Quando escrevi sobre a corrida vencida pelo Camilo na Barra da Tijuca comentei que não tinha certeza de ser a Ferrari pilotada por ele uma 250 GT ou uma 250 GTO . A identificação da Ferrari para os seus carros é feita pelo nome , e o numero a seguir representa a capacidade cúbica de um só cilindro , assim a 250 com motor V12 tem um motor com três litros de deslocamento ( 3.000 c.c. ) . O predecessor deste carro foi o 250 Europa lançado em 1953 , em 1955 surgia esta maravilha de carro a 250 GT , seu motor V 12 de 3.000 c.c. tinha uma potencia de 200 hp , era alimentado por três carburadores duplos Weber 36 DCZ . Sua distancia entre eixos era de 2.60 cm e bitola de 1.36 cm . Logo estes carros foram para as pistas , eram conhecidos como Berlinettas 250 e seu motor já rendia então 260 hp era um bom carro , só que a Ferrari queria um carro mais agil e rápido , para isto construiu um chassi tubular de estrutura mais simples , diminuiu sua distancia entre eixos para 2.40 cm e conseguiu tirar 280 hp de seu motor , alem de a partir de 1959 dota-las de freios a disco Dunlop .
O nome GTO surgiu pela nessecidade de ser este carro homologado para categoria Gran Turismo , assim nasceu o Gran Turismo Omologato ou GTO . No começo este carro apresentava alguns problemas aerodinâmicos acima dos 240 km/h então seu bico foi modificado , e acrescentados dois spoilers traseiros , um aquele maravilhoso que fez escola embelezando ainda mais sua traseira e outro na parte de baixo do carro , alem disto sua bitola traseira foi aumentada .
A 250 GTO , reparem no belo spoiler traseiro , e a bitola traseira mais larga .
A frente da 250 GTO , com as tres tomadas de ar fechadas e o ressalto para o motor Testarossa .
A frente da 250 GTO , com as tres tomadas de ar fechadas e o ressalto para o motor Testarossa .
As tomadas de ar , tudo nela é simplesmente maravilhoso .
Seu motor agora era o famoso Testarossa , sem as tampas vermelhas que identificavam o carro homónimo , alimentado por seis carburadores Weber 38 DNC este motor , com algumas mudanças no cabeçote , principalmente nas válvulas alcançava os 295 hp à 7.500 rpm , chegando alguns a 310 hp . Conforme a relação de diferencial este carro podia chegar em algumas pistas a velocidade de 270 km/h . Era e é até hoje uma jóia rara .
O motor Testarossa , 300 hp à 7.500 rpm , como disse meu irmão Paulo , " dava uma pancada nas costas "
Seu motor agora era o famoso Testarossa , sem as tampas vermelhas que identificavam o carro homónimo , alimentado por seis carburadores Weber 38 DNC este motor , com algumas mudanças no cabeçote , principalmente nas válvulas alcançava os 295 hp à 7.500 rpm , chegando alguns a 310 hp . Conforme a relação de diferencial este carro podia chegar em algumas pistas a velocidade de 270 km/h . Era e é até hoje uma jóia rara .
Eu não sou muito fã de ferrari, mas este modelo é lindo d+, não tem como não elogiar...
ResponderExcluirE eu ainda acho que o projeto do puma foi tirado em cima deste carro, e não de outros como já ouvi falar por ai, as linhas são muito próximas...
Carlos Eduardo Szépkúthy
É Carlos , foram feitas diversas carrocerias , por varios carrozieris , estas são as mais "bravas" .
ResponderExcluirA GTO é uma das mais belas Ferraris de todos os tempos.
ResponderExcluirA beleza desse carro chega a emocionar, assim como a sua linda história.
A Testarossa do Agnaldo que fez um 2º lugar nos 500 Km de 1961, é a mesma que se acidentou em Maio de 1962.
Agnaldo havia quebrado o braço jogando futebol.
Impossibilitado de correr, cedeu a Ferrari ao piloto Rio Negro (Fernando Antonio Mafra Moreira) que se acidentou na curva 1 de Interlagos, batendo nos eucaliptos e vindo a falecer.
O Camilão (que comprou o que restou da Ferrari) usou o motor da Testarossa, na Ferrari 250 transformada em GTO pela Drogo na Italia.
E o conjunto mecanico traseiro da Testarossa foi equipar a lendaria carretera 18.
Obrigado Romeu por ajudar a esclarecer , eu mesmo nunca perguntei ao Camilo ,portanto o carro é uma 250 GT transformado em GTO , será que valia como homologação ?
ResponderExcluirRui, a vitória do Camilo no GP do IV Centenario do Rio de janeiro em 65, causou uma grande confusão e gerou até uma briga familiar entre o Camilo e o Chico Landi que na época dirigia a Equipe Simca.
ResponderExcluirO carro foi inscrito na prova como GT e na verdade seria um protótipo.
O resultado da prova somente foi confirmado na 2ª feira, após protesto da Equipe Simca e a Ferrari classificada como Protótipo.
Portanto a Ferrari do Camilo não era "omologata".
È Romeu , agora que vc comentou me lembrei , acho que o Jayme tambem me contou alguma coisa sb esta corrida . E quem bateu na "Três" nos treinos dos 500 KM vc sabe ?
ResponderExcluirSe voce está se referindo aos treinos dos 500 Km de 1963, quem se acidentou vindo a falecer foi o piloto Edmundo Bonotti (Dinho)
ResponderExcluirE na corrida, houve o acidente fatal com o Celso Lara Barbéris.
Não Romeu , me refiro aos 500 KM de 1961 , quando meu irmão Paulo treinava .
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