Escolhi, para ilustrar este post, uma foto de Tazio nas Mille Miglia de 1948...
No post do Caranguejo, todos vão saber o motivo...
Mille Miglia 1948 - link
No post do Caranguejo, todos vão saber o motivo...
Mille Miglia 1948 - link
Ter um carro de corrida
é um sonho pessoal.
Um dia quando estiver
muito velho e quando não puder andar mais, estará na minha garagem, ou nas
minhas fotos do escritório, ou casa, assim como todos os troféus que serão as
minhas memórias.
Conheci pessoas que me
ensinaram alguma coisa e têm o mesmo espírito e conheci outros que fico feliz
por ter esquecido.
Me molhei,
Senti frio,
E senti calor,
Senti medo,
Eu caí,
E ME LEVANTEI,
Até me machuquei,
Mas também, ri a rir
dentro do capacete, um sentimento único, ninguém mais o sentiu!
Falei mil vezes comigo
mesmo.
Cantei e gritei de
alegria como um louco,
E sim... Às vezes,
também chorei e ainda às vezes choro na minha solidão.
Já vi lugares
maravilhosos e vivi experiências inesquecíveis.
Parei mil vezes para
ver uma paisagem.
Falei com perfeitos
desconhecidos, e esqueci-me de pessoas que vejo todos os dias.
Eu saí com os meus
demônios dentro e voltei para casa com uma paz absoluta no coração.
Eu sempre pensei o quão
perigoso é, sabendo que o significado da coragem é avançar mesmo sentindo medo,
mas sempre o controlei.
Toda vez que eu subo
para um carro de corrida eu penso no quão maravilhoso ele é.
Parei de falar com quem
não entende, (simplesmente não entendem) e aprendi através de gestos a me
comunicar com outros apaixonados como eu.
Gastei dinheiro que não
tinha, renunciando a muitas coisas, mas todas essas coisas não valem nem um
momento sobre um carro.
Não é um meio de
transporte nem um pedaço de ferro com rodas, é a parte perdida da minha alma e
do meu espírito.
E quando alguém me diz:
"você tem que vender o carro e tem que ser uma pessoa mais séria",...
Eu não respondo. Simplesmente balançando a cabeça e sorrio.
Andar em um carro de
corrida....... só entende quem os ama...
Que Deus abençoe os
meus amigos e os seus brinquedos de gente grande!
- Autor desconhecido –
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Este texto estava na
página do Facebook de meu amigo Evandro Lontra, pedi-lhe autorização para
postar. Como ele não sabia o autor, pois parece que apareceu em um grupo de pilotos,
vou posta-lo. Caso o autor queira, dou os devidos créditos, ou se quiser retiro
a postagem.
Ah... Esta paixão!
Quando comecei o
Histórias, em umas de minhas primeiras postagens, conto das voltas que dei em
Interlagos, ao lado de meu irmão Paulo, em seu Porsche 550 RS com o qual ele
correu os 500 Quilômetros de Interlagos de 1961. Tinha 9 anos, e lá conto da sensação
de estar nos boxes, e das voltas que dei.
Escrevo sobre aquele
cheiro de óleo, gasolina, pneus... do vento em meus cabelos quando estava na
pista.
Hoje, quase sessenta
anos depois, quando muitos daqueles heróis que lá estavam se tornaram meus
amigos, e até dividi a pista com alguns, aquelas sensações, cheiros ainda estão
entranhadas em meu ser, e os cabelos ainda sentem aquele vento.
Anos depois era eu que lá estava.
A todos que tiveram as
mesmas sensações.
A todos que caminharam
comigo.
A todos que dividiram
as pistas comigo.
A todos os amigos que fiz.
Ao autor deste grande
texto.
Rui Amaral Jr
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