Na classificação porém, Paulão cravou 1m09,63s, seguido de Palhares, seu companheiro de equipe e Ingo Hoffmann. Ingo, talvez fosse o piloto com mais intimidade com a pista lusitana, pois já estivera ali, em seus tempos no Europeu de Fórmula 2 nos anos setenta e tinha até curva com seu nome. Na hora da formação do grid, o forte cheiro do álcool, o carburante dos Stocks, atraiu mais a atenção da galera do que os carros em si. Antes que algum engraçadinho comentasse: “Interessante, aqui nós o usamos para beber e não para mover carros”, foi dada a largada. Paulo Gomes escapuliu na frente, seguido por Palhares e Ingo. A prova com duração de sessenta minutos, foi marcada pela capotagem de Sidnei Franchello na Curva 1. Franchello passou por cima do guard-rail e atingiu dois espectadores e um policial. Em ritmo de bandeira amarela, a prova continuou e Fabio Sotto Mayor substituiu Ingo Hoffmann na terceira posição. Paulão não foi molestado na liderança e ganhou fácil. Lara Campos, um dos favoritos, vinha numa tranqüila quarta posição, até começar a ser pressionado por Pedro Queiroz Pereira, Campello e Wilson Fittipaldi Jr. Estava se defendendo bem, mas na última volta uma entortada o levou a um rail. Ainda terminou em nono.
Wilsinho Fittipaldi
Moutinho
Pedro Queirós Pereira
Para a segunda prova, dia 18 de julho, o grid apresentou alguns carros com visíveis sinais de refrega da corrida anterior. Um destes era o carro de Lara Campos, que a exemplo de Marcio Canovas e Sidnei Franchello sofrera uma capotagem. O organizador Campello porém, estava eufórico. Tinha planos de realizar no ano seguinte um torneio de verão da Stock, com provas no Estoril, em Paul Ricard e Jarama. Empregaria a estratégia de levar atrações e citava a roqueira Rita Lee como uma possibilidade. A segunda corrida apresentou mais uma vez o domínio de Paulo Gomes. Reynaldo Campello o acompanhou até fundir o motor. Edmar Ferreira foi o segundo, Ingo Hoffmann o terceiro, Fabio Sotto Mayor o quarto e Lara Campos o quinto. Os bons vinhos lusos e a piscina fizeram algumas baixas entre os integrantes do circo, mas de certa forma, essa primeira experiência internacional da Stock foi bem sucedida e os pilotos brasileiros podem dizer que ali estiveram dois anos antes da F1 e três antes que Ayrton Senna desse início a sua saga de vitórias na categoria.
A nosso amigo José Manuel Ferraz.
CARLOS HENRIQUE “CARANGUEJO” MERCIO
PS: Conta Jr
Lisboa, um grupo divertido, foi D++++, mas tomei um baita susto na classificação da primeira corrida, pois estando com o melhor tempo do dia, resolvi endurecer minha suspensão dianteira trocando as molas, saindo novamente, aqueci meu carro e já vim lançado na grande reta de mais de 1000 metros em descida para fazer tempo, acredito que a mais de 230 km/h, quando pisei forte no freio o meu carro ficou sem rumo, bati muito forte. Quando me dei onde estava, percebi que estava de cabeça para baixo, havia muita fumaça dentro, bati a mão no cinto e cai de cabeça na capota, as porta não abriam, quando ouvi a voz do Paulão Gomes, sai por traz, virei e dei com os pés no acrílico traseiro saiu fácil e por ali sai.
Mais tarde verificando o que ocorrera em minha suspensão dianteira e constatamos que o tensor de caster que é fixo no chassi e na bandeja de suspensão por 03 parafusos estava solta, por esse motivo minhas rodas abriram na freada.....coisas de corrida rsrsrs
Jr Lara Campos
Quatro Rodas Digitalizada.
Agosto de 1982
foi um super evento que o Campelo e o PQP fizeram
ResponderExcluirObrigado Caranguejo por ter se lembrado da minha pessoa, pois tenho lembranças da pista do Estoril onde lá estive duas semanas em testes e acertos da Formula 3000...saudades pois os F1 viravam na altura 1,13 ou 1,14 e os Formulas 3000 viravam 1,24...foi esse tempo que virei em 1989, realmente foi uma lição a mais na minha vida, foi maravilhoso tudo o que passei nesse Autódromo e aprendi um pouco mais...valeu amigo obrigado...abs.
ResponderExcluirObrigado Julio e Ferraz, dois amigões de sempre, por mim e pelo Caranguejo.
ResponderExcluirUm abração