A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O FUSQUINHA BOY .


Hoje vou contar uma historia, de tantas que aconteceram, do Expedito Marazzi, com quem tive a honra, o prazer e o privilegio de conviver na minha infância e adolescência. Faço isso com a permissão e as gargalhadas do seu filho Gabriel Marazzi, a quem mandei há anos este texto.
Para quem não conheceu o Expedito, ele tinha uma alma e um coração de criança. Era calmo, mas com um gênio que explodia de uma hora para outra e ele ficava extremamente nervoso, principalmente no trânsito. 
O que mais me impressionava nele, era a extrema facilidade com que ele controlava os carros nas situações mais adversas.
Uma história engraçada, mas nem um pouco recomendada, aconteceu numa noite em que ele e eu fomos até o posto de gasolina que ele possuía na Av. Heitor Penteado. O posto já estava fechado, fechava cedo na época, apenas o gerente estava lá para conferir o caixa com Expedito. Devia ser um domingo ou sábado, pois as ruas estavam vazias. Nós estávamos no Dodge Dart preto que ele tinha e paramos no sinal da Av. Cerro Corá com a Av. Heitor Penteado,  atrás do nosso carro, um "fusquinha de boy" parou e segundos depois disparou uma buzina daquelas de repartir cabelo na nuca. Expedito olhou pelo retrovisor somente levantando o canto do olho e permaneceu quieto, aparentemente sem se alterar. Mais alguns segundos, e nova buzina, desta vez um pouco mais longa. Expedito nem olhou, o sinal ficou amarelo e ele engatou a primeira. Quando o sinal ficou verde, e o fusquinha buzinou pela terceira vez, eu só senti o Dodge rodar sobre o eixo dianteiro num cavalo de pau de 180 graus e ir de encontro ao fusquinha, que nesse momento já tinha um motorista de olhos arregalados e um coração pendurado na boca. A frente do Dodge parou a uns 10 centímetros do pára-choques do fusca, com o giro muito alto e as rodas traseiras girando em falso e fazendo uma fumaça muito grande, porém, o carro não mexia um milímetro para frente, Marazzi enfiou a mão na buzina, colocou a cabeça para fora e começou a gritar "Buzina eu também tenho, buzina eu também tenho, palhaço...", o rapaz do fusca estava estático.
De repente o Dodge saiu em marcha a ré, e, com outro cavalo de pau desta vez jogando a frente, virou e entrou na Av. Heitor Penteado em alta velocidade, entramos pelo posto e novamente outro magnífico cavalo de pau de 360 graus e duas voltas, parando quase que estacionado, Expedito somente engatou a ré e ajeitou melhor o carro. Eu quieto estava, quieto fiquei, ele saiu batendo a porta e foi ter com o gerente do posto que também estava paralisado com as rodadas do Dodge.
Cinco minutos depois ele volta, sorrindo e comentando:
- Viu que sujeito mais idiota ?
 Eu apenas balancei a cabeça concordando e tentando colocar o coração nos batimentos normais. 


Mario Souto-Maior - Cuca

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Nesta história pouco construtiva do Cuca(rs) o amigo que nunca esquecemos. 
Nesta época eu já corria e convivia com o Expedito e por mais inverossímil  que pareça ele era assim mesmo, aprontavámos muito, de moto, carro etc. Saudades do amigo...Valeu Cuca!

Rui Amaral Jr


4 comentários:

  1. hahahahaha quase mijei de calças de tanto rir imaginando a cara do "palhaço"... hehehe
    Abraço

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  2. Sensacional. Abraços

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  3. MEU AMIGO, só quem possuia um Dodge para saber o limite das loucuras possiveis....Grande Abraço á vocêss Mario Marcio e Rui

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Rui Amaral Jr