1972 - Cheguei na
loja/oficina de mestre Silvano – Pozzi – se não me engano na rua Tabapuã, pedi
a ele dois Weber 48 IDA, os coletores, acionamento e poucas coisas mais. Mais
tarde ficaria sabendo que aquelas “poucas coisas” eram muito importantes para o
acerto deles.
Naquela noite dormi com
eles no criado mudo e talvez os tenha examinado umas cem ou duzentas vezes.
Novato no ano anterior
já os havia usado, mas novato e em carro alugado não podia dar muitos palpites,
muito menos tocar neles.
Naquele ano estava com
meu amigo Expedito Marazzi na escola de pilotagem, que nunca fiz, ajudando e
preparando meu VW D3. Apesar dos pedidos dele nunca saí na pista com nenhum
aluno, muito menos palpitei, estava lá para trabalhar e aprender, não para ensinar.
Tempos depois com o
Chapa aprendi muito sobre eles, e com a chegada do Carlão em 82 mais ainda, era
um mestre no acerto deles.
Aprendo que as “poucas
coisas” eram ou são muitas...
A altura dos coletores
de admissão, geralmente combinando com o comando e escapes, cruzados ou quatro
em um. As canetas onde iam os giclês, duas que podiam ser F2, F7, F11 e por aí
vai, centenas de giclês, brocas para abri-los e medidor. Tudo isso e muito mais
acondicionado em uma caixa com divisões, eram centenas de peças e reparos para
os dois que os VW usavam, alguns ainda devem ter o privilégio de usá-los.
Hoje meu amigo Roberto
Mombelli Jr parece que acordou acelerando com eles, foi essa a impressão que
passou ao me dar bom dia no Facebook.
Muitos mais detalhes técnicos
eu poderia tentar lembrar, deixei de falar de difusores e outras “cositas”, mas
o que nunca esqueço era daquelas quatro bocas sugando o ar para misturar com o combustível,
este barulho as vezes era bem audível quando os acelerávamos.
Com álcool em Interlagos
ou no Tarumã os VW D3 faziam cerca de 1.6 km/l no Rio talvez 2km/l, sempre
alimentados por bombas elétricas, como já comentei outro dia.
Valeu Roberto, teu
sonho me inspirou a escreve estas pequenas lembranças.
Rui Amaral Jr