O santafesino Carlos Reutemann, foi um piloto que nunca foi unanimidade em sua terra,mas também jamais provocou indiferença. Amado pelos torcedores, era desprezado pela imprensa argentina. Perseguido pela sombra do mitológico Juan Manuel Fangio, nunca chegou perto de seus resultados, mas em dez anos de carreira participou de 147 GPs, teve doze vitórias, seis pole positions, seis melhores voltas, marcou 310 pontos e subiu ao pódio em 45 oportunidades. Claro que poderia esperar-se mais dele. O Chueco venceu campeonatos por todas as equipes onde passou. O Lole, foi algumas vezes atrapalhado por companheiros de equipe mais talentosos do que ele, caso de Lauda ou mais malandros como Alan Jones.
1971 estréia na Argentina com MacLaren.
1973 Brabham BT42.
1974, GP da Argentina a tomada de ar quebrada forçou o consumo de combustivel.
1974 Brands Hacth.
1975, GP da Argentina Lolle e Pace, Brabham BT44B.
1975 Kyalami, Branham BT44B.
Considerado prudente, muitas vezes parecia largar para uma corrida disposto a não se arriscar: procurava manter uma posição entre os ponteiros e esperava que quebrassem os que iam a sua frente. Se ninguém tivesse problemas, terminava na mesma posição. Mas quando treinava bem, marcava bons tempos e saia na frente, dificilmente cometia erros e a vitória era sua. Às vezes parecia emocionalmente frágil, como quando ficou sem combustível na penúltima volta do GP da Argentina de 74, quando ocupava a liderança. O Lole chorou copiosamente; em outras vezes, era frio e determinado, como no GP da Grã-Bretanha de 78, quando aproveitou-se da hesitação de Niki Lauda para ultrapassar o retardatário Bruno Giacomelli e assumir a ponta, num drible antológico.
Poucos amigos, poucos sorrisos, alguns o chamavam “O Gaucho Triste”. Dizem os que o conheceram que se num dia estava simpático e agradável, no outro, cara amarrada e capaz de passar por um amigo sem cumprimentar. Em 81, seu último ano competitivo, enfrentou Nelson Piquet e só foi derrotado na última prova do ano, em Las Vegas. Mesmo largando da pole position, teve problemas com o carro logo no começo da prova e não conseguiu resistir quando Piquet o passou para ganhar o campeonato. Depois, perguntado por que não jogara o carro em cima do Brabham do brasileiro e assim ganhar o título (sim, essa já era uma prática comum no começo da década de oitenta:
Jones fizera isso com Piquet um ano antes), respondeu que jamais pensara em ganhar um título mundial dessa forma. Casado com Maria Noemi Claudia Bobbio Orellano, a Mimicha, de quem se separaria em 2006, Lole foi pai de duas meninas, uma das quais já lhe deu um neto. Desde 1991, enveredou pela política em seu país e já foi duas vezes eleito governador da província onde nasceu. Atualmente, ocupa o cargo de senador e claro, tem pretensões maiores. Mas de política eu não falo.
Ferrari 312T
Lotus 79.
Lotus 79 em Buenos Aires.
1980 Willians FW07B.
1981 Willians FW07C.
Jones fizera isso com Piquet um ano antes), respondeu que jamais pensara em ganhar um título mundial dessa forma. Casado com Maria Noemi Claudia Bobbio Orellano, a Mimicha, de quem se separaria em 2006, Lole foi pai de duas meninas, uma das quais já lhe deu um neto. Desde 1991, enveredou pela política em seu país e já foi duas vezes eleito governador da província onde nasceu. Atualmente, ocupa o cargo de senador e claro, tem pretensões maiores. Mas de política eu não falo.
Carlos Henrique Mércio - Caranguejo
Caranguejo, Rui,
ResponderExcluirMais uma história de muita sensibilidade, de um piloto que sentiu o peso de ser compatriota de um gênio da F1. Imaginem o quanto sofrem os pobres mortais Rubinho e Mssa sob a sombra de três mitos (Emerson, Piquet e Senna).
Abraço,
Danilo Kravchychyn
Ponta Grossa - PR
É Danilo, vi Lolle pilotando muitas vezes, era um bota porem tinha serios problemas para ultrapassar.
ResponderExcluirAgora veja, Piquet não se incomodou com a sombra de Emerson e muito menos Ayrton com a dele...sei não!
Um abraço
Bela seleção de fotos.
ResponderExcluirValeu
Rui,
ResponderExcluirÉ verdade, nosas safras anteriores eram muito melhores...e não tem muitas promessas no mercado.
Abraço,
Danilo Kravchychyn
Ponta Grossa - PR
Naquela época as equipes tinham bem definidos o primeiro e o segundo pilotos. Reuteman era talentoso mas causava, na minha opinião, um dilema para as equipes que pilotava: ele era bom demais para ser segundo mas não o suficiente para ser o primeiro piloto.
ResponderExcluirCerta vez, se não me engano na Espanha, os pilotos iam chegando no lider (Vileneuve??)e parando por ali. Ele era o terceiro e foi o único que foi sendo ultrapassado para acabar em sexto nesta fila indiana. Talvez um problema no carro, não sei, mas acontecia com o Lole.
Achei muito interessante o teu conceito sobre o Reutemann, Cariocadorio. Aliás, nosso personagem deve ter boas recordações do Rio de Janeiro, onde ele venceu duas vezes (78 e 81). Em 1981 inclusive, por recusar a primeira posição ao seu companheiro de equipe Alan Jones, acabou desencadeando a crise que acabou interferiu em sua disputa pelo título com Piquet.
ResponderExcluirCaranguejo