A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

ATÉ QUANDO?

 Ontem no final da tarde ao ver que cairia mais uma tempestade daquelas desliguei o PC e liguei a Tv para ver alguma notícia.
 Estarrecido vi mais um grave acidente envolvendo um onibus perto de Mairiporã, até o momento oito pessoas já haviam morrido e várias estavam feridas com gravidade. Mais uma vez um motorista vindo em velocidade muito acima da recomendada pelo bom senso no local provocava uma tragédia.
 Ora estamos vivenciando isso no nosso dia a dia, motoqueiros que nas ruas, avenidas e estradas fazem as ultrapassagens pela direita, andando pelas cidades feito loucos, onibus e lotações que a nada respeitam é o caos.
 No começo da reportagem o reporter falava em indiciar o motorista criminoso do onibus em "crime doloso" mais tarde falava em indiciamento em "dolo eventual". Ora o lugar de um indivíduo desses é na cadeia, ele e muitos outros que matam e provocam tragédias em nossas ruas e estradas. Mas pagando uma fiança e com a conivência de nossas autoridades policiais se safa rápidinho e volta a dirigir para causar ainda mais estragos.
 Quando ao pegar um individo criminoso dirigindo com uma carteira emitida com dolo por um orgão oficial vai se chegar até quem a emitiu? 
 Cadê o ministério público, nossos juizes e outras autoridades que não dão um fim  a esse estado de coisas terríveis que acontecem por aqui? 
 Perdoem minha indignação, mais tarde volto ao tema de nosso blog, mas não poderia deixar de me manifestar.   

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

JONES - MEU CONTAGIROS


Buscando ne Internet por outro assunto achei uma foto do contagiros que usei durante muito tempo, é um Jones de acionamento mecanico identico a esse, eu o usava até na mesma posição, junto com um relógio de pressão e outro de temperatura de óleo Smith, nesta mesma configuração. Usava ainda um relógio de pressão da bomba elétrica de combustível um pouco mais na lateral direita do painel de alumínio.
Comprei esse contagiros em 1978 de meu amigo Chico Lameirão, junto com uma carreta Kaiman e um monte de outras peças.
Seu acionamento mêcanico a partir da bomba de óleo dupla da Schadck era na época o que existia de mais preciso, junto com o Smith em matéria de monitoramento do motor. Atrás em seu corpo existia uma chave (igual a uma de porta) que fazia sua espia, o ponteiro vermelho, voltar a posição, se por acaso errasse uma marcha e o motor subisse de giro o preparador na certa saberia.
Em uma corrida essa era a posição certa de usar o contagiros, pois só importava ao piloto sua posição no giro máximo em que o motor trabalhava.  

MÉXICO 1964 A DECISÃO DO MUNDIAL DE FORMULA UM

Jim Clark Lotus33Climax em sua vitória na Holanda.

Naquele ano a Cidade do México veria a decisão do Mundial de Formula I, o Campeonato havia sido disputadíssimo. Jim Clark com o Lotus-Climax 33 ganhara os GP da Bélgica,Holanda e Inglaterra, John Surtees  Alemanha e  Italia, Lorenzo Bandini na Austria, Hill em Mônaco e nos EUA e Dan Gurney o GP da França e por fim esse GP do México.
Na época o sistema de pontuação era 9 pontos para o primeiro a partir dai 6/4/3/2/1 até o sexto colocado. Apenas seis resultados valeriam para o campeonato, assim os pilotos descartavam os seus piores resultados, assim a F I chegou ao México com Surtees tendo 39 pontos, Hill 34 e Clark 30. Em caso de vitória de Clark ele seria campeão não importando a colocação dos outros pilotos.
Na classificação o que se viu foi o Clark de sempre, abriu "apenas" um segundo de Dan Gurney- Lotus33Climax- vindo a seguir Bandini com uma Ferrari estranhamente azul e branca, fruto de uma rixa de Enzo Ferrari com a entidade Italiana que regia o automobilismo, Surtees, Spencer e Hill em sétimo. A Ferrari trouxe um terceiro carro para o ídolo local e depois mundial Pedro Ródriguez.
Na largada Clark a seu estilo dispara, Gurney em segundo a seguir Bandini, Spence, Richie Guinter de BRM. Surtes e Hill perderam várias posições e brigava após o nono colocado. Numa recuperação surpreendente Hill na décima segunda volta toma o terceiro lugar de Bandini, só que não consegue partir para cima dos Lotus-Climax de Clark e Gurney. Bandini segue colado a Hill quando Surtees chega e por ordens da equipe o ultrapassa mas não consegue chegar em Hill, vendo a situação a equipe manda Bandini tomar o lugar de Surtees para tentar tomar o lugar de Hill. Na frente Clark soberano caminha para seu Bi-Campeonato seguido de Gurney. 

Bandini tenta tomar a posição de Hill, manobra desastrada ou proposital?

Numa manobra no minímo descabida Bandini tenta ultrapassar Hill e os dois se enroscam tendo Hill levado a pior e Bandini assumindo o terceiro lugar para logo a seguir deixar Surtees que vinha em quarto ultrapassa-lo. 

No enrosco Hill se dá mal e Bandini segue em terceiro lugar.

Não creio sinceramente que Bandini tenha feito de propósito, naquela altura da corrida Clark era Campeão do Mundo, depois de algumas voltas faltando apenas uma ou duas para o trémino Clark mais uma vez é vitima do destino e seu motor Climax começa a perder rendimento e outra vez o deixa a pé. Vence seu companheiro Gurney com Surtees, Bandini, Spence, Clark e Rodriguez.
Fazendo assim a Ferrari de Big John seu Campeão do Mundo de Formula I.
Surtees 40 pontos, Hill 39, Clark 32, Bandini 23, Richie Guinter 23 e Gurney 19.
Não creio de coração que Bandini tenha dado uma de Prost ou Schummi, naquela altura da corrida Clark era campeão e Bandini que vinha sendo preparado por Enzo para trazer um campeonato para Itália depois do glorioso bi de Alberto Ascari em 1952/53, não se proporia a tal. Deixou Surtees passar no final num claro jogo de equipe, mas não acredito repito que tenha jogado seu carro contra o de Hill.  

Obrigado ao meu amigo Caranguejo pelas fotos e toda colaboração.   

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Minha temporada de 1992 por Fabiano Guimarães


Fabiano e seu pai Luiz Guimarães Junior.


No final de 91 estava com um abacaxi nas mãos. O Passat já estava ultrapassado, enquanto os Voyages, Gols e Escorts dominavam as duas categorias do Paulista de Marcas, tanto Grupo "A" como Grupo "N". Eu e meu pai vimos o anúncio de um Gol no jornal e fomos na oficina que ele estava. Pertencia ao Adalberto Aires Jr., o saudoso "Chupeta" e fechamos negócio entregando o Passat como entrada. O Gol havia corrido em 91 com o Tino Vianna e estava parado havia seis meses. Após a pintura e alguns detalhes o carro ficou pronto para o Grupo "A" na época com motores 1.8, pneus slick, diferencial auto blocante, cash tank, feito para virar em torno de 2'02'' por volta. Antes da estréia o regulamento mudou, seriam duas baterias e o mesmo piloto não poderia correr sozinho, ou seja tive que correr atrás de um parceiro. Para minimizar a dívida no tramite entre o Passat e o Gol, decidimos convidar o próprio "Chupeta" para fazer a 2ª bateria das provas, em troca ele dividiria parte das despesas das provas. A histórias das provas eram repetitivas, eu largava na 1ª bateria entregava o carro a ele que normalmente quebrava na 2ª bateria. Apesar disso aprendi bastante com ele pois guiava forte e tinha muita experiência para me passar. Nas 8 provas disputadas conseguimos um 6º, um 7º e um 9º lugares, porém o melhor desempenho veio numa prova extra em Dezembro, as 3 horas noturnas de Interlagos. Foi minha primeira e única prova noturna, mas deu para sentir uma emoção diferente, me sentia como se estivesse guiando em uma Mil Milhas e o resultado foi muito bom, ficamos em 4º na geral (largaram 25 carros) e 2º na categoria para carros de Turismo até 1.8. O "Chupeta" era um grande cara, diversão garantida por onde passava, encontrei-o no Parque do Ibirapuera em 2002 com seu casal de filhos e fiquei sabendo que nos deixou em 2007 vítima de AVC. É mais um para alegrar o grid lá de cima...
Abraço,

Fabiano.