AC Cobra Glasplac
Em uma época que poucos fabricantes ou quase
nenhum usavam os túneis de vento para fins de performance ou economia os desenhos dos carros tinham a personalidade
de quem os desenhava . Projetos maravilhosos saiam.
Seus valores nos dias de hoje são
estratosféricos e suas manutenções estão no mesmo nível. Mesmo em não se indo
para os Super Clássicos como o Minerva, Bugatti, Rolls Royce, alguns Alfa ROMEO
e Ferrari, os de um patamar um pouco menor têm seu preço que não é para
qualquer bolso. Refiro-me aos Jaguar ,
Porsche da família do 356 e 550 Spyder, AC Cobra ou Lotus originais , ainda não
são para qualquer um de nós simples mortais de tê-los.
As réplicas começaram a ganhar força
justamente aí. Pessoas que gostam do OLD
DESING os tem a um preço mais civilizado e ao mesmo tempo com uma mecânica mais
moderna com manutenção mais em conta. Assim podem passar a desfrutar em um uso
normal, sem a preocupação de estar expondo uma preciosidade de alto valor aquisitivo,
aos perigos inerente aos dias de hoje.
Não indo longe, o preço de um dos
primeiros Porsches 356, os PRÉ-A, hoje devem estar em uma faixa de 250 a 300
mil Reais. Andar com uma relíquia dessas normalmente, é problemático. A
manutenção de suas carrocerias, normalmente de aço, que com o tempo, mais cedo
ou mais tarde chegam à corrosão. Um problema.....!!!!
Existem as réplicas - réplicas que são
quase iguais aos originais, e as re-
leituras. No caso dos Porsches 356 tínhamos o fabricante Envemo nas pessoas do
ENG Ângelo Gonçalves e seu filho Luis Fernando, em que seus autos poderão ser
considerados réplicas quase fiéis aos Porsche 356 originais, fora o material de
sua carroceria , que são de fibra de vidro.
As releituras, são carros que lembram em muito o lay aut dos
originais mas em alguns deles com um andling
muito melhor, ergonomia e motorização mais atualizada.
O pedal de apoio à esquerda, muito importante para condução esportiva.
Tive a primazia de andar em três Lotus
Seven e comprovei isso. Um original com motor Ford Cortina, sua ergonomia para
meus 1.78 era o justo necessário, ficando os pés para o trabalho nos pedais
justo demais, sem espaço para o quarto pedal de apoio.
Eng. Carlos Mazzeo e sua criação.
Os outros dois, são releituras
""" Made in Brasil
"""". Releituras bem executadas. Uma do ENG
Carlos Mazzeo, o V D R , com um lay
aut """ Lotus Seven Type
""", chassi monocoque, com uma ótima suspensão. Independente na
dianteira e traseira, absorvendo muito bem nosso """ hípico
asfalto """", não destracionando em aceleração, com uma boa ergonomia e com um
providencial quarto pedal que facilita por demais principalmente em entradas de
curva e até se alguma emergência surgir. Sua motorização é de um Ford ROCAN 1.6 Injetado, cambio VW Passat com tração
traseira, um dos bons autos que me lembro de ter andado.
Outra releitura, é do ENG Eduardo Polatti , o REPTOR. Também muitíssimo
bem executado, com o lay aut """ Lotus Seven Type
""", com o mesmo motor Ford
ROCAN 1.6 Injetado, bom de chão,
com suspensão, dianteira e traseira independente.
Ótimo que os dois
projetos sigam a mesma marca de motor FORD dos Lotus originais de CHAPMANN .
Ainda sobre o tema Lotus Seven temos o
auto de Martinez/Berger, sendo que este não é uma releitura mas uma réplica.
Seu motor é um Ford 2.0 Injetado, câmbio Omega 6, diferencial Dana 3.0, com
suspensão dianteira de duplo A, e traseira de eixo rígido como os Seven
originais, com ótimo acabamento.
Em épocas outras, houve a mesma linha de
pensamento com uma releitura mecânica da parte da GLASPAC, na pessoa de Gerry
Cunninghamn, fazendo o AC COBRA GLASPAC. Teve um imenso sucesso e hoje seu
preço como réplica dos famosos AC COBRA FORD é bom, a pessoa que tem um GLASPAC
em condições normais, não perde seu investimento.
Há movimentos sendo feitos na família dos
Porsche, 356 e 550 Spyder pela Achcar Cars, onde serão uma releitura. Ricardo
Achcar tem o histórico da Polar do Rio de Janeiro, onde fabricou além dos
protótipos D 4 motor 2 litros, os SUPER V, que foram Campeões incontestes na Fórmula VOLKSWAGEN Brasil , batendo """ AD
continuom "" os chassis
campeões europeus da mesma categoria, os ASTRO KAIMANN .
Também em grandes fabricantes existem
releituras bem sucedidas. A mais, ou uma
das mais notórias seja as do MINI COOPER, com um lay aut que lembra vagamente
os MInis dos anos 60//70, mas que chegaram bem aos olhos do
público. Na casa FIAT, os 500 são muito
simpáticos, e na casa tedesca os FUSCA, que
tem uma boa aceitação, embora particularmente eu continuaria com o
""" tou arrier """.
Com um pequeno grupo desenvolvemos um Alpine Corsa que o denominamos de A 111 R
e um Street. Tecnicamente gostei, mas nos faltou oxigênio, famoso este mas raro
.......!!!!!
Antes de o governo COLLOR ter liberado
a importação, tivemos 18 pequenos fabricantes no Brasil. Sei disso pois à época
fiz um regulamento para uma categoria de réplicas. Se houver um incentivo, essa
é uma picola indústria que gera emprego e que nunca vai concorrer com os
grandes. Até os ajuda em sua aquisição de componentes e se tem projetos bem
executados os grandes poderão se
beneficiar dos pequenos estarem a usar seus motores e componentes.
Isso é um marketing ,
para quem é do ramo ......!!!!!!!!
Todos estes projetos necessitam de
apoio de todos que estimam este país chamado BRASIL
Abraço amigo Chico Lameirão