A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sábado, 11 de fevereiro de 2012

500 KM de Porto Alegre 1962 - Resultado

Volto aos 500 KM de Porto Alegre, com um certo orgulho da repercussão que o vídeo causou. Depois do belo trabalho que meu amigo Fernando Fagundes fez, editando e mostrando em seu blog, mostrei aqui, e logo depois dois outros amigos, o Sanco e o Rafa mostraram em seus blogs. 
O vídeo original que recebi da família Marques da Rocha, D. Jô, Nelson e Graziela, tem cerca de 45 minutos de pura emoção. Separei algumas fotos que já havia postado, e agora mostro com o resultado final da corrida. 

Orlando Menegaz.

RESULTADO

1º  Orlando Menegaz #1 Carretera Chevrolet Corvette 
2º José João Galina/Genuíno Scarton #44 Carretera Ford
3º João Galvane/Gastão Werlang #16 Carretera Chevrolet
4º Aldo Costa/Haroldo Dreux #36 VW-Porsche
5º Paulo Feijó/Renato Petrillo #26 VW-Porsche 
6º Claudio Durte/Fernando Villar #29  DKW

Ainda competiram

José Azmuz #32 Carretera Ford
Vitório Andreatta com Renault Dauphine 2º lugar na categoria até 850cc

Catharino











 Orlando Menegaz
O motor de sua carretera, chamada Caninana. 



Cotidiano,carros,corridas e música



Rafael Dias Santos disse...




Amigo, fiquei emocionado vendo. Amanhã vou bolar algo no blog em agradecimento. Hoje eu moro no bairro onde tudo começava e terminava, o Bairro Tristeza. demais


Parabéns Rui! Fiquei emocionado ao
ver o vídeo de uma corrida que assisti ao vivo, quando moleque, no bairro Ipanema. Mais emocionado, ainda, fiquei ao
ver o Catarino Andreatta passar em frente da casa onde eu morava, na Av.Cel.Marcos aos 6:52 do vídeo. Muitos carros reconheci,outros não, e dois eu fiquei em dúvida: Carretera #22 seria do Raul Fernandes que adotou o número do Diogo Elwanger e a carretera #78 de
Angelo Cunha do Paraná?
Um grande abraço e mais uma vez parabéns.

Martim Kim








  

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

“Dexa sorto...”



Em 1976, a Chevrolet lançou o Chevette GP, carrinho hoje cultuado pelos colecionadores, mas que na verdade, como disse o Marazzi, pintaram o Chevette com um monte de faixas e uma rodinhas esportiva e diziam que era um esportivo. Bom, este Chevette GP era o carro oficial do GP do Brasil em 1973, e cada piloto, chefe de equipe e alguns mecânicos ficaram com uma para se locomover dentro da cidade.
Estava eu indo para os boxes pelo estacionamento quando ouço um estrondo vindo do túnel, eram três Chevettes com as seguintes figuras, Ronnie Peterson no primeiro, Colin Chapman no segundo e Jean Pierre Jarier. Eu já estava no portão quando ouvi o barulho, os carros estavam totalmente detonados, amassados e os escapamentos deviam ter ficado em algum canto da cidade, mas não estavam no carro, por isso o enorme barulho. Acho que eles vinham “rachando” deste do hotel, pois ninguém tirou o pé até Peterson dar um cavalo de pau sendo seguido pelo Colin e Jarier. Em seguida, Peterson acelerou o carro e começou a fazer “zerinhos”, o pobre do manobrista, segurava o chapéu e gritava..-“-Aqui..Aqui...” Apontando a vaga para o Peterson. Ronnie saiu do “Zerinho” e enfiou o carro na vaga como um raio. O manobrista botou a mão na cabeça segurando o seu chapéu e disse: “-Tão bão..Dexa sorto.”. Colin estava parado e ria sem parar, o manobrista sempre segurando o seu chapéu indicou...-“-Aqui..Aqui..”, lógico que Chapman fez a sua gracinha, acelerou o carro e foi até o final do estacionamento, fez um cavalo de pau e voltou acelerando rumo ao pobre manobrista que não estava entendendo nada...-“Aqui aqui..” Apontava e apitava...Colin deu um cavalo de pau na frente do pobre coitado e entrou na vaga. “-Dexa sorto...” Com mais autoridade, fez sinal para o Jarier, este, foi mais educado de somente estacionou o carro onde o manobrista endicou... “-Tá bão, brigado...Mas dexa sorto”....

Mario Souto-Maior.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Os irmãos Maserati

O Tridente de Netuno, desenhado pelo irmão Mario.

Pouco antes da I Guerra, Alfieri Maserati iniciou a fabricação de velas de ignição, pouco antes seus irmãos já começavam a construir carros e motores. 
Terminada a Guerra começaram com a transformação de carros de passeio e corrida, principalmente da Isotta Fraschini. 
Enquanto isso Emilio e Ernesto construíam nas pistas uma sólida carreira de vitórias com os carros por eles transformados.
Enquanto isso Alfieri planejava construir um carro com a marca Maserati. E o primeiro foi o Tipo 26. Sua primeira aparição nas pistas foi no ano de 1926, na Targa Florio. Com um motor de 1.500cc com compressor, e em sua estréia venceu na categoria.   

A Isotta-Fraschini do ator Rodolfo Valentino, encarroçada pelos irmãos Emilio e Ernesto Maserati.
Emilio e Ernesto Maserati, o começo.

E vieram as vitórias nas pistas, aqui Emilio e Ernesto comemoram .

A Maserati Tipo 26, com Alfieri ao volante.
Com a Maserati Tipo 26, Alfieri vence na classe até 1.500cc a Targa Florio de 1926.


Achile Varzi
Desde o começo a Maserati fazia frente à grande equipe da época, a Alfa Romeo, comandada por Enzo Ferrari, e numa desavença entre os grandes pilotos da Alfa, trouxe para pilotar para equipe Maserati um dos grandes nomes da época Achile Varzi.
Com Varzi venceram muito, a Copa Acerbo, o GP de Monza, GP da Espanha e outras grandes corridas. Com a Maserati,  Varzi se tornou Campão Italiano, vencendo a quase imbatível Alfa Romeo/Ferrari.


Tazio Nuvolari e a Maserati 6CM. 
 Giuseppe Campari

Trouxeram também outros grandes pilotos, como Giuseppe Compari e até Tazio Nuvolari  pilotaram para equipe.
Ao mesmo tempo Alfieri projetava carros cada vez mais ágeis e rápidos, tendo alcançado sucesso em todos tipos de corridas, como a já tradicional Mille Miglia.  Em 1931 venceram pela primeira vez, na classe Esporte.
1932 trouxe muitas vitórias, Campari venceu o GP da França, com Luigi Fagioli venceu o GP de Roma.


1932. morre Alfieri, aos 44 anos, com problemas  renais, e com ele o grande nome da Maserati.
Após a morte de Alfieri, os três irmãos continuam com a fabrica. Na foto Bindo, Ernesto e Ettore.
A Maserati continua vencendo.



 Principe Bira


Enquanto as vitórias apareciam, a Maserati viveu uma tragédia, aos 44 anos morreu Alfieri com problemas renais.
Por volta do meio da década de trinta, aparecem os carros alemães da categoria GP e Formula, com pesados investimentos do governo alemão. Então as equipes de fabrica como a Alfa, Maserati e outras, já não conseguiam competir em pé de igualdade, com o  poderio alemão.
Por volta de 1938, a Maserati estava à beira da falência, então os irmãos restantes, foram até um poderoso empresário de Modena, e venderam a empresa ao magnata Orsi, mas continuaram nela em um contrato de dez anos.
Em 39 e 40 ainda venceram em Indianapolis, mas nada seria como antes.
Após o fim da II Guerra, o contrato dos irmãos Maserati terminou, e ele seguiram para novos empreendimentos, criando a OSCA.
Nesta fase, as equipes italianas, Alfa e Maserati voltaram a dominar a categoria GP, tendo a Maserati lançado meu modelo A6GCS, com motor de 1.500cc com compressor.
Com este carro Alberto Ascari venceu na estréia o GP de Modena.
Com a chegada da Ferrari, as duas empresas italianas dominaram o cenário das competições.   
1954 a Maserati lança se modelo 250F uma dos mais belos carros de corridas de todos os tempos.
Com ela Fangio vence seu quinto titulo mundial no ano de 1957. Inúmeras foram as vitórias desse carro com vários pilotos, como Stirling Moss. 

 Wilbur Shaw vence as 500 Milhas de Indianapolis 1939/40


  

 Luigi Fagiolli

A Maserati vence o  GP de Roma nos anos de 1930 com Achille Varzi e 1931 com Luigi Fagioli.

Após o final da II Guerra a Maserati e a família Orsi se lançam numa batalha contra Ferrari e Alfa Romeo na categoria Grand Prix, depois em 1950 transformada na moderna Formula Um. No ano de 1954 trás para a equipe o campeão do mundo de 1952 Juan Manuel Fangio que correndo com o modelo A6GCM conquista três segundos lugares e vence o GP da Itália em Monza conquistando o vice campeonato. 


 250F
 Ken Kavanagh

 Fangio
Gigi Villorezi



1957 Fangio retorna à Maserati e com o incrível modelo 250F conquista seu quinto campeonato mundial. 
Seria a última grande conquista da marca, que após 57, sem a capacidade financeira para competir de igual para igual com as outras equipes, se voltou aos carros esporte, construindo no começo de 1960 o Modelo 61 ou a Maserati Birdcage, que nas mãos de grandes pilotos conquistou grandes vitórias.

 A Birdgace com Stirling Moss.


Com Dan Gurney.
Com Carroll Shelby.
http://ruiamaraljr.blogspot.com/2011/02/maserati-birdgage-ii.html    


Celso Lara Barberis vence os 500 KM de Interlagos 1961, a bordo da Maserati #27, Maurício Lemos também pilota uma.
http://ruiamaraljr.blogspot.com/2012/01/500-km-de-interlagos-1961.html





 Após 1968 a Maserati passa por vários donos, a Citroen, Alejandro DeTomaso para finalmente chegar às mãos da arqui rival Ferrari. 


Obrigado Cris.