A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Ruggero Peruzzo

O bravo Ruggero empurra sua Alfa, lá na frente a gloriosa carretera #50 de Vitório e Justino caminha para vitória, para glória!  

 Ontem meus amigos e eu comentávamos sobre um post que escrevi sobre os Mil KM de Buenos Aires de 1971 e o trágico acidente que envolveu Ignazio Giunti e Jean Pierre Beltoise. Alain Vignais deu um depoimento que corrobora com o que escrevi, logo vou escrever um novo post sobre o assunto, o depoimento do Alain vem de uma conversa dele com Beltoise.
 Daí Fabio Farias mostra a sequencia de fotos em que o piloto Ruggero Peruzzo empurra sua Alfa Romeo da equipe Jolly-Gancia até a linha de chegada, eram as Mil Milhas Brasileiras em sua  sétima edição , prova vencida pela carretera Chevrolet Corvette de Justino de Maio e meu amigo Vitório Azzalin.
 Sobre a corrida é bom esclarecer que na época uma briga entre a CBA - Confederação Brasileira de Automobilismo - e o ACB - Automóvel Clube do Brasil - pelo mando do automobilismo no Brasil, esta briga trouxe muitos prejuízos à todos que militavam no esporte e só foi resolvida por decreto assinado pelo Presidente Castello Branco no ano seguinte. Como sempre...a briga é dos cartolas e nós é que pagamos o pato! Um dia num desabafo Vitório me conta da mágoa de não ter seu nome e do Justino no troféu das Mil Milhas Brasileiras, culpa da cartolagem.

Ao bravo Ruggero e ao Vitório,  ídolo e amigo.

Obrigado Fabio e Alain.

Abraços

Rui Amaral Jr

NT: as fotos são reprodução da então ótima revista AutoEsporte.    


 Notem o estado do JK de Ugo Galina e Luciano Borguesi...







segunda-feira, 13 de agosto de 2018

JUSTA HOMENAGEM



 Cinquenta anos atrás Chico vencia Campeonato Brasileiro de Turismo à bordo de uma Alfa Romeo GTA da equipe Jolly Gancia, dia 7 de Julho o Alfa Romeo Clube do Brasil prestou uma bela homenagem à ele numa reunião em São Paulo...justa homenagem!  

 
 Vencendo na Guanabara em 1968 com Emilio Zambello.(a data na foto está errada)
Podium Chico no alto com Zambello erguendo a taça, Bird com a mão em sua barriga, ao lado Luiz Pereira Bueno, de camisa escura Eduardo Celidonio e Carlos Alberto Sgarbi.
Resultado
1º - Chico e Zambelo - Alfa GTA eqiupe Jolly Gancia
2º - Luiz e Bird - Bino MKII - equipe Willys
3° - Celidonio e Sgarbi - protótipo Snob`s
Luiza e Bird Clemente com Wilsinho e Chico
                                                  Chico Lameirão - Na Pista por 3 Gerações 
link 
Roberto Zullino, Miguel Crispim Ladeira, Marcos Lameirão. Ricardo Bock e eu.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

"El Nigher" vence em Pescara...

Corpo avantajado e tez escura, Giuseppe Campari foi um dos grandes nomes do automobilismo europeu, na foto com sua Alfa Romeo P2 e sua equipe de mecânicos da Scuderia Ferrari após a vitória de 1928 na Coppa Acerbo, venceu a copa ainda em 1927 e 1931 sempre de Alfa Romeo.
Começou sua carreira como mecânico de competições e acompanhante na Alfa Romeo, tempos depois já estava pilotando...à partir de 1920 começou à vencer e vencer, se rivalizando com os grandes da época como, Tazio Nuvolari, Antonio Ascari, Achille Varzi, Gigi Vilorezi e tantos outros.
No filme "Amarcord" de Fellini mostra sua passagem pela cidade de Rimini, provavelmente em uma das duas Mille Miglia que venceu em 1928/29. 1928 pilotando a Alfa Romeo 6C 1.500 SS Spyder Zagato e 1929 a Alfa Romeo 6C 1.750 Spyder Zagato, em ambas tendo como assistente o grande mecânico Giulio Ramponi.
Perdeu a vida em Monza no ano de 1933 numa corrida logo após o GP Monza. Na primeira volta sua Alfa pegou uma mancha de óleo na Curva Sul, saiu da pista morrendo Campari imediatamente.
Este foi apenas um pequeno apanhado da vida deste grande piloto, o Caranguejo e eu sempre combinamos em contar mais de sua vida e vitórias, quem sabe um dia...


Aos grandes pilotos de todas as épocas e aos meus amigos Paulão, Edwin e meu sócio Caranguejo.

Rui Amaral Jr






"El Nigher" vence em Pescara...

Corpo avantajado e tez escura Giuseppe Campari foi um dos grandes nomes do automobilismo europeu, na foto com sua Alfa Romeo P2 e sua equipe de mecânicos da Scuderia Ferrari após a vitória de 1928 na Coppa Acerbo, venceu a copa ainda em 1927 e 1931 sempre de Alfa Romeo.
Começou sua carreira como mecânico de competições e acompanhante na Alfa Romeo e tempos depois já estava pilotando...à partir de 1920 começou à vencer e vencer se rivalizando com os grandes da época como, Tazio Nuvolari, Antonio Ascari, Achille Varzi e tantos outros.
No filme "Amarcord" de Fellini mostra sua passagem pela cidade de Rimini, provavelmente em uma das duas Mille Miglia que venceu em 1928/29, em 1928 pilotando a Alfa Romeo 6C 1.500 SS Spyder Zagato e 1929 a Alfa Romeo 6C 1.750 Spyder Zagato em ambas tendo como assistente o grande mecânico Giulio Ramponi.
Perdeu a vida em Monza no ano de 1933 numa corrida logo após o GP Monza. Na primeira volta sua Alfa pegou uma mancha de óleo na Curva Sul e saiu da pista morrendo Campari imediatamente.
Este foi apenas um pequeno apanhado da vida deste grande piloto, o Caranguejo e eu sempre conversamos em contar mais de sua vida e vitórias, quem sabe um dia...


Aos grandes pilotos de todas as épocas e aos meus amigos Paulão, Edwin e meu sócio Caranguejo.

Rui Amaral Jr






sexta-feira, 22 de abril de 2016

O MECÂNICO-MESTRE

Giulio Ramponi


GIULIO RAMPONI- nasceu em Milão, em 8 de janeiro de 1902. Seu pai morreu quando ele ainda era um menino. Sempre demonstrou aptidão para a mecânica e enquanto trabalhava para uma empresa que fabricava bombas de combustível (Pelizzola), atraiu a atenção de Giuseppe Campari, que era amigo de seu padrasto e precisava de um mecânico-acompanhante que o ajudasse na Subida de Montanha Parma-Poggio di Berceto. Assim, Giulio juntou-se à Alfa-Romeo, como aprendiz. Certa vez, durante uma prova, Campari pilotava um grande Alfa pré-guerra, quando o capô soltou-se. E Giulio viu-se tendo de segurar a peça, enquanto seu piloto continuava na prova. Ao receberem a bandeirada, Ramponi pulou do carro antes que Campari parasse e o resultado foi um tombo de cara no chão, na frente de todos. Mas para surpresa de Giulio, ele foi erguido e parabenizado pelo grande piloto Felice Nazzaro. Na Alfa, integrou a seção de testes de motores, enquanto recebia os rudimentos sobre como dirigir de Attilio Marinoni. Ao mesmo tempo, passou a trabalhar no departamento experimental, que era dirigido por Luigi Bazzi. Em 1923, o lendário projetista Vittorio Jano veio para a Alfa-Romeo e então Ramponi envolveu-se no vitorioso projeto da P2 Grand Prix de Jano. Sua experiência havia crescido enormemente, graças a seu trabalho junto a Campari, Antonio Ascari e Enzo Ferrari. Em 1924, Ascari e Ramponi pilotavam um RLTF na Targa Florio e eram os líderes, quando o motor falhou. Apesar dos esforços de ambos, foram ultrapassados pela Mercedes de Werner e a saída foi empurrar o RLTF “no muque”. Ganharam a ajuda de alguns soldados e torcedores e receberam a bandeirada na segunda colocação. Mas foram desclassificados, pois a direção de prova só dera permissão para os condutores empurrarem...

 Ramponi acompanha a Baroneza Maria Avanzo na Brescia 1931. 
Ramponi ao lado da Alfa Romeo 20/30

Sua próxima aventura foi no GP de Lyon, a bordo da Alfa P2. Ascari vencera o Circuito de Cremona, mas tivera a companhia de Luigi Bazzi. Na França, Ramponi estava de volta e outra vez, ocupavam a liderança quando a P2 teve problemas. Todas as tentativas de religar o motor fracassaram e Ascari-Ramponi tiveram de assistir Giuseppe Campari em outra Alfa P2, vencer uma corrida que já estava em suas mãos. Em 1925 foram alteradas as regras e os pilotos não podiam mais levar acompanhantes. Giulio deve ter se sentido frustrado, mas a mudança salvou sua vida. Durante o GP de Montlhery, ele estava no comando da preparação do carro de seu amigo Ascari, a salvo nos boxes, quando ocorreu o desastre que ceifou a vida do piloto italiano.

 Ramponi e Antonio Ascari, GP da Bélgica 1925.
Ramponi segura Alberto "Ciccio" Ascari enquanto seu pai Antonio recebe os aplausos ao lado de Nicola Romeo após a vitória no GP da Itália 1924.


E aqui um parêntese. Para Giulio Ramponi, nada mais errado dizer que Antonio Ascari foi surpreendido pela pista molhada aquele dia na França. Durante os treinos, Campari fora ligeiramente mais rápido que Ascari. Naquele tempo, a equipe era quem decidia quem ficaria sendo o “pole man”. Decidiam por voto. A equipe sempre privilegiava o piloto mais jovem e rápido e isso significava dizer que a primeira posição era do talentoso Antonio, o primeiro piloto da Alfa-Romeo. Mas um dos diretores da Alfa, de nome Rimini, que raramente aparecia nas pistas e não entendia nada de corridas, protestou que Campari deveria ser o pole-position, baseado em seu tempo de volta. Isso enfureceu Ascari, pois sempre houvera inveja e atrito entre ele e “El Negher”. Assim mordido, Antonio imprimiu um ritmo forte desde o início da prova e não abrandou a tocada, mesmo diante dos sinais insistentes que lhe fazia Ramponi. Outra evidência de que a chuva nada tinha a ver com o desastre é que ela nem havia começado no momento da capotagem. O jovem Giulio, de 24 anos, ficou arrasado com a morte de Ascari, a quem idolatrava e considerava “um novo Nuvolari”, que pilotava tão suave e rápido. Continuando a trabalhar no departamento de competições, Ramponi foi designado para ser o piloto de testes da nova Alfa 6C 1500. Sob às ordens de Jano, ele participou de uma Subida de Montanha, Cuneo-Maddalena em agosto de 1927. Com instruções de concluir a prova, foi o terceiro colocado.

Giuseppe "El Negher" Campari

Em 1928, voltou a atuar como mecânico de Campari, em uma nova versão da Alfa 6C 1500, a Sport Spider Zagato. Eles venceram a prova, batendo uma forte oposição de Lancias e OMs. No ano seguinte voltaram a vencer, agora com uma Alfa 6C 1750, chegando à frente de um OM por oito minutos. Em tempo, a prova durara 18 horas. Quanto à carreira do piloto Giulio Ramponi, ela começou a render frutos em 1928, na Inglaterra. O Essex Motor Club promoveu uma corrida de seis horas em Brooklands, que se tornou a grande vitória de Giulio atrás do volante. No ano seguinte, outra vez na Inglaterra, participou de um evento dividido em doze horas. Participou com o Alfa 1500 Super Sport e venceu outra vez. Desgostoso com o governo fascista que se instalava na “Bota”, Giulio sonhava com a Inglaterra e uma oportunidade de trabalhar lá. Esta concretizou-se quando o norte-americano Whitney Straight foi à Itália adquirir dois Maseratis. Ele conheceu Ramponi e o convidou para trabalhar para ele como engenheiro-chefe da nova equipe. Outro integrante da trupe era o mecânico Billy Rockell, que já trabalhara para a Bentley (e que mais tarde viria a ser um grande parceiro de Giulio). Embora a Equipe Straight tenha desfrutado de algum sucesso, Whitney encerrou suas atividades em 1934. Mas já então, Ramponi e Rockell haviam criado uma oficina em Lancaster Mews, perto do Hyde Park em Londres. Giulio conhecera algum tempo atrás, um jovem piloto inglês, um certo Richard Seaman para quem preparara um MG. Um dia, Dick Seaman perguntou se Ramponi cuidaria de seu ERA para a temporada de 1935. 

Dick Seamen, Ramponi e o Delage.

O sucesso viria quando Seaman passou a correr com o seu famoso Delage preto, cuja reformulação ficara a cargo de Giulio. Graças a esses resultados, Seaman chamou a atenção da Mercedes-Benz, quando então sua carreira deslanchou. Quando o piloto inglês morreu em Spa, 1939, Ramponi outra vez sentiu-se abalado, pois considerava Dick como um filho e sempre acreditara em seu talento. Durante a II Guerra Mundial, o anti-fascista Giulio foi aprisionado como estrangeiro indesejável em um campo de concentração na Ilha de Man, só conseguindo sua liberdade em 1944. Continuou então seu negócio com Billy Rockell, trabalhando com importação e manutenção de Alfas para a Ilha. Ramponi visitara a África do Sul com Whitney Straight antes da guerra e para lá ele se retirou, em 1973. Faleceu em dezembro de 1986.



CARANGUEJO

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Vou confessar à vocês, hoje ao ler o texto de meu amigo e parceiro na condução deste blog Caranguejo, fiquei emocionado. Minha grande vantagem sobre vocês é que leio antes, fico sabendo muito antes o que ele vai escrever e às vezes trocamos ideias, um privilégio!
São tantas as lembranças de grandes nomes do automobilismo que venero desde garoto e as lembranças de tantos grandes mecânicos que tive o privilégio de ter ao meu lado.
Então me intrometendo no post do Caranguejo e certamente com a anuência dele dedico este post aos meus amigos Chapa, Carlão, Crispim, Antonio e Herculano Ferreirinha, Edimar Della Barba, à memoria do grande Brizzi e tantos outros que nos levaram epopeias inesquecíveis e à grandes momentos que nunca esqueceremos.


Rui Amaral Jr     


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O GAROTO

O Mantuano na época da Auto Union.

Na Alfa Romeo P3 




A grandeza de um homem pode muitas vezes ser mensurada pela riqueza das histórias que ele deixa atrás de si. Na Targa Florio de 1932, TAZIO NUVOLARI, aquele que segundo um monumento em sua honra na cidade de Roma é o último dos grandes pilotos antigos e o primeiro dos grandes pilotos modernos, foi informado que deveria levar um mecânico como acompanhante durante o percurso da prova. Franzino e magro, Nuvolari foi falar com Enzo Ferrari, então seu chefe de equipe na Alfa-Romeo e pediu que lhe fosse designado um auxiliar que pesasse tanto ou menos do que ele. Enzo encontrou um jovem mecânico, tão magricela quanto o mantuano. Preocupado que sua condução pudesse assustar o garoto, Nivola combinou com o parceiro que o avisaria quando estivessem se aproximando de algum ponto de maior perigo durante a competição. Ele então deveria se abaixar atrás do painel e só sair de lá quando a dificuldade tivesse passado. No fim da prova, mais uma vitória de Tazio, Enzo foi perguntar ao mecânico como tinha sido a experiência. “Nuvolari começou a gritar na primeira curva e só parou na última. Estive deitado no fundo do carro o tempo todo”, contou o garoto.



Na Vanderbild Cup 1938.



CARANGUEJO


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NT: 35, 40, talvez mais, tantos são os posts que o Caranguejo e eu escrevemos sobre o Mantuano e certamente vamos continuar...abaixo um link que leva à vários posts escritos pelo meu parceiro ou por mim...Tazio vive!


Rui Amaral Jr

sexta-feira, 7 de março de 2014

Quem, quando e onde e mais algumas fotos da Alfa Romeo 179

 Quem, quando e onde?
Quem pilota esta Alfa, quem o cumprimenta e quem é o garotinho? 
1981, Gilles e Mario.

 Mario no Rio.
 Bruno
 Vittorio em Imola.
 Depailler em Zolder.

Jack O`Malley na Argentina
1980 Watkins Glen, Giacomelli é pole com o tempo de  1.33.291 superando por 800/1000 Nelson Piquet o segundo com a Brabham BT49, quebrou na 31ª volta.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Alfa Romeo 179

 Mario com a 179C em Imola.

Um dia talvez escreva sobre a equipe Alfa Romeo e suas incontáveis vitórias nas pistas...desde o começo quando da fundação da industria por Nicola Romeo, Ugo Stella e Alexander Darracd...até tempos depois quando o departamento de competições era assumido por um certo Enzo, o Ferrari, que com incontáveis grandes pilotos venceu, venceu e venceu!
Finda a era Enzo a Alfa ainda venceu os dois primeiros mundiais de Formula Um, o primeiro em 1950 com o veterano Nino Farina e o seguinte com a estrela em ascensão Juan Manuel Fangio...mais tarde ainda forneceu motores à diversas equipes tendo na década de 1970 fornecido o potente motor flat de 12 cilindros de 3 litros para a Brabham BT45 que entre outros foi brilhantemente pilotado por nosso José Carlos Pace e sua sucessora a BT46 foi a porta de entrada na equipe para nosso futuro tri campeão Nelson Piquet. 
Ao final da década de 1970 decide a Alfa Romeo projetar um novo  motor para substituir o flat 12 que apesar de muito potente era um consumidor havido de combustível. E lança o modelo 1260 que era um `V12 à 60º de 2.995cc com quatro válvulas por cilindro, que no começo dos anos 80 gerava 520hp e chegou aos 540 à 12.000rpm em 1984.

O motor 1260 

Mas este post começou por causa de uma foto de Mario Andretti e a 179C em Imola no ano de 1981 no perfil do Milton no Face e da minha brincadeira chamando o carro de tranqueirão.
Final dos anos 70 a Alfa resolve voltar à F.Um com motor e chassi e é  convencida por Carlo Chiti à entregar a tarefa à sua vitoriosa Autodelta e nasce assim a Alfa Romeo 179 com o motor mod 1260, e cambio Alfa de cinco e seis marchas. 
Ao final de 1979 a Autodelta participa e três Gps, Itália, Canadá e USA com os pilotos Bruno Giacomelli e Vittorio Brambilla sendo que em Watikins Glen Vittorio nem se classifica e nas outras corridas tanto ele como Bruno quebram.  
Para 1980 a Alfa Romeo-Autodelta trás para companheiro de Bruno o rápido francês Patrick Depailler, o ano começa bem com o quinto lugar de Bruno em Buenos Aires e um 13º lugar no Brasil,  mas tanto ele quanto Depailler quebram em todas outras etapas culminando com a tragédia de Patrick quando treinando em Hockenheim, uma quebra de suspensão causou o acidente que tirou a vida do francês.
Ainda em 80 a equipe trás Brambilla e Andrea de Cesaris mas fora o quinto lugar de Bruno em Brands Hacth quebraram em todas as outras corridas.
Chega 1981 e a equipe contrata o grande Mario Andretti esperando os resultados que até então eram pequenos demais para os nomes envolvidos. Mario chega em um bom 4º lugar na primeira corrida da temporada em Long Beach e depois apenas resultados fracos e quebras. Bruno ainda pontua bem nas corridas finais, com um quarto lugar no Canadá e o único podium do carro com o terceiro lugar em Las Vegas.
Para 1982 a equipe trás Andrea de Cesaris para o lugar de Mario e o 179D faz apenas a primeira corrida da temporada em Kyalami com o 11º lugar de Bruno e 13º de Andréa e  para próxima etapa já estréia o novo carro o 182T com motor turbo que em sua segunda corrida em Long Beach faz a pole com...Andrea de Cesaris...mas aí já é outra história!


Rui Amaral Jr

NT: Interessante minha agradabilíssima tarefa de escrever, algumas pesquisas em meus arquivos e na internet e muita mas muita mesmo queimação de cuca, lembranças que derrepente afloram. A cada nome citado ou apenas lembrado a certeza de que dariam mais que um novo post, um novo blog, tantas e tantas que são as histórias e lembranças. Bom demais saber que alguns amigos que gostam tanto quanto eu de automobilismo me acompanham, e entendem a minha simples intenção de ser apenas um contador de histórias, nunca um historiador!

Abraços à todos

Rui  

1979 Interlagos, lembro até hoje do urro da Alfa 179 passando em frente aos boxes de Interlagos com Patrick e Bruno, arrepiante!    



sábado, 2 de março de 2013

Scuderia Jolly Gancia - Alfa Romeo

Piero Gancia e Emilio Zambello vencem em Interlagos 


GP 4º Centenário, Barra da Tijuca, Bird, Zambello e Piero Gancia. 


 Carlos Pace


Zambello




Infecção em três doses
Como se interessam as pessoas pelo automobilismo? Na atualidade é fácil, pela TV. Mas estou falando do começo dos anos 60. Naquela época não tinha transmissão de F-1 no Brasil, aliás não tinha nem na Europa. Para a maioria do povo Fórmula 1 devia ser um remédio para gripe. Nem o `plim-plim` existia naquela época. Eram tempos de TV Excelsior, Paulinho Machado de Carvalho na Record. A cidade de Curitiba, hoje em dia, tem uma frota de carros maior que a do Brasil inteiro na época. É bem certo que eu morava em Sampa, a meca do automobilismo no País, e única cidade com autódromo na época. Sempre gostei de carrinhos, isto é certo. Eram de longe meus brinquedos prediletos. Mas a primeira exposição que tive ao automobilismo estava no fundo da memória, e não tenho como confirmar datas, pois eu devia ser muito novinho mesmo. 

Meu falecido pai trabalhava na Folha de São Paulo no início daquela década. Lembro-me de um belo dia ter sido levado por ele a Interlagos num jipe da Folha. Era dia de corrida ou de treinos, não sei. Devia ter uns 3 ou 4 anos, máximo 5. E fiquei vidrado com a cena, a velocidade, o barulho. Aqui a memória e a ficção se imiscuem, e não posso assegurar, com certeza, se o que vi é produto de uma memória ou de uma imaginação prodigiosa. Juro que vi, à distância, um Interlagos amarelo, um carro da equipe Willys!!!! Essa foi a primeira dose. 

A segunda dose foi um álbum de figurinhas das revistinhas Disney. Faziam álbuns temáticos, e um dos temas escolhidos foi o automobilismo. Fiquei muito intrigado com aquelas baratas de nomes estranhos, Lotus, Cooper, Brabham, BRM e me lembro claramente de um carro branco, a japonesa Honda. Entre outras coisas, o álbum tinha um carro que mais me parecia um caminhão, um Auto Union dos anos 30, Ford GT 40 e outros carros esporte, além de FIATs e Renaults do começo do século. Tudo aquilo me fascinou. 

Marivaldo e a Alfa P33
A terceira dose, que me infectou de vez, ocorreu em 1969. Já sabia da existência da Equipe Jolly e suas fabulosas Alfas GTA e da P33, e descobri, pela TV, que a oficina da mesma ficava a algumas quadras da minha casa, na Rua Frederico Steidel. Tanto enchi a paciência da minha mãe, que ela me levou lá. Fui muito bem atendido por Emilio Zambello, que com muito orgulho me mostrou três Corvettes recém importadas, e a esplendorosa Alfa P33, além das GTA 23, 25 e 27. Para fechar o pacote, Zambello me deu adesivos da Jolly e também catálogos da linha Alfa-Romeo, que incluía a P33. Pronto, devidamente infectado, me apaixonei pelo esporte. E para meu deleite, a concessionária Jolly se mudou para a minha rua!

Carlos de Paula

Post de 15 de Janeiro 2009

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Para o Fabiani e Walter.

Rui Amaral Jr