A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Max, Max, Max...



Foto Ferrari. Max larga em nono.

Ninguém, ninguém mesmo, do lado de fora sabe o que acontece dentro do cockpit, nem mesmo hoje com toda parafernália eletrônica. Só quem mesmo sabe é quem está com o traseiro no carro com a cabeça balançando e pensando no que vai fazer.
Posto isto vamos ao duelo Max x Perez em Miami. Há muito não comento sobre a F.Um, mas assisto às corridas preferencialmente longe do canal que a transmite aqui no Brasil, bem longe da locução que não suporto, apesar dos comentaristas pilotos que sabem o que falam e nesta última o outro jornalista ter feito alguns comentários bem pertinentes, coisa que não é muito de seu feitio apesar de acompanhar a categoria há longos anos, desta vez foi quase perfeito.  
Depois da corrida anterior Max vinha com a faca entre os dentes, babando, nos treinos sempre que queria, enfiava um temporal nos outros, inclusive em Perez, daí no Q3 interrompido não consegue fazer seu tempo, que certamente seria algo perto de 500/1000 mais rápido que o segundo, fosse qual fosse o segundo.
Não sei como é na Red Biull, mas geralmente cada piloto se reúne com seu estrategista e engenheiro para acertam os detalhes da corrida, pneus, paradas, acerto do carro... Depois tudo é examinado pelo chefe da equipe, que no casso tem Marko como assessor, e é montada a estratégia para corrida.
Perez larga com o composto mais macio pensando no mais duro depois de cerca de 2/5 da corrida e Max com os duros, com todos pensando que sua estratégia era alongar um pouco mais sua parada, masssssss…
Perez certamente pensou, como pensei, que Max largando do nono lugar logo chegaria em Alonso, descartando como eu Saenz de uma disputa, porém como diria meu amigo Luiz Pereira Bueno "boi preto conhece boi preto" e quando Max chegou em Alonso, que tinha seu terceiro lugar garantido, o espanhol simplesmente abriu o caminho para ele.
Se não me engano era a 13/14ª volta e Perez estava cerca de cinco segundos à frente, Max cozinha um pouco em fogo brando e quando cerca de 5/6 voltas depois o ponteiro entra para troca de pneus assume a liderança. Alonga sua permanência na pista com os pneus duros até poucas voltas do final, sempre andando muito forte, troca faltando 11/12 voltas, volto logo atrás de Perez e pouco mais de uma volta reassume a liderança e ainda faz a melhor volta da corrida.
Sou admirador de Perez e sua vitória traria uma certa disputa ao campeonato, mas depois de Miami a conta fechou, Max só perde este campeonato caso quebre muito ou algo inusitado aconteça…
A direção da Red Bull influiu no resultado, talvez favorecendo Max? Não acredito, ele é sem  a mínima duvida o favorito da equipe, assim como foi na saída de Riccardo, e tem, sem a mínima duvida um enorme talento natural, que sempre faz a diferença, fora a enorme vontade de vencer.
Alonso, simplesmente perfeito leva a Aston Martin a um novo patamar. A Ferrari com seu primeiro piloto sem a mínima motivação teve Sainz num quinto e só deve voltar a brigar para valer lá por 2030.
Na Mercedes Benz a piada do dia, quando o multi campeão que tem ficado atrás de seu escudeiro, disse que brigaria com ele pela posição e num ato para mim cachulo tira o pé e o deixa passar, acabou. Aliás, para mim acabou em 2021 quando naquela primeira volta de Abu Dhabi levou uma clara vantagem ao cortar o caminho na primeira curva e não foi devidamente punido pela direção da prova, este mundo politicamente correto me perturba, e depois da relargada veio com a equipe a contestar à mesma direção que não o puniu o resultado.
Da apresentação dos pilotos antes da corrida prefiro não me manifestar!!!


UM POMERIGGIO NON FACILE


Rui Amaral Jr     


 

4 comentários:

  1. Adorei a análise. Essa F1 de carros, não de pilotos, gera distorções estranhas, com hepta campeões que não são melhores pilotos, apenas tiveram a sorte de estar nos melhores carros.
    Acho o Max bom de verdade, melhor que Hamilton, mas é difícil comparar, com carros tão diferentes.
    Fiz umas contas, cortando a história da f1 em 'séries' de dez anos cada, sucessivamente.
    Na série que vai de 1973 até 1982 tivemos NOVE campeões diferentes, ano a ano (Jackie Stewart; Emerson Fittipaldi; Niki Lauda; James Hunt; Niki Lauda; Mario Andretti; Jody Scheckter; Alan Jones; Nelson Piquet; Keke Rosberg). Isso sim era competição de pilotos!
    A média histórica da F1 é de 6 pilotos campeões a cada série de dez anos; hoje em dia, estamos com média de 4 campeões por década e tivemos recentemente períodos de apenas 3 campeões. Eram pilotos fuori serie? Claro que não, eram apenas carros melhores que os outros carros.
    Max se destaca, nesta pasmaceira.

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    1. Obrigado Walter, hoje quando um carro se destaca fica no topo absoluto por muitos anos sem dar muitas chances para os outros, este regulamento é muito chato, mais liberdade talvez...

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Rui Amaral Jr