Hoje estava separando
algumas “cornetas” de nossos VW D3 então aparece esta foto e as lembranças, as
boas lembranças tomam conta de meus pensamentos.
Corri talvez sete ou
oito corridas com ele em 1982 e depois as Mil Milhas Brasileiras de 1984, são
poucas as fotos de meu arquivo e nenhuma outra referência, nas poucas fotos
duas ou três de pódios e uma página de resultados, que não encontrei, onde faço
a melhor volta da corrida com o tempo para Interlagos, o original, de 3`23”
alto, se não me engano recorde da categoria.
Reparo em tudo...No para-lamas
dianteiro aqueles dois tubos cruzados que seguravam a abertura e soltavam à
cada corrida e eram constantemente soldados, nunca lembramos de colocar uma
mola para absorver a vibração, ou se lembramos deixamos de fazer pois coisas mais
importantes tomavam nosso tempo, ao lado o nome de meu querido Chapa – Flávio
Cuono – que com tanta competência fazia meus motores, e me aturava e ainda
atura!
O nome no teto com o
tipo sanguíneo muito perto e que uma de minhas sogras perguntava “Amaral O+?????”,
abaixo o buraco no acrílico que mal dava para resfriar o interior em dias de
muito calor, no lado esquerdo um igual. A porta que sem as estruturas das
originais era tão finas e leves, que apesar da maçaneta tinham por dentro uma
tranca para não saírem voando.
As lindas rodas Scorro
que nunca pintei o centro de prateado para mostrar sua beleza, calçadas nos
pneus Maggion.
Lá dentro me vejo com o
cinto de segurança Willians mas como vocês podem ver o pescoço livre pois
pasmem os senhores corria com um banco de kart, algo impensável nos dias
atuais. O rígido Sto. Antonio ancorado em seis pontos e com vários reforços,
abaixo do volante, nas portas, ligando os pontos traseiros. Meu capacete Bell
Star sempre com a viseira aberta para não embaciar os óculos quando andava em
carros fechados, na certa estou olhando o contagiros Jones ou os relógios de
temperatura e pressão de óleo. “Embaciar” era assim que falava meu amigo
Expedito Marazzi.
Vejo o volante
Fittipaldi que tanto gostava e as luvas vermelhas Simpson que ainda hoje estão
com meu amigo Ricardo.
Aquela entrada de ar e
a grade na tampa traseira, para ajudar na refrigeração daquele canhão preparado
pelo Chapa, eram mais de 150 hps, as bocas dos Weber 48 aparecendo, querendo
sugar o ar para alimentar a usina. Vejo o escapamento cruzado e noto uma aba no
contorno da carroceria que havia esquecido, assim como aquelas alças que
prendiam a tampa.
É... Saudades!
Rui Amaral Jr
Tempo bom , eu assistia lá do café !
ResponderExcluirAbração Don Bonesso!
ExcluirVocê é um dos maiores contadores de história que eu conheço , obrigado pela amizade.
ResponderExcluirObrigado meu amigo, um abração.
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