sexta-feira, 10 de novembro de 2023
Monte Fuji, Don Nichols, S. Moss e Charley Moneypenny
domingo, 14 de agosto de 2022
1976 – Parte 2 – Audetto "Vou falar sobre o campeonato mundial roubado de Lauda"
Toda vez que Binotto
apronta das suas escrevo no Face ou comento com amigos uma canção de Pepino di
Capri.
“Lo sai Non è vero Che
non ti voglio più... ascoltami Ritorna ancor, ti prego Con
te Ogni istante Era felicita....” Daí concluo- Ritorna Forghieri, Ritorna.
Enzo não era muito
chegado a Niki, que levado à Ferrari por Clay se mostrou um vencedor. Acertador
de carros sabia “impor” suas preferencias a Forghieri, depois a Audetto que
substituiu Forghieri como DS da escuderia, sendo que Forghieri continuou com DT
e com Lauda desenvolvia modificações e avanços, o câmbio transversal da T3 foi
um deles, Clay também participava, mas Niki era o interlocutor mais ouvido.
Depois do vídeo do
Audetto meu amigo Walter envia um que é uma perola, o próprio Forghieri numa
deliciosa entrevista/palestra contando sobre aqueles tempos, com alguns jornalistas de automobilismo.
Sobre o GP do Japão ele
reproduz uma frase se não me engano do “Corrieri Della Sera” quando em destaque
e não sei escrito por quem estampa “a coragem de ter medo!”.
Destaca que muitos
pilotos achavam a pista impraticável naquela situação, entre eles Niki. E dá
sua opinião sobre Niki dizendo que fisicamente estava em plena forma, mas
mentalmente não, ainda mais para encarar aquela situação.
"Vou falar sobre o
campeonato mundial roubado de Lauda"
Já Audetto, que havia
assumido o lugar de DS naquele ano, não faz este tipo de comentário.
Vamos lembrar que
àquela altura Lauda tinha no campeonato três pontos de vantagem sobre Hunt,
largava com o terceiro tempo, atrás do pole Andretti e Hunt em segundo.
Mantendo-se essas posições era bicampeão
do mundo.
Audetto fala das
reuniões do pedido de Eclestone interessado no mercado e na divulgação do evento mundo afora, talvez
apenas meia dúzia de voltas em fila indiana.
Comenta também que
havia um “acordo” entre Hunt e Lauda, em que o inglês naquela situação não tentaria
tomar o título para si.
Duvido...
Hunt, apesar do que
comentam era um profissional, trabalhava para um patrão que havia perdido o
piloto que trouxera para sua equipe o patrocínio da Marlboro e ao final de dois
anos de contrato deixara a equipe e patrão à ver navios. Não vou me manifestar
mais sobre este assunto, ainda mais pelo enorme respeito que tenho pelo piloto
Emerson Fittipaldi. Piloto rápido e batalhador Hunt jamais deixaria
patrocinadores, equipe, demais apoiadores e fãs perderem por uma atitude que
seria antiprofissional. Também queria o título. Não acredito de maneira nehuma
que o tenha roubado.
Aqui um parêntese meu:
Todo piloto é “bicho” caso contrário seria jogador de ping pong, futebol de
botão... Você está no box 1, convicto que não vai largar naquela situação e
centenas de metros à frente no box 30 um motor é ligado, imediatamente você se
paramenta, entra no carro, manda apertarem o cinto e ligarem o motor....E,
apesar das papagaiadas ditas pelos locutores e outros, piloto tem medo sim,
sabe controla-lo, mas sempre ou um dia ou outro vai além, é o espirito da coisa!
Sobre a situação do
abandono de Lauda comenta Forghieri, o poeta, que estava no Japão como DT,
volto a lembrar, assumindo uma posição que poderia lhe trazer consequências junto
ao patrão, diz a Lauda, que poderia, encontrar uma desculpa, um problema elétrico
ou outra coisa qualquer ao que o Campeão replicou que não, abandonava pois não
havia condições de haver daquela forma uma corrida de automóveis.
As falas de Forghieri
vão de encontro ao que escrevi há mais de dez anos em “Atitude Corajosa” Lauda
era um grande piloto e também um grande homem, segundo Forghieri “teve a
coragem de dizer que sentia medo”.
Mauro continuou por
muitos anos na Ferrari e ao final da entrevista falando sobre a fabula que o
projetista Jonh Barnard veio ganhando na equipe, algo dez vezes mais do que ele
diz “Eu paguei minha liberdade, não tenho débitos...e quero mantê-la”.
Deixo com vocês a
entrevista de Mauro, agradecendo meu amigo Walter o envio. Ele me provoca com
esses envios, me provoca a escrever e talvez ele como poucos entenda esta minha
maneira atabalhoada de escrever sobre o que gosto.
Walter: Ouvi dez vezes
a fala de Enzo ao telefone depois da corrida e não consegui entender, você conta
caso tenha ouvido perfeitamente.
Ao Mauro, Niki e
Walter.
Rui Amaral Jr
terça-feira, 9 de agosto de 2022
1976 – Parte 1
A partir de 1974 Niki
& Clay e o então DT –diretor técnico- e DS -diretor esportivo- Mauro
Forghieri conseguiram levar a Ferrari 312 B3 à um nível competitivo. Clay foi
vice, apesar de ficar apenas a três pontos do campeão Emerson Fittipaldi com a
McLaren M23 venceu apenas uma vez, enquanto Niki vencendo duas vezes ficou em
quarto no mundial.
1975 com a 312T, genial
criação de Forghieri, o cambio transversal, que já em sua estreia em Montjuic leva
Niki à pole e Clay ao segundo posto na largada. Na trágica corrida Niki bateu
logo na largada e Clay na 23ª volta.
Até então a liderança
do campeonato era de Emerson na McLaren, e para frente uma série de quatro
vitórias e um segundo lugar em Zandvoort na primeira vitória de Hunt na F.Um
com a Hesket. Emerson só voltou a vencer na decima corrida em Silverstone. Niki
tem três corridas apagadas e volta a vencer na última corrida em Watkins Glen,
vencendo o campeonato com dezenove pontos e meio à frente do Rato.
Pois bem...no começo da
semana recebo um e-mail de meu amigo Walter com uma entrevista de Daniele
Audetto, no YouTube, que a partir de 1976 substituiu Forghieri como DS da
Ferrari. Senti uma certa “provocação” de meu amigo e abaixo vou mostrar o link
para entrevista.
1976, chega Nurburgring
décima etapa do mundial e Niki com cinco vitórias, dois segundos e um quarto
lugar domina o mundial com 61 pontos contra 26 de Hunt, o substituto de Emerson
na McLaren.
No primeiro dia de
treinos Hunt faz a volta mais rápida 7`06”500/1000 e Lauda a seguir com 7`07”400/1000,
o que para os 23 quilômetros da pista não é muito. O terceiro é Depailler com o
Tyrrel P34 com 7`08”800/1000.
No sábado, dia da
classificação cai um toró, a volta mais rápida é de Ronnie com a March 761
com 7`27”300/1000 e com a chuva
aumentando o segundo é Vittorio Brambilla também de March com 7`47”400/1000
sendo que todos outros rodaram acima dos oito minutos!
Fica valendo os tempos
da sexta e com Hunt e Niki nos primeiros postos.
Audetto: "Vi
racconto il mondiale rubato a Lauda"
Audetto: "Vou
falar sobre o campeonato mundial roubado de Lauda"
Neste instante vou
ouvindo o vídeo, e escrevendo com livre interpretação a fala de Audetto.
Perdoem alguma falha.
Audetto - aos 5 minutos
e pouco – “Depois do acidente e com Lauda em coma, na verdade não sabíamos qual
a verdadeira situação dele, Enzo Ferrari pede que eu ofereça seu carro a
Emerson Fittipaldi, que mesmo na situação difícil da Coopersucar não pode
aceitar o convite. Depois a Ronnie Peterson que chegou a ajustar o banco pois
eram bem mais alto que Lauda e treinou em Fiorano”. Mesmo no hospital Lauda já
veta a ida dele para seu lugar...e nossas relações ficam difíceis, pois
acredita que eu ofereci seu carro a Emerson e Ronnie”
A Ferrari não corre a próxima etapa em Zeltweg,
e na próxima em Zadvoort vai só com Clay.
Em Monza quarenta dias
após e depois de ficar em uma situação delicada, quando muitos pensaram que não
resistiria Lauda volta e chega no quarto lugar depois de largar com o quinto
tempo, sendo que Clay, que foi segundo na corrida atrás de Peterson largou em nono
e a nova contratação da Ferrari o argentino Carlos Reutmann largar em sétimo!
Era Lauda de volta!
E a posição de Enzo!?
Bem...Tinha uma grande equipe para cuidar muita responsabilidade, e uma vontade
férrea de vencer.
Agora Audetto fala
sobre a corrida.
Audetto – aos 22
minutos – “Lauda e outros pilotos não queriam correr, Emerson presidente da
GPDA -Associação dos pilotos da F. Um – também não e na reunião deles nada
ficou esclarecido e resolveram largar. Chovia em alguns trechos da pista e em
outros estava completamente seca”
Aqui Audetto fala da situação
de Laudo na corrida.
Audetto – “Niki,
campeão do mundo, e com grande vantagem na pontuação do campeonato, psicologicamente
não encarou esta corrida com serenidade. Na largada chovia e apenas Jochen Mass,
McLaren, largava de slics, já que em alguns lugares a pista estava seca.
Trocamos os pneus de Niki e ele partiu furiosamente, Clay assumiu a ponta na
largada e ele estava em sétimo. E foi para cima, fazendo várias ultrapassagens
e...”
Na verdade Niki estava
em décimo e quando bateu estava atrás de Pace que terminou em quarto, vinha
como digo espumando, ou babando”.
Sobre o Japão, a fala
de Audetto é interessante e polemica, vou tentar escrever ainda esta semana.
Muito obrigado Walter, espero
quem goste.
Rui Amaral Jr
Fontes:
link
link
terça-feira, 29 de março de 2016
Hill, Niki, Ferrari, Brabham...
quinta-feira, 3 de março de 2016
Niki e a 312P
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
A RESSURREIÇÃO DE ANDREAS
CARANGUEJO
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
1977...
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Niki
Começou sua carreira na Formula Vê e depois nos carros esporte, em 1971 estreou na Formula Um em Zeltweg, pilotando um March 711 da equipe oficial STP March Racing Tean, obviamente comprando seu lugar. Largou em 21º lugar e quebrou na vigésima volta das 52 da corrida.
Em 1972 continuou na equipe, comprando seu lugar por US$52.200, correndo com o March 721, depois 721X e 721G e das treze corridas da temporada seu melhor resultado foi o sétimo lugar em Kyalami, uma volta atrás do vencedor Denny Hulme de McLaren M19A. Apesar de não marcar nenhum ponto na temporada foi constante, numa equipe que tinha o super bota Ronnie Peterson, primeiro piloto que conseguiu com o pouco competitivo 721 em suas três versões 12 pontos.
Chega 1973 e aparece uma vaga, à ser comprada, na BRM, Niki consegue um empréstimo bancário, alguns dizem que às custas da fortuna da família, outros que sobre um grande seguro de vida, paga por ele US250 mil (sem absoluta certeza aqui puxo ela memória!). Com a BRM P160 marca seus dois primeiros pontos no Mundial de Formula Um, foi em Zolder na Bélgica.
Ao final de 1973 a Ferrari dispensa seus dois pilotos, Jackie Ickx, algumas corridas antes do final e o combativo Arturo Merzario.Lembro bem de um texto de Jacky Ickx para a revista Autosprint quando ele saiu da Ferrari, escreveu que foi um dos grandes vencedores da equipe, mostrava as vitórias, as voltas na liderança e muitas outras peculiaridades de sua passagem na equipe, só que titulo não conseguiu nenhum.
Pilotando a Ferrari 312B3 na nova versão de 1974, Niki começa melhor do que Clay, estréia com um 2º lugar na Argentina e vence na Espanha, em Montjuich, com Clay em 2º, vence novamente na Holanda, mas são oito suas quebras no campeonato. Clay mais experiente, e apesar de uma vitória apenas, luta pelo titulo com Emerson até a última corrida, quando em Watkins Glen o brasileiro vence seu segundo titulo.
Depois é história, a atitude corajosa de abandonar no Japão, a saída da Ferrari, depois do segundo titulo em 1977, quando disse que não via mais motivação para ficar andando em voltas para não chegar a lugar nenhum, a volta pela McLaren e mais um titulo...
Rui Amaral Jr
quinta-feira, 28 de junho de 2012
ATITUDE CORAJOSA
A largada é dada às 3 horas e Hunt dispara na ponta enquanto Lauda entra nos boxes e diz “É um crime correr desse jeito, e eu não vou fazer isso” e abandona dando o titulo de mão beijada a Hunt.