A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Rolf Stommelen


Com o Eifelland Caravans -March 721 Cosworth- Mônaco 1972

Outro dia comentando sobre o Eifelland Caravans de Rolf Stommelen, no blog do Chico, me referi ao carro como uma tranqueira com um grande piloto, o carro era apenas um March 721 com alguns afrescos, mas o piloto, um senhor piloto!
Para quem acompanha somente a Formula Um, uma carreira de 54 Gps, e os poucos 14 pontos marcados em seus nove anos na categoria, e seu único podium em Zeltweg no GP da Áustria em 1970, não sejam uma referencia exata para a tocada desse piloto vitorioso. 
Aos vinte e três anos, numa época em que os pilotos começavam a se destacar com mais idade, venceu a Targa Flório de 1967, e continuou ao longo da carreira colecionando vitórias nos carros Esporte e Protótipos. .
Venceu muito, com Alfa, Porche...
Em 1978 correu as 24 Horas de Le Mans pilotando um Porsche 935 "Moby Dick" e foi o primeiro carro a alcançar a velocidade de 365 km/h na reta de Mulsanne, e em 1979 correndo com o Porsche 935/77A com o ator/piloto Paul Newman e Dick Barbour, chegaram em segundo lugar, quando poderiam ter vencido não fossem os 25 minutos parados no Box por causa de uma roda que teimava em não sair.
Um carreira sem duvida vitoriosa, que terminou aos 40 anos à bordo de um Porsche 935 em Riverside.    

1970 o único podium, na Austria em Zeltweg com Brabham BT33, 3º lugar.
 Com  o belo Arrows FA1 em 1978 em Kyalami
Seu Embassy Hill após a panca em Montjuich 1975 
Correndo para Hill no Embassy GH1 em Monza 1975
Aos 23 anos vencendo a Targa Florio 1967 com Paul Hawkins no Porsche 910/6
 Paul e Rolf nas 24 Horas de Le Mans 1979, abaixo o Porsche 935 da dupla.

 Rolf com a Alfa T33 em Brands Hatch 1971
 Com a Alfa TT33/3 12 cilindros nos 1.000 KM de Nurburgriing
Com o Porsche 935 da Equipe Georg Loos


Apenas um pouquinho de sua grande carreira!

Rui Amaral Jr


quinta-feira, 12 de abril de 2012

O "Jeitinho" Argentino - PEDRALBES 1951 - por Henrique Mércio


O "Jeitinho" Argentino- corria o ano de 1951 e Juan Manuel Fangio disputava o título da temporada com aquele que, talvez fosse o único corredor que conseguia peitá-lo: o italiano Alberto Ascari. Fangio era piloto da Alfa Romeo e guiava a Alfetta 159, o melhor carro de corridas do período pré-guerra. Estes modelos haviam sobrevivido ao conflito, passando os anos quarenta escondidos em uma fazenda na região de Piemonte e quando a paz retornou, impuseram seu domínio.Já o carro de Ascari era a Ferrari 375 F1, a legítima sucessora da Alfa nas corridas e notadamente, um carro mais moderno. A Alfa Romeo promovia seu canto dos cisnes nas competições participando de sua última temporada e claro, queria despedir-se com uma vitória. A Ferrari, nascera do sonho de Enzo Ferrari, antigo diretor esportivo da Alfa, e para o engenheiro Ferrari, a vitória sobre a Equipe do Trevo tinha um significado todo especial. Para isso ele depositava sua fé no modelo 375 F1, mais leve, veloz e mais econômico que as Alfettas. Aquela temporada iniciara com Fangio, "mordido" por ter deixado o título do ano anterior escapar, vencendo o GP da Suiça.

Luigi Fagiolli

El Chueco depois vencera o GP da França, ainda que tivesse problemas com seu carro e precisasse pegar "emprestado" o monoposto de Luigi Fagioli, seu companheiro de equipe. A Ferrari começou a reagir no GP da Inglaterra, com a vitória de Froilan Gonzalez, a 1ª de uma longa série de vitórias da Ferrari na categoria. Nas provas seguintes, só deu Ferrari, com Ascari ganhando em Nurburgring e Monza. Restava a etapa da Espanha, no circuito de rua de Pedralbes, periferia de Barcelona. Apesar da pequena vantagem de Fangio (3 pontos), o favorito era o homem do casco azul, Alberto Ascari. Principalmente depois que Ascari cravou a pole position. Uma disputa roda a roda com a Ferrari seria suicídio e Fangio percebeu que teria de usar algo diferente: a astúcia. Juntamente com o engenheiro Gioacchino Colombo, o argentino concebeu um plano e na hora de formar o grid, seu carro apareceu com tanques extras de combustível.

Fangio e a Alfetta.


Uma das vantagens da Ferrari ante a Alfa era sua autonomia: consumiam menos gasolina e aguentavam mais tempo na pista até precisar de um pit stop. Com aqueles tanques extras, a Alfa virava o jogo e quem sabe, pudesse fazer a corrida inteira sem parar (naquele tempo, as provas eram longas maratonas de quase três horas, tão demoradas quanto os pit stops, que estavam longe da precisão cirúrgica e rapidez atuais). O pessoal da Ferrari "surtou". Em busca de uma melhor performance , resolveram tornar o carro mais rápido trocando as rodas de aro 18 pelas de aro 16. Largada, Ascari mantém a ponta e Fangio o acompanha. Na sexta volta , Piero Taruffi, piloto da Ferrari recorre aos boxes com problemas de pneus; na volta seguinte, outro ferrarista, Gigi Villoresi tem o mesmo problema e logo depois é a vez do líder Ascari, que deixa a liderança no colo do Fangio. O restante da prova pode ser resumido numa via crucis dos pilotos do Cavalinho Rampante, cujos pneus apresentavam um desgaste rápido causado pelas novas rodas.
 Nem o Cabezon Gonzalez escapou. E enquanto esse drama acontecia, o tranquilo líder Fangio também foi ao boxe para fazer...um pit stop. É verdade que sua Alfa tinha tanques extras, mas não havia uma gota sequer de gasolina neles. Estavam vazios. Tudo o que queria era induzir a Ferrari a um erro, ao tentar algo desesperado. De volta à pista, Fangio "passeou" até o fim das 70 voltas. Ganhou a corrida, o título e ainda fez uma "dobradinha" portenha com Froilan Gonzalez, segundo colocado e o melhor entre os Ferrari.

Fangio chega vitorioso em Pedralbes.
Giusepe Farina e a Alfetta Campeão do Mundo de 1950. 

O terceiro foi o campeão anterior, Nino Farina com outra Alfa e por fim Ascari, um piloto infalível quando largava na frente, mas que tinha a tendência a desesperar-se quando andava no meio do pelotão. Estava reservado a eles, destinos diferentes. Fangio, sem equipe, procuraria refugio na Maserati. Em maio/52, sofreu um grave acidente em Monza, depois de passar uma noite inteira dirigindo para chegar a Milão. O cansaço o induziu ao erro e Fangio ficou quase um ano de fora das carreras, dando chance para Ascari brilhar. E o grande Alberto aproveitou: venceu o mundial de 1952 com um número absurdo de seis vitórias em 7 GPs. Em 1953, ainda com a Ferrari, foram cinco vitórias e de novo, campeão. Mas Fangio já estava recuperado e no campeonato de 53, tivera uma boa participação conseguindo três segundos lugares e uma vitória. Todavia o destino caprichoso mais uma vez intercedeu, promovendo nova ascensão do argentino e a queda fatal de Ascari. Mas esta é história para outro dia. 

Henrique Mércio - Caranguejo

Juan Manoel Fangio e Tazio Nuvolari.












sábado, 28 de janeiro de 2012

Alfa Romeo












Para meus amigos Chico Pellegrino, Roberto Zullino e Pedro Garrafa, fãs da Alfa Romeo.
Obrigado Cris.

segunda-feira, 1 de março de 2010

O "Jeitinho" Argentino - PEDRALBES 1951 - por Henrique Mércio




O "Jeitinho" Argentino- corria o ano de 1951 e Juan Manuel Fangio disputava o título da temporada com aquele que, talvez fosse o único corredor que conseguia peitá-lo: o italiano Alberto Ascari. Fangio era piloto da Alfa Romeo e guiava a Alfetta 159, o melhor carro de corridas do período pré-guerra. Estes modelos haviam sobrevivido ao conflito, passando os anos quarenta escondidos em uma fazenda na região de Piemonte e quando a paz retornou, impuseram seu domínio.Já o carro de Ascari era a Ferrari 375 F1, a legítima sucessora da Alfa nas corridas e notadamente, um carro mais moderno. A Alfa Romeo promovia seu canto dos cisnes nas competições participando de sua última temporada e claro, queria despedir-se com uma vitória. A Ferrari, nascera do sonho de Enzo Ferrari, antigo diretor esportivo da Alfa, e para o engenheiro Ferrari, a vitória sobre a Equipe do Trevo tinha um significado todo especial. Para isso ele depositava sua fé no modelo 375 F1, mais leve, veloz e mais econômico que as Alfettas. Aquela temporada iniciara com Fangio, "mordido" por ter deixado o título do ano anterior escapar, vencendo o GP da Suiça.

 El Chueco depois vencera o GP da França, ainda que tivesse problemas com seu carro e precisasse pegar "emprestado" o monoposto de Luigi Fagioli, seu companheiro de equipe. A Ferrari começou a reagir no GP da Inglaterra, com a vitória de Froilan Gonzalez, a 1ª de uma longa série de vitórias da Ferrari na categoria. Nas provas seguintes, só deu Ferrari, com Ascari ganhando em Nurburgring e Monza. Restava a etapa da Espanha, no circuito de rua de Pedralbes, periferia de Barcelona. Apesar da pequena vantagem de Fangio (3 pontos), o favorito era o homem do casco azul, Alberto Ascari. Principalmente depois que Ascari cravou a pole position. Uma disputa roda a roda com a Ferrari seria suicídio e Fangio percebeu que teria de usar algo diferente: a astúcia. Juntamente com o engenheiro Gioacchino Colombo, o argentino concebeu um plano e na hora de formar o grid, seu carro apareceu com tanques extras de combustível.
Fangio e a Alfetta.

Uma das vantagens da Ferrari ante a Alfa era sua autonomia: consumiam menos gasolina e aguentavam mais tempo na pista até precisar de um pit stop. Com aqueles tanques extras, a Alfa virava o jogo e quem sabe, pudesse fazer a corrida inteira sem parar (naquele tempo, as provas eram longas maratonas de quase três horas, tão demoradas quanto os pit stops, que estavam longe da precisão cirúrgica e rapidez atuais). O pessoal da Ferrari "surtou". Em busca de uma melhor performance , resolveram tornar o carro mais rápido trocando as rodas de aro 18 pelas de aro 16. Largada, Ascari mantém a ponta e Fangio o acompanha. Na sexta volta , Piero Taruffi, piloto da Ferrari recorre aos boxes com problemas de pneus; na volta seguinte, outro ferrarista, Gigi Villoresi tem o mesmo problema e logo depois é a vez do líder Ascari, que deixa a liderança no colo do Fangio. O restante da prova pode ser resumido numa via crucis dos pilotos do Cavalinho Rampante, cujos pneus apresentavam um desgaste rápido causado pelas novas rodas.
 Nem o Cabezon Gonzalez escapou. E enquanto esse drama acontecia, o tranquilo líder Fangio também foi ao boxe para fazer...um pit stop. É verdade que sua Alfa tinha tanques extras, mas não havia uma gota sequer de gasolina neles. Estavam vazios. Tudo o que queria era induzir a Ferrari a um erro, ao tentar algo desesperado. De volta à pista, Fangio "passeou" até o fim das 70 voltas. Ganhou a corrida, o título e ainda fez uma "dobradinha" portenha com Froilan Gonzalez, segundo colocado e o melhor entre os Ferrari.

Fangio chega vitorioso em Pedralbes.

Giusepe Farina e a Alfetta Campeão do Mundo de 1950. 

 O terceiro foi o campeão anterior, Nino Farina com outra Alfa e por fim Ascari, um piloto infalível quando largava na frente, mas que tinha a tendência a desesperar-se quando andava no meio do pelotão. Estava reservado a eles, destinos diferentes. Fangio, sem equipe, procuraria refugio na Maserati. Em maio/52, sofreu um grave acidente em Monza, depois de passar uma noite inteira dirigindo para chegar a Milão. O cansaço o induziu ao erro e Fangio ficou quase um ano de fora das carreras, dando chance para Ascari brilhar. E o grande Alberto aproveitou: venceu o mundial de 1952 com um número absurdo de seis vitórias em 7 GPs. Em 1953, ainda com a Ferrari, foram cinco vitórias e de novo, campeão. Mas Fangio já estava recuperado e no campeonato de 53, tivera uma boa participação conseguindo três segundos lugares e uma vitória. Todavia o destino caprichoso mais uma vez intercedeu, promovendo nova ascensão do argentino e a queda fatal de Ascari. Mas esta é história para outro dia. Henrique Mercio
 
Juan Manoel Fangio e Tazio Nuvolari.
 
 

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Giuseppe Farina - O PRIMEIRO CAMPEÃO DO MUNDO DE FORMULA UM

Nino Farina Campeão do Mundo 1950
Nino Farina com a Alfa Romeo rumo a vitória . 1ª corrida do novo campeonato Silverstone

Luigi Fagioli seu companheiro de equipe e 2º colocado em Silverstone 1950

Como seu mentor Tazio Nuvolari sua tocada era elegante

Finda a 2ª Guerra voltaram as corridas de Grand Prix, para o ano de 1950 a CSI órgão responsável pelo esporte motor resolve estabelecer um novo campeonato, seria o 1º Campeonato do Mundo de Pilotos e a categoria passaria a ser chamada de Formula Um. Pelo regulamento seriam usados os carros que corriam na categoria Gran Prix.
A 1ª corrida do novo Campeonato foi no aeródromo de Silverstone na Inglaterra, este mesmo Silverstone que agora desvirtuado por chicanes o Sr Eclestone quer tirar do calendário da F.I .
No 1º ano as três principais concorrentes eram equipes que já venciam corridas Grand Prix , a Alfa Romeo, Maserati, e Ferrari. Auto Union já não existia e a Mercedes Bens não tinha condições de competir.
Giuseppe "Nino" Farina
Em 1950 Nino já estava com 40 anos e iria competir pela Alfa Romeo, equipe que havia abandonado alguns anos antes e que tantas glórias juntos conquistaram. Tinha como companheiros de equipe Luigi Fagioli e a estrela ascendente o Argentino Juan Manuel Fangio. Farina Doutor em Direito e pilotagem tinha como seu grande incentivador e mentor Tazio NuvolarI que viveu para ver seu pupilo  Campeão do Mundo .
Farina vence a 1ª corrida do novo campeonato tendo Fagioli em 2º, venceu novamente na Suíça, seu companheiro de equipe Fangio vence Mônaco, Bélgica e França voltando Farina a vencer em Monza no GP da Italia tornando-se assim o 1º Campeão do Mundo de Formula Um .
Escrevendo fico imaginando a alegria dos "tifosi" numa época em que a Alfa Romeo era a alegria dos Italianos.

Rui Amaral Jr

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

AMIGOS


Carlos de Paula
Com certeza o grande incentivador para que eu montasse este blog foi o Carlos , tinha medo de escrever , ficava com vergonha e ele me incentivava .
Ele tem uma dos melhores páginas da WEB , seu Blog de Automobilismo Brasileiro www.brasilexporters.com/blog/ é uma referencia para quem quer pesquisar sobre automobilismo é completissimo .
Fora isto seus textos são muito bons e ele tem uma visão do automobilismo de competição parecida com a minha .Como escrevi antes de outro amigo ,escrita fina ,texto claro sabe do que escreve . Na próxima postagem ele conta suas primeiras emoções com o automobilismo de competição .