Ignazio Giunti
Jo e Pedro
E o que isso tem a ver com automobilismo? Tudo. Nada. Depende de quem estiver lendo. Vejamos.
O ano de 1971, foi um ano tão cheio de acidentes quanto qualquer outro naquela década, onde as baixas de pilotos eram computadas entre três ou quatro, ao final da temporada.
O ano de 1971, foi um ano tão cheio de acidentes quanto qualquer outro naquela década, onde as baixas de pilotos eram computadas entre três ou quatro, ao final da temporada.
Na temporada de que lhes falo, destaco três batidas onde encontramos o fogo, metal e o México. Elementos que remetem a divindade citada lá em cima.
1.000 KM de Buenos Aires 1971,o Porsche vencedor de Jo Siffert passa pela Ferrari de Ignazio Giunti.
Giunti e a Ferrari em Buenos Aires.
Em janeiro, nos 1.000 Km de Buenos Aires, etapa do Mundial de Marcas, morre o italiano Ignazio Giunti, ao bater sua Ferrari 312 na Matra Simca do francês Jean Pierre Beltoise, num dos mais bizarros acidentes de que se tem conhecimento. O capacete de Ignazio, aliás originalíssimo, era enfeitado com o desenho de uma águia asteca. O incêndio terrível ceifou a vida de Giunti, mas a prova prosseguiu e o suíço Jo Siffert e o inglês Derek Bell vencem, seguidos do mexicano Pedro Rodriguez e de outro britânico, Jackie Oliver.
Pedro na BRM em sua última corrida na Formula Um.
Acima e abaixo Pedro, na Ferrari 512M pouco antes do acidente.
Em julho em Nuremberg na Alemanha, numa prova da Interseries , justamente Pedro Rodriguez, orgulho dos mexicanos, tem destino semelhante ao de Giunti, também em uma batida seguida de fogo ao tentar ultrapassar com sua Ferrari 512M o retardatário Kurt Hild. Três meses mais tarde, em Brands Hatch, numa prova de Fórmula 1 extra-campeonato que está utilizando a data reservada ao GP do México (cancelado devido à morte de Pedro) , Jo Siffert perde o controle de seu BRM P160 , bate numa elevação, capota e incendeia. Mais tarde seria apurado que a suspensão do carro de Siffert fora afetada num toque com Ronnie Peterson. O componente não parecera ter ficado avariado, até ser tarde demais. Três pilotos diferentes. Destruídos pelo fogo. Em acidentes com participação direta ou não de um outro companheiro. Três categorias distintas. O México, país presente em pelo menos um detalhe que compõe cada um desses dramas.
Jo
Jo e a BRM P160.
Uma triste coincidência. Azar. Outra hipótese.
Eu não sei a resposta.
Como já disse, depende do leitor.
CARANGUEJO
*Dedicado ao TOHMÉ, o Rei das Miniaturas e que me deu essa idéia quando postou o célebre Porsche 917K, que Emerson Fittipaldi e Carlos Reutemann utilizaram nos 1.000 Km de B.A.
ALGUMAS OUTRAS FOTOS
Emerson voa sobre Giunti em Monza 1970.
Siffert, Porsche 908/3 reclama de Giunti, Ferrari 512M.
Pedro ,BRM P133, seguido por Jean Pierre Beltoise na Matra Cosworth MS10 em Jarama/68.
Jo na BOAC 500 em Brands Hatch.
Jo de Lotus, Formula Um.
Jo, Porsche 908/3 vence a Targa Florio, 1970.
Pedro
Ignazio
Muito honrado pelo post. Não mereço isso.
ResponderExcluirO capacete de Ignazio é uma mistura de coisa alegre e tétrica ao mesmo tempo....engraçado.
Um grande abraço a todos.
Hermoso recuerdo de unos grandes pilotos de los sesenta/setenta: Giunti, Siffert, Hnos Rodriguez, todos grandes, todos por la muerte vieron truncadas sus carreras.
ResponderExcluirAbrazos!
Grande Rui,como sempre belas imagens e grandes histórias,muito legal e é somente aqui mesmo que eu alimento os meus conhecimentos,que bom!!!
ResponderExcluirParabéns mais um ótimo post.
ResponderExcluirMuita história!
Muito bom post. Bom relembrar pilotos como Giunti e Rodriguez, que já vão ficando em área remota da memória. Parabéns pela associação de idéias e coincidências entre estas tragédias.
ResponderExcluirBelo post, Rui.
ResponderExcluirParabéns ao mestre Caranguejo pelo texto e fotos.
Fica o "gostinho" de "quero mais".
Abraços aos dois.
Guima