terça-feira, 9 de março de 2010

O protótipo Interlagos 1966 - Willys Overland do Brasil S.A.

1966 Sr. Jesus Ybarzo Martinez assume a fabricação do Interlagos na sede da nova fábrica em Interlagos. Junto com a nova equipe tendo como gerente Emil Schmidt – ‘grande homem’, recorda Martinez.

Equipe esta formada por:

Superintendência: Emil Schmidt

Assistente de Superintendência: Jesus Ybarzo Martinez

Engenheiro: Wolnei Rodrigues

Poliéster e Pintura: Jorge Saiton

Chassis: Diego Picazzos

Mecânica: Miguel Angel Sanquillo

Tapeçaria e Acabamento: Antonio Valgañon

Acabamento: Rubens Capucci

Controle de Qualidade: Mario Ducatti


* Da época de Christian Hein até 1966 foram fabricados em torno 822 unidades.

O que mudou no Protótipo Interlagos 1966

Dianteira:

Toda modificada, faróis retangulares, grade dianteira com entrada para radiador em estilo “V” seguindo a tendência da Willys Overland

- aumentada altura do pára-brisas e vidros,

- pára-choques


Interna:

- painel em jacarandá e instrumentos individuais:

relógio – velocímetro – conta-giros – óleo – gasolina – temperatura

- volante em alumínio e jacarandá e altura escamoteável em 3 posições

- novo desenho dos bancos em couro

- mais espaço interno, com um banco atrás do motorista e do acompanhante, ou seja, um 2+2

Traseira:

Foi modificado: Pára-choques, lanternas, capô com aerofólio



O seu design moderno não deixa dúvidas que faria muito sucesso nos dias de hoje.


Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO – Quinta-feira, 11/8/66 noticiava:

“INTERLAGOS TEM ROUPA NOVA PARA O SALÃO”

É a última novidade da Willys Overland do Brasil para o próximo Salão do Automóvel. Já está pronta, no Departamento de Carros Esporte, na Avenida Marginal, em Santo Amaro, e um dos poucos que puderam ver comentou assim: “É um senhor automóvel”.

Essa nova atração da Willys tem a bossa da berlineta Willys-Interlagos, porém mais espaço interno, com um banco traseiro atrás do motorista e do acompanhante. É um 2 + 2, como o Karmann Ghia, com algumas diferenças. Suas linhas são bem modernas, o acabamento é o melhor possível e o motor poderá ser um dos que a Willys possui, entre 850 e 1300 cc.

O presidente da Willys, Sr. William Max Pearce, viu o carro nestes dias. Jesus Martinez, o estilista espanhol que a Willys tem em seu Departamento de Carros Esporte, e Emil Schmidt, outro homem do setor,descendente de alemães, receberam o presidente, para mostrarem o trabalho que conseguiram fazer. Quando tiraram a capa que escondia (encobria) o automóvel, o Sr. William Max Pearce ficou admirado. Analisou suas linhas e ficou satisfeito, sentou-se no confortável banco. O painel de instrumentos, em jacarandá, também foi analisado e a alavanca de mudanças, bem curtinha, sobre uma pequena elevação no asssoalho, ficou sob medida para o presidente da Willys. Quando saiu do carro, Martinez e Schmidt ficaram satisfeitos, porque entre as poucas coisas que disse, estas serviram para comprovar a eficiência de seus estilistas: “Gostei bastante”.

Folha de São Paulo , Domingo 10 de dezembro de 1966, noticiava:

Além de muitas outras publicações que noticiaram:


No Departamento de Carro Esporte da Willys Overland do Brasil S.A. figuraram como pilotos:

Willson Fittipaldi, Emerson Fittipaldi, Luiz Pereira Bueno, Bird Clemente, Luiz Carlos Pace, Francisco Lameirão e Carol Figueiredo e, chefe de equipe, Luiz Grecco.

Até 1967 continuou a fábrica em Interlagos.

Quando a Ford assumiu a Willys Overland do Brasil S.A. e sr. Jesus Ybarzo Martinez, Volnei Rodrigues, Antonio Valgañon, Miguel Angel Sanquillo, Rubens Capucci, José Henn, entre outros colegas juntamente com os excelentes profissionais do Willys/Interlagos voltam para a matriz em São Bernardo do Campo-SP.

Curiosidades:

- Jesus Ybarzo Martinez e Edgar Soares tornaram-se muito bons amigos e quando a Sra. Rosa Martinez chegou da Espanha no porto de Santos-SP, o amigo Edgar foi buscá-la em seu VW 1952. A amizade perdurou até 2007 quando Edgar Soares faleceu. (Sr. Martinez emociona-se ao lembrar esta amizade).

- As brincadeiras que eles faziam eram inúmeras... co-nominavam os filmes de acordo com os colegas, departamentos entre outros:





5 comentários:

  1. Parabens Graziela belo post! É vc resgatando nossa história automobilistica com toda sua competência. Agradeça ao Sr Jesus a honra e o privilégio e envie-lhe um forte abraço.

    Rui

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  2. vc está velho Rui, rsrsrs interlagos num era apenas nome da Pista?? kkkkkkkkkkkk. tá certo que eu num sei apliar fotos kkkkkkkkkkkkk

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  3. Fica quieto Duran! Quem escreveu foi a Graziela!!!!!!
    E não tenho nenhum cabelo branco!

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  4. Show o resgate. E o Luizinho passou 3 meses na França pela Willys acompanhando o processo da linha de montagem para implantarem aqui..

    abração.

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  5. Meu pai participou deste projeto na tapeçaria é o Antonio Valganon, ele sempre me fala dessa época em nossas conversas com muito entusiasmo.

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Rui Amaral Jr