A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quarta-feira, 18 de março de 2015

Conta Junior

Em 1979 inovamos com um cambio seco, ou seja colocamos uma bomba de óleo dupla igual a do motor no cambio, não tinha óleo dentro do cambio, ele ficava em um reservatório, evitando assim o contato da cora e pinhão com óleo, final da historia 200 RPM a mais no final do retaõ em Interlagos. Outra inovação foi a retirada da ventoinha com tomadas na lateral, um erro o local escolhido das tomadas pois nas retas era fantástico mas nas curvas e nos enrosco com outros faltava ar sempre no sentido da curva, acarretando altas temperaturas e varias quebras. No meio de 1979 iniciamos o novo carro que estreei em 1980 e quase fui novamente campeão.

Junior Lara Campos

 E deu trabalho mesmo! Box de Jacarepaguá Manduca, Beto, Eduardo Saraiva e os irmão Levorin, Arno e Marcos trabalham trocando o motor do carro... 
Sem a ventoinha

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Expedito Marazzi na Divisão 3

Uma bela briga em Interlagos, Luiz Henrique Pankowski, Alvaro Guimarães no carro que o Expedito correu no Rio de Janeiro e Elcio Pelegrini.
A batalha dos VW e Passats na D3. Interlagos "Subida do Lago" aqui os Passats despejavam toda potencia para a subida da "Reta Oposta".

Expedito Marazzi



Eu sempre gostei de correr de automóvel. Faço isso já há alguns anos. Participei de talvez mais de cem corridas, pegando o fim diz era das carreteras, passando pela tempo das Equipes de Fabrica e chegando hoje, na mono marca.

Mas existe uma categoria que é toda especial: A Divisão 3 a bem da verdade é preciso que se diga que eu comecei nela apenas no ano passado, quando fiz. somente uma corrida noturna. Mas neste ano acabo de participar da terceira prova do Torneio Rio/S. Paulo, no Autódromo de Jacarepaguá.

É estranho que, mesmo sem conseguir um bom resultado, eu tenha me apaixonado pela categoria. É que se trata de algo muito especial não somente os carros são diferentes na maioria bezouros - e uns poucos Passats, completamente modificados. Com as latarias "engordadas" a fim de cobrir os pneus largos do tipo "slick". E com os motores muito envenenados, muito velozes e, por isso mesmo, muito fáceis de quebrar. . . O Lara Campos, por exemplo, leva consigo nada menos do que quatro motores de reserva. Seu carro tem conseguido bons resultados, mas as vezes ele é obrigado a usar todos os motores. Mas quase todos os demais participantes tem sempre, no mínimo, dois motores de reserva...

A verdade é que o pessoal é todo muito unido: na pista cada qual quer ganhar de qualquer jeito, desde que não prejudique os demais. Mas se qualquer um dos participantes sofrer uma injustiça por, parte dos organizadores imediatamente todos se unem a fim de defendê-lo. 

Nesta corrida do Rio, por exemplo, aconteceu algo assim comigo.

Meu carro não estava bem acertado, pois o Toninho, o dono da Equipe Motor Girus, não teve tempo de fazer nenhum treino. Assim, a muito custo, depois de terem faltados os freios, de ter sido trocado o motor, de ter sido improvisado um jogo de amortecedores e demais providências que custaram o sábado inteiro, prejudicando inclusive uma melhor classificado (ficamos em 13º. no grid), conseguimos largar.

Largar é uma palavra mágica, uma espécie de vitória antecipada ... quando se consegue realmente por o carro na pista. A largada falsa que se usa no Rio, inclusive, é muito ruim para os pilotos, mas, vai lá. Fui andando no meio do bolo, até as posições mais ou menos se definirem. De repente, o grande inimigo da Divisão 3 apareceu: o óleo na pista. Logo surgiu também uma bandeira preta tirando o carro que estava sujando a pista e eu fiquei contente pela presteza com que isso aconteceu. Continuei andando, ao fim da bateria, sem lutar com ninguém, pois havia um bolo à minha frente, que eu não podia alcançar e um bolo à minha retaguarda, que não podia  por sua vez  me alcançar. Salvo um piloto, egresso da Divisão 1 onde se costuma dar "totós" (e ele ainda tinha esse mau cos­tume) que me empurrou por trás tudo foi normal.

Quando parei, porém, qual não foi a minha surpresa ao ser informa­do de que estava desclassificado, porque desrespeitara a bandeira preta. De nada adiantou argumentar que meu carro não estava jogando óleo (era apenas uma mangueira mais baixa) e que eu não vira a bandeirada para mim. A decisão das autoridades da prova era irreversível.

Muito chateado voltei ao Box e e meu Chefe de Equipe estava macambúzio. Ai chegou o repórter Sidney, deste jornal, e quis saber do que se tratava. Inteirado de tudo sugeriu: é um caso para o Edson Yoshikuma. Este, que acabara de vencer a bateria após uma árdua luta com Affonso Giaffone Jr., ainda enxugava o suor, quando imediatamente tomou as dores da Injustiça sofrida por mim. Foi parlamentar com os responsáveis pela corrida, que se mostraram irredutíveis na decisão tomada. Então a confusão foi crescendo e todos os pilotos inscritos se reuniram com o Yoshikuma e resolveram: ou o Marazzi larga na posição que lhe coube, ou ninguém larga. Até os dois gaúchos, que estavam participando "hors concours'' pela primeira vez acrescentaram: "Oi tché, se alguém largar nós quebramos os para brisas deles”.

Nessas alturas a decisão foi reconsiderada e eu fui procurado com um pedido de desculpas, onde me informavam que deveria me aprontar para a largada, no lugar correto.

Sinceramente, fiquei comovido, a ponto de meus olhos quererem me trair, deixando escapar algumas lagrimas. Jamais, em corridas, eu havia sido tratado com tamanha consideração. Todos os pilotos, in­clusive os ponteiros habituais como Amadeu Campos, Arturo Femandes - todos, enfim - não somente haviam apoiado a "blitz " como foram me defender pessoalmente. Quando fui agradecer ao Yoshikuma, ele simplesmente me disse: "Não há o que agradecer, faríamos isso por qualquer um de nós "

Na segunda bateria, embora o, meu carro fosse o mesmo, fiquei tão animado que consegui terminar umas três posições à frente ( 15º na primeira e 12º na segunda ). Mas eu corria com um sorriso de orelha a orelha. Pouco me importava que a minha posição fosse aquela ou até mesmo o último lugar: eu estava muito feliz porque me sentia integrado numa sociedade de gente boa, que falava a minha linguagem, acelerava um bocado na pista, mas continuava a ser gente fora dela. Edson Yoshikuma desta vez, penso conseguiu chegar na frente de Giaffone: inverteram-se as posições. Mas para todos os pilotos da Divisão 3 ele é o grande vencedor, o líder que defende os direitos de cada um. Por isso gosto de correr de Divisão 3 ... e não pretendo parar tão já!



OS ACIDENTES



Houve alguns acidentes na prova do Rio, que eu pude ver: um deles aconteceu no inicio da segunda bateria, quando o carro de Jefferson Elias tentou passar o carro de Dimas de Melo Pimenta, na curva que antecede aos boxes. Acabou se en­roscando e ambos rodaram, saindo da pista!. Mais tarde o mesmo Jefferson saiu da pista na curva veloz que existe após o box, aquela, que se faz em quarta de pé em baixo. Curioso que , algumas voltas depois, um Passat marrom que eu não pude ver de quem era capotou e foi ficar parado pertinho do carro de Jeffeson. Outro Passat, vermelho, capotou na curva Sul, após o retão.

Felizmente ninguém se machucou, nem mesmo os motociclistas, que correram entre as baterias da Divisão 3 e caíram pra valer. Aliás, ninguém gostou da idéia de unir motos e carros no mesmo dia, nem pilotos nem motoqueiros. Parece que isso não vai mais acontecer.

Eu não pude ver a corrida no seu enfoque geral, pois estava participando dela. Mas o meu mecânico preparador, o Ney, que fica torcendo - elétrico - nos boxes, no final me contou tudo o que aconteceu. Além dos destaques de Yoshikuma e Giaffone, que ficaram com os dois primeiros lugares, os carros do Sul andaram muito bem, passando todos os outros nas retas. Havia até quem achasse que seus motores estavam fora do regulamento. Amadeu Campos ficou em terceiro lugar, na soma dos pontos, usando já os pneus com novo composto. Lara Campos ficou em quinto, Amadeu Rodrigues em sétimo, José Antonio Bruno, em oitavo, Alvaro Guimarães em nono e a Passat de João Franco em décimo, Nós tivemos de nos contentar com o 13º. Mas valeu a penal. Expedito Marazzi


Box do Jr no Rio, Manduca - Armando Andreoni - conversa com Carlos Alberto Levorin, de bermuda o Saraiva, e trabalhando para fazer de quatro motores um para corrida o saudoso Arno Levorin e agachado seu irmão Marcos Levorin.

Anatomia de um post.



É a segunda vez que mostro este texto de meu amigo Expedito, da primeira o Jr. -Lara Campos- digitalizou como foto e ficou ilegível, agora ele digitalizou como documento então pude copiar e postar corretamente.



Ao telefone



Jr: Ruizão agora digitalizei certo.
Rui: Obrigado Portuga.
Jr: Pô o Expedito escreveu que eu estourei quatro motores.
Rui: Mas não é verdade? Voce mesmo contou que em Tarumã foram outros quatro!
Jr: É verdade.



Obrigado Jr. Quantos amigos e quantas lembranças! Um abração.



quarta-feira, 31 de março de 2010

SALECAR




Ontem a noite conversando com o Jr ele dispara “achei uma foto do motor Renault Gordini e estou te mandando” de repente ele para e “olha! Achei umas fotos de uma corrida no Rio com o Marcos, Arno e Carlos Alberto Levorin vou te mandar. Aí ficamos conversando sobre nossa longa amizade com eles. Saudades!


Os Levorin eram donos da Retifica Salecar, nome que sempre apareceu em nossos carros, pois era lá que trabalhávamos nossos motores o Jr, Adolfo,Manduca, Ricardo, Julio Caio e outros mais. Lá nós éramos recebidos como filhos o Marcos e o Arno sempre na correria, mas sempre com tempo para dar atenção a nossas loucuras. Mais tarde o Fabio filho do Marcos também correu na D3 e em 1983 correu as Mil Milhas com o Jr  em 84 comigo. Coitado agüentar os dois chatos de ter sido terrível!

 
O Arno era mestre torneiro, de verdade, professor do Liceu de Artes e Oficio e estava sempre pronto a nos ajudar, com seu passinho curto e seu sorriso ia para o torno fazer as maiores loucuras que pedíamos. Já nos deixou mas lembramos sempre dele com carinho.
 
 
                                                                              Arno e Marcos 
 

“Nesta corrida no Rio em meu box, onde os irmãos Arno, Marcos e Carlos Alberto Levorin junto também o Manduca e Saraiva este veio a correr também na Divisão 3, todos sem camisa trabalhando rsrsrs, pois tinha quebrado meus 4 motores nos treinos, todos com o mesmo problema derretia a cabeça do pistão, não era acerto de carburação ou ponto de ignição e sim excesso de aperto nos cabeçotes, nosso torquimetro deu defeito (ferramenta com medidor de aperto de parafusos e porcas), mas dos 4 motores quebrados fizeram 1 que teria de economisa-lo na classificação para poder correr no domingo. Ganhei essa corrida na somatória dos pontos pois fiz 2 lugar nas duas baterias, que foram ganhas 1 pelo Afonso Giaffone de Passat e outra pelo Bruno de VW se não me falha a memória.” Jr Lara Campos. 
 

Podium no Rio, Adolfo Cilento, José Antonio Bruno, Jr Lara Campos, Yoshikuma, Manduca e Bruno Brunetti. Ao lado Jr persegue Bruno.


Na foto do Fabiano Guimarães Tony Pirillo.
Adolfo Cilento
Ricardo Bock
Rui nos traços de Yassuo Igai

Na versão do Tito o carro que o Fabio e eu corremos as Mil Milhas de 1984.

O Chapa me apresentou à eles, eram muito amigos, e não sei porque lembrei do Chapa me dizendo “vai lá Rui eles estão colocando Elicoil em duas carcaças nossas, vê se o Arno já acabou”. O Elicoil era colocado nos orifícios dos prisioneiros das carcaças VW, substituindo as roscas prejudicadas com tantos apertos.
Em 1982 convidei e passaram comigo alguns dias em Campos do Jordão o Arno, Marcos, Chapa e esposas até hoje lembro de nossas conversas ao pé da lareira, sempre sobre automobilismo, pobres das esposas. 
Na ida para Campos o Chapa sempre afoito e veloz ao volante ia à frente com seu carro quando naquela saída para Taubaté ao pé da serra deve ter feito uma barbeiragem e o Arno que dirigia o carro de trás acabou batendo sem gravidade em outro. Lembro como se fosse ontem o Arno dizendo “ele é louco vinha da duzentos por hora e errou o caminho” e o Chapinha só ria.
Ah! Ia esquecendo a Salecar era na Rua Lopes Chaves na Barra Funda e na rua ao lado íamos sempre almoçar no Afonso que fazia uma bisteca deliciosa e nos recebia com seu sorriso. Por ali estávamos sempre em casa.
 
Dedicamos esse post a nossos queridos amigos Marcos, Fabio, Carlos Alberto e ao saudoso Arno que estão sempre em nossos pensamentos e corações e são sempre lembrados com muito carinho.
 
Jr e Rui