A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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terça-feira, 7 de outubro de 2014

HARAGANO

Ingo, Celidonio, Nelson, Troncon...no Tarumã. 
"Ricardo Mallio Mansur no Face-Reparem na foto acima que os pilotos andavam em duplas utilizando o vácuo para se distanciarem... O Ingo Hoffmann com o Eduardo Celidonio, o Nelson Piquet com o MarcosTroncon, no fundo o Chiquinho Lameirão com o Julio Caio e eu em 5º, me virando sozinho... Pô sacanagem! Rsrsrsrs!"
Ricardo Mansur

A etapa gaúcha da Fórmula Super Vê começou a ser disputada sob a sombra de uma dúvida: o piloto Ingo Hoffmann, um dos destaques do certame estaria presente à prova na pista de Viamão? Tudo porque num dos treinos iniciais, Ingo bateu seu Kaimann na Curva 2 e o monoposto ficou bem afetado. A equipe Creditum teve de solicitar peças de São Paulo e os mecânicos trabalharam dobrado para os reparos. Quando muita gente pensava que o “Alemão” era carta fora do baralho, eis que ele foi para a pista e marcou a pole-position. Com 16 carros presentes e as estréias de Fausto Dabbur (Polar) e Jan Balder (Kaimann) a prova também trazia como atração para a gauchada a presença do Muller 742, um Super Vê “gaudério” do piloto Claudio Muller, que estreara em São Paulo. 


 Eduardo Celidonio. 


Julio Caio de Azevedo Marques pulou na frente na largada e ponteou por quatro voltas até apresentar problemas de motor e parar. Ingo, numa corrida cautelosa vinha em segundo e passou a liderança, com Eduardo Celidônio e Chico Lameirão logo depois. A baixa seguinte foi Lameirão, cujo carro começou a perder potência. Sem ninguém para ameaçá-lo, Ingo ganhou fácil, seguido de Celidônio, Mauricio Chulan, Marcos Troncon, Nelson Piket e Ricardo Mansur. Apenas onze carros voltaram para a segunda bateria, também vencida por Ingo Hoffmann. A disputa ficou restrita do segundo lugar para baixo, com Celidônio levando vantagem mas depois sendo superado por Piket. Chulan, Troncon e o santista Mansur completaram os seis primeiros. A bateria decisiva não contou com o estreante Balder e Milton Amaral, cujos motores também apresentaram problemas. Ingo mais uma vez deu o tom, largando na frente. Eduardo Celidônio outra vez o acompanhou, pois Piket perdeu posições ficando em quinto e recuperando-se depois. Amândio Ferreira foi o primeiro ocupante do terceiro posto, contudo perdeu terreno e o pega ficou mesmo entre Troncon, Chulan e Piket. Ricardo Mansur, com sérios problemas em seu Kaimann, que caiu da carreta que o conduzia (conta aí, Mansur) foi obrigado a abandonar. Com Ingo isolado na ponta e Celidônio em igual condição no segundo lugar, o interesse ficou com a animada disputa pela terceira posição, pega resolvido na última volta com uma ultrapassagem de Mauricio Chulan sobre Nelson Piket. Na soma dos tempos, dupla vitória da Kaimann, com Ingo Hoffmann e Eduardo Celidônio fazendo 1-2 e Mauricio Chulan com o Heve em terceiro; Piket com o melhor Polar em quarto e Marcos Troncon logo a seguir e Newton Pereira mais uma vez marcando presença com o Newcar, em sexto. A lamentar-se a ausência do determinado Benjamin Rangel (que houve Biju?). O título, é uma citação ao cavalo fujão e difícil de ser domado, conhecido nos pampas. E também uma homenagem ao preparador gaúcho Dino Di Leone, construtor do protótipo Haragano e da escuderia de mesmo nome. Dino foi por muito tempo, preparador dos pilotos do Rio Grande do Sul na Fórmula Super Vê e depois na FVW1600. Próxima parada, Capital do Oeste.





CARANGUEJO

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

NO PLANALTO CENTRAL


Chico Lameirão -

Uma semana após a boa estréia em Goiânia, o circo da Fórmula Super Vê movimentou-se em direção à capital do país com um grid aumentado: o carioca Mauricio Chulan com um Heve e o paranaense Luis Moura Brito com o seu Manta, iriam estrear em Brasília. Na formação do grid, o então líder do campeonato Ingo Hoffmann fez a pole (2m11’16), seguido por Piket (2m13’24), Lameirão (2m14’02) e o estreante Chulan (2m15’09). A primeira bateria foi dominada por Ingo e seu Kaimann, com Piket e Chico Lameirão envolvidos em uma bela disputa pela segunda posição. À duas voltas do final, Chico conseguiu manter-se na frente do Candango e ficou com o segundo lugar. Depois de Piket, chegou Ricardo Mansur. Na segunda bateria, os líderes foram surpreendidos pela boa largada de Milton Amaral, que juntou-se aos ponteiros. Nelson Piket teve problemas de embreagem que o fizeram ficar para trás. Outro, cujo motor apresentou problemas foi Benjamin Rangel. Com isso, a vitória passou a ser discutida entre Ingo e Lameirão. Chico passava pelo “Alemão” no miolo, mas na reta dos boxes, Ingo retomava a posição. E assim prosseguiram até a bandeirada, com o piloto do Kaimann sendo outra vez o vencedor. Milton Amaral foi o terceiro, Ricardo Di Loreto o quarto e Newton Pereira o quinto. A bateria final prometia ser outra vitória de Ingo Otto Hoffmann, mas ele próprio não estava tão seguro: seu motor terminara a segunda bateria fumando um pouco e seria preciso um pouco de sorte para completar a prova. 

 Chico Lameirão
Milton Amaral

Assim, Chico Lameirão largou e assumiua ponta. Ingo tentou acompanhá-lo ao menos à distância, mas o motor quebrou de vez faltando quatro voltas para a bandeirada. Com Lameirão tranqüilo na frente, o que animou a disputa foi a briga entre Eduardo Celidônio, Ricardo Di Loreto e Milton Amaral pela quarta posição, com vantagem para Celidônio. O segundo lugar ficou com Ricardo Mansur e o terceiro com Newton Pereira. Na soma dos tempos, A vitória foi do Chico, com Newton Pereira e seu Newcar em segundo e Milton Amaral em terceiro; Nelson Piket, mesmo com os problemas de embreagem ainda foi o quarto e Ricardo Mansur o quinto, como o melhor dos Kaimanns. Assim a mais nova categoria nacional deixou o centro-oeste, com a certeza de que seria um sucesso. E demonstrando um grande equilíbrio. O favorito Ingo Hoffmann estava quatro pontos atrás do experiente Francisco Lameirão (13 pts), empatado com Newton Pereira. Ricardo Mansur era o quarto colocado com 8 pontos e depois vinha Milton Amaral com 6. Sem falar no brasiliense Nelson Piket, com 4 pontos. Quem diria que esse moço iria dar tanto o que falar...

CARANGUEJO


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Abaixo o comentário de Ricardo Mansur


Ricardo Mallio Mansur4 de setembro de 2014 20:39
Essa prova de Brasilia ficou marcada na minha memória por uma frase dita por um grande e experiente piloto após a 2ª bateria: Newton Pereira! "Quando pilotos de ponta, começam a se enroscar comigo, não duram mais que duas voltas!" Realmente, ele estava correto, rsrsrs! Não consegui tempo bom para classificação, o Kaimann não chegava aos 6.000 rpm! Se em Goiânia meu carro era o 11º em velocidade na reta, em Brasilia certamente era o último! O Ingo até estranhou meu tempo, 2,19'10 contra 2,11'16 sua melhor volta! Como estávamos em 1º e 2º no Campeonato de Construtores, por duas vezes ele tentou me ajudar e "puxar" no vácuo mas o #98 não ia nem com reza brava... O máximo que conseguia era pegar sua turbulência! O tempo do alemão era fantástico, 2 segundos no Piquet e 3 no Lameirão! No limite, com "ajuda" dele, alinhei na 3ª fila com o 6º tempo: 2,17'42.
Na 1ª bateria o "sangue" esquenta e não sei como cheguei no 4º lugar, ótimo!
Na 2ª bateria, foi terrível! Foi aí que veio a frase do Newton Pereira... 
O Kaimann se negava a andar, só funcionavam três cilindros, eu tinha que entrar nas curvas acima do limite pois não tinha torque pra sair, o carro entrava "solto" e saía uma barbaridade de frente... Nessa inusitada situação, me aproximo de um carro de ponta: Nelson Piquet com um cheiro terrível de embreagem queimada, fumaça, chegava a arder os olhos... Na mesma situação que eu, sem torque pra sair de curva, ele fazia as curvas sem trocar de marcha, para tentar colar o disco... Nós dois nessa situação, quando "lotado" passa por nós o Newcar do Newton Pereira, passou e sumiu... Rsrsrs! Por quatro voltas o Piquet e eu ficamos trocando posições até finalizarmos em 7º e 8º respectivamente!
Para última e 3ª bateria achei meu problema: Uma pequena fissura no coletor de admissão! Peguei emprestado os carburadores completos do Claudio Dúdus da Sabrico e o carro virou um "corisco"... Chiquinho ganhou e eu cheguei em 2º... Bom também!!! Rsrsrs!

Valeu, Rui! Abs.





terça-feira, 2 de setembro de 2014

Super Vê a primeira corrida.

Chico no Polar, que nesta corrida usou motor preparado por Henrique Iwers.

Cerca de um  ano e meio antes dessa corrida de estréia da categoria a VW do Brasil reuniu a nata do automobilismo brasileiro em sua sede, no Pavilhão 0, e anunciou que apoiaria no Brasil a categoria que era um sucesso na  Europa e que entre tantos pilotos revelara um jovem que começava à fazer uma carreira vitoriosa na Formula Um o austríaco Niki Lauda!
Junto com o anuncio apresentou o regulamento técnico e desportivo e apoiaria a categoria oferecendo peças à preço de custo, apoio da rede de concessionários, um calendário sólido, prêmios substanciais de largada e chegada. 

Benjamim "Biju" Rangel no primeiro carro feito pela Polar

Na Europa o chassi vencedor era o Astro Kaimann com 7 ou 8 campeonatos, inclusive com Lauda, e um deles foi importado para servir de modelo para os fabricados aqui. Foi este modelo importado que foi utilizado por Ingo Hoffman os outros Astro Kaimann eram fabricados no Brasil pelo Guimarães com o nome de Magnun-Kaimann. Nesta reunião logo se sobressaiu Ricardo Achcar dizendo que sua Polar onde era sócio de Ronald Rossi fabricaria um chassi inteiramente nacional. Logo após alguns outros construtores aderiram à idéia, entre eles  o saudoso, talentoso e sempre presente Antonio Carlos Avallone que faria a réplica do chassi Supernova.
Vamos à corrida...

Newton Pereira

Ricardo Mansur foi o primeiro a chegar à Goiânia e com uma relação de marchas bastante longa, com a qual havia treinado em Interlagos, foi logo marcando 1'45 (melhor do que o recorde, 1m47'92 de Antonio Castro Prado com Avallone-Ford D4). Era terça-feira e logo apareceram Claudio Dudus e um jovem da região, Nelson Piket.
O Ingo que tinha o melhor esquema, com Wilsinho Fittipaldi comandando e Darci como "meca" só veio na quinta e marcou 1m40'6, sendo o único a usar os amortecedores Koni enquanto os outros usavam os Spark.
O favoritismo do Magnum-Kaimann era patente e tínhamos seis deles, contra três Polares (Piket, Lameirão e Biju Rangel), um Heve do Milton Amaral e o Newcar do Newton Pereira, um F/F modificado. 

GRID

Ingo 1.37s.69/100
Chico 1.38s.56/100
Piquet 1.38s.61002 

1ª bateria
Ingo, Nelson e Chico.

Chico com a primeira marcha mais longa, pois optou por usar a primeira marcha na curva mais lenta do miolo, pulou em terceiro atrás de Ingo e Nelson que brigavam na ponta. Na sexta volta Chico ultrapassa Nelson e briga com Ingo pela ponta, sendo que nas demais posições estão Ricardo Mansur, Biju Rangel e Ricardo Di Loreto. Na última volta Chico vem em primeiro cruzando a linha de chegada 5/100 à frente de Ingo sendo que nesta briga aloucada pela vitória abriram 15 segundos de Nelson o terceiro colocado seguido por Ricardo Mansur e Biju Rangel.
Coube então à historia registrar como a primeira bandeirada de primeiro lugar desta categoria que revelou tantos campeões, entre eles um tri campeão mundial de F.Um, à dupla Chico Lameirão/Polar de Ricardo Achcar!

2ª bateria
Nelson

Na segunda bateria o vencedor da primeira resolve mexer na carburação e o que se viu foi um domínio predominante de Ingo, tendo Nelson ficado pelo caminho com um pneu furado e Biju Rangel estourado o motor na última volta mesmo assim terminando em sexto. Ingo venceu com 8 segundos de vantagem para Chico sendo o terceiro o sempre combativo Ricardo Mansur, 4º Newton Pereira, 5º Eduardo Celidonio e 6º Biju Rangel. 

3ª bateria
Ricardo e Benjamin Rangel.


A seguir o depoimento de Ricardo Mansur

"A 1ª Prova de Super-Vê no Brasil mexeu com toda a imprensa especializada, tanto do país como também internacional. Eu ainda não havia calculado o que tal acontecimento representava! A Equipe Pinhal S/A foi a primeira a chegar em Goiânia e todo acontecimento se centralizou em nós! Eram convites para entrevistas, jornais, revistas, televisão, fotos, ginkanas... Um assédio total! Uma das fotos para a divulgação da prova para a Volkswagen e consequentemente para a inauguração do autódromo era um "press release" para 134 países! Foram quase duas horas dentro do cockpit com macacão e capacete! O calor chegava aos 40º e eu parado na "Curva do S" até os responsáveis pela divulgação acharem a foto ideal! Ficou ótima! O Kaimann 98 parecia um "dragster" e o slogan era: "SE VOCÊ NÃO CORRER, NÃO VERÁ UM SUPER-VÊ CORRENDO"

CONHECENDO A PISTA E TREINOS

FOI UM BATISMO DE FOGO!

Aprender a andar de fórmula, seus ajustes de suspensão, motor, escalonamento de marchas, achar os "macetes" da pista e principalmente não atingir os "curiangos"! Era incrível a quantidade desses pássaros na pista, dificilmente completava uma volta sem desviar de algum!

Quando todos os pilotos chegaram e os treinos começaram pude perceber que meu tempo de 1,38 era razoável embora meu motor só chegasse aos 6.600 rpm. Cronometrado por Alexandre Freitas Guimarães, meu carro ocupava o 11º lugar para percorrer os 1100 metros do retão! Eu fazia experiências utilizando marchas acima para vários trechos, chegando a conclusão que a curva "1" poderia ser feita em 4ª marcha que o tempo total seria o mesmo!

Numa de minhas saídas de box, fui atrás de um fórmula de aparência horrível, bitola bem estreita, alto demais mas rápido o suficiente para abrir uns 60 metros até a curva "1"! Não o ultrapassei e fiquei surpreso como era esquisito e mais ainda pelo calor do asfalto, acima de 50º que dava impressão do fórmula estar decolando pela deformação da imagem!

Quando parei no box, o Jabão me informou que aquele arremedo de carro era de um tal de Nelson Piquet... Estava feio por que em vez de "slicks" estava utilizando pneus radiais, sem rebaixar... Que? Radiais? Virou quanto? 1,40... Aí disse o Jabão: Trata de baixar seu tempo... Quando ele puser os "slicks"...

Ricardo Mállio Mansur"


"Esse é o "S" de Goiânia e o estado do pneu dianteiro nas curvas de baixa. As "blisters" provocadas pelo erro da geometria, refletiam em pequenas vibrações na grande reta de 1100 metros mais à frente. Ricardo Mansur"
"Esses foram os momentos que antecederam a largada para a 3ª bateria. De óculos, o construtor do Magnum-Kaimann, Alexandre Freitas Guimarães que sempre me dava um cliclete para tirar a tensão antes da largada. Gostava demais dele! Onde anda? Ricardo Mansur"


A terceira bateria, por conta do calor goiâno foi dramática, mas com um lindo lance do Nelson que estava de volta à disputa. Na quarta volta, Ingo e Lameirão vinham por dentro na Curva 1: Piket pegou o vácuo dos dois e os passou por fora.
Na décima volta, os motores dos dois protagonistas começaram a apitar. E restavam duas voltas. Se nenhum deles terminasse, a vitória poderia ficar com o santista Ricardo Mansur. Na última volta o motor de Lameirão entregou os pontos na entrada do miolo e Ingo ainda conseguiu arrastar o Kaimann até a bandeirada. Ingo venceu seguido de Nelson em segundo, Ricardo Mansur em terceiro seguido por Chico Lameirão, Newton Pereira e Milton Amaral. 
Vencendo Ingo a bateria e na soma total dos tempos a 1ª corrida  da Super Vê no Brasil.

Chico o 3º na geral, Ingo o vencedor e Ricardo Mansur o 2º.

Coube a Chico Lameirão a melhor volta da corrida, foi na primeira bateria com o tempo de 1.37s 29/100 recorde para categoria no Autódromo de Goiânia. 

"Nessa foto, Walter Varga me entregando o troféu e o cheque, Newton Pereira, General Elói Menezes e Stéfano Giusepe Campiglia. — com Walter Varga, Newton Pereira, General Elói Menezes e Stéfano Giusepe Campiglia em Goiânia 1974. Ricardo Mansur"


Agradeço a ajuda neste post dos amigos sempre presentes Chico Lameirão, Biju Rangel, Ricardo Mansur e Caranguejo, os três primeiros que escreveram paginas inesquecíveis da historia do automobilismo e o último que não esquece nunca nenhuma delas.
À três amigos, Miguel Crispim Ladeira que não citei em nenhum  momento do post mas foi uma figura importante escudando o Chico, Ricardo Achcar e ao inesquecível Antonio Carlos Avallone. 

Rui Amaral Jr

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Crônica de um post.

A semana passada mostrei as fotos do Biju e Ricardo dessa corrida e da última do campeonato, nos comentários o Caranguejo citou alguém que o contestava numa dessas páginas do Face que discutem corridas. Então resolvi escrever este post, no sábado pequei algumas fotos do Biju e minhas e guardei, o texto estava na cuca, ainda no sábado comentei com Biju e acabamos mudando de assunto. No domingo Lembrei das fotos do Ricardo Mansur e fui tirar uma soneca quando toca o telefone e é o Chico, conversamos longamente sobre outros assuntos e mais tarde lhe contei o que ia escrever. Aí foi uma enxurrada de informações, algumas coloquei em meu texto a maioria deixo para o dia em que ele resolver colocar suas memórias em papel. Levantando chamei o Ricardo pedi sua autorização para usar suas fotos e pedi um texto. Finalmente na segunda consegui conversar com o Caranguejo que me enviou algumas partes do texto e ainda conversei com o Chico para dirimir uma duvida e depois com o Biju.
Foi assim...

Abraços à todos.

Rui

NT: O texto do Ricardo me lembrou uma conversa que tive dois anos atrás com Amador Pedro quando ele contava da chegada de Nelson Piquet à Goiania e seus primeiros treinos sem pneus slicks...

sábado, 30 de agosto de 2014

40 anos Rui!



Pela manhã o Biju liga...seria apenas para comentar o menu que hoje a patroa prepara para ele, sacanagem dele pois 400 km longe fico apenas com água na boca, minha vingança é que ele vai engordar!
Daí vejo a foto de seu arquivo que ele postou no Face e comentamos, a certa hora digo "puxa 30 anos se passaram!" e ele pensativo fazendo os cálculos, acredito que pegou até uma calculadora" diz "30 não 40 anos Rui!".
Na foto de óculos o Gal Elói de Menezes presidente da CBA (pois é, tivemos dirigentes competentes!) à sua esquerda Milton Amaral e à sua direita Ricardo Mansur, Nelson Piquet, Eduardo Celidonio, Claudio Dúdus, Benjamim "Biju" Rangel e...Cardoso!
Quem seria o Cardoso? Um dia talvez eu conte algumas histórias deste personagem incrível, algumas ouvidas dele outras por amigos, que muito ajudou inúmeros pilotos com suas peripécias e não sei por que ficou conhecido por senhor Shadow! rs Um dia conto alguma coisa...

Um baita abração Biju, Ricardo e à todos meus amigos,

Rui Amaral Jr 


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Chico Lameirão, Marcos Troncon, Ricardo Mansur, Claudio Dúdus e Eduardo Celidonio...


"Olá, Rui! O Bijú apronta mesmo! Rsrsrsrs! Quanto ao piloto entre o Celidônio e o Benjamin, é o Claudio Dúdus, gente finíssima que infelizmente mudou de categoria, senão certamente estaria nos azucrinando! Ele até me deu uma foto onde estávamos na entrada do "S" em Interlagos com uma dedicatória: Acho que era "À equipe Sabrinhal"! Isso por estarmos sempre juntos em Goiânia e Brasilia trocando preciosas informações com seu preparador Juan Samos Jimenez, O Gato! Sabrinhal era a mistura de SABRICO + PINHAL! Cheguei até a usar um Weber 40 de seu carro na 3ª bateria em Brasilia, chegando em 2º lugar! Um amigão! Em Interlagos no meu 3º lugar, quando chegou minha vez de beber o champagne, ele e o Celidônio "secaram" a garrafa... Eles podiam! Abs à todos!

Ricardo Mallio Mansur"



quarta-feira, 30 de abril de 2014

Direto do Face...Biju comenta o jogo de equipe na F.Um.


De uma conversa nossa no Face sobre sobre os pedidos de ultrapassagem feitos por pilotos da mesma equipe;

Piquet, Chico Lameirão e Luiz Antonio "Teleco" Siqueira Veiga.

Para finalizar esse papo de "EQUIPE" primeiro piloto , ou o que estiver com melhores chances no campeonato, se tem que sair da frente ou não ! Eu era dono da equipe, dos carros do caminhão e ainda botava dinheiro na equipe "GLEDSON" de SUPER VÊ , saíram uns pneus ingleses "G7" que eram bem melhores , e em Cascavel eu fiquei com os pneus velhos e dei os G7 para o Nelson Piquet , ele era mais rápido , a equipe precisava ser campeã, os "POLAR" também ! Isso é "EQUIPE" ! Agora vocês vem com esse papo defendendo que não tem que ter jogo de equipe ! Tem de sair da frente sim ! O Raikonen esses dias deu uma declaração de que ele era funcionário e tinha de obedecer a equipe ! Mas O "RAIKONEN SE GARANTE" e vai no peito andar na frente ! Não é bebê chorão ! E muito pouca gente tem conhecimento para fazer esses tipos de comentários !!! A F1 está ficando que nem futebol ! Todo mundo acha que entende ! Querem dar opinão ! E 99.8 % não entende porra nenhuma ! Eu mesmo entendo muito pouco ! Mas sei o que significa "EQUIPE" nem todos sabem ... Não só no automobilismo, no ciclismo maratona e tantos outros esportes ."EQUIPE" (CAPISCE) ? Abraço carinhoso,

Benjamin  "Biju" Rangel

Super Ve - Berço de campeões!

1975 Interlagos, tomada do "S" autentico, Norman Casari lidera Teleco-Luiz Antonio Siqueira Veiga- #90 da Gledson, Pimentinha no Polar branco, Benjamin "Biju" Rangel no Polar da PROMOSPORT, Fausto Dabbur e Janjão Freire. 
Tento arrancar algum depoimento maior do Biju, mas em todas nossas conversas falamos de tudo menos do tal depoimento, sei que qualquer hora ele vai nos contar tudo que viveu na categoria que foi berço de campeões e levou um de nossos pilotos ao tri da F.Um, campeão por uma equipe em que ele foi um dos pilotos.
Conta Biju!!!

Rui Amaral Jr 

terça-feira, 15 de abril de 2014

Apenas uma foto...


...de um certo Candango à caminho do tri campeonato de F.Um! 
A foto é dos arquivos de meu amigo Benjamin "Biju" Rangel que dividia a equipe com Piquet... 

A equipe Gledson com Peter , Nelson e Biju como pilotos e Giba o chefão!

...acontece que por mais que eu peça o Biju nada escreve para nós, ontem num longo papo via Skype conversamos à três com nosso querido amigo Julio Caio -Azevedo Marques- mais de hora e meia...e um assunto que começou sério e cinco minutos descambou e nada dos dois escrevem algo para nós! Um dia quem sabe!

Um abração Julio, Biju e à todos.

Rui

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Uma bela foto de um tempo incrível!

Super Vê - #11 Benjamin "Biju" Rangel, #45 Marivaldo Fernandes e ...depois o Biju conta mais!

domingo, 13 de outubro de 2013

Super Vê - Ricardo Mansur


No "trânsito", o bico fino era muito mais permissivo, menos riscos! Mas, o que faltava mesmo era um aerofólio. Fazer as curvas "1" , "2" e "Sol" cravados e sem asa, era terrível! As asas só foram utilizadas a partir de 1976. Esse bico só tinha uma real vantagem: Retorno publicitário... Rsrsrsrs! Abs.

Ricardo Mallio Mansur


terça-feira, 2 de julho de 2013

Volkswagen & Sauer na Super Vê - por Ricardo Achcar

Aos 70 anos de Chico Lameirão. Campeão um forte abraço de todos! 


Ao homenagear a memoria de Sauer, o piloto, construtor e antes de tudo homem de ação Ricardo Achcar mostra que olhando o passado, com os pés fincados no presente, podemos juntos trazer de volta o grande automobilismo praticado no Brasil!

Obrigado meu amigo e um forte abraço.

Rui 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A PRINCIPAL CATEGORIA BRASILEIRA

1975 Interlagos Antonio Carlos Avallone, Luiz Celso Gianinni e Biju Rangel.
1980 Interlagos Mauricio Chulan lidera...
Celidonio, Chico Lameirão, Julio Caio...

Anos setenta, auge do sucesso do Campeonato Brasileiro de Fórmula Ford; a montadora rival, a Volkswagen resolve explorar o filão e cria a Fórmula Super Vê brasileira, em 1974. Muitos pilotos talentosos, grandes preparadores, equipes bem montadas e enorme envolvimento dos patrocinadores, além de espaço na mídia, a participação de muitos fabricantes e público em grande quantidade nos autódromos. E a montadora tinha o retorno para o seu produto: o motor 1.6 da Brasília, que empurrava todos os carros. A Super Vê era assim, fazia sucesso até com quem aparentemente estava longe de tudo isso. Já em sua primeira corrida, em Goiânia, a nova categoria chamava a atenção apesar de um grid modesto: apenas onze carros com predomínio dos Magnum-Kaimanns com seis monopostos contra 3 Polares, 1 Heve e 1 Newcar. Até o final da temporada, teríamos o incremento de mais sete carros, em um final que correspondeu as expectativas. Ingo Hoffmann e Francisco Lameirão eram os favoritos; um rapaz de Brasília, Nelson Piket (correndo sob pseudônimo para evitar problemas familiares) e Júlio Caio de Azevedo Marques (recém chegado da F3 britânica) corriam por fora mas quem levou o título foi o surpreendente Marcos Troncon. Surpresa porque até a terceira das seis etapas, Troncon nem havia estreado. Com paciência e contando com alguns azares dos concorrentes, o paulistano tornou-se o primeiro campeão da Fórmula Super Vê. 

 Zé Pedro Chateaubriant, Guaraná, Chico Lameirão e Julio Caio...
 A estreia de Guaraná na categoria, 1974.
Eduardo Celidonio, Magnum-Kaimann
 A estréia de Julio Caio, de calça azul Manduca Andreoni, de boné Henrique Paulo pai de Julio, agachado Carlão...
Biju Rangel 
 Newton Pereira - Newcar, 1974
Ricardo Achcar

 Julio, Henrique e Ingo Hofmann
 Biju Rangel



 Zé Pedro Chateaubriant 1978
 Mauricio Chulan 1978
 Nelson Piquet e Chico Lameirão 
 Nelson "Piket"
"
TARUMÃ, 1974 -Ingo, Celidonio, Piquet, Troncon e Mansur.

No ano seguinte, na prova de abertura da segunda temporada, a confirmação do sucesso: nada menos do que 33 inscritos e a chegada de mais um fabricante, a Avallone. Foi um campeonato em que Francisco Lameirão teve de vencer não apenas seus adversários na pista como Zé Pedro Chateaubriand e Eduardo Celidonio, como também um pendenga com os cartolas da Confederação Brasileira de Automobilismo, que queriam desclassificá-lo. No final, o histórico Lameirão confirmou a vitória e tornou-se o único piloto campeão da Fórmula Ford e da Fórmula Super Vê, as duas mais importantes categorias de monopostos do país. Em 1976, vez do agora Nelson Piquet, mostrar que a maturidade havia chegado e ele já estava pronto para projetos mais
ambiciosos. Grande destaque nas temporadas anteriores, contando com o apoio da Gledson e a preparação de Giba Magalhães, Piquet encarou a concorrência de José Pedro Chateaubriand e de alguém que consideramos um dos grandes nomes da categoria, ao lado do próprio Piquet: Alfredo Guaraná Menezes. Guaraná também passava por um processo de “maturação”; estreara em 1974 e nas duas temporadas seguintes evoluira e aguardara a sua chance. Nos anos de 77-78, substituindo Piquet na equipe Gledson e sob os cuidados de Giba, o piloto monopolizou a agora chamada Fórmula Volkswagen 1600. Mesmo sem a presença de outros fabricantes (99,9% do grid corriam com o chassi Polar), a categoria ainda mantinha seus atrativos graças também às pinturas especiais do saudoso Mestre das Tintas Sid Mosca, responsável pelo lay-out de carenagens e/ou capacetes. Em 1979, ano da introdução do álcool nas pistas, foi a vez da equipe que competia com a Gledson em estrutura, a Brahma. O já experiente Mauricio Chulan, sempre competitivo e com seis temporadas de participação não deixou passar a oportunidade, cabendo a Antonio Castro Prado a honra de vencer o último brasileiro, em 1980, quando Prado venceu a maioria das provas. Mas a festa tinha terminado. A VW havia retirado seu aval e novos rumos esperavam a categoria. Mas já é outra história.

Caranguejo