Pela milionésima vez
volto a afirmar, não sou historiador, apenas um contador de histórias que traz
para cá muito do que ouviu, viu e sentiu. Quanto a números, fatos ou outros
quem quiser me contestar estou sempre aberto a correções.
Os tempos mudavam,
alguns jovens pilotos buscavam o mundo, Avallone, Ricardo, Luiz, Emerson,
Wilsinho, Pace buscavam o Velho Continente, onde “seu” Chico, Fritz, Nano e
outros haviam escrito seus nomes e agora com o grande destaque que as
categorias de formulas alcançavam iam fazer os seus...e como o fizeram!
Aqui a equipe Willys
comandada por Greco resolve fazer um novo carro para as pistas, entrega seu
projeto e execução aos dois grandes nomes, dois grandes responsáveis pelas inúmeras
vitorias de Bird, Luiz, Chico, Pace, Emerson, Wilson...Toni e Brizzi.
O que sei é que seu
projeto foi calcado no carro que vinha fazendo furor nas corridas europeias, o
Lotus 47, que em sua versão de rua era o Lotus Europa, que lá corria com o motor Ford-Cortina-Lotus
1.600cc, e fazia frente a carros de maior cilindrada, a ponto de Enzo tentar
barrar sua homologação. Em minha opinião um carro feio, muito feio, mas carros
de corrida se tornam belos quando vencem e o 47 GT venceu muito.
E um dos 47 que veio
participar das Mil Milhas Brasileiras de 1967 serviu de base para construir o
Bino Mark II.
Relatos de amigos próximos
à equipe contam que no primeiro teste Luiz se queixou dizendo que o carro havia
ficado muito curto entre eixos e não fazia curvas de alta, ao que Greco olhando
o carro e abrindo a mão abriu o indicador e polegar, que em minha mão dá uns
12cms e na dele devia dar uns 10, e disse “aumenta este tanto”! E feito ficou
acabado o carro que mais vitórias teve em nosso automobilismo. É sério, quem
quiser ou tiver vontade apresente outra versão!
Pois
bem...1967, eu tinha de 14 para 15 anos, já me aventurava pelas noites daquela
São Paulo que não existe mais. Ia à mais distinta das cafieiras o “Som de Cristal”,
lá cheguei a ouvir o grande Jamelão, lugar onde lindas mulatas dançavam com
senhores de terno elegantes, mostrando sua arte. Na maioria das “boites”, que
não eram muitas, não me deixavam entrar, já tinha quase meus 1.90m de hoje, mas
a cara era de 12 anos, se tanto. Mas na rua Nestor Pestana havia uma que fazia
furor o “Ton Ton Macoute”, que meus irmãos mais velhos que eu frequentavam, ficava
ao lado do escritório das Cestas de Natal Amaral e lá com certeza ninguém me
barrava. Acredito que foi lá que pela primeira vez vi esta deusa que embeleza
ainda mais a criação de Toni, talvez 8/9 anos mais velha que eu, só olhava, era
apenas um sonho impossível. Dois anos mais tarde já entrava lá com a namorada,
que modéstia à parte nada devia à beleza dela.
Rui Amaral Jr
PS: Perdoem minhas divagações.
Ola Rui. Eu vivi mto tudo isso. Eu nasci em Interlagos e éramos os primeiros a saber de tudo q acontecia e iria acontecer no meio. Tenho mta coisa pra contar. Abçs show essa sua matéria. 🏁🏆🏁👏👏👏
ResponderExcluirManda lá! Comentado como anonimo não sei quem pode ser, imagino algum amigo. Obrigado, um abraço.
Excluir