quinta-feira, 29 de setembro de 2011

PORSCHE 906


Essa vai para meu amigo Tohmé...
O 906 foi lançado pela Porsche no inicio de 1966 e foram produzidas 50 unidades para a homologação da FIA no Grupo 4 de Carros Esportes, e também para correr no Grupo 6 Esporte Protótipos.
Seu chassi era tubular reforçado com fibra e vidro. Seu motor era o seis cilindros flat com carburadores e na equipe oficial de fabrica foi usada também injeção, 2.000cc com cerca de 220hp. Completo pesava 580kg.
Foi o primeiro carro da marca testado em tunel de vento e sua aerodinamica para época avançadissima proporcionou a ele com a CODA LUNGA em Le Mans uma velocidade superior aos 280 km/h.
As fotos que guardo deste bravo carro são das 24 Horas de Le Mans quando enfrentando os monstruosos Ford GT40 com motores de 7.000cc que correram no mesmo Grupo 6 Protótipos e chegaram apenas atrás deles e com 9 voltas a menos e fazendo 4/5/6/7º lugares.

Esta foto me acompanha a longos 45 anos, Le Mans 1966 , #30 Jo Siffert/Colin Davis 4º colocado, #32 Udo Schütz/ Peter (Piet) de Klerk 6º e #31 Hans Herrmann/Herbert Linge 5º.
Jo Siffert/Colin Davis


Jo Sifert.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

BANDINI












Motor, 4 cilindros em linha
Diâmetro : 63,5 mm
Curso : 59 mm 
Deslocamento : 747 cc
Potência : 45 cv 7200 rpm
Dois carburadores Dell'Orto duplos
Cambio: 4 velocidades + RÉ, disco de embreagem único seco




terça-feira, 27 de setembro de 2011

A volta do piloto pentacampeão João Campos


Márcio Campos, Graziela Rocha, Nelson Rocha e João Campos
Campeão cinco vezes consecutivamente do campeonato brasileiro de Pick Up Racing nos anos de 2001, no Autódromo de Interlagos/SP, 2002 - Autódromo de Jacarepaguá/RJ, 2003 - Autódromo de Interlagos/SP, 2004 - Autódromo de Pinhais/PR e, 2005 - Autódromo de Interlagos/SP, pilotando uma camioneta Ford Ranger com motor V6 bi-turbo de 300 cavalos.
Depois da vitória neste último campeonato decidiu parar de disputar corridas de automóvel, mas agora, aos 56 anos de idade e muita experiência de pistas, retorna ao mundo da velocidade.

Estamos nos referindo ao fenômeno das pistas de corrida João Campos, gaúcho da cidade de Farroupilha/RS que, como tantos outros pilotos, em 1980, aos 25 anos de idade preparou um Chevrolet Opala, colocou as ferramentas necessárias no porta-malas do veículo, além de sonhos e esperança na mente e foi, por estrada de chão à Porto Alegre/RS, disputar sua primeira prova ao lado de outros 25 pilotos, no Autódromo de Tarumã, obtendo então o destacado terceiro lugar.
Daí em diante mostrou que era do ramo, pois, galgou uma sucessão de vitorias e campeonatos em várias categorias automobilísticas, entre os quais: campeão gaúcho de Stock Car em 1981, com Chevrolet Opala; em 1982/83/84 disputou o Campeonato Gaúcho de Marcas, com Fiat 147; em 1985, disputou o Campeonato Brasileiro de Marcas, com Fiat Uno; em 1987/88/89, novamente o Campeonato Gaúcho de Marcas, com Ford Scort, sendo campeão em 1989; ainda em 1988 venceu, com o mesmo Ford Scort, as 12 Horas de Tarumã/RS; em 1990 participou do Campeonato Brasileiro de Marcas, com VW Voyage; em 1991 foi campeão do Campeonato Gaúcho de Fiat, com Fiat Uno; nos anos de 1992/93/94/95 venceu o Campeonato Brasileiro de Stock Car, com Chevrolet Omega; em 1996/97/98/99 disputou o Campeonato Brasileiro de Palio.
Após o penta-campeonato ma Pick Up Racing, em 2006 João Campos decidiu "tirar férias" e foi morar no balneário catarinense de Itapema, onde dedicou-se à atividade empresarial em outro ramo.
Mas, talvez influenciado por seu filho Márcio que, em 2010 começou a competir com um Chevrolet Corsa naquele mesmo autódromo de Tarumã/RS onde seu pai iniciou a carreira há 30 anos, João Campos retornou às pistas para deleite de seus fans.
Tanto é assim que já em maio deste ano ele e seu filho participaram da prova inaugural da categoria Mercedes Benz, reunindo 22 carros desta marca, modelo 250, com motor de 4 cilindros e 260HP.
O piloto gaúcho experimentou novamente a emoção de estar no pódio, desta vez em quarto lugar. Se depender dele, logo vencerá. Na foto, João Campos (D), Marcio (E), ao lado dos passo-fundenses Nelson (do tempo das carreteiras) e Graziela Rocha.
Por Ari Moro
Agradeço ao amigo Ari Moro a cedência deste.
Publicado primeiramente no jornal Paraná On line
http://www.parana-online.com.br/canal/automoveis/news/557057/?noticia=A+VOLTA+DO+PILOTO+PENTACAMPEAO+JOAO+CAMPOS
Dia 08/09/2011




J.C. PACE, PILOTO.





Há uma placa em uma das ruas próximas do autódromo de Interlagos, que leva o nome de José Carlos Pace e logo abaixo a inscrição “Piloto de Fórmula 1”. Certo, mas as gerações mais novas, que não o conheceram se perguntarão. “Que tipo de piloto?” Bem, como tudo em Moco, há controvérsias. Não se duvide que era aguerrido e combativo e que estava sempre pensando em vencer. As controvérsias ficam por conta de comparações que muitos gostavam de fazer com um contemporâneo seu,  Emerson Fittipaldi. Quem seria o melhor?  Ora, pelos números poderíamos dizer que é Emerson: bicampeão de F1, catorze vitórias, mais triunfos na Indy-Cart...Só que Moco tem muitos méritos pelo que obteve, andando sempre com carros sofríveis. Ele tinha a vida mais dura e quando finalmente parecia ter encontrado o acerto para sua Brabham, o destino o surpreendeu. Pace começou pelos Karts, como seus amigos Emerson e Wilson, mas já enfrentando problemas de condicionamento físico, que o acompanhariam por toda a carreira. Para um kartista, era pesado demais. Nos carros porém, sua velocidade e talento transpareceram e ele esteve nas principais equipes brasileiras, como a Willys, a Greco Competições, a Dacon ou Jolly, vencendo o campeonato brasileiro de 1967, em dupla com Luis Pereira Bueno. Em 1970, embarca para a Europa e mesmo com todas as dificuldades enfrentadas em uma terra estranha, torna-se campeão britânico de F3, pilotando um Lotus 59. Na temporada seguinte, já na Fórmula 2, vence o GP de Ímola e atrai a atenção de Enzo Ferrari, que o convida para a sua equipe no Campeonato Mundial de Marcas. 






Moco começa também a demonstrar uma de suas características, a versatilidade. Na temporada de 1972, experimenta desde carros bisonhos como o AMS, um protótipo italiano nos 1.000 Km de Balcarce ao protótipo Gulf Mirage da célebre equipe de John Wyer  nas 6 Horas de Watkins Glen ou mesmo o Shadow-Chevrolet MK3 em três provas da CAN-AM. E claro, estreou na F1. Apesar do claudicante March 711 da Equipe Williams, ele em poucas  provas marca pontos importantes: sexto lugar em Jarama e quinto em Nivelles. 












Em 1973, correndo pela Surtees, mais uma temporada fraca. Só o talento de Pace para conseguir um quarto lugar em Nurburgring e um terceiro em Osterreichring, nas duas únicas vezes em que o carro funciona. E o ilude, pois ao invés de abandonar a equipe, permanece para a temporada de 74. Um erro do qual só se dá conta no meio do ano. Auxiliado por Bernie Ecclestone, consegue deixar a Surtees e refugia-se na Brabham. Em 1975, faz sua melhor temporada. Na Fórmula 1, vence o GP do Brasil, fazendo uma dobradinha brasileira com Emerson. Pontua mais quatro vezes e termina a temporada na sexta posição. 






No Brasil, volta para a Equipe Greco e torna-se Campeão Brasileiro mais uma vez, agora em dupla com Paulo Gomes. Também ganha a 25 Horas de Interlagos e o Torneio Internacional promovido pela Ford para lançar seu Maverick 4 cilindros. Em 76 contudo, o novo Brabham Alfa Romeo só lhe dá desgostos. Os resultados escasseiam e só pontua três vezes, sendo suas duas melhores colocações dois quartos lugares,  na França e na Alemanha. Porém, esse foi um ano de trabalho. Para a temporada de 1977, o BT45 finalmente estava competitivo e acertado e o segundo lugar no GP da Argentina, abertura da temporada, prenunciava isso. Mas Moco só participaria de mais dois GPs. Em março daquele ano, descansando no Brasil, o monomotor onde estava é colhido por uma tempestade e cai perto de Mairiporã. E o país chorou a morte de seu campeão sem título.

Henrique Mércio - Caranguejo

________________________________________________________________

Identifiquei cada uma das fotos deste post, depois relendo o texto do Caranguejo tirei a identificação pois ele escreveu com tal propriedade a carreira deste grande piloto que elas são desnecessárias.
Em algumas dessas fotos eu estava presente pois desde garoto tive a sorte e o privilégio de ver Moco pilotando.
Agradecemos algumas fotos a nossos amigos Joel Marcos Cesetti, Fernando Fagundes e Humberto Corradi.

Rui Amaral Jr