O Interlagos. Fotos: arquivo pessoal
Cobiçado por jovens e apreciadores de carros durante a década de 1960, o Willys Interlagos foi o primeiro automóvel esportivo montado no Brasil. Foi produzido pela Willys Overland do Brasil S.A. até 1966, na fábrica em Interlagos, em São Paulo (foto abaixo).
O Interlagos em fabricação
Mas essa história começa na França, na linha de montagem da Willys de lá, onde o paulista Luiz Antonio Greco – que viria a liderar o departamento de competições da empresa no Brasil – observou por meses a construção do modelo Alpine, grande inspiração para o Interlagos brasileiro. Aqui, o carro começou a ser produzido na Willys a partir das impressões de Greco, integradas ao trabalho do mecânico espanhol Jesus Ibarzo Martinez e do preparador e piloto Cristian Heins – que teve morte trágica mais adiante, nas 24 Horas de Le Mans, em 1963. Sob a superintendência de Emil Schmidt, o veículo foi construído em três versões: Berlineta, Coupé e Cabriolet (conversível).
Greco (E), Ibarzo (C) e Schmidt (D) recebem visita de Juan Manuel Fangio (ao centro, de gravata)
Apresentado no II Salão do Automóvel, em São Paulo, em 1961, o Interlagos era um carro pequeno e leve – a carroceria, por exemplo, era produzida em fibra de vidro e resina de poliestireno. Fez muito sucesso nas ruas e nas pistas. Um exemplo foi a segunda edição da prova 500 Milhas de Porto Alegre, em dezembro de 1963, na qual os três primeiros colocados usaram Interlagos: Wilson Fittipaldi e Vitório Andreatta em primeiro, Bird Clemente em segundo e Scavone e Danilo Lemos em terceiro. Outra grande vitória veio em fevereiro de 1968, na prova Antoninho Burlamaque, quando os Interlagos Mark I deram o primeiro lugar a Luiz Pereira Bueno e o segundo a Bird Clemente.
A equipe Willys, , com o chefe Greco ao centro, Luiz Pereira Bueno (E) e Bird Clemente (D)
Colaboraram Graziela e Nelson M. Rocha
Publicado no jornal Zero Hora coluna Almanaque Gaúcho do grande jornalista Ricardo Chaves
em 14 de agosto de 2012
http://wp.clicrbs.com.br/almanaquegaucho/2012/08/14/o-primeiro-esportivo-brasileiro/?topo=13%2C1%2C1%2C%2C%2C13
Lindo carro, principalmente a Berlineta, quem como eu que trabalhou na Willys tem muita saudade destes bons tempos...
ResponderExcluirBelo post, parabéns Graziela, um forte abraço!
ResponderExcluirBela postagem, sem duvida.
ResponderExcluirem tempo: atrás do Bird...
o querido e fabuloso José Carlos Pace
Parabens.
ah...essa foto da equipe, em cores... vou levar! Até agora só a tinha visto em PB.
Julio, na foto Luiz, Wilsinho Fittipaldi, Greco, Carol Figueiredo, acho que o Chico Lameirão, José Carlos Pace e Bird.
ResponderExcluirAbraços
Essa foto publicitária é mesmo muito bacana, e é a única que conheço em que aparecem os carros e os pilotos da Equipe Willys. Será que em algum arquivo semi-abandonado existem outras imagens dessa mesma sessão de fotos?
ResponderExcluirTalvez a Graziela saiba, vou perguntar à ela Paulo.
ResponderExcluirObrigada Rui e amigos!
ResponderExcluirSaber que vocês apreciaram este post deixa-me feliz.
Quanto ao questionamento do Paulo Levi, o Sr. Jesus Ybarzo Martinez, deu-me apenas esta foto, na verdade, é um poster com todos os pilotos da Willys.
Tentarei outras e posto aqui.
Um abraço a todos,
Graziela
Grande Rui, meu pai sempre fala que as BERLINETAS eram o que tinha de mais "quente" nas pistas da época e ainda por cima eram lindas!!!
ResponderExcluirMuy bello, similar al Alpine A110.
ResponderExcluirAbrazos!
Juanh, apenas esclarecendo: o Willys interlagos era a versão brasileira do Alpine A108, antecessor do A110, o qual nunca chegou a ser fabricado aqui.
ResponderExcluirUm abraço,
Paulo Levi
Obrigado Paulo.
ResponderExcluirAbraços
Grande Rui,
ResponderExcluirBela matéria. Me fez retornar no tempo de estágio na FORD - Willys do Brasil ( Depto de Motores ), lá pelos idos de 1968 / 1969. Nesta época, as Berlinetas Interlagos jã não eram mais produzidas ( a produção da linha Willys Interlagos nas três versões foi encerrada em 1966 ) e todo o acervo da Fábrica de Interlagos em 1967 foi transferido para o Taboão, onde nos estagiários e técnicos do Depto de Motores usufruímos de toda aquela tecnologia Renault Francesa, para implementação do Projeto M que resultou no motor de 5 mancais do Ford Corcel 1.
Um grande abraçalhão
Obrigado Fernando, um abraçalhão.
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