A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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terça-feira, 19 de maio de 2015

Stock Car Interlagos 1988

No bom posicionamento da câmeras podemos ver toda beleza do verdadeiro circuito de Interlagos, hoje desfigurado e apenas uma pistinha, certo a Stock é uma categoria monomarca mas notem como era bonito nosso automobilismo e a presença do público...algo se perdeu neste tempo!  

quinta-feira, 10 de março de 2011

A.J. Foyt

Sua primeira corrida com um Ford.

Admiração essa é minha palavra para definir a carreira dele. Ontem no Facebook alguns amigos e eu falávamos sobre ele depois que coloquei uma frase sua ao ser perguntado quem era seu assessor de imprensa de pronto Foyt respondeu “meu assessor de imprensa é meu pé direito!” assim hoje deu vontade mostrar um pouco da carreira desse incrível piloto.
Nascido em 16 de Janeiro de 1935 na cidade de Hockley no Texas começou a correr em 1953 em corridas típicas dos EUA, Stock, Midget e outras. Sua carreira demorou a decolar, mas já no final da década era um nome consagrado nos EUA. Em 1960 vieram as primeiras vitórias de peso e daí para frente a consagração, 61 a primeira das quatro vitórias em Indianápolis as outras foram nos anos de 1964, 1967 e a ultima em 1977 já com 42 anos de idade e pilotando um carro construído por ele o Foyt/Coyote.
 Indianapolis 1977 sua quarta vitória com um Foyt/Coyote. 
A.J e seu pai Tony em Indianapolis.
A.J. e seu pai Tony em um enrrosco nos Midgets.




1991 classificado na primeira fila em Indianapolis aos 56 anos.

Em 1965 sofreu o pior acidente de sua carreira, correndo de NASCAR em Riverside foi considerado morto pelo medico da pista, seu amigo e outro grande piloto Parnelli Jones reanimou-o no local. Dez semanas depois Foyt voltava às pistas para vencer ainda cinco corridas na temporada.  
No ano de 1967 correndo com outro grande piloto americano Dan Gurney venceu as 24 Horas de Le Mans pilotando o maravilhoso Ford Mark IV. 

Pilotando o Ford GT Mark IV em Le Mans 1967, na vitória com Dan Gurney.

O Mercury na vitória nas 500 Milhas de Daytona 1971.

Venceu as 500 Milhas de Daytona no ano de 1971 pilotando um Mercury.
Enfim correu e venceu em todas categorias que participou, Nascar, Stock Cars, Indy, IMSA entre outras, venceu 77 vezes e foi sete vezes campeão americano nas várias categorias. 
Piloto, construtor, dono de equipe Foyt conquistou todas as glorias possíveis no automobilismo. A você A.J. nossas homenagens.  

Vale conhecer mais de sua história em seu site: http://www.foytracing.com/AJFoyt/aj_bio.html   



terça-feira, 5 de outubro de 2010

STOCK CAR



"Na maioria das atividades humanas, as decisões corretas não são tomadas de cima para baixo. Pelo contrário, elas devem atender aos anseios da maior parte dos seus membros. Senão, seria autoritária e não teria o condão de ter valor real. No automobilismo as coisas também são assim. 

Quando em 1979 surgiu a mais nova categoria do automobilismo brasileiro, com o expressivo nome de Stock Car, algumas pessoas não entenderam qual seria o seu propósito, inclusive argumentaram que a nova modalidade não iria para frente, acreditando na dificuldade de captação de patrocínios, que como sempre, rondava os campeonatos de turismo. Em função desse constante problema de contenção de custos, todas as provas da categoria "Classe C", que englobava os Opalas 4.100 e alguns Mavericks, eram realizadas apenas no eixo Rio-São Paulo.


Jr Lara Campos.


Para os críticos de plantão, seria impossível conseguir pilotos e patrocinadores para um evento monomarca, com provas nos autódromos de vários outros estados, quase todos muito distantes das duas maiores capitais brasileiras.
Realmente o calendário da Stock Car no seu primeiro ano de existência, contava com corridas no Rio Grande do Sul, no Paraná, em Goiás, em Brasília e até no Ceará, além de São Paulo e Rio de Janeiro.



Saída do Box, Rio de Janeiro e entrada do "Esse" Interlagos, Mike Mercede.


O tempo mostrou que eles (os críticos), estavam absolutamente enganados, e que a Stock Car iria se tornar na categoria de maior durabilidade da historia do automobilismo brasileiro. 
Cresceu tanto, que se tornou até pano de fundo da novela Passione, da Rede Globo! No próximo ano, sera sua 32ª temporada. O número de carros inscritos, e a qualidade de seus pilotos, comprova o sucesso e a estabilidade da Stock Car.
Numa etapa em que participam todas as três categorias que compõem a Stock Car, estão na pista treinando e correndo, quase 90 carros com seus respectivos pilotos. Na Copa Caixa são 34 carros, na Copa Chevrolet Montana largam também em torno de 34 carros e no Mini Cooper são mais 20 carros.



Copa Montana, Marcelo Tomasoni.
Largada do Mini Cooper em Interlagos


A Stock Car hoje.



São números muito expressivos, que comprovam que a Stock Car veio naturalmente ocupar espaços deixados por outras categorias e demonstram a preferência do público brasileiro, por corridas de carros de turismo.
Por outro lado, ao longo desses mais de 30 anos de existência, existiram momentos de grids minguados, e, talvez o pior de toda a história tenha acontecido já no primeiro ano da Stock Car, numa corrida em Cascavel, no oeste do Paraná.
Estávamos mais ou menos nessa época, de fim de temporada, acho que em outubro ou novembro. Depois de uma corrida muito disputada no Rio de Janeiro, em que 25 carros alinharam no grid de largada, seguimos para a prova de Cascavel.
Como a distância era muito grande, e o campeonato já estava praticamente decidido em favor de apenas três pilotos, Affonso Giaffone Jr, Alencar Jr e com menores chances o Paulão Gomes, poucos pilotos se animaram para a corrida no interior do Paraná. Apenas 13 pilotos foram participar desta inusitada prova. Eu próprio só fui, porque fazia parte da equipe dos irmãos Giaffone, que era comandada por Jayme Silva, e tinha grande chance de vencer o campeonato.

Na sexta feira treinamos normalmente, mas a pista era realmente seletiva, com uma curva muito difícil, o Bacião, tão difícil que um piloto paulista, Valtemir Spinelli, o Bolão, capotou nos treinos, ultrapassou o guard-rail e foi cair lá embaixo no bambuzal. Por sorte nada sofreu, mas preocupou todo mundo.


No sábado houve uma grande confusão na classificação, com a vistoria técnica realizada no carro do pole position, e, depois de muito bate boca e pouca solução, fomos forçados a não participar da corrida. Éramos oito pilotos fora do grid. Portanto só sobraram cinco carros, número insuficiente para que houvesse a largada no domingo.

Paulo Valiengo.








Mas, para o warm up domingo de manhã, "apareceram" mais dois Opalas, regularmente inscritos e "vistoriados", um até com ar condicionado e santoantonio de madeira, e assim o grid estava completo, com apenas sete carros. Cinco Stocks e dois "mais ou menos" Stock. Sem dúvida o menor e mais estranho grid de toda a história da categoria. Apenas três carros terminaram a corrida!

Este talvez tenha sido o pior momento da Stock Car, mas que soube superar todas as dificuldades naturais do automobilismo brasileiro e hoje é um evento consagrado pelo público e pela maioria dos pilotos nacionais. É isso aí. Até a próxima
." Paulo Valiengo



Texto de Paulo Valiengo para revista  ALLRACING, fotos Mike Mercede, Jr Lara Campos e Luiz Fernando Silva.




PAULO VALIENGO comunicação e marketing - MTb 56.052 
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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

CHAPA




Seu nome é Flávio ele e sua mulher Mari são meus amigos a mais de trinta anos , preparou o primeiro motor para mim em 1977 , já fazia naquela época motores fortíssimos , se juntos não ganhamos nenhuma corrida , podem ter certeza que a culpa não foi dele.

Em 1982 resolvi fazer uma temporada na Turismo Especial Paulista que nada mais era que a D3 , amortecedores nacionais , cambio de 4 marchas , pneus slic da Pneubras , e outras modificações para baixar o custo da categoria.

Tínhamos feito já duas corridas da temporada , o Carlão tinha feito para mim um ótimo acerto de chassi , na corrida inicial quebrei quando disputava a segunda colocação , na segunda corrida fui terceiro ,atrás do Mogames e do Laercio , só que tínhamos feito a melhor volta da corrida .

O Carlão em Portugal com a Stock Car marcamos um treino o Chapa e eu para o meio da semana , íamos testar três motores , com diferentes configurações que ele havia preparado.

Os motores tínhamos ido buscar no dia anterior , o Chapa os tinha montado na SALECAR de nossos amigos Marcos , Arno e Fabinho Levorin .

Cedo naquele dia fui busca-lo na Freguesia do Ó onde ainda hoje é sua oficina , eu morava na V Olímpia e íamos para Interlagos , pensem só na volta que dei. Carro na carreta , dois motores para testar , um jogo de pneus , um monte de tralha mais dois ajudantes e fomos embora para a pista.

Já na marginal , ele guiando a Caravan branca , puxando a carreta com o Fusca , me falava a cada cinco minutos " tem um fusca vermelho nos seguindo" , eu todo feliz pensava ,"que bom três motores , dois jogos de pneus , um monte de tralhas , o autodromo quase que só para nós , vai dar para andar o dia inteiro".

Arrumado o box , a esta altura ele já tinha queimado meu anorak vermelho , preto e branco no escapamento do carro , logo ele que é corintiano . "Vai se trocar" obedeci ,coloquei macacão , entrei no carro , um ajudante afivelou meu cinto , e ele ordenou "ignição" , colocando o capacete outra ordem , "liga o motor" liguei o motor que já havia sido esquentado e lá vem outra ordem "sai".

Ai começou toda confusão , engatei a primeira , fui tirando o pé da embreagem bem de vagar , por causa da caixa 3 , e nada do carro sair ,coloquei segunda e nada , ele lá fora gesticulava ,e falava alguma coisa , mais não dava para ouvir por causa do barulho do motor . Gesticulei que as marchas não estavam entrando , ele uma fera colocou meio corpo para dentro do carro engatava as marchas , e me mandava tirar o pé da embreagem . Desliguei o motor , e num lampejo lhe disse , "está sem o disco de fricção" pra que ,ele ficou uma fera ,falou um monte de bobagem , até que eu disse "olha nos outros motores". Nenhum deles tinha o tal disco de fricção , colocaram o platô e num descuido esqueceram os discos .

Desci do carro e eu que não sou de maltratar os carros , eles nos dão as vitórias , as derrotas na maioria das vezes é nossa culpa , bati a porta que era bem leve com força , ele me olhou e disse "vou arranjar um disco" , mais aquela altura o treino já estava arruinado.

Voltando para oficina pela marginal , eu já fulo da vida desci do carro e fui para casa de táxi , não sem antes falar uns impropérios a ele . Esta é a parte da história que ele conta até hoje , só os meus impropérios e ainda reclama , por eu ter descido do carro na marginal .

Este é o Chapa , amigão , de tanto tempo .