Este vai para meu amigo Fabiani.
Escuderia Lobo do grande Camilo Christófaro, #7 Ferrari/Corvette de Carlinhos Aguiar, #18 Maserati/Corvette do Camilão e a Maserati vermelha de Arlindo Aguiar, que corriam na categoria Mecânica Continental. Foto de Tony Bianco.
Camilo em Interlagos
A Mecânica Continental nasceu no final da década de 1950 na América do Sul, principalmente Argentina e Brasil, e utilizava principalmente os carros das categorias Grand Prix e de sua sucessora a Formula Um, carros que haviam corrido na década e que a F.Um já não mais utilizava.
A manutenção dos motores originais se tornou difícil e muito cara e então entrou o grande poder de adaptação de nossos pilotos e preparadores que logo viram a oportunidade de fazer grandes carros com os motores americanos. Os Ford geralmente com preparação Edelbrock e os novíssimos Corvette V8 com uma vasta gama de preparações dos especialistas norte americanos.
Eram carros da Maserati, Alfa Romeo, Ferrari, Talbot e outros que impulsionados com as novas motorizações se tornaram até mais rápidos que os originais, já que os motores V8 americanos com muito mais cilindrada tinham mais potencia e seu ponto de torque máximo muito abaixo e mais forte que os originais. Lembro perfeitamente de sentar num dessas na oficina do Camilo e o que mais estranhei, tinha uns 8/9 anos, foi a alavanca de cambio no meio das pernas, com o pedal da embreagem à esquerda com acelerador e freio à direita.
Invocados com a rapidez desses carros alguns italianos trouxeram uma Maserati 250F da F.Um e Celso Lara Barberis treinou alguns dias com ela em Interlagos e não chegou perto do então recorde da pista que então era de Roberto Galucci com sua Maserati/Corvette com o tempo de 3m 39s para o circuito completo, esse recorde foi batido apenas 12 anos depois por Ciro Caíres e o BMW Esquife da equipe CEBEM de Agnaldo de Goes Filho.
A manutenção dos motores originais se tornou difícil e muito cara e então entrou o grande poder de adaptação de nossos pilotos e preparadores que logo viram a oportunidade de fazer grandes carros com os motores americanos. Os Ford geralmente com preparação Edelbrock e os novíssimos Corvette V8 com uma vasta gama de preparações dos especialistas norte americanos.
Eram carros da Maserati, Alfa Romeo, Ferrari, Talbot e outros que impulsionados com as novas motorizações se tornaram até mais rápidos que os originais, já que os motores V8 americanos com muito mais cilindrada tinham mais potencia e seu ponto de torque máximo muito abaixo e mais forte que os originais. Lembro perfeitamente de sentar num dessas na oficina do Camilo e o que mais estranhei, tinha uns 8/9 anos, foi a alavanca de cambio no meio das pernas, com o pedal da embreagem à esquerda com acelerador e freio à direita.
Invocados com a rapidez desses carros alguns italianos trouxeram uma Maserati 250F da F.Um e Celso Lara Barberis treinou alguns dias com ela em Interlagos e não chegou perto do então recorde da pista que então era de Roberto Galucci com sua Maserati/Corvette com o tempo de 3m 39s para o circuito completo, esse recorde foi batido apenas 12 anos depois por Ciro Caíres e o BMW Esquife da equipe CEBEM de Agnaldo de Goes Filho.
Celso Lara e Luiz Américo Margarido no Talbot/Cadillac nos 500 KM de Interlagos 1958
Alfredo Santilli no Eclipse Special/Oldsmobile 1956
Ciro Cayres no I Torneio Triangular Sulamericano 1959
Fritz D`Orey na Maserati/Corvette
Luiz Américo Margarido na Maserati/Corvete
Ayres Bueno Vidal Maserati/Simca
Paschoal e Toninho Versa, Ferrari/Corvette 4.500cc
I Torneio Triangular Sulamericano, Autodromo Costaneva Buenos Aires, Argentina 01/03/1958
Em outra corrida o brasileiro Fritz D`Orey com uma Maserati/Corvette, um grande piloto brasileiro cuja carreira na F.Um não vingou por motivos outros, mexendo nos pneus conseguiu na largada e nas voltas seguintes abrir uma grande vantagem para o segundo colocado que era ninguém menos que o grande piloto argentino Froilán Gonzalez.
Sem a pretensão de ser um historiador, sou apenas um contador de histórias, histórias verdadeiras de quem as viveu, contei neste post com a colaboração de meus amigos Paulo Peralta do excelente Bandeira Quadriculada de quem peguei algumas fotos e dos sempre presentes Milton Bonani, Romeu Nardinni, Chico Lameirão e Caranguejo, foram algumas horas de papos agradáveis ao telefone e à eles meu muito obrigado e um forte abraço!
Rui Amaral Jr
Rui Amaral Jr
Rui,
ResponderExcluiradorava esses carros. Engraçado que pensei em lhe mandar a foto do Celso Lara.
Um abraço e obrigado.
Obrigado à vc Miltão, pode mandar a foto do Celso pois a que "emprestei" do Paulo está pequena!rs
ExcluirUm abração
Muito boa a publicação. Remete nos ao um tempo em que o automobilismo romântico com belas e potentes máquinas.
ResponderExcluircorrigindo:
ExcluirMuito boa a publicação. Remete nos a uma época em que o automobilismo esportivo era praticado com mais romantismo, audácia, e belas máquinas.
Aqui vc manda Fernandão!
ExcluirComo está seu filho?
Um forte abraço
-Adorei saber detalhes e de boa Fonte, do que não sabia da história do nosso automobilismo. Congratulações pelo resgaste de valiosa passagem.
ResponderExcluirObrigado Nino, um abração.
ExcluirAmigos: frequentei a oficina do Camilo Cristófaro desde criança e certa vez meu pai me colocou no cockpit do charutinho Mecânica Continental que era uma Maserati 250 F da década de 1950 com motor Corvette. Isso foi provavelmente no início da década de 1960. Lembro apenas do volante enorme que o carro tinha e posso me gabar que já sentei num F1. Antigo, mas, um F1. Mais recentemente me deparei com uma informação importante sobre esse bólido: não se sabe como, mas o Camilo comprou o carro que participou de uma corrida em Havana, tendo sido pilotado simplesmente por Stirling Moss. Depois de muitas corridas em Interlagos o carro ficou encostado e foi vendido posteriormente para um colecionador europeu. Lembro que a matéria que li trazia ainda o número do chassis da Maserati. Se essa matéria está realmente correta, pelo menos um dos carros importantes da Mecânica Continental foi salvo dos desmontes e canibalizações que muitos sofreram após se tornarem obsoletos
ResponderExcluirDecio, se puder envie esta matéria para mim!
ExcluirLá fora devem ter colocado um motor Maserati original.
Obrigado,
Um abraço.
Nos dá muitas saudades destes tempos românticos!
ResponderExcluirTambém tenho saudades Hilário, a primeira vez que estive em Interlagos aos oito anos, elas que dominavam, um abraço.
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