Nada melhor para ilustrar este texto que Divisão 3. Em 1982 no Campeonato Paulista colocavámos 25/28 carros na pista.
Minha vontade é sempre escrever sobre nosso automobilismo, o de ontem e de hoje. Reverencio como vocês, que estão sempre aqui, nossos ídolos do passado e sei que temos hoje aqui no Brasil, grandes pilotos, mas...
Ora a estrutura de nosso automobilismo é um espelho do que acontece hoje em nosso país. Que é rico, forte e poderia ser uma potencia, mas é dominado por um grupelho, que apenas pensa em seu proveito próprio.
Um comentário aqui, de meu amigo Fernando Fagundes - Hiperfanauto - e um post de meu amigo Ferraz em seu blog, um post do Carlos tempos atrás, e o editorial da nova revista digital Esporte a Motor, me fizeram sair da letargia e escrever sobre.
Neste mundo de incompetência, apadrinhamento e sujeira que é nosso automobilismo, temos algumas boas coisas, entre elas um exemplo que poderia e deveria ser seguido por nossos dirigentes, a Formula Truck. Particularmente ela não me atrai muito, gosto mais de ver os carros e motos na pista, mas sua organização é exemplar. Lá vemos todas as montadoras de caminhões que aqui estão, desenvolvendo e ajudando pilotos a desenvolverem. Um ótimo esquema de mídia, com televisionamento e isso atrai verdadeiros patrocinadores.
Outras categorias também mostram boas corridas, como essa novo Campeonato de Marcas, mesmo a Stock, a GT3 e por aí vai. Acontece que a Stock é um campeonato de cartas marcadas, sempre os mesmos pilotos e equipes, sem que haja a possibilidade de uma equipe nova se aventurar. Mesmo as que vem da Copa Montana.
Outro erro que vejo é na Copa Montana, até concordo que ela seja monomarca, mas deveria usar o monobloco do próprio veiculo, não este que usam dos Stock antigos.
Parece que o Campeonato de Marcas, usando o monobloco dos carros originais está em um bom caminho, apesar de usar em todos carros o mesmo motor e fornecido por apenas um mesmo fornecedor.
Precisaríamos de um Campeonato de Marcas forte, com total apoio das montadoras, para que amanhã quando em uma corrida em Fortaleza, por exemplo, alguma equipe de lá pudesse se inscrever e quem sabe se dar bem na categoria.
Não culpo nisso os pilotos e donos de equipe, pois eles estão fazendo o que sabem e dentro do esquema que existe.
Alem disso precisamos de uma categoria de Formula de verdade, com um regulamento serio, e de acordo com nossa realidade, para trazer novos construtores e gente que possa desenvolver carros e equipes.
Tudo isso é apenas um sonho, pois desde que comecei, no longínquo 1971, as montadoras aqui instaladas, sempre que tiveram que lidar com a direção de nosso esporte, levaram a pior. Aí ou montavam uma categoria mono marca ou ficavam nas mãos de nossos jabaculezeiros mandatários.
Segue os depoimentos do Fernando, Ferraz, Carlos e Miguel.
Rui Amaral Jr
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Oi Rui, boa noite
Enquanto aguardava o almoço aqui em casa, acabei assistindo pela TV (de susto pois nem sabia que a corrida seria transmitida) a 2a corrida do campeonato brasileiro petrobrás de "marcas" que apesar de não ter sido de toda ruim (já vi coisa melhor) ... deu para pasar o tempo.
Agora é de assustar a situação que chegou o nosso automobilismo brasileiro heim.
Hoje no Campeonato Argentino de Marcas ( com várias marcas de verdade, não com alguns tipos de monoblocos... como é o brasileiro petrobras de marcas)o grid foi de mais de 40 carros (ainda dizem que a Argentina, esta em crise) representando; Fiat Linea, Chevy Astra, Citroen C4, Ford Focus, Honda New Civic e Leon, enquanto aqui em Londrina (num Brasil que empresta dinheiro para o FMI) um grid de 18 carros com os mesmos pilotos da estoque etc e etc.
Será que "se este " campeonato brasileiro petrobras de marcas" fosse um campeonato "multimarcas de verdade" e consequentemente com aquisição mais democrática de carros por todos pilotos e equipe nós não teriamos um grid com mais de 40 carros como nossos hermanos ?
Abs
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“Hoje chegou às minhas mãos, ou melhor, à minha tela, o regulamento das 24 Horas de Interlagos, prevista para janeiro de 2012.
Com muita expectativa, li o dito cujo. Inicialmente, fiquei feliz com a proposta de corrida, para fazer lembrar a época de ouro das provas de longa duração em Interlagos. Nada melhor do que abrir a prova para carros de turismo de diversas marcas, esperando-se, obviamente, uma razoável diversificação no dia do evento. De fato, poderão participar da tal corrida (se houver), 22 modelos de 8 fabricantes diferentes.
Não vou mencionar a ortografia tchu-tchu usada para identificar a marca Renault logo na página 4. Errar é humano e alguns são mais humanos do que os outros. Nem tampouco vou mencionar os erros de regência aqui e ali. O documento deve ter sido redigido com muita empolgação!!!
A TAXA TÉCNICA, o item 45.10, escondidinha na página 31 do verborrágico documento, teve direito a cabeçalho em letras maiúsculas, e negrito. Não é a toa - a tal taxa é R$ 30.000 (sim, trinta mil reais).”
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“Meus amigos mais uma prova de endurance que á muito tempo não é realizada.Esta prova de velocidade sempre foi realizada nos velhos tempos e muitas saudades traz aos pilotos e preparadores desses tempos, provas como Mil Milhas que deram fim de vez.As ultimas 24 horas foi em 1970, de lá para cá tantas outras foram inventadas e falidas por não terem a capacidade de fazerem as coisas certas, ou melhor ( melhorarem as que existem ) foi sempre o que falei. Infelizmente o Automobilismo virou de vez...é categoria para poucos, ou seja, uma dúzia que conseguiu sobreviver do Automobilismo aqui no País financiados pelos pais, e esses mesmos que andam em todas as categorias. É por tudo isso que as categorias vivem falindo, por exemplo as categorias de formula já morreram , a F3 com oito nove carros, a Linea com dez , e o quê mais...não tem.Pessoal se forem analisar as coisas vão ver que o que estou falando tem sentido...as categorias que criaram nos últimos anos, foi um absurdo, fizeram uma categoria chamada de Marcas que são carros monopolizados e feitos na época pelo Berta na Argentina, hoje são feitos aqui no Brasil pelo mesmo cara se não me falha a memoria...o Zéca Giafone, tem a Mercedes também, a Linea, tem a GT, Porsche Cupe , Stock, Montana, Maseratte que nem sei se existe mais.Então minha gente, precisaria tantas categorias de turismo para quê, e os formulas que são realmente carros de corrida de verdade que levam os pilotos a almejar o topo maior do automobilismo, não sei dizer porquê tudo isso, se é por dinheiro ou por idiotice.Bom o que eu tenho a dizer desta prova, as 24 Horas pelo regulamento, é que sinto ser uma boa para as montadoras, mas para quem pilota fica a falta de máquinas mais fortes, era assim que sempre foi nos tempos passados, por isso que tinha bastantes carros e também publico.Hoje fazem categorias, em dois anos não existem mais, sendo categorias livres ainda vai, mas se for monopolizadas e tendo que comprar tudo do mesmo fabricante, e também montar uma equipe bem estruturada com equipamentos de ponta, e em dois anos ter que enfiar tudo naquele lugar...dói muito, é por isso que não se deve criar mais categorias a rodo, e sim fortalecer as que existem, sempre falei isso.Bom vou postar algumas coisas a respeito das 24Horas, e veremos como vai ser o resultado como eu já falei, esta prova não era realizada desde 1970.”
José Manuel Ferraz - Ferraz Competições
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Em outubro, Mato Grosso do Sul foi palco de mais dois grandes eventos, o Itaipava GT Brasil e Pro Tork Brasileiro de Motocross. Com estrutura e organização profissionalizada, esses eventos serviriam de exemplo e fomentar o esporte a motor em MS. Gerar feedbacks aos organizadores locais. Mas, pelo visto, salvo exceções, não têm sido seguido.
O presidente da Federação de Automobilismo de MS Valdemir Terra alegando falta de verba, diz que não divulga os eventos estaduais, por ter poucos participantes. Dito isso passaram 3 anos e nada muda.
Ora, caro presidente, se a sua estratégia fosse a mais correta, estaríamos com grid cheios há algum tempo. Se atualmente temos poucos participantes é devido que eles tem pouco incentivo.
O que um piloto ganha ao disputar o estadual de kart ou de carro, alem de troféu? Nada. Para correr de carro ou kart hoje, gasta se R$1000,00 a R$4000,00 por corrida. É obvio que se pelo menos tivessem ajuda das empresas, a historia seria outra. Mas quem vai patrocinar um evento que ninguém sabe, quem, quando nem onde são as corridas?
Eu não devia, mas vou dizer o que deveria ser feito para encher o grid de pilotos:Sortear e ou premiar quem participa;
Apoiar com uma mídia promocional que tenha boa audiência;
Enviar mala direta para as empresas saberem que o automobilismo existe, e quem são os pilotos;
Seguir um calendário fixado no final do ano anterior ou no máximo no inicio do referido ano;
Formar parceria com as imprensas locais;
E outras coisas mais.
E quanto à verba para isso? A federação tem recebido verba da Fundesporte, é só reservar uma parte para a promoção.
Feito isso garanto que dias melhores virão.
Um abraço e até a próxima.”
Por Mauro Takashi - Esporte a Motor
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NT. Fernando, Carlos e Ferraz são três amigões, que aqui compartilham seus conhecimentos e amor pelo esporte. Amigos pessoais por eles tenho grande estima. O Mauro começou a escrever a revista digital e parece lutar por nossos mesmos ideais .
Como sempre deixo aqui o espaço para quem quer que seja se manifestar, responder e contradizer. Colocarei no mesmo espaço de um post.
Apenas que sejam pessoas com e-mails, telefones e nomes completos.
Rui Amaral Jr
