segunda-feira, 28 de maio de 2018

TOMBAMENTO - AUTÓDROMO DE INTERLAGOS UM PATRIMÔNIO BRASILEIRO - Por José Eduardo Lefèvre

AUTÓDROMO DE -INTERLAGOS – UM PATRIMÔNIO BRASILEIRO

Este texto tem por objetivo demonstrar a conveniência e a necessidade da preservação do Autódromo de Interlagos como Patrimônio Ambiental, integrado à preservação já incidente sobre a área do bairro residencial de Interlagos, objeto da Resolução CONPRESP 18/2004, de 23/11/2004, pelo seu valor ambiental, paisagístico, histórico e turístico, bem como à preservação legal incidente sobre as áreas de mananciais do Estado de São Paulo.
Diretamente relacionada à atividade exercida no Autódromo de Interlagos foi feita a solicitação ao CONPRESP de registro como bem imaterial da prática de automobilismo a ele associada, atualmente em exame.
Bens materiais foram objeto de tombamento pelo CONPRESP na área de influência do Autódromo, como o conjunto de edifícios do antigo Santa Paula Iateclube, pela Resolução CONPRESP 03/2007, que inclui a Garagem de Barcos, obra icônica projetada por João Batista Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi.

DA IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DE AUTÓDROMOS DE PROJEÇÃO INTERNACIONAL
Diversos autódromos consolidaram-se como importantes focos de referência e significado turístico e econômico de nível internacional, como os de Indianápolis, Silverstone, Monza, Nürburgring entre outros. Estes autódromos, além de sediarem eventos esportivos importantes, abrigam atrativos de natureza diversificada, como museus dedicados à memória e manutenção de seu significado cultural, instalações e equipamentos com atividade econômica expressiva, ou estão integrados a parques e equipamentos abertos à população.
O conjunto de Indianápolis, nos Estados Unidos, o autódromo importante mais antigo do mundo em atividade, cuja construção teve início em 1909[1], e teve a primeira prova de relevo, a 500 Milhas de Indianápolis, em 1911, é objeto de tombamento nacional – designada como National Historic Landmark [2]– desde 1987, dele fazendo parte o International Motor Speedway Museum[3], cujo acervo inclui elevada qualidade e quantidade de veículos, ligados ou não diretamente ao autódromo. Nos Estados Unidos o automobilismo é o segundo esporte mais popular e a prova das 500 milhas de Indianápolis o evento no mundo que reúne regularmente o maior público em um só dia – cerca de 300.000 pessoas.
O conjunto de Silverstone, na Inglaterra, cuja implantação teve início em 1948 em um dos muitos campos de aviação da Segunda Guerra Mundial, teve sua primeira prova de Grand Prix, a categoria que antecedeu a Fórmula I, em outubro daquele ano, organizada pelo RAC –Royal Automobile Club. Ao longo dos anos se consolidou como o principal autódromo do Reino Unido, palco de inúmeros eventos de automobilismo e motociclismo, da primavera ao outono, e como importante local de testes e treinos da indústria automobilística. Mas o autódromo histórico mais importante do Reino Unido é, sem dúvida alguma, o de Brooklands [4], localizado em Surrey, na Inglaterra, próximo a Weybridge. Foi inaugurado em 1907, sendo o primeiro circuito para corridas de veículos a motor construído com essa finalidade. Desde o início o autódromo compartilhou a área com atividades ligadas à aeronáutica, de campo de pouso a galpões para abrigo e manutenção de aeroplanos, escola de pilotagem e instalações para a fabricação de aeronaves a partir de 1913. Por volta de 1918 havia se tornado o maior centro da indústria aeronáutica britânica. Durante o período da 1ª Guerra Mundial as atividades de corrida foram suspensas. Entre 1920 e 1939, no Circuito de Brooklands foram disputadas inúmeras provas de Grand Prix, de motociclismo e de ciclismo e realizadas disputas por recordes mundiais de velocidade. Durante a 2ª Guerra Mundial as corridas foram suspensas e a área foi, inclusive, bombardeada, sendo um alvo importante devido às instalações aeronáuticas. No pós-guerra o circuito estava abandonado e a área foi vendida à Vickers-Armstrong para sediar instalações industriais, interligadas ao campo de pouso. Uma parte das suas pistas elevadas foi demolida e o circuito não foi recomposto. Em 1987 foi constituído o Brooklands Museum Trust[5], uma entidade jurídica não lucrativa formada para administrar recursos voltados à manutenção e preservação do conjunto remanescente do circuito e o Museu criado com acervo de veículos e objetos ligados à sua história, bem como de toda a atividade aeronáutica que ali teve lugar. Os remanescentes do Circuito de Brooklands, do aeródromo anterior à Segunda Grande Guerra, da torre de canhões antiaéreos Bofors e respectivos abrigos e o Memorial Brooklands são monumentos nacionais identificados (Scheduled Monuments) e os hangares e as edificações ocupados pelo Brooklands Museum,  The Club House, Bellman Hangar, The Members Hill Restaurant, são listados pelo órgão nacional de preservação Historic England no Grau II como bens culturais preservados[6]
O Autódromo de Monza está integrado a um grande parque público aberto à visitação – o Parco di Monza – instituído em 1805 por iniciativa de Napoleão Bonaparte com a intenção de criar um estabelecimento agrícola modelo e uma reserva de caça[7]. O Autódromo, cuja construção foi decidida em janeiro de 1922, teve a pista inaugurada em julho do mesmo ano[8], sendo o quarto circuito construído para competições de velocidade, após Brooklands, Indianápolis e Berlim, de 1921. Desde a sua inauguração até 1940 a atividade automobilística no circuito foi ininterrupta. Em 1948 o Automobile Club Milano assumiu a recuperação do Autódromo, que no mesmo ano já recebeu provas de automobilismo e motociclismo, que se sucedem até hoje. O Parque de Monza, os seus jardins e o Palácio da Villa Real constituem bens culturais elegíveis a Patrimônio Mundial pela UNESCO, mas questões ligadas à operação e presença do autódromo e de uma área de uso reservado à prática de golfe impediram a sua efetivação. A integração do autódromo e suas atividades como bens culturais foi aceita no meio cultural, tendo como base disposição básica elaborada em Plano Regulador Geral, em 1997, por Leonardo Benevolo, estando prevista a demolição de cerca de 90% das curvas elevadas construídas em 1955, mas interesses financeiros acabaram travando esse desenvolvimento[9].
O Circuito de Nürburgring foi projetado a partir de 1925 e inaugurado em 1927, com três objetivos: servir de pista de testes para a indústria automobilística, realizar provas diversas, de Grand Prix e outras categorias e permitir acesso público a uma pista de velocidade. Até 1940 a pista sediou corridas em seus cerca de 23 km de pista. Foi reaberta em 1948[10], voltando a ser palco do Grande Prêmio da Alemanha em 1951, até 1976, quando foi transferido para Hockenheim, por razões de segurança ligadas ao seu extenso traçado. Em 1985 a Fórmula 1 retornou a Nürburgring, em um traçado reduzido a cerca de 5km, o que se repetiu em 2009, 2011 e 2013. O conjunto continua em uso para competições e disponível para acesso pago às pistas pelo público.
O circuito alemão mais antigo é o de AVUS, em Berlim, abreviatura de Automobil-Verkehrs-und ÜbungsStrasse (Via para tráfego automotivo e treinamento), concebido em 1907, mas só inaugurado em 1921. O seu traçado era constituído por duas longas pistas paralelas ligadas por curvas nas duas extremidades. As pistas paralelas fazem parte de uma Autobahn e as curvas de ligação, não, assim como as edificações de torre de controle, tribunas e alguns galpões. Na inauguração o traçado tinha 19,5 km de extensão, com cada pista reta tendo aproximadamente 9 km. As altas velocidades alcançadas nas retas tornavam o circuito muito perigoso, uma das razões para o predomínio de realização de provas importantes em Nürburgring. A curva do lado Norte foi reconstruída em 1936 com uma inclinação superior a 40°, o que permitia manter altíssimas velocidades, levando a enormes exigências sobre o conjunto mecânico-humano. Em 1938 as competições em AVUS foram suspensas, sendo retomadas em 1951, com o traçado reduzido para 8,3 km. Em 1959 ocorreu ali uma única prova de Fórmula 1. Em 1995 foi realizada a última competição automobilística em AVUS [11].
Na França, os mais antigos circuitos são os de Montlhéry e de Le Mans. O de Le Mans[12], localizado a cerca de 40 quilômetros ao Sul de Paris, tem sua história e atração ligadas à disputa das provas de 24 Horas, ali disputadas desde 1923, suspensas entre 1940 e 1948. O autódromo de Le Mans é, na realidade, restrito a dois circuitos permanentes, conhecidos como Circuito Bugatti, concluído em 1965, com cerca de 4,2 km e Maison Blanche, concluído em 1976, que permite cinco opções de traçados diferentes, de menores dimensões. O Circuito principal, onde se disputam as provas automobilísticas de 24 Horas, é conhecido como La Sarthe, com cerca de 13,6 km, e ocupa estradas locais que são fechadas ao tráfego normal temporariamente. O Circuito Bugatti recebeu uma prova de Fórmula I, o Grande Prêmio da França de 1967.
O Circuito de Montlhéry[13], a 24 km de Paris, foi inaugurado em 1924, sendo, portanto, o quinto autódromo permanente construído no mundo, se considerarmos AVUS como instalação permanente. Trata-se de um circuito oval com duas grandes curvas com pista sobre-elevada unidas por retas de 180 metros, tendo no total cerca de 2,5 km. Foi utilizada pelas fábricas de automóveis e revistas automotivas para testes, por competidores de recordes de velocidade e também para competições, desde 1925 até 1939. Após a guerra, o circuito foi reaberto em 1949 para as atividades de testes e, ocasionalmente, para competições, até ficar evidente que suas características eram incompatíveis com as velocidades dos carros de competição, na década de 1960.



DA IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DAS QUALIDADES ÚNICAS E INIGUALÁVEIS DE INTERLAGOS
1-     EM TERMOS DO AUTOMOBILISMO DE COMPETIÇÃO
O circuito de Interlagos apresenta um traçado com uma variedade excepcional de situações de pista que é essencial para o automobilismo de competição: curvas de raios grandes e raios pequenos, curvas de raio constante e de raio variável, curvas de alta, média e de alta velocidade, curvas verticais com subidas e descidas em todo o circuito, pontos de ultrapassagem. A tal ponto que é considerado, pelos pilotos que ali atuaram, uma verdadeira aula de aprendizado de pilotagem, responsável pela formação de gerações de pilotos.
2-     EM TERMOS DE ESPETÁCULO PARA O PÚBLICO
A topografia da implantação do autódromo permitiu algo excepcional como participação do público: a possibilidade de visualizar não apenas um trecho de pista próximo ao espectador, mas quase todo o conjunto de pistas. A visão a curta, média e longa distância permite, de quase todos os pontos do autódromo, acompanhar a evolução de uma competição na íntegra, as ultrapassagens, as acelerações e frenagens, ou seja, todas as emoções presentes em uma competição.
Estas qualidades são importantes para o público presente ao autódromo e para o público que acompanha pela televisão, de vez que o autódromo é razoavelmente compacto, permitindo um televisionamento de acompanhamento muito eficaz.
3-     EM TERMOS DE SEGURANÇA PARA OS PILOTOS
Ao longo do tempo, o autódromo foi sendo muito aperfeiçoado no que se refere à segurança, com a abertura de áreas de escape seguras e de pistas auxiliares para o deslocamento de veículos de assistência em casos de atendimento a acidentes durante as competições.

Fazendo um balanço comparativo com os grandes autódromos internacionais, percebe-se a importância da conjugação das qualidades de Interlagos, proporcionadas pelo seu sítio natural e pela feliz concepção original. Grande parte dos autódromos foi implantada em áreas planas, como antigos campos de pouso, que não possibilitam uma visão de conjunto e nem as variações de subidas e descidas. É o caso de Silverstone ou Brooklands. Outros, estão situados em áreas rurais de topografia variada, portanto com subidas e descidas acentuadas, como Spa-Francorchamps e Nürburgring, mas que não ensejam um domínio visual do conjunto da pista como acontece em Interlagos. Muitos foram construídos em áreas planas e desérticas, como as pistas mais recentes do Oriente Médio, que foram projetadas e construídas com a intenção de possibilitar visão de conjunto, como de Abu Dhabi, Dubai, Qatar.
Como local para o espetáculo de competições Interlagos não comporta, por exemplo, o público que comparece às provas das 500 milhas de Indianápolis, que pode ultrapassar os 300.000 espectadores, criando uma atmosfera similar a um grande estádio de futebol repleto para uma final de campeonato, algo inesquecível. Mas a visão das pistas em Interlagos é muito maior do que a possível em Indianápolis.



DA QUALIFICAÇÃO DA ÁREA DO AUTÓDROMO DE INTERLAGOS PARA O TOMBAMENTO AMBIENTAL

O Autódromo de Interlagos ocupa uma área significativa, quase equivalente à área do Parque do Ibirapuera, que está localizada entre os reservatórios Billings e Guarapiranga. Apenas uma pequena parte dessa área está ocupada com construções ou se encontra impermeabilizada. Em sua maior parte está desocupada e é permeável. É vizinho à área do loteamento Interlagos, residencial, objeto do tombamento ambiental estabelecido pela Resolução 18/CONPRESP/2004 e, com essa área contígua, integra a área urbanizada pelo Engenheiro Louis Romero Sanson com projeto apresentado em 1926.
Por ocupar uma área em bacia, é separado do loteamento residencial pelo espigão da Avenida Interlagos, o que significa que o som direto produzido pela atividade automobilística não atinge aquele bairro.
A atividade automobilística do Autódromo de Interlagos é objeto de um pedido de sua classificação como Patrimônio Imaterial, submetido ao CONPRESP. Consideramos que não se aplica ao Autódromo o seu tombamento como bem material isolado, devido ao fato de que não há ali construções de interesse arquitetônico ou histórico que justifiquem a sua preservação. O que justifica a sua preservação é o conjunto:
1-     o seu traçado de pistas integrado à topografia;
2-     a ampla e excepcional visibilidade proporcionada pela sua disposição;
3-     a importância histórica e de memória de toda a atividade automobilística já ocorrida em Interlagos desde sua inauguração em 1940, expressiva em termos não apenas municipais ou estaduais como nacionais e internacionais;
4-     a sua integração ao tombamento ambiental do bairro contíguo e residencial de Interlagos;
5-     a sua localização e relação com os reservatórios mananciais de Guarapiranga e Billings;
6-     a sua baixa ocupação atual.
A eventual ocupação da área do Autódromo de Interlagos com prédios, residenciais ou comerciais, representaria um grande retrocesso na qualidade ambiental de toda a área do Autódromo e sua região envoltória, com consequências em toda a área metropolitana. Mencionando manifestação recente do Professor Cândido Malta Campos Filho, é impossível autorizar ou promover a construção de mais e mais prédios, Qual é a resiliência dos mananciais em receber mais e mais edificações? O conceito de resiliência se aplica perfeitamente a essa especialíssima região. À medida que novos loteamentos são abertos e mais edificações vão impermeabilizando o solo, menor se torna a absorção das águas de chuva pelo solo, recarregando o lençol freático. Soma-se o prejuízo da poluição difusa que os esgotos não são capazes de retirar, a qual, somada ao assoreamento que a abertura de ruas e lotes produz, que reduz progressivamente a capacidade de diluição dessa mesma poluição difusa, aponta para a perda total desses mananciais da Billings e Guarapiranga: os principais da metrópole. E o adensamento na região de Interlagos, na boca de entrada da região, estimulará de vez essa ocupação urbana predadora ambiental, que levará à perda irreversível desses mesmos mananciais. Não apenas como a cada vez mais escassa água potável metropolitana, mas também com a maior área de lazer com muito verde e grandes lagos de nossa metrópole, uma das maiores do planeta. Manter Interlagos, amplo e horizontal, com um máximo de verde e pequenos lagos em seu interior, sim. 

Transformá-lo em Interprédios, nunca.

José Eduardo de Assis Lefèvre



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Acabei de conversar com o Professos Lefèvre, o pedido de tombamento já foi entregue no COMPRESP, CONDEPHAT, aliás ele estava no elevador quando me deu a noticia...agora mais que nunca precisamos do apoio de todos!

Com Chico Lameirão, Roberto Zullino...

Rui Amaral Jr 






7 comentários:

  1. Maravilha, nada como se ter quem entende de urbanismo e meio ambiente opinando.

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  2. Estudei muito a história de Santos Dumont, para entender porque os bobinhos dos americanos insistem nos irmãos Wright (não tem como esses dois irmãos desajeitados terem inventado o avião antes de Dumont).
    Ao estudar o brasileiro que primeiro voou, me dei conta de que os anos iniciais do século XX foram anos de 'grand prix' para o domínio da locomoção automotiva e dos motores.
    Santos Dumont ganhou o 'grand prix' Deutsch por voar em torno da torre Eiffel (https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_Deutsch).
    Aliás, esse Deutsch pagou vários 'grand prix' (https://pt.wikipedia.org/wiki/Henri_Deutsch_de_la_Meurthe#cite_note-airship-4)
    Mas havia vários 'grand prix': https://www.terra.com.br/noticias/1906-o-primeiro-grand-prix-da-historia-do-automobilismo,439c7bb5d5ceea59e90d9b1ee30ca1206ekym7cq.html.
    Os mecenas da inovação, pesquisa e desenvolvimento daquele tempo pagavam prêmios para estimular as novas tecnologias (auto-móvel, mais-pesado-que-o-ar voador etc.).
    É assim que nasceram os 'grand prix' de automobilismo: eram prêmios para estímulo do domínio das tecnologias motorizadas. Todos os países do mundo estavam envolvidos nisso e as duas guerras mundiais foram guerras de veículos terrestres e aéreos.
    Os campos de prova eram, para veículos terrestres, os autódromos.
    É aí que surge Interlagos, um campo de provas, para inserir o Brasil na competição mundial por tecnologias automotivas.
    Depois de Interlagos, decorreram títulos mundiais (Emerson, Piquet, Senna, na F1) e uma equipe brasileira na F1 (a equipe Fittipaldi).
    Hoje os carros são desenvolvidos em simuladores e as provas em campo perderam importância diante da computação e da inteligência artificial.
    Mas os autódromos são museus a céu aberto e testemunhas da história do Século XX, com suas tecnologias automotivas e suas guerras. Muitas vezes, guerras por um 'grand prix'.
    Preservar Interlagos é preservar a história da inserção do Brasil no mundo, durante o século XX.
    Assino embaixo da sua iniciativa, Rui!

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    Respostas
    1. Obrigado Walter, a iniciativa do Professor Lefevrè apoiada pelo Professor Candido Malta Filho veio de uma iniciativa nossa, Chico Lameirão, Roberto Zullino e minha, assim que conseguirmos que ela deslanche no Condephaat e Conpresp o Chico e eu resolvemos deixar o projeto mas sem deixar de apoa-lo, até lá precisamos de muito apoio pois o andamento destes pedidos enfrenta uma alta influencia de políticos interessados na área, muito obrigado caro amigo, seu apoio é muito importante!

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  3. Passei momentos inesquecíveis da minha vida dentro desse autódromo.
    NÃO QUERO QUE ESTA PARTE DA MINHA VIDA SEJA APAGADA.
    ESTOU JUNTO COM VOCÊS !!!!!

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Rui Amaral Jr