A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sábado, 22 de janeiro de 2011

Novas histórias das velhas carreteiras

As pessoas sintonizadas com o automobilismo de competição no Brasil sempre tiveram e terão no carro de corridas denominado no passado de “carretera” (em espanhol, significando caminho, estrada) ou, carreteira (aportuguesando), motivo para muita prosa.

Tratava-se de carro de série ou, de rua, preparado e “envenenado” para corrida ao gosto e de acordo com o “bolso” do freguês. A prática entrou no Brasil via Argentina, que teve famosos pilotos de “carretera”, entre os quais o próprio Juan Manuel Fangio, cinco vezes vencedor do campeonato mundial de automobilismo, atual Fórmula 1.

No Brasil, as carreteiras dominaram as corridas nas décadas de 1940 e 50 até meados da década de 1960, quando foram aposentadas e passaram a fazer parte da história, se bem que uma ou outra ainda é utilizada hoje em corridas especiais.

Lembremos que, antes delas, os pilotos usavam carros abertos, ou seja, sem teto, que se mostravam mais perigosos quando em capotamento, ocasionando por vezes a morte dos mesmos.

Daí passou-se para carros fechados, as carreteiras, mais seguros. O nosso propósito hoje é mostrar ao leitor como eram construídas as primeiras carreteiras, com direito a espelho retrovisor, farol de mão lateral, rádio, antena, placa de licenciamento e outros badulaques inúteis, que só representavam mais peso a ser movido.

Até que “caiu a ficha” dos construtores que passaram a fazer carros lisos, rebaixados, aliviados de todo peso extra, chegando à forma final na década de 1950, como foi exemplo a carreteira do paulista Camilo Christófaro.

Numa foto, a carreteira Ford múmero 30 (só de canos de escape levava vários quilos) do gaúcho Dante Roveda, o “Gavião da Serra”, de Vacaria/RS, que está de sapatos bi-color e o infalível lenço no pescoço.

Na outra, em 1950, o famoso piloto gaúcho Antoninho Burlamaque (falecido numa prova com uma carreteira Cadillac) e a sua carreteira Ford, com para-lamas “feitos a machado”, baita para-choque, antena de rádio e no teto um sistema de serpentina pelo qual circulava a água do radiador para melhor resfriamento do motor (a fama do motor Ford era de que, quando esquentava demais, não “puxava” mais. Daí...


Por Ari Moro

Publicado primeiramente no Paraná Online e jornal do Automóvel de Curitiba-PR
20/01/2011 às 00:00:00 - Atualizado em 19/01/2011 às 22:24:37

2 comentários:

  1. Grandes carros e carreiras.
    O automobilismo em geral na minha opinião deve muito aos grandes pilotos de carreteras.

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  2. Fabiani C Gargioni #2626 de janeiro de 2011 às 21:38

    Grande Rui,a cidade de Vacaria fica à 90km da minha cidade e meu pai sempre falou de Dante Roveda,ainda mais que o meu pai é gaúcho,então fala c/ muito orgulho dos pilotos e de suas CARRETERAS que como eu sempre digo,elas tem "ALMA" Grande Rui!!!

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