Moss
Pensamento semelhante
tinham os pilotos. Longe dos contratos milionários dos dias atuais e da
exclusividade de uma só categoria, quanto mais competiam, mais ganhavam. Não
era portanto tão surpreendente que a prova de Caracas contasse com Fangio, já
tetra campeão da ou mesmo Moss, duas vezes laureado com o vice-campeonato; os
norte-americanos Masten Gregori e Harry Schell; o sueco Jo Bonnier e o espanhol
Alfonso De Portago, nomes tradicionais do automobilismo mundial e mesmo
exóticos como o dominicano Porfirio Rubirosa. O circuito urbano de Los Próceres
ficava em uma praça de desfiles militares,
na verdade, duas retas paralelas, um traçado difícil que exigia muito
dos poucos eficientes freios da época e das caixas de cambio. A prova marcaria
a derradeira apresentação de Fangio com uma Ferrari, pois o Chueco estava de
partida (ou retorno) à Maserati, embora muitos o criticassem achando que para
um quinto titulo mundial, deveria continuar em Maranello...Nos treinos, muita
disputa entre os rivais Fangio e Moss, com vantagem para Stirling na Maserati
300S. Boa participação de Nano da Silva Ramos e seu Gordini T153S 3.0. Único
representante brazuca na competição, alcançou o 9º tempo. No dia da prova, sem
os discursos bolivarianos de Hugo Chaves (o futuro tenente-coronel estava com
dois anos e três meses e era um garoto pobre de Sabaneta), Fangio larga bem mas
na segunda volta é alcançado por Moss e De Portago. A disputa entre os três só
dura até a décima volta, quando mais uma vez torna-se uma entre Chueco e o
inglês Calvo. A Ferrari 860 Monza de Fangio rende bem, todavia, aos poucos Moss
vai conseguindo desgarrar na ponta.
Faltando vinte voltas
para o final, começa a chover e Fangio abranda seu ritmo devido a instabilidade
da 860 Monza e só volta a andar forte faltando cinco voltas para a bandeirada.
Marca a volta mais rápida da prova (1.43.2), contudo insuficientes para
alcançar Moss. O esquentado Jean Behra termina em terceiro, com outra Maserati,
uma 200S e Jo Bonnier, com a única Alfa-Romeo 6C 3000 termina na quinta
posição, atrás da Ferrari Mondial de Gregory. Silva Ramos abandonou, assim como
o casal Isabelle Haskell e Alejandro De Tomaso e o velocista Fon De Portago,
quando faltavam seis voltas e ele era o terceiro colocado.
No ano seguinte, o
Chueco partiria firme para a conquista de sua quinta estrela, relegando
Stirling Moss a ser seu eterno vice. O Careca só teria uma chance real, sem o
Quíntuple por perto de 1958. Mas isso é conversa para outra ocasião.
A maravilhosa Ferrari
860S Monza de Fangio
GORDINIS AMESTRADOS-
REZENDE DOS SANTOS, NANO E FABRIZIO SERENA.
Resultado
Carlos Henrique Mércio-Caranguejo
NT: Quando pensei em
escrever sobre as três corridas da Venezuela na década de cinqüenta do século
passado logo liguei para o Caranguejo. Numa confusão de números não consegui...São
mais de dois mil e quinhentos posts no Histórias, e por melhor que seja minha
memória não lembrava deste.
Logo após o post sobre
a corrida de 1955 eis que o Caranguejo se manifesta, contando sobre o post “CARRERA
BOLIVARIANA” que mostra a corrida de 1956.
Uma hora e meia de papo
ao telefone, e mostro novamente a vocês este post publicado em 2012.
As fotos e pesquisas
sobre a corrida de 1957, feita em mil quilômetros e denominada “Mil Quilômetros
de Caracas” estão quase prontas, e o Caranguejo vai escrever comigo.
Rui Amaral jr
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