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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

MONZA - O templo dos templos do automobilismo.




1936 Tazio Nuvolari com Alfa Romeo 12C a frente de Bern Rosemayer de Auto Union.

No meu imaginário de menino apaixonado por automobilismo Monza era um Templo, um lugar em que meus grandes ídolos haviam corrido e vencido, uma pista desafiadora com suas grandes retas e curvas de altíssima velocidade, aquele anel externo onde os carros andavam quase na vertical desenvolvendo velocidades absurdas, quase grudados ao chão tamanha era a força ascendente que provocavam aquelas curvas inclinadas.

Lá venceram Tázio, Campari, Antonio e Alberto Ascari, Caracciola, Hans Stuck, Bernd Rosemeyer, Nino Farina, Luigi Faglioli, Fangio, Moss, Phill Hill, Grahan Hill, Clark, Emerson, Ronnie, Regazzoni, Nelson e Ayrton.

Em 1955 ficou pronto o anel de altíssima velocidade com as curvas com inclinação máxima de 80 %, eram duas curvas de 320 metros com uma reta de 875 metros a outra reta passava em frente aos boxes. Nesta parte do circuito as velocidades medias passavam dos 300 km/h. Este anel foi utilizado de 1955 até 1961 com ele o circuito totalizava 10.000mts, e a grande largura da reta dos boxes é devido a sua utilização, pois nessa época saía da curva inclinada indo na reta direto para curva Grande e depois de percorrido o circuito da Parabólica entrava novamente na reta dos boxes, só que do lado direito entrando novamente no anel de alta na curva Sul.


Saindo da curva inclinada Moss entra na reta da Tribuna do outro lado Fangio sai da Parabólica para entrar também na reta só que bem atrás.

Nesta configuração da pista venceram em 1955 Fangio à frente de Taruffi e Castellotti.
1956 Stirling Moss de Maserati a frente Juan Manuel Fangio e Lancia-Ferrari.

1957 foi realizado o “Trofeo dei Due Mondi” com os carros americanos que corriam em Indianápolis e foi realizado os 500 KM de Monza, corrida foi denominada "Monzanapolis - Race of two world" mas foi desprezada pelos pilotos que corriam a F I, vieram dos EUA Jimmy Bryan, O’Connor, Eddie Sachs, Troy Ruttman, Johnnie Parsons, Bob Veith e Tony Bettenhausen. A pole foi de Tony Bettenhausen à media de 283 Kmh, quando em Indianápolis a media era de 261 kmh, o vencedor foi Jimmy Bryan. Essa corrida foi um fracasso de publico, assistida por apenas 20.000 pessoas.






1958 com os Europeus enfrentando os Americanos a pole foi de Luigi Musso e sua Ferrari de 4.1 L, a uma media de 280 km/h, Fangio correu com um Dean Van Lines, venceu Jim Rathmann com seu Zink Leader Gard Slp com media 268 km/h. Moss e sua Maserati-Eldorado foi sétimo.

Enquanto isso na Formula Um em 1957 vence Stirling Moss de Vanwall e Tony Brooks também de Vanwall vence em 1958.

A pista com as curvas de altíssima foi utilizada até 1961, tendo como vencedores em 1959 Stirling Moss de Cooper Climax, 1960 Phil Hill com Ferrari 256 e 1961 Phil Hill com Ferrari 156.

Em 1961 o ultimo e trágico GP disputado na pista completa, com o acidente na entrada da Parabólica que custou a vida de Von Trips da Ferrari e alguns espectadores.
No filme “Grand Prix” podemos ver claramente como era andar naquela parte do circuito com suas curvas inclinadas.
A partir de 1962 o GP foi disputado no circuito que conhecemos hoje, mas sem a desfiguração das chicanes, palavra odiada dos fãs de automobilismo que desfigurou varias pistas até a bela “Bus Stop” de Spa foi trocada por uma delas.

                                                                  O GP de 1971

Amon, Matra-Simca e Gethin de BRM.
 
Largada Regazzoni # 4 que havia largado em oitavo toma  aponta seguido por Jacky Ickx #3, Ganley de BRM #19, Amon #12, Sifert BRM #20 e Cevert Tyrrel #2.


Primeira volta briga antes da Parabólica.
A chegada, Gethin-BRM #18 cruza a 10/100 de Peterson-March e o Tyrrel de Cevert.

Em 1971 foi disputado o GP que teve provavelmente o resultado mais apertado da história da categoria. O sempre azarado e grande piloto Chris Amon depois de largar na pole vinha liderando a corrida quando perdeu a viseira de seu capacete (dá para acreditar!) a disputa a seguir passou a ser entre Ronnie Peterson - March -, Fraçois Cevert -Tyrrel-, Mike Hailwood - Surtees-, Howden Ganley -BRM- e numa bobeada de Cevert na Parabólica Gethin que havia largado em décimo primeiro toma a ponta e vence com 1/100 vindo em segundo Peterson, Cevert a 8/100, Hailwood a 18/100 do vencedor. Em quinto Ganley a 6/100 e por fim em sexto o super azarado Amon a 32 segundos do vencedor. A melhor volta foi de Hanri Pescarolo, March-Cosworth a media de 274 km/h.


Emerson-Lotus 72D



Emerson-Lotus 72 voa sobre Ignacio Giunti-Ferrari em treino em Monza. Do ótimo acervo digital da revista QuatroRodas-Novembro de 1970: http://quatrorodas.abril.com.br/acervodigital/   

Grahan Hill-Lotus 49C. 

A partir de 1972 foram sendo introduzidas as chicanes para reduzir a velocidade em curvas perigosas como a feita na reta da Tribuna que leva a Curva Grande, e variante Della Roggia que leva a Curva dupla de Lesmos e a variante Ascari para diminuir a velocidade que leva a Parabolica.

Grandes pilotos perderam a vida em Monza, Von Trips, Alberto Ascari, Jochen Rindt, Ronnie Peterson, talvez um tributo cobrado pela pista a quem ela havido oferecido tantas glorias.

Monza foi construída em um parque onde é proibido o corte de arvores e por isso não foi tão desfigurada como outros templos de automobilismo pelo mundo como Interlagos e Silverstone, ainda é uma pista de alta velocidade e desafiante e lá vamos ver o próximo ato do atual campeonato.
Agradeço a coloraboração de meu amigo Henrique Mércio, o Caranguejo, amigo de longos papos e ótimas idéias.








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NT: Como podemos ver pela corrida de 1971 o carro que contornar melhor a Parabólica é o favorito para vitória. Lá ele sai lançado para percorrer a reta da Tribuna com maior velocidade.


                                            TODOS VENCEDORES DE MONZA GP e F I



MONZA HOJE.