Von Stuck largando em Interlagos com o carro que trouxe ao Brasil.
Bino Heins largando e Interlagos já com o carro que trocou na Alemanha...
...para vencer Ferraris e Maseratis!
Celso Lara Barberis
Chico Landi
Jean Louis Lacerda Soares e de óculos José Gimenez Lopez que vendeu o carro a Paulo Amaral.
Paulo Amaral
Paulo nos 500 KM de Interlagos 1961
Esse carro veio para cá
trazido pelo Hans Stuck e era um dos primeiros, tinha o farol vertical e
carroceria um pouco diferente. Veio equipado com um motor VW com alguns
mandraques. A Porsche antes de 1955 quando saíram os primeiros 550 de produção,
usou motores VW 1100 em Le Mans em protótipos para ganhar o tal Índice
Enérgético, uma patriotada francesa para jacatraias dos Renné Bonet e Dyna
Panhard ganharem o que os franceses teimavam ser o prêmio princioal, cada uma.
O carro não era do
Stuck, era da Porsche e a missão do Stuck era vendê-lo, o que conseguiu, mas
não lembro para quem. Certamente, o carro trazido pelo Stuck foi fabricado em
53/54 e não era modelo de produção, os 550 só foram fabricados em 55. Para
encurtar a história, o carro foi enviado para a Alemanha para reforma e voilá,
mandaram um 550 de produção equipado com motor Furhman Quad Cam 1500 roletado e
carroceria de 550 normal já com os faróis de Fusca. Correu na mão do Heins
fazendo picadinho de Maseratis e Ferraris e no final foi abandonado na oficina
do Seu Chico na Rua Afonso Brás em estado lastimável em cima de outras sucatas.
O Darci Medeiros era aprendiz, entrou lá com 14 anos e lembra direitinho do
carro, tanto que uma vez me perguntou se o meu era o tal carro. O carro foi
comprado pelo Marivaldo que o repassou para os irmãos brothers que fizeram o
Fitti-Porsche. A mecânica usada foi dos KG Dacon usando motor Furhman Quad Cam
de 2 litros, mas usando bronzinas, a Porsche abandonou os roletes que quando
davam problema nem Jesus arrumava. Fora que com o passar do tempo a qualidade
das bronzinas melhorou. Na mão dos irmãos fez algumas corridas sem muito
sucesso de resultados, mas o carro dava espetáculo, sendo o mais rápido em
quase todas as provas que participou. Foi repassado para a escolinha Bardhal
sem a mecânica Porsche, usava mecânica VW. Foi vendido para o Sergio Magalhães
que fez algumas corridas e vendeu para um cara de Bauru que vendeu para um cara
de MG ou Brasília. A última vez que foi visto foi disputando arrancadas em MG.
Certamente, sua carroceria de alumínio, feita pelo funileiro Picciuto, virou
panelas e os tubos do chassis devem ter sido levados pelo garrafeiro e virado
aço de construção. No entanto, como a esperança é a última que morre pode ser
que um dia apareça.
O pior nem é isso. Há
uns anos um cara estava anunciando o Porsche do Stuck na Europa em um desses
foruns ingleses. Entrei e desanquei o cara e acabei com o negócio dele contando
a história toda. Hoje não faria isso, porque pode ser que ele tivesse razão, o
chassis dele devia ser o original que ficou lá na reforma, já que o carro que
veio para cá depois da reforma parecia outro. Ou não trocaram o chassis e deram
uma modernizada no carro que virou esse da foto e o cara era um pilantra que
devia saber das coisas e falsificou um chassis. Who knows? Nas fotos do Stuck
com ele aqui o carro é diferente.
abs,
Roberto Zullino
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De um comentário em post da semana passada meu amigo Zullino, contou um pouco, ou muito, da trajetória deste carro que von Stuck trouxe ao Brasil.
Valeu Zullino, um abraço.
Rui Amaral Jr
Ótimo post Roberto e Rui. Bela história.
ResponderExcluirObrigado Carlos, um abraço.
ExcluirMuito legal.
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