A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

CODA LUNGA

1971, Martini International Racing Team, 
Porsche 917 LH Vic Elford/

Gérard Larrousse
1970, Ecurie Francorchamps, Ferrari 512 S,  Baron Hughes de Fierlandt/Alistair Walker


“CODA LUNGA” que maravilhosa é a língua italiana, nela tudo soa musical e belo!
Nas décadas de 60, 70 do século passado a aerodinâmica era ainda motivo de estudos nos carros de corrida, nada parecido com as “maluquices” de hoje, Formulas Um esquisitos, carros que geram uma foca ascendente estúpida e de mil formas expelem o ar das laterais e embaixo do carro, esquecemos as ultrapassagens maravilhosas, aquelas em que pouco antes da tomada de uma curva o carro era tirado do vácuo deixado pelo da frente, aí era ver quem pisava depois nos alicates, bons tempos!




Aí chegavam os Esporte Protótipos à Le Mans, com sua espetacular reta de mais de 6km. Mulsane levava por uma linha quase reta os carros Tertre Rouge até a localidade de Mulsane,  sem chicanes nem as modificações que com o tempo foram introduzidas no circuito.
Era lá que os carros precisavam de muita velocidade, na década de 60 a Porsche fez um spoiler traseiro que mudava de posição, ficando com ângulo maior na entrada da curva, mas foi banido, assim como as asas moveis depois de muitos acidentes. Então o remédio era fazer uma longa traseira com a asa fixada mais abaixo para aproveitar toda sua geração de força e permitir uma maior velocidade na reta.
Os alemães, ingleses, franceses tinham uma denominação para estas modificações nos carros, mas os italianos a chamavam de Coda Lunga, apenas cauda longa para nós em português, mas a palavra cantada na bela língua e as maravilhas que elas traziam nos carros me deixavam maravilhado!

Rui Amaral Jr

1973, Ferrari SEFAC SpA, Ferrari 312 PB 73 Arturo Merzario/Carlos Pace

1973, Equipe Matra-Simca Shell, Matra-Simca MS670B, Henri Pescarolo/Gérard Larrousse

1974, Rebaque Rojas Racing Team, Porsche 911 Carrera RSR, Guillermo 'Memo' Rojas/Hector Rebaque

1973, Duckhams Oil, Lola T280 - Ford Cosworth DFV/Nicholson, Alain de Cadenet/Chris Craft

1972, Autodelta SpA, Alfa Romeo Tipo 33TT3, Andrea de Adamich/Nino Vaccarella
1970, North American Racing Team, Ferrari 512 S, Ronnie Bucknum/Sam Posey.
1971, North American Racing Team (Roger Penske / Kirk F. White), Ferrari 512 M, Mark Donohue/David Hobbs.
1971, John Wyer Automotive Engineering,Porsche 917 LH, Jo Siffert/Derek Bell.
 1973, Equipe Matra-Simca Shell, Matra-Simca MS670B, Francois Cevert/Jean-Pierre Beltoise.

1974, Equipe Gitanes, Matra-Simca MS670C, Henri Pescarolo/Gérard Larrousse.

NT: Além de minha memoria, meus arquivos, tudo que vi e li no automobilismo, constantemente consulto alguns bons sites de automobilismo;




As maiores velocidades em Le Mans até 1990, depois a pista foi modificada





11 comentários:

  1. pegar uma reta dessas e andar a mais de 300 por 6 km!! não é pra qualquer um, muito menos para qualquer carro. Não é a toa que andaram 5.500km em 24 horas... que maluquice, putz!!! Belo post, mesmo sendo dos fuscones. ...

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  2. Pô Regi, e as Ferrari que mostrei!?rs

    Um abraço

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  3. Belas fotos, belos carros.

    Adoro fotos de carros mostram as cicatrizes de uma corrida longa - vide a Lola cheia de fita adesiva fechando o capô traseiro, as famosas fitas nas capas dos faróis dos 917, das Alfa 33.

    Me lembro de ter visto uma foto de uma Ferrari 512M em Sebring, se nao me engano, que bateu e quebrou toda a carenagem - sem problemas, os mecas prenderam tudo com fita adesiva e ela chegou no final.

    Parabéns pelo post

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  4. Obrigado Secastro, também sinto o mesmo, gostava de olhar meus carros após as corridas e ver as marcas, as sujeiras e até o cheiro!

    Um abraço

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  5. Rui,

    mais uma história para minha coleção...hehehe

    e belas imagens... só carros bonitos...

    abs...

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  6. Falando em carros que tem de ser remendados durante a corrida, o pessoal antigo do Autódromo do Rio sempre mencionava uma corrida lá pelos anos 60 em que um Elgar bateu e quebrou a carenagem da frente. Os mecas amarraram a carenagem com cordas (!?) e o carro voltou à pista, e, claro, algum tempo depois a corda se rompeu e a frente do Elgar se soltou em uma entrada de curva, saiu literalmente voando pela tangente e fez um "boliche" no posto dos bandeirinhas (que era dois tambores vazios). Ainda bem que ninguém se feriu.

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  7. Secastro, era assim mesmo, um dia vou gravar meu amigo Victorio Azzalin contando como a #50 terminou as Mil Milhas de 65, parece que até o tanque de combustivel soltou!

    Abraços

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  8. Vinham de uma longa batalha por horas e ficavam lindos sujos .......... ;)

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  9. Velhos tempos, bons tempos. Carros maravilhosos e seus pilotos incriveis. Parabéns mestre Rui. Excelente texto.

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Rui Amaral Jr