A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sábado, 3 de novembro de 2012

Abu Dhabi 2012 - grid

O fator MacLaren

O fator MacLaren; tinha programado este mesmo titulo ao post, e agora vem a noticia da punição à Vettel, me parece que por ter parado o carro na pista, para ter o combustível necessário para verificação da FISA, vamos aguardar noticias.
Assisti atentamente ao treino, e como já vinha comentando, achava que a condição da MacLaren um pouco estranha. Hoje o que vimos foi Vettel andando muito forte, até acima do limite quando tocou o muro, Alonso também andando muito forte e Hamilton parecendo estar muito confiante.
Tenho ouvido e lido muitas besteiras, só sei que a sorte de Alonso parece não ter fim, e acredito que só no Brasil o titulo será decidido!

Rui Amaral Jr

Hamilton
Alonso
 Button
Webber
 Kimi estava com pressa no Q3!
Vettel parado na pista.






GRID    

1º Lewis Hamilton (GBR/McLaren), 1min40s630

2º Mark Webber (AUS/Red Bull), 1min40s978


3º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull), 1min41s073---punido cai para último.


4º Pastor Maldonado (VEN/Williams), 1min41s226


5º Kimi Raikkonen (FIN/Lotus), 1min41s260


6º Jenson Button (GBR/McLaren), 1min41s290


7º Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min41s582


8º Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 1min41s603


9º Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min41s723


10º Romain Grosjean (FRA/Lotus), 1min41s778



11º Nico Hulkenberg(ALE/Force India), 1min42s019


12º Sergio Perez (MEX/Sauber), 1min42s084


13º Paul di Resta (GBR/Force India), 1min42s218


14º Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1min42s289


15º Bruno Senna (BRA/Williams), 1min42s330


16º Kamui Kobayashi (JAP/Sauber), 1min42s606


17º Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso), 1min42s76


18º Jean-Éric Vergne (FRA/Toro Rosso), 1min44s058


19º Heikki Kovalainen (FIN/Caterham), 1min44s956


20º Charles Pic (FRA/Marussia), 1min45s089


21º Vitaly Petrov (RUS/Caterham), 1min45s151


22º Timo Glock (ALE/Marussia), 1min45s426


23º Pedro de La Rosa (ESP/Hispania), 1min45s766


24º Narain Karthikeyan (IND/Hispania), 1min46s382





NT: Vettel é punido com 7 segundos





FOTOS: GettyImagesBrasil , AFP , GettyImages










PS: Ainda outro dia comentei sobre a temporada 1982, Keke foi campeão com uma única vitória!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

SEU “CARECA”

STIRLING CRAWFORD MOSS é filho de Alfred E. Moss, piloto dos mais ativos em seu tempo e um dos primeiros britânicos a participar das 500 Milhas de Indianápolis. Stirling iniciou sua carreira aos 19 anos em 1948, com um BMW de seu pai. Em 1950, ele passa a competir para a HWM (Hersham & Walton Motors) e participa principalmente em eventos da F2 e Turismos, conseguindo algum destaque, tanto que é chamado pela Ferrari em 1951. Mas sua relação com os italianos não foi boa. Na estréia, que deveria ocorrer em uma prova de Turismo em Bari, Moss foi surpreendido com sua substituição sem qualquer aviso e na última hora, por Piero Taruffi. Ultrajado, disse que jamais pilotaria para a Equipe. No mesmo ano acontece sua chegada na F1, participando de seu primeiro GP, o da Suiça em Bremgarten. Conseguiu levar o HWM à oitava posição, duas voltas atrás do vencedor Fangio. No ano seguinte, reveza-se entre as marcas Connaught, HWM e ERA sem grandes resultados. Em 53, fixa-se na Cooper, mas os bons resultados continuam raros. 
Alfred Moss, Indy 1924

Por fim em 1954, seu pai lhe compra um Maserati e apesar de uma certa resistência de Stirling quanto aos carros italianos, sua carreira finalmente deslancha: terceiro lugar em Spa e volta mais rápida em Silverstone...Alfred Neubauer o contrata para a equipe Mercedes-Benz, estendendo sua participação também à provas como a Mille Miglia, Targa Florio e as 24 Horas de Le Mans. Sua primeira vitória com os carros da estrela de três pontas foi nas Mille Miglia de 1955, da qual participou com um Mercedes 300SL e o jornalista Dennis Jenkinson como seu navegador. Jenkinson usou para orientar-se um rolo de papel com 4 metros e 60, cheio de anotações que fizera sobre o percurso. Era o princípio rudimentar dos livros de bordo dos Rallyes modernos. 

 Com Jenkinson na MB 300 SLR.
Jenkinson e Moss 
 Nesta caixa Jenkinson mapeou o traçado da Targa Florio.
À direita os botões que movimentavam o rolo de papel.
 Mônaco 1955 com a Mercedes Bens W196.
 Aintree 1955, vitória com Fangio em 2º.
Targa Florio vitória com Peter Collins, Mercedes Benz 300SLR.
Para não perder a concentração, Moss confessou anos depois que recorrera à anfetaminas. Vencedor do GP da Grã-Bretanha em 55, teve uma passagem pela Maserati na temporada seguinte o que lhe rendeu mais duas vitórias e um segundo vice-título mundial. Decide então aceitar o convite de Tony Vandervell e juntou-se ao projeto para construção do primeiro carro britânico campeão da F1; o Vanwall. 

Argentina 1957 Moss e Fangio ambos de Maserati 250F.
( notem o sobresterço dos dois carros, dois Gigantes!)
1956, vitória em Mônaco com a Maserati 250F.

Na primeira etapa na Argentina, o Vanwall não estava pronto e como Stirling participa com um Maserati, a ocasião propicia o encontro dos grandes rivais, Moss e Fangio, de novo em uma mesma equipe. Depois, cada um para um lado: Moss às voltas com o desenvolvimento do Vanwall e Fangio com a Maserati, correndo para tornar-se o Quíntuple. Prioridades...Em 1958, Stirling começa a temporada fazendo história. Vence o GP da Argentina com o pequeno Cooper Climax da Equipe de Rob Walker. Seu Cooper tinha 100 cavalos a menos que as Ferraris, mas o Careca aposta em uma estratégia sem paradas para reabastecer ou trocar pneus. Larga em sétimo e poupa pneus no começo. Depois, foi superando Behra e Hawthorn e quando Fangio fez uma parada para abastecer, passou à frente. A sorte, que tantas vezes o desprezara, parecia sua amiga. A embreagem havia quebrado na 2ª volta, mas uma caprichosa pedra entrou no mecanismo e o manteve aberto e funcionando. Assim, Stirling pode continuar trocando as marchas sem o uso da embreagem. De volta à Europa e já com o Vanwall, Moss venceu em Zandvoort e foi o segundo em Reims, mas nas duas provas seguintes o carro falha e só se recupera vencendo o GP de Portugal, na cidade do Porto. É no GP lusitano que a sorte volta a sorrir-lhe, mas é desprezada pelo próprio piloto. Numa prova bem disputada, Moss vence com Hawthorn, com quem disputava o título,  em segundo. Todavia o Ruivo será desclassificado, pois próximo do final ele rodou e saiu da pista e só retornou porque foi empurrado de volta. Os comissários iam puni-lo, Mike perderia pontos preciosos, mas isso não ocorreu devido ao testemunho de ...Stirling Moss. Ele defendeu seu compatriota dizendo que o auxílio não acontecera na pista e sim fora dela: “Mike não fez nada de errado. Ficou preso numa área de escape e foi empurrado de volta em um local que não era propriamente a pista. Não via como justificativa para a exclusão...”. O segundo lugar de Mike Hawthorn foi mantido. Na prova final daquele ano no Marrocos, Moss teria de vencer e Mike chegar em terceiro para o título ficar com o piloto da Vanwall. Stirling tomou a ponta. Em segundo vinha Phil Hill e atrás Hawthorn, ambos de Ferrari. Se essas posições fossem mantidas, Moss seria o campeão. Mas a Ferrari logo mandou que Hawthorn trocasse de posição com Hill. Não creio que Mike tenha sido tão nobre e pensado – por um segundo que fosse – “Não vou aceitar. Hill está me presenteando com a posição. Tenho de ser tão honrado quanto Stirling. Não posso vencê-lo dessa maneira...”. Resultado, John Michael Hawthorn, campeão mundial de 1958, com um ponto de vantagem. Moss não sabia, mas a sua “hora do carvoeiro” já tinha passado. 

 A equipe Vanwall em Monza #22 Tony Brooks, #18 Moss e #20 Stuart Lewis_Evans, Moss venceu.
Mônaco 1958, com o Vanwall.
 Moss e Fangio, GP da França 1958 Reims, com a Maserati 250F foi a última corrida de Fangio na FI.
 GP da Italia, Monza 1957, Moss de Vanwall lidera Jean Behra com a Maserati 250F mais atrás Stuart Lewis_Evans e Tony Brooks. 
1958 Zandvoort na Holanda, Moss lidera e parte para vitória.
GP da Argentina 1958.
#20 Mike Hawthorn com a Ferrari Dino 246 é perseguido por Moss.

Ele seria então, duramente golpeado em suas convicções. Primeiro foi Vandervell, que decidiu retirar-se das pistas, chocado pela morte do piloto da equipe, Stuart Lewis-Evans, no GP do Marrocos. Stirling socorreu-se com seu amigo Rob Walker, que possuía um Cooper. A temporada foi mesmo do T51, mas os da dupla Brabham-Mclaren. Moss corria por uma equipe privada e até mudou de carro após a etapa de Zandvoort, participando com um BRM nas provas na França e Grã-Bretanha. Como seus resultados não diferiram muito, ele retornou ao Cooper. Seu BRM era da equipe BRP (British Racing Partnership), montada por seu pai, Alfred e por seu manager, Ken Gregory. Com o Cooper ganhou em Monsanto (Portugal) e em Monza. Em 1960, Moss permaneceu com Rob Walker, mas passou a usar uma Lotus Climax 18. Contudo, na primeira prova do ano na Argentina, ainda estava com o carro antigo. Chegou em terceiro, correndo em dupla com o “Petoulet” Trintignant. 

 1961 Mônaco perseguido por Richie Ghinter #36 e Phill Hill #38, ambos com Ferrari 156 - Shark Nose.  

A vitória em Nurburgring.

Em Mônaco estréia a Lotus com uma vitória, aliás, a primeira de um carro fabricado por Colin Chapman. Quarto colocado na Holanda, sofreu um sério acidente em Spa, durante o warm-up. Moss perdeu o controle em Bruneville, a mais de 225 Km/h. “Senti algo estranho no carro e de repente, fui ultrapassado por uma de minhas rodas traseiras e pensei: ‘Agora é que vou morrer”. Stirling saiu da pista e chocou-se contra um muro. Foi ejetado do carro e sofreu ferimentos nas pernas, nariz e teve três vértebras esmagadas, além de outras contusões. Foi um final de semana negro: Mike Taylor também acidentou-se e durante a corrida, morreram Chris Bristow e Alan Stacey. Dois meses de molho depois, Stirling regressou às pistas no GP de Portugal, onde ele teve mais uma prova de que a Dama da Fortuna voltara a zombar dele. Sua atuação foi complicada, com um motor falhando constantemente, o que o fez ir várias vezes ao boxe. Na volta 51 rodou e foi parar nos fardos de alfafa, tendo de voltar empurrado. Reparem que não foi em outro lugar senão no mesmo ponto onde Hawthorn rodara dois anos antes. O castigo de Moss, foi que desta vez nenhum santarrão apresentou-se para falar por ele. Resultado, bandeira preta. Após a desclassificação em Portugal, recupera-se vencendo a prova final do ano em Riverside (EUA), com o Lotus 18. “Lotus para mim é sinônimo de carro que perde a roda”, diria ele mais tarde. A temporada de 1961 foi a última  da carreira de Moss, que continuava com o Lotus do ano anterior. Era um bom carro, mas não chegava perto do 156 Sharknose da Ferrari. Entretanto, ainda era possível fazer mágicas. Em Mônaco, pista onde a potência não dá as cartas mas sim um chassi bem acertado, Stirling surpreende os favoritos Hill-von Trips-Ginther e vence. Em Nurburgring, é feliz na escolha dos pneus e ganha pela última vez na Fórmula 1. Em Monza, Moss come poeira dos Ferraris e recebe a ajuda de seu amigo Innes Ireland, que lhe cede seu carro, um Lotus da equipe oficial, para que tenha alguma chance. Mas não adianta. Como resultado, Ireland é punido pelo chefe Colin Chapman, que o despedirá no final da temporada, apesar da vitória de Innes em Watkins Glen. 

 1950 Silverstone os pilotos recebem os cumprimentos do Rei George VI. Na primeira corrida da moderna Formula Um.

 1957 Cooper-Climax 
 Monza 1954, Moss, Maserati 250F 3 Cicio Ascari, Ferrari 625. 

 Com a bela Maserati Mod 61 Birdcage
 1961, Venezuela 

 Empurrando a BRM P25 
  
1956, vitória em Monza com a Maserati 250F, perseguindo Eugenio Castellotti com a Ferrari D50.  


Para 1962, havia promessas de novos tempos. Sua relação com a Ferrari melhorara e iria competir com um Sharknose naquela temporada, que começaria em maio. Antes, no Domingo de Páscoa, inscreve-se no Glover Trophy  em Goodwood. Está com seu Lotus 18/21 pois a Ferrari não ficara pronta a tempo. Moss vai correr pela BRP (também conhecida como a “Equipe de Papai”). Após marcar a pole, anda na frente até ter problemas com a caixa e ter de parar nos boxes. Depois de três voltas perdidas, retorna andando forte, mas na volta 30 na Curva St.Mary, sai reto e bate em um barranco. Nunca foi esclarecida a causa do acidente, pois nada quebrara no Lotus  e a memória de Moss foi apagada: “Lembro de ter saído do hotel onde estava em Chichester em meu Lotus Elite e lembro-me de ter conhecido uma bela sul-africana na noite anterior. Fora isso...nada”. Stirling Moss recuperou os movimentos e fez testes com um Lotus 19 de Turismo. Concluiu que já não tinha os mesmos reflexos. “Antes haviam movimentos que eu fazia automaticamente quando pilotava e agora precisava pensar em fazê-los”.  Moss ensaiou um retorno às pistas na década de oitenta, através do Campeonato Britânico de Carros de Turismo e da marca Audi e também sempre envolveu-se em provas de carros históricos até que em junho de 2011, pouco antes de seu octogésimo segundo aniversário, anunciou finalmente a aposentadoria. Sir Stirling ainda está lúcido e é respeitado. Teve 16 vitórias, 24 pódios, 16 pole positions e 19 voltas rápidas.



CARANGUEJO







__________________________________________

Abaixo alguns links e vídeos

http://ruiamaraljr.blogspot.com.br/2011/01/stirling-moss-e-denis-jenkinson-vencem.html

http://ruiamaraljr.blogspot.com.br/2011/11/mille-miglia-1955-denis-jenkinson-i.html

http://ruiamaraljr.blogspot.com.br/2011/06/1954-e-55-fangio-e-mercedes-benz-w196.html

http://ruiamaraljr.blogspot.com.br/2010/01/stirling-moss-gp-da-argentina-1958.html

http://ruiamaraljr.blogspot.com.br/2011/01/stirling-moss.html 

A CARREIRA


Vencendo em Mônaco 1956


1961 Nurburgring







quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Monza 1953

  Fangio, Farina e Ciccio
#4 Ciccio Ascari com a Ferrari 500 na pole, #50 Fangio e a Maserati A6GCM-53 e #6 Farina. 
Bandeira Brasileira tremulando, mostra a presença de Chico Landi.

Monza, 1953, Fangio precisa de uma vitória. Um ano depois de seu acidente em Monza, já está plenamente recuperado, mas ainda não voltou a vencer. Tirou "tinta do poste" em Reims mas Hawthorn ganhou. 
No Templo italiano, a Ferrari aparece com força total e inscreve quatro pilotos: Ascari-Farina-Villoresi-Hawthorn. O carro, a imbatível 500.
O Chueco comparece com seu Maserati A6GCM, que o faz sofrer nos treinos. O carro apresenta uma vibração que nada parece resolver, enquanto seu parceiro de equipe, Felice Bonetto, não tem grandes problemas, embora fique atrás no grid. Fangio, que sempre teve ótima relação com seus mecânicos (gostava de ficar entre eles e dividia sua premiação) apela para que melhorem o carro e diz que será generoso se obter um bom resultado.
Os mecânicos o tranquilizam e dizem para não se preocupar.
No dia da corrida, o Chueco percebe a modificação do Maserati, que funciona como um relógio já nas primeiras voltas. Um grande duelo entre Fangio e Ascari-Farina se seguiu, acompanhados do surpreendente Onofre Marimon. Na última volta, Farina tenta se desviar de uma manobra mais arrojada do Ciccio e bate em Marimon. O próprio Ascari também pega uma rebarba e nem recebe a bandeirada. 
Alheio a tudo isso, Fangio consegue "achar" o caminho no entrevero e vence a prova.
No final, encontra nos boxes seu parceiro Bonetto com quem comenta a diferença no desempenho do Maserati desde os treinos. Já o Homem do Cachimbo pouco tem a dizer, pois seu carro estava com uma terrível vibração, que quase lhe custa os dentes. Só então Fangio percebeu que os mecânicos haviam trocado os Maseratis. Deram-lhe o de Bonetto, que estava bem e entregaram a Felice o do Chueco...

Caranguejo




NT: Chico Landi correu com uma Maserati A6GCM e teve problemas de motor na 17ª volta.

QUEM, QUANDO, ONDE?

Meu amigo Chico Pellegrino mostrou esta bela foto no Face.
Seu Chico Landi correu neste dia, então pergunto, qual GP, quem são os pilotos da primeira fila, quem venceu e que carro correu o brasileiro?