Hoje vou contar uma historia, de tantas que aconteceram, do Expedito Marazzi, com quem tive a honra, o prazer e o privilegio de conviver na minha infância e adolescência. Faço isso com a permissão e as gargalhadas do seu filho Gabriel Marazzi, a quem mandei há anos este texto.
Para quem não conheceu o Expedito, ele tinha uma alma e um coração de criança. Era calmo, mas com um gênio que explodia de uma hora para outra e ele ficava extremamente nervoso, principalmente no trânsito.
O que mais me impressionava nele, era a extrema facilidade com que ele controlava os carros nas situações mais adversas.
Uma história engraçada, mas nem um pouco recomendada, aconteceu numa noite em que ele e eu fomos até o posto de gasolina que ele possuía na Av. Heitor Penteado. O posto já estava fechado, fechava cedo na época, apenas o gerente estava lá para conferir o caixa com Expedito. Devia ser um domingo ou sábado, pois as ruas estavam vazias. Nós estávamos no Dodge Dart preto que ele tinha e paramos no sinal da Av. Cerro Corá com a Av. Heitor Penteado, atrás do nosso carro, um "fusquinha de boy" parou e segundos depois disparou uma buzina daquelas de repartir cabelo na nuca. Expedito olhou pelo retrovisor somente levantando o canto do olho e permaneceu quieto, aparentemente sem se alterar. Mais alguns segundos, e nova buzina, desta vez um pouco mais longa. Expedito nem olhou, o sinal ficou amarelo e ele engatou a primeira. Quando o sinal ficou verde, e o fusquinha buzinou pela terceira vez, eu só senti o Dodge rodar sobre o eixo dianteiro num cavalo de pau de 180 graus e ir de encontro ao fusquinha, que nesse momento já tinha um motorista de olhos arregalados e um coração pendurado na boca. A frente do Dodge parou a uns 10 centímetros do pára-choques do fusca, com o giro muito alto e as rodas traseiras girando em falso e fazendo uma fumaça muito grande, porém, o carro não mexia um milímetro para frente, Marazzi enfiou a mão na buzina, colocou a cabeça para fora e começou a gritar "Buzina eu também tenho, buzina eu também tenho, palhaço...", o rapaz do fusca estava estático.
De repente o Dodge saiu em marcha a ré, e, com outro cavalo de pau desta vez jogando a frente, virou e entrou na Av. Heitor Penteado em alta velocidade, entramos pelo posto e novamente outro magnífico cavalo de pau de 360 graus e duas voltas, parando quase que estacionado, Expedito somente engatou a ré e ajeitou melhor o carro. Eu quieto estava, quieto fiquei, ele saiu batendo a porta e foi ter com o gerente do posto que também estava paralisado com as rodadas do Dodge.
Cinco minutos depois ele volta, sorrindo e comentando:
- Viu que sujeito mais idiota ?
Eu apenas balancei a cabeça concordando e tentando colocar o coração nos batimentos normais.
Mario Souto-Maior - Cuca
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Nesta história pouco construtiva do Cuca(rs) o amigo que nunca esquecemos.
Nesta época eu já corria e convivia com o Expedito e por mais inverossímil que pareça ele era assim mesmo, aprontavámos muito, de moto, carro etc. Saudades do amigo...Valeu Cuca!
Rui Amaral Jr
hahahahaha quase mijei de calças de tanto rir imaginando a cara do "palhaço"... hehehe
ResponderExcluirAbraço
Sensacional. Abraços
ResponderExcluirKKKKKKKKKK........!
ResponderExcluirMEU AMIGO, só quem possuia um Dodge para saber o limite das loucuras possiveis....Grande Abraço á vocêss Mario Marcio e Rui
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