Mulher de piloto sofre,
sofre de ansiedade ao vê-lo na pista, com a ansiedade dele, e mais do que tudo
com tudo que ele apronta para estar naquele lugar.
Então vou contar apenas
uma historinha de três amigos de uma vida, que estão sempre em meu coração...qualquer
problema com o texto nego veementemente a autoria do mesmo!
Vera e Ricardo Bock são
como uma família para mim, assim como o filho Rafa, as mães deles... afinal
gosto muito de todos.
Acontece que o grande
professor não sabe dizer não, sempre alguém pedindo algo e ele fazendo, o que
deixa a Vera um pouco brava. Numa época onde fazer adesivos era complicado ele
recortava os decalques à mão com a pericia e criatividade que só ele tem.
Acredito que nas Mil
Milhas Brasileiras de 1983 Ricardo resolve fazer uma parceria com ninguém menos
que nosso querido amigo Adolfo Cilento Neto. Correram no Passat D3 do Ricardo. Passei
a noite ajudando-os nos boxes.
A historinha...
Adolfo chega ao box
onde a Vera pacientemente observa a louca correria dos dias que antecedem a icônica
prova e lá não estando o Ricardo vira para ela e conta “consegui um patrocínio da
Gazeta Esportiva pede ao Ricardo fazer o adesivo grande para o para-brisa”.
No dia da corrida, que
largava à meia noite, a agitação é grande e todos chegam com muita antecedência,
menos o Adolfo que sempre estava correndo, dentro ou fora das pistas.
Chega um repórter da
Gazeta e ao ver o adesivo agradece de forma efusiva a Vera e Ricardo. Acontece
que mais tarde chega o representante do jornal que bancava o patrocínio e ao
ver o titulo do rival estampado no vidro fica fulo da vida e fala um monte,
obviamente que para o Ricardo já que o Adolfo...
Ele havia simplesmente
trocado o nome do jornal ao falar para Vera!
Neste dia dedico este à
todas mulheres e muito especialmente às queridas Vera, Vera Ligia, a saudosa e
querida Lia Lara Campos mãe, irmã e mulher de pilotos, às queridas amiga Regina,
Lou e muitas outras que sempre estão ao meu lado e à querida namorada Cláudia.
Um fraterno beijo no
coração de todas.
Rui Amaral Jr
Não me canso de ler suas histórias, obrigado meu irmão.
ResponderExcluirValeu Zé!
ExcluirO patrocinador deve ter ficado um pouquinho chateado, kkkkk.
ResponderExcluirMas você tem razão Rui, mulher de piloto sofre muito.
Um dia vou escrever sobre algo que aconteceu ao meu lado com uma querida amiga vendo o filho na pista...
ExcluirTenho parentes e amigos que trabalharam na Gazeta. Hoje, ela é mais um prédio e um faculdade, mas nos anos 1940 até 1960 era forte, importante, porque reunia rádios muito fortes e dois jornais, A Gazeta e a Gazeta Esportiva.
ResponderExcluirPara quem não lê jornal, é difícil entender a importância da Gazeta Esportiva: você comprava o jornal de segunda e tinha notícias, resultados das corridas, tudo detalhado. Hoje, com uma suposta super oferta de informações, a gente só encontra os resultados das principais categorias. E olhe lá...
Onde achar os resultados das categorias menores, as notícias, as opiniões? Simplesmente não tem.
Então, embora o 'post' sejam as mulheres -- sem as quais nem existimos nem vivemos --- aproveitar para lembrar que há um nicho vazio de aglutinação de notícias sobre automobilismo. Ninguém faz isso direito e há um espaço aberto.
Viva as mulheres, que no automobilismo são muito maiores e importantes do que parecem.