Escolhi a foto de
quatros amigos para mostrar a confraternização depois de uma disputa. Os
saudosos Zé Pedro ( Chateaubriant Bandeira de Mello ) e Guaraná ( Alfredo
Guaraná Menezes ) e os sempre presentes
Chico ( Lameirão ) e Julio Caio ( Azevedo Marques ).
Após a bandeirada
quando os carros entram nos boxes são conduzidos a um pátio fechado, lá os comissários
vão verificar alguma irregularidade ou alguma reclamação, seja na conduta
durante a corrida ou ainda uma reclamação de outro concorrente sobre as
especificações técnicas.
Seja qual for a
categoria equipe e piloto tem a obrigação de preparar o carro seguindo e
obedecendo atentamente seu regulamento, acontece que “alguns” ou se aproveitam de
falhas deste ou “prestam menos atenção” a ele!
No pátio fechado após a
corrida fora as fofocas e a comemoração dos vencedores, respeitando o tempo
regulamentar, algum piloto/equipe que sentir-se prejudicado pode fazer a
reclamação formal, sobre uma atitude anti esportiva ou ainda técnica, ou seja o
carro estava “fora”, este fora que sempre falamos é fora do regulamento, quando
espertalhões correm nitidamente com
algum item, seja suspenção, cambio, motor em desacordo com o
regulamento.
A equipe/piloto ao
fazer o protesto deposita uma quantia estabelecida, feita a vistoria, as vezes
com abertura do motor ou cambio, constatada a irregularidade o carro/piloto é
desclassificado e a “grana” é devolvida ao reclamante caso contrário ele a
perde.
Vejam bem, em muitas
categorias pilotos/equipes correm com orçamento apertado, com a grana contada,
e as vezes mesmo percebendo alguma irregularidade em outro concorrente deixam
de fazer a queixa. Ou muito, mas muito pior que isto é após a corrida
pilotos/equipes que bradam aos quatro ventos que tal carro estava fora, sem a
devida constatação, numa atitude feia, desprovida de ética ou ao respeito que
devemos aos outros competidores.
Lembro bem; tinha uma
certa desconfiança que um adversário corria com outoblocante quando este era
proibido pelo regulamento, acontece que cheguei logo atrás dele, mas durante a
corrida nunca cheguei perto o suficiente para perceber qualquer irregularidade,
fiz a melhor volta da corrida mostrando que meu carro era tão rápido quanto o
dele, e não reclamei, muito menos numa atitude que seria de desrespeito a um
competidor tão sério quanto eu comentar com alguém a minha desconfiança.
Temos aqui no Histórias
um post sobre a reclamação que Claudio Muller fez contra o carro do Chico
Lameirão sobre o uso de calços de molas ( calços nas molas de válvulas nos
cabeçotes dos motores da Formula Ford ), quando foi constatado que que eram
regulamentares. Duvido, duvido mesmo que meus amigos Chico e Miguel Crispim
Ladeira tenha corrido em qualquer categoria e em qualquer tempo com um carro “fora
do regulamento, sei nas inúmeras conversas que temos que sempre o liam
atentamente usando de todos os recursos disponíveis e respeitando-o.
Abaixo no link um excelente
texto do amigo/sócio/consultor Caranguejo – Carlos Henrique Mércio – com “pitacos”
meus, a pedido obviamente e uma deliciosa resposta do Chico.
CANCHA RETA II –
FORMULA FORD 1971 - TRÍCLIPE COROA
https://ruiamaraljr.blogspot.com/2014/11/cancha-reta-ii-formula-ford-1971.html
Aos amigos.
Rui Amaral Jr
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PS: São tantas as “fofocas”
a contar, mas fico quieto, estes assuntos no Histórias deixo para um amigo que
lá dos Pampas o faz com mais sabedoria, propriedade e sempre com um delicioso
texto!
Tá vendo Caranguejo,
não disse que era você, jamais diria!
Rui
Caramba, tema delicadíssimo!
ResponderExcluirTem um ditado indú que diz: "uma lei, um crime; mil leis, mil crimes". A noção de que fazer mais regras induza menos erros é uma bobagem, na vida real.
Agora como é que você leva isso para um campo complexo, repleto de inovações a cada dia, como é o automobilismo? É difícil.
Vi uma entrevista do 'soldado desconhecido' Ricardo Divilla, em que ele comentava os volumes e volumes de regras da FIA, ano a ano, uma complexidade gigantesca para entender, para aplicar e, principalmente, para julgar, em caso de dúvida.
Mas, em matéria de normas, a melhor, peço licença ao Rui para compartilhar, é a entrevista dos Brabham Boys (https://youtu.be/fMsaUgXf3v4?t=1667) ali pelo minuto 26 / 27, O entrevistador (ex piloto Martin Brundle) pergunta: vocês não tinham carros ilegais? O Charlie Whiting responde que não eram ilegais e o Eclestone se vira para ele perguntando: O que?" e a conversa rola sobre diversas ilegalidades.
Walter meu amigo a interpretação delas é complicada, funcionam mais para uns que para outros!rsrsr
ExcluirÉ verdade...
ResponderExcluirTalvez seja também por isso que eu adoro a CanAm: cada um do seu jeito, tudo pode. Motores de 8.000 cc, aerofólios móveis (depois proibidos por segurança), efeito asa com turbina cuspindo pedras, turbos, motores de materiais levíssimos, tudo foi experimentado ali.