A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 2 de março de 2010

Temporada de 1994 - Fabiano Guimarães

Após a prova noturna no final de 92 tínhamos decidido (eu e meu pai) a desistirmos da brincadeira. O dinheiro havia minguado, o patrocínio desistido e a aposentadoria - precoce, aos 22 anos - havia chegado. Durante todo o ano de 93 tentamos vender o Gol sem sucesso, quando no início de 94 o Waldemar dos Santos, "Dema", piloto e preparador viu um anúncio que havíamos colocado na revista "Oficina Mecânica" e procurou-nos com uma oferta: ao invés de me pagar pelo carro, eu correria 5 provas no campeonato paulista de Força Livre, categoria até 1.600, sem custo nenhum, apenas minha inscrição e no final das 5 provas o carro seria dele. Parecia loucura, mas na época foi o único jeito de matar um pouco mais a vontade de acelerar e livrar-nos do veículo "encalhado".

A categoria na época contava com Gols, Voyages, Escorts e Fuscas, na maioria das vezes carros de categorias extintas pela FASP, formando um grid médio de 10 a 12 carros. Resumindo, pouco profissionalismo e muita diversão. Foi neste clima que corri a 1ª prova e cheguei em 2º e logo na 2ª etapa venci, após uma disputa acirrada com o Escort do Wanderlei Campos e o fusca do Antonio Couto . Dividimos o "Bico de Pato" eles bateram e segui tranquilo para minha primeira (e única) vitória com carros de corrida. Apesar da pouca expressão do campeonato fiquei muito feliz e fui para casa todo orgulhoso com o troféu de 1º lugar.


 Durante o campeonato cheguei mais duas vezes em 3º, uma em 2º e uma em 5º lugar, ficando com o vice-campeonato, atrás do Antonio Couto que na metade do campeonato trocou o fusca por um protótipo Aldee (o regulamento permitia), tornando a disputa desigual. Mas nem tudo foram flores, na penúltima etapa decidi correr com um Voyage de outra equipe na tentativa de bater o Aldee e o resultado foi desastroso: logo após a largada, no "S" do Senna fui tocado por outro Voyage, do Cristian Casal del Rey atravessei e fui atingido por vários carros que vinham atrás. Resultado: carro destruído, ausência em uma das provas por falta de grana, pontos preciosos perdidos e adeus campeonato. De qualquer maneira o saldo foi positivo e me despedi das pistas com um vice-campeonato, meu melhor resultado desde que havia começado em 1990."



4 comentários:

  1. Detalhe pós-porrada: não corremos na etapa seguinte (o carro estava sendo quase que refeito - trocamos a minifrente!). Quando voltamos à luta, largada em 12º e chegada em 5º (só um dos adversários quebrou e ficou no caminho), graças à tocada firme do piloto (pai coruja é isso aí!), apesar do carro, que, como vocês podem imaginar, ficou bem desalinhado e quase que inguiável...
    Guima

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  2. Pai é pai; cerveja R$ 2,00 a lata, carrinho de autorama R$ 180,00 o modelo simples, balada sabado a noite R$200,00. Agora filho correndo, isto "não tem preço". Parabéns amigo Guima pelo incentivo ao filhão e ao Fabiano "my congratulations" pela raça e tocada firme mostrada lá no asfalto. Espero um dia ver esta dupla novamente nos boxes de Interlagos.

    Abs,

    Fernando

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  3. Valeu, Fernando!
    Além da união pai/filho, o legado que recebemos e que nos deixa muito felizes é o oportunidade de conhecer e conviver com pessoas como você, Rui, Francisco, Ferraz, Fábio e outros que ainda não conhecemos pessoalmente, mas também fazem parte da "turma": Orlando, Lara, Duran...
    Abraços a todos.
    Guima

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Rui Amaral Jr