quinta-feira, 4 de abril de 2013

Mike The Bike

Stanley Michael Bailey Hailwood, nasceu em Oxfordshire, a 2 de abril de 1940, setenta e três anos nesta data, portanto. Filho de um negociante de...motocicletas e ex-piloto, a inclinação de Mike para as competições em duas rodas foi natural. Em 1957, ele já participava de sua primeira prova em Oulton Park. Um ano mais tarde, vencia em dupla com Dan Shorey a Thruxton 500, dando início a lenda de Mike, the Bike. Com seu nome intimamente ligado a marcas como a Honda, a MV Agusta e Ducatti, Hailwood começou a dominar as corridas do Mundial de Motociclismo em 1961, quando sagrou-se campeão mundial das 250 cc. Nessa modalidade, venceria mais duas vezes, em 1966 e 1967. Nas 350 cc, foi bicampeão em 1966-67 e nas 500 cc, campeão em 1962-63-64-65. Mas para muita gente seus maiores feitos estão ligados ao Tourist Trophy da Ilha de Man, considerado pelos motociclistas como a corrida de maior prestígio do mundo e que durante um certo tempo, foi o quintal da casa de Mike Hailwood, que impôs seu domínio por lá de 1958 a 1967. Segundo os entendidos nas duas rodas, seu maior triunfo aconteceu no TT Senior de 1967, quando derrotou ninguém menos que o italiano Giacomo Agostini. Mike the Bike era tão importante que quando a Honda retirou-se das competições de Moto em 1968, pagou cerca de 50 mil libras para que Hailwood não corresse por outro time. De certa forma, isso acabou por “empurrá-lo” para o automobilismo. 


1978 Mike e a Ducati
Dois gigantes de MV-Agusta, Mike persegue Giacomo Agostini, os dois conquistaram "apenas" 25 títulos mundiais de Moto GP

Com quatro rodas, Hailwood participou de provas de Sport cars, da F 5.000, F2 e F1. Nas 24 Horas de Le Mans de 1969, foi o terceiro colocado com um Ford GT40, fazendo parceria com David Hobbs, correndo pela Equipe John Wyer Automotive e em 1972 tornou-se campeão europeu de Fórmula 2, pela equipe de outro ex-motociclista, John Surtees. Na F1, esteve em dois períodos diferentes: primeiro de 1963 a 1965, correndo pela Equipe de Reg Parnell, desenvolvendo uma carreira paralela com o Motociclismo. Optou pelas motos e ficou de fora por seis anos, voltando em 1971, já na equipe Surtees, conseguindo em três temporadas, resultados modestos, sendo sua atuação de maior destaque o segundo lugar no GP da Itália de 1972 (mais conhecida dos brasileiros como a corrida em que Emerson Fittipaldi ganhou o campeonato mundial). A melhor chance de Mike, parecia ter surgido em 1974, quando entrou para o Yardley Team Mclaren e com o modelo M23, conseguiu uma certa constância de resultados, mas um sério acidente em Nurburgring durante o GP da Alemanha, o tirou das pistas para sempre. Dos carros sim, mas não das motocicletas. 


1963 Silverstone, Mike estreia na F.Um com a Lotus 24 da equipe Reg Parnell
1972, campeão da Formula 2 com a Surtees TS10

1973 Interlagos, F.Um com a Surtees TS11
1974 com a McLaren M24
1974 Nurburgring, na Lotus 72D Ronnie
24 Horas de Le Mans 1969
Entre Peter Gethin e Carlos Reutemann
Com o ator Steve McQueen 
1974 na McLaren


Entre 78-79, Mike voltou a vencer na Ilha de Man, mas acima de qualquer coisa, já havia vencido campeonatos nas duas e quatro rodas e mais importante, era também campeão da vida. Em Kyalami, 1973, Hailwood arriscou-se para resgatar o suíço Clay Regazzoni de seu BRM em chamas. Por seu gesto, Mike foi condecorado com a George Medal, alta distinção concedida a civis pelo Império Britânico. Em 23 de março de 1981, ele estava em seu carro com os filhos Michelle e David, quando bate em um caminhão. Morto o homem, imortalizou-se Mike, the Bike, o mito.

CARANGUEJO



No acidente de Regga

Ao final deste vídeo notem ele fazendo a Eau Rouge...

3 comentários:

  1. Fabiani C Gargioni #274 de abril de 2013 às 21:45

    Grande Rui e Caranguejo, mais uma grande história!!!

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  2. Gran piloto, lo recuerdo en el GP de Argentina 1974 con el M23.
    Bellísimo ese Surtees TS10 de F2, con el patrocinio de Matchbox.
    Abrazos!
    http://juanhracingteam.blogspot.com.ar/

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  3. O Hailwood é mais uma vítima da maldição da F2 / F3000.
    Assim como Lafitte e Jabouille e Regazzoni, bateu forte, de bico (foto acima, com a Yardley McLaren). Machucou seriamente o pé e parou de pilotar.
    Assim como Peterson, Deppailer, Regazzoni, morreu prematuramente.
    É a maldição da categoria de acesso. Quem venceu a F2 / F3000 não apenas não foi campeão da F1, como ainda se machucou e / ou morreu.

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