A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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domingo, 23 de agosto de 2020

ONE DOLLAR



 Outro dia contei aqui uma pequena história do grande Lucky Casner, seu sonho e realizações. De forma alguma sou um historiador, nem pretendo se-lo, divido com vocês aqui o muito que leio, escuto, vejo e vivo. Às vezes estou quietinho em meu canto e vem alguém, por telefone ou ao meu lado e diz "Sabe Rui...", e quem sabe desta conversa sai algum post interessante. O bom de tudo é, por não ter nenhum interesse financeiro, muito menos ganhar um simples Dolar com este blog, posso falar à vontade do que pensar que possa ser interessante para vocês que prestigiam meus amigos e eu nesta jornada.
Desculpem o blá, blá, blá e vamos ao que interessa...

O sonho de Lucky Casner rendeu muitos frutos, o homem morre, mas seus sonhos continuam, ainda mais quando são firmes e fortes.

Dan correu para Lucky, e certamente conversaram horas e horas, dividiram ideias e sonhos. 
E Dan sonhou com uma grande equipe. Nasce a "All American Racers", e talvez ele tenha saído em busca de apoiadores ou patrocinadores. Mas uma simples ideia, não sei se dele, o colocou no caminho do sonho.
Pedir a cada americano que acreditasse em seu potencial, que enviasse à "All American Racers" um envelope com um dólar, um único dólar...
Aí entra o povo americano, o médio americano, aquele que reverencia sua bandeira e a pátria. Aquele que saúda seus heróis,  heróis que lutaram em guerras justas, ou talvez injustas, mas que carregaram o nome de sua pátria e sua bandeira com orgulho!
Este americano médio enche os cofres da "All American Races" com mais de US$ 5.000.000,00, sim, cinco milhões de dólares,  que na década de sessenta do século passado era uma quantia absurda, talvez algo com cem milhões hoje.
É, o americano acreditou no sonho, e no guerreiro!

A "All American Racers" parte para construção de seu Formula Um, e dá ao carro o nome de Eagle, tão emblemático ao povo norte americano. 
Procura a Weslake, empresa inglesa especialista em preparação de motores, e encomenda o motor V12 de três litros para seu carro, nascia o Eagle-Weslake. Com eles Dan venceu em 1967 a Corrida dos Campeões em Brands, não válida para o campeonato, e o GP da Bélgica em Spa.

Vitória em Spa.

Mais vocês encontram na internet, no link da "All American Racers", e inúmeras páginas que escrevem sobre.
Tomo a liberdade de colocar o texto de meu amigo Ricardo Achcar abaixo. 
Desculpe Ricardo, depois de nossa longa conversa hoje pela manhã, eu precisava escrever sobre sonhos e realizações, coisas em que você é especialista.

Dan vive. 

Dedico este post a Wilson Fittipaldi Jr, que sonhou e realizou, e a meu amigo Walter.  

Rui Amaral Jr

Conta Ricardo

Amigo Rui, revendo este texto que escrevi há cerca de três anos, percebo que se reduz a uma súmula do que foi a criação na coragem do "All American Racing Team"...Sinto não poder juntar mais informação. Mas, o texto na época era uma chamada para o projeto MONOMIL  (registrado em meu nome) baseados em monopostos de 1000 cc com motores de três cilindros, um projeto que eu fiz e está completo e uma estrutura de auxílio a interessados em construir monopostos, privados, universidades(engenharia) e interessados em geral desde que fossem homologados FIA, nacionais em categorias escola, juniores e profissional. E o tempo passou mas ainda sonho nisso com o meu sócio Eduardo.

DAN GURNEY e a AMÉRICA dos sonhos – All American Racing Team, de tirar o chapéu.

“O carro foi projetado, construído e montado em Santa Ana, Califórnia, pela minha empresa, “All American Racers , que eu tinha fundado em 1965 com Carroll Shelby como meu parceiro.“
Lá se vão 70 anos. Ninguém me inspirou mais ao longo de muitos anos do que Dan Gurney. Em contrapartida muito pouca gente sabe como, no final dos anos 50 e início de 60  de fato aconteceu o que veio a ser o All American Racing Team...só o idioma inglês permite um título com essa força. All American Racing Team..o que seria no idioma nosso mais ou menos “unidos venceremos” tipo espaguete...
O apelo de Dan foi ao que podia na época ser o máximo no campo da divulgação: a imprensa e suas notinhas de suporte. Reuniu mais muito mais de cinco milhões de dólares pela via dos aficionados nos envelopes dos correios da América. Dólar após dólar. Num envelope. De cada um. Que acreditou em nome da América. Não é o bastante ter a vontade de pensar, desenhar, projetar e muito mais. É preciso ter por trás o espírito consolidado na fé de uma consciência nacional soldada numa boa reputação. Dan tinha a reputação bairrista e local na Santa Ana da Califórnia. “All American Racing Team” me propulsionou ao inferno das fantasias de um brasileiro no esporte motor.
Os “Fittipaldi” se viram com o tapete puxado no ostracismo da dúvida, aquele ostracismo... irmão da calúnia por não ser vitorioso no ano seguinte!  Emerson, campeão mundial, tinha deixado a Mc Laren na quimera de brindar o brasil com B maiúsculo. Tal quais otários solitários no país da lei da enganação. Meu respeito é ilimitado por esse esforço premiado com solidão e total abandono.
Bem, hoje temos a internet. Eu tenho no presente um currículo um pouco superior ao que o Dan tinha quando invocou parceria nacional e 50 anos mais do que ele na época. Mas eu não tenho público. Muito menos correio...já viu né! Venho ao encontro da eletrônica na internet nesse momento chamar atenção dos que gostariam de ver acontecer um automobilismo de formação profissional, regulado pela FIA, portanto capaz de receber e vice versa competidores estrangeiros, pilotos, mecânicos, construtores, engenheiros, universitários, novos projetos e um automobilismo tal qual ou superior ao que nos foi brindado pelo suporte da VW sob a rédea do Wolfgang Sauer. Mas Sauer se foi e a VW igualmente quase...
A década gloriosa de 70 se desvaneceu na bruma do descaso, mas não da memória dos aficionados.

Existe hoje no Brasil uma massa pública com conhecimento do automobilismo como esporte e noção dos seus ídolos...vencedores lá fora que deixa saudades. Esse é o nosso lucro absoluto se conseguem  enxergar. A massa indispensável resíduo da investida da Globo existe latente. Meio cega sem saber para onde vai. Mas existe. Razoavelmente formada. Necessitando apenas reconhecer seu Ídolo, se identificar com seu ídolo, torcer pelo seu Ídolo AQUI e AGORA. Estão em expectativa, prontos para torcer, consumir, identificar, optar e popular um autódromo. Ligar a televisão, adotar uma marca. De repente estamos prontos para termos os nossos “Tifosis”.
Você está pronto para em vez de perguntar, discutir, afirmar, fantasiar, finalmente colaborar por associação a um projeto capaz de botar um B maiúsculo no Brasil do esporte motor?
Monopostos de competição certificados FIA, Monoposto Escola de R$38.000,00, Júnior por R$55.000,00 e Sênior por R$165.000,00 virando Interlagos em 1minuto e 40 segundos? Ao alcance de todos com financiamento da Caixa Econômica Federal e muitos patrocinadores? Eu assino: Ricardo Achcar porque faço acontecer a minha parte.

Ricardo Achcar



  
           

  





sábado, 20 de janeiro de 2018

Dan Gurney por Chico Lameirão

Estourando a champagne ao lado de A.J no podium depois da vitória em Mans.
...depois da bandeirada com A.J no capô!
Pilotando o Mk IV, o ressalto na capota por conta de sua altura! 

.......... , então amigo RUI, me atrevo a escrever umas poucas linhas sobre esse grande piloto americano tanto em seu tamanho como  que a pilotar era uma real fera. Seu passamento ocorreu na semana passada, mas só agora é que tive um tempo para estas  palavras e alguns tópicos que depois de tantos anos no metier colhe- se alguns momentos aqui e ali sobre DAN GURNEY.


Substituindo Bruce na McLaren.
Monza 1959 - Dan com a Ferrari Dino 246 #36, Black Jack ponteia seguido de Phill Hill e Dan...

 Vencendo na F.Um com o Porsche.
 Vencendo na F.Um com Brabham
Dan & Jimmy



               Correu pela SCUDERIA FERRARI na FÓRMULA UM ainda na época dos motores dianteiros, sendo que um de seus companheiros era PHILL HILL outro americano. Na Equipe MASERATI, estreou nos 1000 KILOMETROS de BUENOS AIRES a famosa MASERATI  BIRDCAGE um auto muito avançado para a época. Foi piloto da EQUIPE PORSCHE na FÓRMULA UM 1500 sendo seu companheiro JÔ BONNIER. Ainda na FÓRMULA UM 1500 seus serviços foram requisitados pela BRABHAM. Nessa época a nossa EQUIPE WILLYS ofereceu uma viagem para seus pilotos verem as 24 HORAS de LE MANS e uma corrida de FÓRMULA UM em CLEMONT FERRANT na FRANÇA. Para BIRD CLEMENTE os dois pilotos que o mais impressionaram foram JIM CLARK e DAN GURNEY, pois na curva em que ele estava posicionado, a de mais alta velocidade à direita eram os únicos que a faziam  FLAT... “pé em baixo” com seus autos em reações rápidas de overstering .......!!!!!!



A vitória com sua criação!

O Weslake V12
 Eagle-Weslake
Dan e Big John Surtees


                Anos mais tarde já na FÓRMULA UM 3 litros DAN GURNEY resolveu fazer seu próprio carro, o EAGLE WESLAKE um dos autos mais bonitos da categoria e eventualmente até hoje. Como os recursos eram poucos ele resolveu inovar, fundando a ALL AMERICAN RACING, conclamando  o público americano sempre deveras patriótico para que cada cidadão depositasse  em uma conta bancária dessa fundação UM DOLLAR resultando com isso que em pouquíssimo tempo arregimentou  quase 8 MILHÕES de DOLLARES , conseguindo aí realizar esse seu sonho que culminou com uma vitória em SPA FRACONCHAMP. Conseguiu assim fincar a bandeira americana no quintal das equipes européias.......!!!!!!!
                 Ainda em 1970 o vi correr em uma McLAREN em BRANS HATCH substituindo BRUCE , que teve um acidente fatal testando um auto da categoria CAN- AM  em GODWOOD.

Vencendo em Goodwood com Galaxy
Na mítica Birdcage-Maserati Mod61
 CanAm Lola-Weslake


                 Uma ultima curiosidade, é que era muito amigo do nosso campeoníssimo FRITZ D'OREY, que este quando GURNEY queria fazer um giro pela Europa emprestava- lhe seu auto particular... uma FERRARI  está claro ......!!!!!!!


                 Aos 87 anos vai- se um dos grandes da """"arte de pilotar um auto de corrida""""" sem sombra de dúvida do nível de MARIO ANDRETTI  .........!!!!!!!!!



Que DEUS o receba em sua nova jornada.......


Abraço a todos nossos leitores.....


CHICO  LAMEIRÃO


terça-feira, 12 de junho de 2012

PERNAS-CURTAS por Henrique Mércio

Paul Richard “Richie” Ginther
Richie na vitória do México

Nascido em 1930 na Califórnia, na infância conheceu alguém de suma importância em sua carreira, o futuro campeão da F1, Phil Hill, que era amigo de seu irmão mais velho. Através de Hill, Ginther teve seus primeiros contatos com as corridas em 1948. Ao terminar os estudos, passou a trabalhar com seu pai na Douglas Aircraft e dividia seu tempo participando de corridas em Laguna Seca ou Riverside. Porém, no começo dos anos cinqüenta, o pequeno californiano teve de largar seu MG, chamado que fora por seu país, para lutar na Guerra da Coréia. Lá aperfeiçoa seus conhecimentos de mecânica, trabalhando com motores de aviões e ao retornar, junta-se ao amigo Phil Hill na famosa Carrera Panamericana, pilotando uma Ferrari 4.1.

Phill Hill e Richie
Richie e Hill na Ferrari 4.1 na Carrera Panamericana.
Richie e a Ferrari 250 Testarossa na Targa Florio 1960.

 Em 1954 retoma a carreira solo, participando de provas com um Austin Healey. Nessa época, torna-se contemporâneo de um jovem piloto que também era muito participativo, um certo James Dean. Os resultados de Richie chamaram a atenção de Johnny von Neumann, chefe de equipe e revendedor da Porsche para a Califórnia, que confia-lhe um desses carros alemães. Mas sua grande chance surge em 1956 quando passa a pilotar Ferraris. Logo, estava conversando com Luigi Chinetti, chefão da NART (North American Racing Team) e representante de Enzo Ferrari nos Estados Unidos. Esse contato abriu as portas para Ginther tanto em provas européias como as 24 Horas de Le Mans, e também em corridas norte-americanas como as 12 Horas de Sebring ou as 24 Horas de Daytona, sempre com a marca do “Cavalinho Rampante”. 

1961, Richie lidera Von Tripps no GP de Monaco, ambos de Ferrari 156 "Shark Nose"

Em 1960, Richie é chamado para correr na F1 pela equipe italiana, apadrinhado tanto quanto o possível por seu amigo Hill. Estréia com uma sexta colocação em Mônaco, pilotando uma Ferrari Dino 246. Participa em mais três corridas em 60, em uma delas o GP da França, com o pouco conhecido Scarab Type 1, mas é com a Ferrari que obtém o seu melhor resultado: uma dobradinha com Phil Hill em Monza/60. Em 61,divide a equipe Ferrari com Wolfgang von Trips, Phil Hill, Olivier Gendebien e os novatos Giancarlo Baghetti e Ricardo Rodriguez. Consegue boas colocações como um segundo lugar em Mônaco e dois terceiros, em Spa e Aintree, no ano em que Hill vence o campeonato mundial. De 62 a 64, correrá pela BRM, fazendo em 63 sua melhor temporada, com 3 segundos lugares (Mônaco, Monza e Watkins Glen) e 2 terceiros (Nurburgring e México), terminando com a terceira posição no Mundial. 

 Oulton Park 1963 Ginther #2 larga na primeira fila ao lado de Grahan Hill #1, Jim Clark #4 e Trevor Taylor ambos de Lotus.
 GP da Holanda, Zanvoort 1965, #10 Grahan Hill BRM P261, Jim Clark #6 Lotus 33, Richie Guinther #22 Honda P261, John Surtees #2 Ferrari 158, Dan Gurney #16 Brabham BT11 e Mike Spence #8 Lotus 25.
 Honda RA272.
GP do Máxico 1965 Richie e a Honda RA272 largam para vitória.

Em 65, vai para a Honda com a missão de acertar o modelo RA272 (motor 1.5 litro, 270 cavalos à 12.000 rotações). Apesar da experiência de Ginther, o carro era de difícil acerto e a vitória só veio na última prova do ano, no México, graças ao ar rarefeito da pista de Magdalena (2.245 metros de altitude). Não só é a primeira vitória de Richie na categoria, mas também da Honda e dos pneus Goodyear. Em 66, enquanto espera que o novo motor Honda de 3 litrosfique pronto, atua como consultor do filme “Grand Prix”, de John Frankenheimer, que retrata o mundo das pistas, onde também faz uma ponta. Participa de três corridas com a equipe japonesa sem resultados de relevo e no ano seguinte, une-se a Dan Gurney no projeto do Eagle-Weslake, mas decide abandonar as pistas após um acidente nos treinos para as 500 Milhas de Indianápolis. Daí para frente, o “aposentado” Richie tornou-se um cigano, rodando pelos desertos californianos em seu “Trailer”. Em 1989 está passando uns tempos no sul da França quando um sofre um ataque cardíaco. Tinha 59 anos.

Henrique Mércio - Caranguejo

Richie Ginther e a Eagle Weslake 1967.






segunda-feira, 9 de maio de 2011

PERNAS-CURTAS por Henrique Mércio

Paul Richard “Richie” Ginther

Phill Hill e Richie Ginther.

Nascido em 1930 na Califórnia, na infância conheceu alguém de suma importância em sua carreira, o futuro campeão da F1, Phil Hill, que era amigo de seu irmão mais velho. Através de Hill, Ginther teve seus primeiros contatos com as corridas em 1948. Ao terminar os estudos, passou a trabalhar com seu pai na Douglas Aircraft e dividia seu tempo participando de corridas em Laguna Seca ou Riverside. Porém, no começo dos anos cinqüenta, o pequeno californiano teve de largar seu MG, chamado que fora por seu país, para lutar na Guerra da Coréia. Lá aperfeiçoa seus conhecimentos de mecânica, trabalhando com motores de aviões e ao retornar, junta-se ao amigo Phil Hill na famosa Carrera Panamericana, pilotando uma Ferrari 4.1.

Richie e Hill na Ferrari 4.1 na Carrera Panamericana.
Richie e a Ferrari 250 Testarossa na Targa Florio 1960.

 Em 1954 retoma a carreira solo, participando de provas com um Austin Healey. Nessa época, torna-se contemporâneo de um jovem piloto que também era muito participativo, um certo James Dean. Os resultados de Richie chamaram a atenção de Johnny von Neumann, chefe de equipe e revendedor da Porsche para a Califórnia, que confia-lhe um desses carros alemães. Mas sua grande chance surge em 1956 quando passa a pilotar Ferraris. Logo, estava conversando com Luigi Chinetti, chefão da NART (North American Racing Team) e representante de Enzo Ferrari nos Estados Unidos. Esse contato abriu as portas para Ginther tanto em provas européias como as 24 Horas de Le Mans, e também em corridas norte-americanas como as 12 Horas de Sebring ou as 24 Horas de Daytona, sempre com a marca do “Cavalinho Rampante”. 

1961, Richie lidera Von Tripps no GP de Monaco, ambos de Ferrari 156 "Shark Nose".


Em 1960, Richie é chamado para correr na F1 pela equipe italiana, apadrinhado tanto quanto o possível por seu amigo Hill. Estréia com uma sexta colocação em Mônaco, pilotando uma Ferrari Dino 246. Participa em mais três corridas em 60, em uma delas o GP da França, com o pouco conhecido Scarab Type 1, mas é com a Ferrari que obtém o seu melhor resultado: uma dobradinha com Phil Hill em Monza/60. Em 61,divide a equipe Ferrari com Wolfgang von Trips, Phil Hill, Olivier Gendebien e os novatos Giancarlo Baghetti e Ricardo Rodriguez. Consegue boas colocações como um segundo lugar em Mônaco e dois terceiros, em Spa e Aintree, no ano em que Hill vence o campeonato mundial. De 62 a 64, correrá pela BRM, fazendo em 63 sua melhor temporada, com 3 segundos lugares (Mônaco, Monza e Watkins Glen) e 2 terceiros (Nurburgring e México), terminando com a terceira posição no Mundial. 

Oulton Park 1963 Ginther #2 larga na primeira fila ao lado de Grahan Hill #1, Jim Clark #4 e Trevor Taylor ambos de Lotus.
 Honda RA272.
 GP da Holanda, Zanvoort 1965, #10 Grahan Hill BRM P261, Jim Clark #6 Lotus 33, Richie Guinther #22 Honda P261, John Surtees #2 Ferrari 158, Dan Gurney #16 Brabham BT11 e Mike Spence #8 Lotus 25.

   GP do Máxico 1965 Richie e a Honda RA272 largam para vitória.
Comemorando a vitória no México 1965.

Em 65, vai para a Honda com a missão de acertar o modelo RA272 (motor 1.5 litro, 270 cavalos à 12.000 rotações). Apesar da experiência de Ginther, o carro era de difícil acerto e a vitória só veio na última prova do ano, no México, graças ao ar rarefeito da pista de Magdalena (2.245 metros de altitude). Não só é a primeira vitória de Richie na categoria, mas também da Honda e dos pneus Goodyear. Em 66, enquanto espera que o novo motor Honda de 3 litrosfique pronto, atua como consultor do filme “Grand Prix”, de John Frankenheimer, que retrata o mundo das pistas, onde também faz uma ponta. Participa de três corridas com a equipe japonesa sem resultados de relevo e no ano seguinte, une-se a Dan Gurney no projeto do Eagle-Weslake, mas decide abandonar as pistas após um acidente nos treinos para as 500 Milhas de Indianápolis. Daí para frente, o “aposentado” Richie tornou-se um cigano, rodando pelos desertos californianos em seu “Trailer”. Em 1989 está passando uns tempos no sul da França quando um sofre um ataque cardíaco. Tinha 59 anos.

Henrique Mércio

Richie Ginther e a Eagle Weslake 1967.