A vinte quilômetros de
Milão, a bela cidade de Monza - que por si só já vale uma visita - abriga
aquele que é considerado por muitos o Templo do automobilismo. Dentro de um dos
maiores e belos parques da Europa, o autódromo de Monza pode ser visitado de segunda
a domingo das 10:00 às 18:00 horas durante todo o ano.
Na entrada, a foto de
São Cristóvão o padroeiro dos motoristas.
Tanto no parque, como
no autódromo a entrada é gratuita, mas para conhecer realmente o que há de
melhor, a empresa Infopoint oferece 2 opções de passeio pelo circuito: um, onde
se conhece as principais dependências, como a tribuna principal, sala de imprensa
e o famoso pódio. Outro, onde se anda pela pista em uma volta completa sendo a
parada para conhecer as famosas sopraelevate obrigatória.
Vencedor da prova em
1954, Fangio e a bela W196, na estátua que foi cedida pela Mercedes.
Construída em 1922 no
tempo recorde de 104 dias, a pista tinha como objetivo principal servir para
testes de velocidade máxima dos carros e de testes de pneus, mas já no próprio
ano de construção foi realizada a primeira competição automobilística. Nesta época,
apenas o vencedor era homenageado e, para tanto, o público invadia a pista e o
carregava nos braços. Nasce aí a tradição que permanece até hoje de permitir
que o público invada a pista.
Até hoje a “Pista
Pirelli” conserva os tijolos originais que eram molhados para testes de
aderência.
A pista de Monza possui
muitas características interessantes. Seu pódio é único no mundo pois é
construído sobre a pista.
Sua linha de largada é
em local diferente da linha de chegada e seu traçado era muito peculiar pois
possuía duas curvas de alta velocidade com 85º de inclinação. São chamadas de
sopraelevate e foram utilizadas pela Fórmula 1 a partir de 1955 e apesar de
nunca ter havido nenhuma morte nelas, foram consideradas perigosas e
abandonadas pela Fórmula 1 em 1961.
Continuaram a ser
utilizadas por outras categorias até 1970 sendo então definitivamente
abandonadas. Apesar disso, estão bem conservadas e sua primeira parte é
utilizada em rally e comemorações de carros históricos.
Já foram ameaçadas de
demolição, mas atualmente existe um projeto de transformá-las em monumentos
históricos coisa pela qual todo fã do esporte torce.
Suas chicanes são
extremamente fechadas e dizem que a prima variante como é conhecida a curva a
direita no final da reta dos boxes foi modificada em 2000 para que ficasse mais
lenta a pedido do grande campeão Schumacher.
Milton Bonani
Muito interessante, Miltão! Muitas curiosidades que não conhecia. Belas fotos, também (câmera boa, né, hehehehe...)! O recorde da pista ainda é do Barrichello, tanto na corrida (257,178 km/h) como na classificação (260,395 km/h) de MÉDIA! Fantástico! Para mim, a curva Parabólica é uma das mais sensacionais.
ResponderExcluirQue bacana Milton! Belo post! Obrigado.
ResponderExcluirÓtimo post, Fratello! Boas histórias é o que não deve faltar a um Templo do Automobilismo Mundial, com quase cem anos de existência. Que todos tenham juízo e consigam manter o traçado, suas dependências, suas curvas famosas (mesmo que não utilizadas), suas tradições e suas histórias para sempre.
ResponderExcluirVendo essas fotos lindas, viajei nos pensamentos.
ResponderExcluirSe eu fosse a Monza, ia ficar horas, talvez dias ali.
Primeiro, na reta de chegada, lembrando de 1972, Emerson Fittipaldi campeao do Mundo! O carro do Stewart quebrado no fim dos boxes, a torcida imensa invadindo tudo, bela lembrança.
Depois seguiria "pela contramão" para a Parabólica, com Cristian Fittipaldi voando de Minardi e Derek Warwick se arrastando de cabeça para baixo. Contornaria a Parabolica por dentro, para entender a curva.
Lembraria das frenagens de prototipos, da F1, das corridas malucas de F3.
Pararia ali onde morreu o Jochen Rindt. Sentaria para pensar nisso. Pra que ele morreu? Que coisa besta.
Voltaria até a Variante e imaginaria como era ANTES: uma curva aberta e muito rapida! Lembraria de novo do Emerson em 1972, estreando a Variante pra ser campeao.
Subiria pra Lesmo ansioso para conhecer Essa curva dupla, tão rápida, onde o Watson partiu sua McLaren em dois e saiu do carro andando.
Também sentaria ali e ficaria passando "filmes" na cabeça desde o GP de 1971, que o Gethin ganhou e a cada volta os caras passavam numa ordem diferente, até o Piquet, de Brabham BMW ou de Williams. Imaginem as Ferrari 512 e Porsche 917 vindo na primeira volta dos 1000km de Monza de 1971! Primeiro o ronco ecoando entre as árvores e depois os caras a mil... demais!
Seguiria na contramao ate aquela chicane boba (nao sei o nome) e nao perderia tempo ali.
Voltaria ate a "primeira curva" prá olhar a reta da largada. Uma curva muito rápida, pouco relevante, porque nao rende ultrapassagens, mas é fundamental para encher o motor na reta seguinte.
Pararia depois na primeira chicane. Tétrica essa. Ali morreu Peterson (embora a culpa seja do hospital, onde morreu por embolia). Ali Brambilla levou uma "pneusada" na cabeça.
Ali, o imbecil completo do Schlesser tirou a vitoria do Senna em 1988.
Logo depois tem aquela posição para fotografar a reta de chegada com o grande placar luminoso.
Mas, mais importante, tem a curva que leva à grande curva inclinada. Andaria por ela, ia ficar horas ali. Lamentaria que ninguem corra mais ali.
Andaria pelos boxes, mais para conhecer. E sentaria na linha de chegada. Horas talvez dias...
Monza é tão bonito e tão importante para o automóvel do mundo que merece um passeio de uma semana.
Obrigado ao Rui por dividir as fotos e fatos do Bonani conosco.
Walter, seu comentário valorizou muito o nosso post. Obrigado pela aula.
ExcluirUm abraço.
O Wolfgang Von Trips não morreu em acidente numa das curvas sopraelevate?
ResponderExcluirNa entrada da Parabólica Renato....veja
Excluirhttp://ruiamaraljr.blogspot.com.br/2010/03/o-homem-de-kerpen-por-henrique-mercio.html
Um abraço.
Monza... junto a Spa-Francorchamps, Hockenheim y Nurburgring, los circuitos que se deberían conservar -por siempre- tal como eran en esos bellos años.
ResponderExcluirAbrazo Ruí!
Um abração Juan!
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