quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

McLaren Cars o começo.

 

Grahan Hill em Donington Park -McLaren Elva. Foto de meus arquivos de Autosport, 1965;

Grahan Hill - link

Junho de 1965. 

 Bruce havia sido o fiel escudeiro de Jack Brabham por alguns anos, com Black Jack havia vencido sua primeira corrida na F.Um, e fora vice Campeão do Mundo de Formula Um de 1960. Aprendizado profícuo com um mestre com "M" maiúsculo. 

Black Jack e Ron Tauranac que já construíam, partiram para sua Brabham Motor Racing Developments, e para uma proveitosa associação com a Repco, para desenvolver o motor de F.Um de três litros que rendeu-lhes os mundiais da F.Um de 1966/67.

Bruce com  vinte seis anos, se tanto, rápido nas pistas e nos negócios, partiu com Teddy Mayer e seu grupo para criação da McLaren Cars.

A primeira aposta de Bruce foi a construção de um Grupo 7 da FIA, protótipos que podiam ser empurrados por uma gama enorme de motores, ao gosto e ao bolso das equipes e pilotos.

A Europa, ainda combalida após vinte anos do termino da II Guerra, era um mercado razoável, mas os EUA, com suas centenas de pistas, patrocinadores de todos os portes, era o mercado em vista para talvez centenas de carros/chassis, que começou com o McLaren MI. Bruce se associou à Elva, comprou a Trojan... 

Mike Goth e seu Mike Goth Especial, nada mais que um McLaren/Trojan MI.

No link abaixo leiam a deliciosa história...

Goth Special  

 
 No carro de Goth, numa prova da CanAm 1966, a pujança do automobilismo nos EUA. Na lateral os adesivos dos patrocinadores da corrida. A equipe se inscrevia para competição, pagava a inscrição, depois dos treinos e conforme sua classificação, recebia os adesivos e largando recebia o devido prêmio de largada por cada um deles. Conforme a classificação de chegada recebia o devido prêmio e às vezes mais alguma grana dos patrocinadores. A melhor chegada de Goth foi um terceiro lugar. 

 Essa foi a largada de Bruce no caminho da grande equipe que é hoje a McLaren, tempos de desbravamento, de grandes homens, como ele e Black Jack.

Ao meu amigo Walter.
E ao grande Antonio Carlos Avallone, que com picardia, garra e coragem tentou trazer ao Brasil o automobilismo praticado em outros países. Faz muita falta o amigo.   

Rui Amaral Jr  

PS:



 

2 comentários:

  1. A História da CanAm é realmente genial.

    Não sabia do começo da McLaren, as partir de um Goth, mas o sucesso da McLaren na CanAm mostra a genialidade de Bruce McLaren e seu pequeno grupo de profissionais (suponho que, entre Inglaterra e EUA, na passassem de 30 pessoas).

    Mas você menciona um cara de quem se fala pouco no Brasil e que tinha essa 'pegada' do Bruce McLaren: o Antonio Carlos Avallone. Era um chato, que fica 'imortalizado' naquela cena do filme do Roberto Carlos, chutando o próprio carro. Mas era um gigante empreendedor (como nos falta cultuar quem empreende!), que construiu os Avallone, na base da engenharia reversa à la Cuba ou China (ou, naquele tempo, à la Japão), para fazer uma divisão 4 brasileira muito linda. Chico Lameirão andou bem nos Avallone. Naquele tempo, o Brasil era uma economia muito fechada e isso certamente atrapalhou ao Avallone que, talvez -- assim como o Ricardo Achcar -- poderia vender seus carros para outros países.

    Peço licença ao Rui para sugerir a quem goste de CanAm que assista a esse vídeo (longo) com um papo engraçado e histórico, entre pilotos e construtores da CanAm: https://www.youtube.com/watch?v=8dSQbTnOTjE .

    Obrigado Rui, por dividir conosco fatos e fotos da maior categoria de todos os tempos, junto com a Divisão 3 brasileira!

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  2. Walter, o Baixinho foi jornalista/empresário/dirigente/politico/piloto.
    Conheci-o em 1971 se não me engano no Torneio Sulam. Na época não sabia, mas foi ele quem deu legenda para meu pai concorrer à câmara dos deputados pelo PRT de Jundiaí, fora isto meu pai comprava muitos Gordini de sua autorizada para os sorteios das Cestas de Natal Amaral.
    Vc mais novo que eu ( não acredito que escrevi isto!), não deve lembrar das brigas dele com o então, e ainda, tão poderoso Delfin Netto, nas páginas dos jornais.
    Foi traído e esquecido, mas eu não esqueço.

    Um abração.

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Rui Amaral Jr