Stirling Moss e a Cooper-JAP 500cc, motor de motocicleta usado
em vários carros nas corridas de club na Inglaterra, e usado no início da F.3.
Então, vamos a um pouco de pesquisa e outro de memória, devo
lembrar que escrevo principalmente das categorias que seguem as normas da FIA. Nos EUA apesar de seguirem as regras da FIA é tudo muito diferente, mais aberto, onde as
associações mandam, ao contrário do modelo federativo como o brasileiro, onde
os clubes elegem as federações e elas a diretoria da CBA – Confederação
Brasileira de Automobilismo.
A partir de 1950 é criada a categoria de fórmulas, que rege
um número enorme delas. É quando começa a F3, que vou tentar explicar agora.
De 1950 até 1964 a F.3 principalmente moldada nas corridas de
clube na Inglaterra e Europa usava os motores de 500cc, vindos das
motocicletas.
Em 1964 começa a vigorar o novo regulamento, nele os motores
de 1.000cc deveriam vir dos carros de montadoras com no mínimo mil exemplares
vendidos ao público, assim como os câmbios e o combustível. Aqui uma
observação; as montadoras desenvolviam carros com características esportivas
para seus modelos comerciais, e nelas ofereciam entre outros, motores mais
fortes, várias relações de cambio e diferencial que eram usadas conforme a
conveniência na F.3, depois de homologados e vendidas mil unidades. O carro completo
deveria pesar no mínimo 400 kg.
Os motores tinham um único carburador e a tomada de ar para
eles deveria ter 36mm, alguns não usavam o captador de ar, assim como o motor
Ford/Holbay de Emerson, mas aí o carburador ou difusor deve ter essa medida,
rendiam cerca de 100 hps. Os motores Ford com duplo comando de válvulas no
cabeçote foram os grandes vencedores desta época.
Em 1971 o regulamento continuava o mesmo, mas a capacidade cúbica
dos motores subiu para 1.600cc e a medida do captador de ar para os
carburadores, “air inlet”, passaram a ter a medida máxima de 20mm.
Os principais campeonatos ingleses dessa época – me baseio no
de 1973 - eram Forward Trust F3, Lombard North Central F3, John Player, foram trinta
e nove etapas, algumas com duas corridas no mesmo dia, o grande nome deste ano
foi Tony Brise, que infelizmente não teve tempo de mostrar todo seu talento na
F.Um. Venceu em um dos principais campeonatos o Jonh Player de Alan Jones (Walter
e o Caranguejo vão vibrar!). Tudo isto mais o campeonato europeu, italiano,
sueco e francês os mais importantes do continente e mais dez ou vinte mundo
afora.
A grande mudança veio a partir de 1974, quando os motores
passaram a dois litros, com blocos originais das montadoras, e vou deixar para
o próximo post.
Até aqui tínhamos três nomes se destacando na F3 inglesa,
Emerson campeão do Les Leston e Lombank Trophy, Pace campeão no Foward Trust
Trophy e Wilsinho. E “apenas” um campeão mundial da F.Um ...
Ao amigo Miguel Crispim Ladeira; Mestre em sua arte e na vida.
Agradeço a contribuição dos amigos Walter e Caranguejo.
Caranguejo – Carlos Henrique Mércio – prepara mais um post de
outra categoria dos anos 1970.
Abraços
Rui Amaral Jr
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