faltou o Fabio, para completar. 31/05/2009



Victório recebe a bandeirada da vitória das mãos de um outro grande personagem de nosso automobilismo,Elói Gogliano, idealizador das MIL MILHAS com Wilson Fittipaldi.
 
 

A carretera de Vitório e Catharino Andreatta quebrada.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Victório/Justino a frente de Vitório/Catharino e Jayme Silva/UgoGalina.
 
 

Quadro de fotos de Victório mostrando várias corridas de sua carreira, como as fotos acima estão na sala de jantar de sua casa.


                                             

 
                                                  
Trecho da QUATRORODAS em que Expedito Marazzi conta da vitória da dupla Victório/Justino e o convite para participar das MM de 1966.
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Domingo 31 de Maio deste ano escrevi direto da casa do Victório, tamanha foi minha empolgação ao conhece-lo, quanto já havia andado naquela carretera pensando como teria sido correr com ela as MM,e agora ouvia as histórias dela contada por quem a tornou imortal .
A você Victório e a seu filho Marcelo meu forte abraço e que DEUS os conserve fortes e firmes.
                                                   

segunda-feira, 1 de junho de 2009

JUSTINO DE MAIO E VITÓRIO AZALIM VENCERAM A VII MIL MILHAS BRASILEIRAS

Assim a edição da GAZETA ESPORTIVA de 29 de Novembro de 1965 noticiou a vitória .






Os troféus da vitória nas MIL MILHAS
O que conto a seguir é um relato do que ouvi do Vitório , é a historia das MIL Milhas de 1965 contada por quem a venceu , pode haver alguma incorreção , isto se deve a mim , um contador de histórias , histórias verdadeiras contadas por quem as viveu , outros registros deixo a cargo dos historiadores .
" Comprei a carretera , queria a 34 mas o Damiani chegou antes e eu fiquei mesmo com a 50 , levei para oficina , era um carro alto e difícil de pilotar , cortei sua carroceria e abaixei , começava tomar forma , ai chega o Justino e me convida a correr as MM , levamos o carro para sua oficina e começamos a prepara-lo , trocamos o motor por um dele , um Chevrolet V8 com girabrequim de Corvette , uma usina de força , até os contagiros quebrava , estávamos prontos .
A CORRIDA : Quem largou foi o Justino e começamos bem havíamos combinado um ritmo de corrida virando 4m10s , depois de uma hora e meia de corrida ele parou e peguei o carro , era um canhão , vínhamos rápido , por volta das três e meia da manhã tomei a ponta , tomei a ponta em uma ultapassagem sobre o Vitório Andreata na segunda perna da "Ferradura " tendo ele batido na traseira de meu carro , a hora que vi na placa do box não acreditei , estávamos liderando as MIL MILHAS , continuamos , sempre entre os primeiros , hora era o Caetano , hora outro carro , e nós sempre entre os lideres . O carro do Caetano quebrou a cremalheira , seu box era ao lado do nosso , foi um rebuliço quando vimos , enfim o Caetano saiu de novo , só em 4ª marcha . No final eu pilotava , faltavam umas quatro ou cinco voltas para bandeirada e minha carroceria estava se soltando , tinha muitos buracos na pista , meu medo era o tanque de gasolina se soltar , vinha guiando com cuidado , estávamos três ou quatro voltas à frente do 2º colocado . quando vi estava recebendo a bandeirada , ninguém imagina o que é receber a bandeirada de vitória , vi minha equipe pular , vibrar , e eu Victório estava recebendo a bandeirada da vitória ."


Victório/Justino à frente de Ayres Bueno Vidal e Jaime Pistilli/Leonardo Campana
Aqui a 50 vem bem rápido no miolo passando um Gordini
Já de dia a 50 caminha para a vitória .
Victório Azzalin e seu DKW começo de carreira .
Revista da época retrata a dureza das MIL MILHAS .
Ayres Bueno Vidal parado no meio do circuito .
Dedico a memória de Justino de Maio .
Fotos do arquivo de Victório Azzalin

domingo, 31 de maio de 2009

Victório Azzalin-Glória Imortal aos Vencedores das Mil Milhas Brasileiras

Victório , foto do Paulo Peralta

" Chegamos na praça Sílvio Romero saídos de Interlagos , a festa já estava começando , "seu" João pai do Justino já tinha contratado a churrascaria Central e um monte de gente já nos esperava . Quando paramos o carro na praça foi aquela festa , até o ónibus eléctrico que até hoje passa por lá parou , encheu de gente , a praça parou , afinal o Justino e eu éramos do Tatuapé e acabávamos de vencer a corrida de maior prestigio do automobilismo brasileiro , nós tínhamos vencido as MIL MILHAS BRASILEIRAS "

Sábado 30 de maio , chego a casa do Victório com o Paulo Peralta a porta está aberta , do portão chamo "Victório" ele sai com aquele sorriso de sempre " ô Rui achei que você não vinha , tudo bem ? " eu digo "o Chico Lameirão mandou um abração " e ele " bom moço o Chico , gosto dele " apresento-lhe o Paulo e entramos , apesar de nos falarmos ao telefone de vez em quando a figura do Victório me emociona , sou seu admirador , seu fã , quantas vezes andei naquela carretera pelas avenidas de São Paulo pensando nele e no Justino . O Victório correu com meu amigo Expedito Marazzi as MM de 1966 e por incrível que pareça não o conhecia . Por obra do Fabio Poppi só vim conhece-lo pessoalmente no começo do ano . Quando ele conta suas histórias seus olhos brilham parece que está de novo ao volante de um carro de corridas . Glória meu amigo Victório , você e o Justino assim escreveram seus nomes na história de nosso automobilismo .

No começo da semana conto a vitória nas MIL MILHAS com fotos e tudo que temos direito . Agradeço ao Paulo Peralta a foto com os troféus e ao Victório e seu filho Marcelo deixo meu abraço .

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Victório Azzalin


A esquerda Victório e a MASERATI LANCIA comprada de Euclides Pinheiro , cenas das Mil Milhas e a direita embaixo a 50 nos boxes.




Hoje pela manhã tive uma surpresa , a Cláudia me diz "ligou o Sr Victório Azzalin " , meu coração disparou , não o conhecia pessoalmente , mais ouvi várias histórias suas contadas pelo Expedito Marazzi , liguei de volta e conversei com o piloto que ganhou junto com Justino de Maio as Mil Milhas de 1965 . Este encontro só foi possível por obra do Fabio Poppi que me colocou em contato com Marcelo Azzalim filho do Campeão . Simpático conversamos um pouco e fiquei de ligar à tarde , confesso que fiquei emocionado , quantas vezes eu havia guiado aquela carretera pensando nele e no Justino , quantas histórias já ouvi daquelas Mil Milhas e agora falava com o Herói daquela vitória . Vitório você e eu ainda vamos correr juntos uma Mil Milhas , duro vai ser conter a emoção . O relato a seguir é da preparação para as Mil Milhas , a história da corrida em si vem em outra postagem , com tudo que ela merece .
" Comprei a carretera do Caetano Damiani , eu queria a 34 só que ele não quis me vender . Levei ela para oficina , estava acabada , e comecei a refazê-la . Um dia aparece o Justino e me convida para correr as Mil Milhas . Levamos a carretera para sua bela oficina , onde pusemos um motor Corvette bem forte e com ajuda do Gordinho mecânico de primeira terminamos a preparação . Lembro daquele motor , era tão forte que nem o contagiros aguentava , acabamos correndo sem , os freios , ora , na hora de frear ela passarinhava , ia de um lado para outro , mais uma coisa era certa ela andava muito "
Victorio obrigado por este depoimento , em meu nome , do Fabio Poppi e de todos seus admiradores .